sábado, 29 de março de 2008

Sistemas ERP’s

Os ERP’s são conhecidos como pacotes de gestão empresarial, ou sistemas integrados de gerenciamento de processos, os softwares para ERP controlam toda a empresa, da produção às finanças, sincronizando todos os departamentos, do recrutamento de funcionários à produção industrial, passando pelo controle de estoques e pela análise das finanças.
Isso se traduz em um empreendimento com seu foco direcionado, com regras de negócios bem definidas, dinamicamente equilibrado e que pode aperfeiçoar processos e ativos continuamente. Além disto, permite a administração de custos, controle fiscal e estoques, pontos vulneráveis do negócio que podem, assim, ser controlados de uma forma mais efetiva.
ERP é um termo genérico para o conjunto de atividades executadas por um software multimodular com o objetivo de auxiliar o gerente de uma empresa nas importantes fases de seu negócio, inclusive desenvolvimento de produto, compra de itens, manutenção de inventários, interação com fornecedores, serviços a clientes e acompanhamento de ordens de produção. Pode também incluir módulos aplicativos para os aspectos financeiros e até mesmo na gestão de recursos humanos. Tipicamente, um sistema ERP usa ou está integrado a uma base de dados relacional (banco de dados multirrelacional). A implantação de um sistema ERP pode envolver considerável análise dos processos da empresa, treinamento dos fornecedores, investimento em informática (equipamentos) e reformulação nos métodos de trabalho.
Os sistemas de ERP de hoje são versões aperfeiçoadas dos sistemas de MRP – Materials Requirements Planning, que foram desenvolvidos basicamente para atender às necessidades do setor industrial, implementando o planejamento futuro de uso de matérias-primas e das etapas produtivas para atender às necessidades de produção. Inicialmente, os sistemas MRP foram projetados para reduzir os níveis de estoque (oferecendo uma visão integrada dos bens oferecidos e procurados), medidos com base no inventário disponível e os períodos de reabastecimento. Nos anos 80, o MRP evoluiu para MRP-II, do inglês Manufacturing Resource Planning, que incorporou ao anterior as necessidades dos demais recursos de manufatura empregados na produção, como mão-de-obra, máquinas e centros de trabalho. O ERP estendeu o alcance do sistema de planejamento para incluir o empreendimento completo – não apenas a gestão da manufatura, mas da empresa e seus processos como um todo, como as demandas de custo, logística e recursos financeiros.
Oferecendo, assim, uma informação mais precisa, baseada em dado único, sem as redundâncias e inconsistências encontradas nos sistemas anteriores, onde aplicações MRP e financeiras não eram integradas entre si.
Outro fator que levou ao crescimento dos negócios relacionados a ERP é o próprio amadurecimento da informática e a visão, por parte das empresas, da necessidade de investir em sistemas integrados como forma de potencializar seus negócios.
O sistema ERP é uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa, como fabricação, logística, finanças e recursos humanos. É um sistema amplo de soluções e informações, um banco de dados único, que opera em uma plataforma comum que, por sua vez, interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional.
A vantagem de um sistema ERP é a habilidade de necessitar da entrada de informações uma única vez. Por exemplo, um representante de vendas grava um pedido de compra no sistema ERP da empresa. Quando a fábrica começa a processar a ordem, o faturamento e a expedição podem checar o status da ordem de produção e estimar a data de embarque. O estoque pode checar se a ordem pode ser suprida pelo saldo e pode então notificar a produção com uma ordem que apenas complemente a quantidade de itens requisitados; uma vez expedida, a informação vai direto do relatório de vendas para gerenciamento superior. Muitos sistemas ERP’s são comercializados em um pacote com os módulos básicos para a gestão do negócio e em módulos adicionais, que podem ser adquiridos individualmente em função do interesse e estratégia da empresa. Todos esses aplicativos são completamente integrados a fim de propiciar consistência e visibilidade para todas as atividades inerentes ao processo da organização. Entretanto, o sistema ERP requer do usuário o cumprimento dos procedimentos e processos descritos pelo aplicativo.

As empresas em geral possuem alta expectativa em relação a um sistema ERP. Espera-se que o sistema impulsione o desempenho das atividades do sistema da noite para o dia. As companhias querem um pacote de software entrelaçado que cubra todos os aspectos do negócio, o que é uma percepção distorcida do sistema ERP.
Atualmente a informática passou a ser vista de uma maneira mais profissional. Ninguém mais vê um analista de sistemas como um “nerd’ ou um maluco com óculos de lentes fundo de garrafa, sentado muitas horas atrás de um monitor de computador. Um exemplo desta mudança foi o questionamento feito nos anos 50 por William Boeing, fundador da maior fabricante de aviões do mundo, ele questionou se as pessoas voariam nos aviões dele se eles tivessem a mesma confiabilidade que um sistema de informática, e reflete bem o descrédito nos programas de computador existentes naquela época. Hoje, os aviões não apenas são construídos mas voam graças a sistemas computacionais que não podem falhar, afinal não dá para imaginar a hipótese de o piloto olhar para o co-piloto com cara de espanto, dizendo:” estamos com um problema!”.
Mesmo com todo esse profissionalismo, mesmo meio século depois, a frase de Boeing poderia ser aplicada por executivos de muitos outros setores da economia, que ainda sonham com o dia em que seus sistemas corporativos serão tão confiáveis quanto os usados em aviões. A maior parte da indústria tecnológica permanece bem longe dos rígidos padrões de qualidade estabelecidos pelo setor aeronáutico. Cerca de 55% de todo o trabalho realizado pela área de desenvolvimento de software de uma empresa é destinado à correção de erros detectados em sistemas já em funcionamento. Na prática, tais sistemas são concertados em pleno vôo. A fonte é do Instituto de Engenharia de Software – SEI, órgão criado pelo Departamento da Defesa americano e operado na prestigiada Universidade Carnegie Mellon.
O sistema ERP é fundamental para um empreendimento, pois permite que a empresa padronize seu sistema de informações.
Dependendo das aplicações, o sistema ERP pode gerenciar um conjunto de atividades que permitam relacionar o acompanhamento dos níveis de fabricação com a carteira de pedidos ou previsão de vendas. O resultado é uma organização com um fluxo de dados consistentes que flui entre as diferentes interfaces do negócio. Na essência, o sistema ERP propicia a informação correta, para a pessoa correta, no momento correto.

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