Revisitar | Descobrir Guerra Junqueiro


Guerra Junqueiro: Fragmentos de unidade polifónica

Henrique Manuel Pereira leva-nos em viagem diligente através da recepção de Junqueiro, criador literário de excepção, que, por entre aplausos e repúdios, provocou paixões veementes e foi catalisador de virtudes e vícios tipicamente portugueses.

Ao lado de páginas de documentação mal conhecida ou de todo ignorada e de luminosa hermenêutica textual, deparamos com a muito conveniente demolição de ideias feitas. (Luís Machado de Abreu)

Capa_GuerraJunqueiro_K_Prova_V2

Lançamento: 24 de abril

Apresentação por António Cândido Franco

UCP – Campus Foz . Auditório Carvalho Guerra



Junqueiro, Sena Freitas e Cruz Coutinho – Equívocos em cadeia
11 Fevereiro, 2015, 12:42 pm
Filed under: Alforria | Etiquetas: , , , ,

Junqueiro, Sena Freitas e Cruz Coutinho: Equívocos em cadeia, com a chancela da Alforria, é o mais recente trabalho de Henrique Manuel Pereira.

“Este é um livro que traz consigo o que é supremamente difícil trazer: o novo. Repete-se: traz o novo, não a novidade. A novidade é a aparência nova do antigo, é o “já sabido” vestido de outras roupagens, outros métodos, outros conceitos, outra ideologia; o novo é violento, rompe com consensos, impõe-se pela força da argumentação, dá um outro e diferente sentido aos textos antigos e obriga os livros já firmados, as histórias de literatura, a reverem os seus capítulos.” Miguel Real.

capa_equivocos_verm1-cópiaCaptura de ecrã 2015-02-11, às 11.21.16



Morena – Fados de Amor

A Música de Junqueiro, livro com CD duplo, editado pela Universidade Católica Editora.Porto, lançado em 2009, está desactualizado. Dizemo-lo com satisfação. Em A Música de Junqueiro reunimos tudo quanto, então, conseguimos encontrar de composições musicais criadas com base na poesia de Guerra Junqueiro.
Após isso, no Brasil, descobrimos, uma outra peça, “Morena”, musicada por Francisca Gonzaga. Como demos conta, gravamo-la no CD de Uma História Cómico-Marítima, sendo essa, a nossa conhecimento, a primeira gravação daquela composição musical.
Que encanto especial terá a “Morena” que Guerra Junqueiro publicou em A Musa em Férias, no remoto ano de 1879? A pergunta faz sentido, uma vez que foram vários os compositores que a musicaram: A. Duarte da Costa Reis, Fernández Gil, G. Romanoff Salvini, J. A. Saldanha Júnior, João Arroio e Óscar da Silva, com posteriores arranjos de Fernando Valente.
Mais recentemente, e esta a razão do post, musicou-a também Pedro Pinhal. Podemos ouvi-la no CD Fados de Amor (2012) de Rodrigo Costa Félix, com interpretação de Rodrigo Costa Félix e Katia Guerreiro.



EB de Gião – Vila do Conde

Diz-se que o “trabalho de menino é pouco” – será? Em todo o caso, “quem o despreza é louco.” Não o queremos ser. Por isso, e assumindo o manifesto fora de tempo, queremos sinalizar uma Festa de Final de Ano académico realizada na tarde de 16 de Junho. Foi assim: os alunos do 4º ano da EB de Gião, Vila do Conde, acharam por bem declamar e dramatizar “A Moleirinha” de Guerra Junqueiro.

Vai daí, logo em Fevereiro, “aquando da inspecção”, uma aluna disse “que iriam trabalhar poesias de Guerra Junqueiro. Ela chegou a pesquisar na Net um dos contos para a infância do poeta e trouxe para a turma ler.” Depois, alunos e professora, foram navegando aqui pelo blog e site e viram partes do documentário “Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro”. Pensando na apresentação para a Festa de Final de Ano, “entre A Lágrima e a Moleirinha escolheram esta última, talvez pela sonoridade da mesma. Os ensaios foram ao longo da semana e, no dia da festa, alguém da plateia comentou que era uma poesia antiga e achou curioso ouvi-la ali, na festa.”

