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        Processo de Elaboração

                         A fermentação
                         Vinhos Tintos
                         Vinhos Brancos
                         Vinhos Rosados

Conservação

Indicações de Acompanhamento

Temperatura

Como servir e beber

 

 

 

 

 

PROCESSO DE ELABORAÇÃO          

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  A fermentação

 

O vinho é o resultado da fermentação do suco da uva conhecido também como mosto. Esse suco é um produto vivo e durante o processo de fermentação sofre alterações que vão continuar ao longo do tempo, mesmo depois de concluída a fermentação e transformado em vinho, pois continuará respirando e se modificando na medida em que terá maior ou menor oxigenação. O vinho tem um tempo de vida que varia de acordo com a sua qualidade e processo de elaboração, durante o qual a sua qualidade também dependerá dos cuidados de conservação que forem adotados.
Geralmente os vinhos são comercializados com graduação alcoólica acima de 10,5. Os bons vinhos, principalmente aqueles de castas nobres que podem durar mais de três anos, possuem entre 12 e 13 graus de álcool. O álcool do vinho é obtido no processo de fermentação a partir do açúcar contido no suco. Para cada grau de álcool são necessárias 17 gramas de açúcar por litro de suco. Logo, para se produzir um litro de vinho com 12 graus de álcool, temos que ter um litro de suco com 204 gramas de açúcar (frutose). 

No Brasil, em face das nossas características climáticas, dificilmente se consegue produzir uvas com esses índices de açúcar.  Por isso nossa legislação permite a adição de açúcar de cana para completar a quantidade mínima necessária de álcool, sem prejuízo da qualidade do vinho. Agora, com a produção de uvas no nordeste, pelo processo de irrigação, pode-se controlar o teor de açúcar aumentando a sua concentração a partir do controle da água. Depois da uva completar o ciclo de amadurecimento, cortando-se a água haverá maior concentração de açúcar.
A transformação do açúcar em álcool ocorre durante a fermentação, que é induzida por leveduras adicionadas ao mosto. Durante a fermentação, são produzidos em torno de quatro litros de gás carbônico por litro de mosto. Por isso, durante a fermentação o recipiente onde ocorre o processo deve ter uma abertura na parte superior para ser liberado a gás. Esse gás somente é aproveitado na produção do  champanhe e no asti.

Durante a fermentação ocorre um expressivo aumento de temperatura. A transformação do açúcar do mosto em álcool, produz cerca de 16,5 calorias para cada 17 gramas de açúcar elevando a  temperatura de 38,5 a 41,5 graus. As altas temperaturas são prejudiciais para o vinho pois provocam a evaporação dos aromas próprios de cada uva. Daí que, para a produção de vinhos com maior aproveitamento das qualidades originais da uva chega-se ao requinte de controlar a temperatura por processo eletrônico, fazendo o resfriamento automático do mosto para que a fermentação se dê na temperatura ideal.

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  Vinhos Tintos  

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A cor do vinho é determinada pela casca da uva e não pelo seu suco,  já que a polpa de todas as uvas é clara. A obtenção dos tintos resulta, em princípio, da maceração dos grãos com a casca e não da simples extração do suco e sua fermentação como ocorre com os vinhos brancos. Depois de retirados os cabinhos das uvas (os cachos), a maceração é feita em tonéis de madeira ou aço inoxidável por um período em torno de 10 dias.  

Quando o vinho se destinar ao envelhecimento por um período mais longo, a maceração deve ser mais prolongada  para que se extraiam mais taninos da casca, o que ocorre quando a fermentação se inicia naturalmente durante a maceração, pois o álcool serve de solvente para os taninos. Aliás, são esses taninos e flavonóides extraídos da casca da uva que possuem propriedades medicinais atuando como diluentes do colesterol.  

Depois de completada a fermentação, no caso dos vinhos finos é feito o envelhecimento em tonéis de madeira, geralmente carvalho americano.
Os vinhos comuns produzidos com uvas de castas menos nobres, chamados geralmente de vinhos de mesa, raramente são submetidos a envelhecimento em recipientes de madeiras especiais. Daí porque os vinhos dessa classe, depois de concluída a fermentação e a limpeza das impurezas é conservado em reservatórios de aço inoxidável, que não têm qualquer tipo de influência nas características da bebida.  


 

Vinhos Brancos  

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a vinificação destinada à produção de vinhos brancos o processo é o mesmo dos vinhos tintos, porém, as cascas não precisam permanecer junto com o mosto durante toda a fermentação pois a casca não precisa contribuir na coloração do vinho posto que o mosto já é branco por natureza. Por isso as cascas são  retiradas assim que se inicia o processo de fermentação. Para se aproveitar melhor o suco da uva entranhado nas cascas é feita uma prensagem desse bagaço separado do mosto.

N
o caso dos vinhos finos, deve-se ter o cuidado de extrair somente a parte nobre do suco, correspondendo a cerca de 50% do peso do grão. Para tanto, é feita uma prensagem leve, que extrai apenas o suco da parte central do grão, evitando-se a maior acidez da casca e das sementes.  