Parabéns pela iniciativa, muito obrigado pela notícia e também pelas fotografias. (Quanto à qualidade destas, não se preocupem, estão muito bem, permitem perceber toda a produção e até apreciar a vossa bela Moleirinha!). Este blog fica assim mais rico.

Este slideshow necessita de JavaScript.



“Quinta Essência” – Antena 2

 

João Almeida, nome grande da rádio portuguesa, realizador e apresentador do programa Quinta Essência da Antena 2, entrevistou Henrique Manuel Pereira, realizador da longa-metragem de documentário Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro.

Partindo do documentário, a conversa girou em torno de Guerra Junqueiro (o poeta, o político, o pensador, o homem de ciência, o agricultor, o coleccionador…)

A entrevista será emitida na sexta-feira dia 27 de Janeiro, às 23h00, e repete sexta-feira, dia 3 de Fevereiro, às 13h10. Excelente oportunidade para (passar a) ouvir a “radio que toca”…



Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro (Estreia4)

Quando a equipa da nossa dinâmica Timeline nos apresentou o vídeo que corre em baixo, percebemos muita coisa. Percebemos, desde logo, o calor, a amizade e o entusiasmo que envolveram a noite de estreia do documentário Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro. Chego a pensar que vale a pena fazer eventos quase só como pretexto para juntar amigos. (Mas são tantos os que ali vemos e não conhecemos!…). O nosso profundo reconhecimento.

Portanto, “resumo da Apresentação/Lançamento do Documentário Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro realizado por Henrique Manuel Pereira e produzido pela Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. A apresentação teve lugar no dia 15 de Novembro de 2011 no Auditório Ilídio Pinho [Pólo Foz UCP-Porto]”.
A Timeline (a quem estamos muito gratos) promete mais vídeos para breve.

Câmara: André Castro
Bruno Lopes
José Diogo Magro
Samuel Couto
Captação de Som: José Diogo Carvalho e José Dinis Henriques
Edição Vídeo: Gerardo Burmester e José Diogo Magro
Edição Som: José Dinis Henriques
Produção: Pedro Moreira
Coordenação: Prof.ª Helena Figueiredo

Timeline_UCP-CRP_10/2011



Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro (Estreia2)

Alguns dos momentos que antecederam a estreia do filme Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro, na noite de 15 de Novembro de 2011, auditório Ilídio Pinho, Universidade Católica do Porto.

A quantos estiveram connosco, o nosso muito obrigado.

Registo fotografico por Vanessa Oliveira, João Martins e Miguel Vaz (Timeline)

Este slideshow necessita de JavaScript.



Guerra Junqueiro: de Freixo para o Mundo

Guerra Junqueiro: de Freixo para o Mundo é uma exposição biobibliográfica em 7 cubos (tela pvc 150x800cm), a inaugurar no próximo dia 21 de Agosto, no Jardim Municipal de Freixo de Espada à Cinta.

Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta e do Revisitar/Descobrir Guerra Junqueiro, no âmbito dos 160 anos do nascimento do Poeta e do Centenário da República de que ele foi voz poética e insofismável agente de construção.

Com texto/coordenação de Henrique Manuel S. Pereira e design de DPZERO2,  a exposição percorre a vida e a obra de Guerra Junqueiro, segundo o fio cronológico da sua existência: 1850-1923.

Sentindo-se a necessidade de libertar e dar outra perenidade à narrativa construída, distinta da dos painéis que a confinam, considerou-se vantajoso trasladá-la e fixá-la em suporte de papel. Assim nasceu o livro homónimo Guerra Junqueiro, de Freixo para o Mundo.