O
btido o suco da uva, são retiradas todas as impurezas e o líquido é enviado para os reservatórios onde, por 15 a 20 dias, se completará a fermentação. Como o vinho branco não é envelhecido, concluída a  fermentação praticamente já está pronto para o consumo. A sua conservação na indústria é feita em reservatórios especiais, geralmente de aço inoxidável. A exposição à luz e a altas temperaturas deve ser evitada pois isso altera a composição e a própria cor do produto.



 
 

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 Vinhos Rosados 

 

A obtenção dos vinhos rosados ocorre de duas maneiras: maceração das uvas tintas por menor período de tempo, extraindo-se menos tintura e taninos das cascas ou pela mistura (corte) de vinhos tintos aos vinhos brancos.  



 

 

  
                              Conservação  
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A afirmação freqüentemente ouvida de que "o vinho, quanto mais velho melhor" é um dos falsos mandamentos que cercam essa milenar bebida. A verdade é que o vinho é um produto vivo e, como tal, tem um tempo de vida que varia de acordo com as condições de sua matéria prima e do processo de elaboração e conservação.  
Os vinhos brancos, rosados e espumantes naturais, que no Brasil têm por característica a "juventude" (são vinhos novos, sem envelhecimento), não são indicados para armazenagem em adegas particulares. Seu consumo é recomendado até dois anos depois de elaborados.

Os vinhos tintos nacionais mais "robustos" podem ser armazenados por até cinco anos e, os menos encorpados, um ano. Já os vinhos tintos europeus de alta qualidade, normalmente italianos e franceses, em condições especiais, podem ser armazenados por até 30 anos. Nossos países vizinhos Argentina e Chile, pelas melhores condições climáticas também produzem vinhos de alta qualidade. A longevidade dos vinhos é determinada pela espécie da uva e pela qualidade da safra, decorrente das condições climáticas e do solo onde são produzidas.

Qualquer que seja a variedade, os vinhos devem ser mantidos longe das janelas, pois a luz, quando intensa, oxida os componentes naturais da cor, aroma e altera a bebida. Devem ser mantidos em posição horizontal para que o líquido esteja em contato com a rolha, evitando o seu ressecamento e a temperaturas constantes de 16 a 18 graus.


  
           Indicações de Acompanhamento
         
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Geralmente as indicações tendem a direcionar o consumo de vinhos brancos secos para acompanhar sopas, peixes, crustáceos e carnes de aves, enquanto que os vinhos tintos, principalmente os mais pesados para acompanhar carnes vermelhas ficando as massas para os vinhos tintos mais leves. Os vinhos rosados e brancos suaves  ficariam com a indicação para acompanhar doces e sobremesas. Após as refeições, recomendam-se o conhaque, vinhos do porto e madeira e licores.  

E
ssas indicações, no entanto, são convenções que, embora adotadas por muitos autores e apreciadores de vinho não representam a verdade absoluta sobre a combinação de paladares para degustar essa  milenar bebida. A verdade é que o gosto de cada um  deve definir o melhor vinho para cada ocasião, não sendo nenhum sacrilégio consumir um bom vinho branco acompanhando um churrasco, como também pode ser uma boa combinação um  tinto pesado acompanhando um peixe ou frango com polenta. O que importa é o paladar e o gosto de cada um que, inclusive, vai mudando na medida em que  o consumidor vai evoluindo no seu processo de amadurecimento como apreciador de vinhos. A grande maioria dos apreciadores de vinho inicia seu hábito de consumir vinho pelos brancos ou tintos suaves, migrando paulatinamente para os brancos secos, seguindo-se os tintos secos jovens, redondos e, finalmente para os tintos secos pesados.

 

 

   

                       Temperatura Ideal                 
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Outro falso mito está presente na informação viciada de que "vinho se consome na temperatura ambiente".  Isso não é uma verdade absoluta, não sendo demais considerar que é uma afirmação absurda.  Imagine tomar um vinho à temperatura ambiente em Belém do Pará, em Manaus ou na tórrida Teresina, no Piauí. Essa afirmativa certamente tem sentido quando estivermos em pleno inverno  no Sul do Brasil, ou nos países da Europa. 

A
verdade é que os vinhos brancos podem ser resfriados a vontade e os tintos devem ser preferencialmente consumidos em torno de 18 graus, sem a preocupação de ser ridículo mergulhar num balde de gelo a garrafa de um bom tinto. Mais uma vez é o paladar de consumidor que vai definir a temperatura ideal para consumir o seu vinho.

 

 

   

                                       Etiqueta
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                             Como servir e
beber

 
A
lgumas regras caem bem no ritual de servir um vinho. Inicia-se pelo ato de abrir a garrafa que deve acontecer sempre na presença de quem vai consumir a bebida. 
Se o vinho estiver sendo servido em um Bar ou Restaurante a garrafa deve ser apresentada fechada e exibido o rótulo para confirmação do pedido. Aberta a garrafa, a primeira degustação deve ser feita por quem fez o pedido do vinho. 
A
provado pelo degustador será servido aos demais da mesa, iniciando-se pela dama do degustador, se for o caso. 
N
enhuma taça deve ser preenchida além do meio, sendo que o ideal é preenchê-la até um terço. A taça, por sua vez, ao ser levada à boca,  não deve ser segurada pelo bojo pois, além de ser deselegante, a repetição do ato vai aquecer o vinho.

  SAÚDE!!!!