Com a parceria da Universidade Católica (Porto) e do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, Guerra Junqueiro, de Freixo para o Mundo conta com o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

HP



“À Volta dos Livros” – Antena 1

Prometemos ir contando aqui a história desta aventura. Por conseguinte, nas ondas da Rádio, o “Revisitar/descobrir Guerra Junqueiro” contou com o apoio da Rádio Nova (Jornalista: Reis Mesquita. 13 Nov. 2009); Rádio Clube (Jornalista: Filipe Gomes. 16 Nov. 2009) e, mais recentemente, com a cumplicidade da Antena 1 (Jornalista: Ana Aranha. 3 Dez. 2009). As emissões de “À volta dos livros” de Ana Aranha encontram-se on-line:

http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?prog=2499

HP

 



Guerra Junqueiro: o poeta da República, um poeta contra a República

É um dos capítulos do livro Catorze Escritores do Norte, coordenado e ilustrado por Orlando da Silva. Apresentado ao público por João Bezerra, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, na noite de 5 de Junho, o livro reúne estudos de especialistas sobre Camilo Castelo Branco (com texto retomado de Manuel Laranjeira); Júlio Dinis (Abílio Ferreira da Silva), Guilherme Braga, Sophia de Mello Breyner (Anthero Monteiro); Eça de Queiroz (Fonseca Gaspar), Guerra Junqueiro (Henrique Manuel S. Pereira), António Nobre (Humberto Rocha), Manuel Laranjeira (Orlando da Silva), Teixeira de Pascoaes (António Cândido Franco), Aquilino Ribeiro (Manuel de Lima Bastos), Ferreira de Castro (Paulo Samuel), João de Araújo Correia (Carlos Maduro), José Régio (Manuel Poppe), Miguel Torga (Celestino Portela).
Cada estudo é precedido do retrato do autor em apreço, pela pena de Orlando da Silva. A personalidade e a iconografia destes Catorze Escritores do Norte fica assim manifestamente mais rica.

HP

 

 



Guerra Junqueiro e as mediações francesas: Traduções

Portugal e o Outro: Olhares, Influências e Mediação, com coordenação de Otília Pires Martins (Imprensa de Coimbra, CLC, FCT, Univ. Aveiro, 2009, integra, a  pp. 99-146 “Guerra Junqueiro e as mediações francesas: Traduções”, assinado por Henrique Manuel S. Pereira.

Ao longo de cerca de 50 páginas, desmonta-se a convicção vigente de que a figura e obra poética de Guerra Junqueiro nunca penetrou ou teve eco no meio cultural francês. Apura-se que o poeta de Freixo de Espada à Cinta mereceu o particular apreço de figuras como Philéas Lebesgue, Maxime Formont, Achille Millien ou Jules Supervielle.

P. Lebesgue, caso singular da lusofilia francesa, não apenas escreveu longos e elogiosos comentários a respeito da vida, obra e pensamento de Guerra Junqueiro, nas crónicas do Mercure de France, como o traduziu, chegando a dedicar-lhe poemas; M. Formont, também na qualidade de um dos mais destacados lusófilos franceses, estudou Guerra Junqueiro em páginas de publicações diversas e empreendeu a tradução de Os Simples, a qual, constestada por Junqueiro, acabaria por ficar incompleta; igualmente de Os Simples, A. Millien, nome grande da etnologia contemporânea francesa, traduziu um excerto; por sua vez, o franco-urugaio J. Supervielle, traduziu na íntegra a Oração ao Pão e A Lágrima, publicando as suas versões na conceituada revista La Poètique.

Às referidas traduções acrescem duas outras: a versão francesa de um fragmento de Pátria, por Fernande Lambert; e, mais próximas no tempo e daquela mesma obra de Junqueiro, a versão assinada por Evelyne Kesteven, integrante da Anthologie de la poésie portugaise du XIIe au XXe siècle, seleccionada por Isabel Meyrelles.

Há um estranho fenómeno que nos acontece: ainda que esqueçamos o título e o autor de uma obra que alguém recomendou, não se esquece a aura que acompanhou a recomendação.

HP



Conferência – Casa Museu Guerra Junqueiro
21 Setembro, 2008, 6:09 pm
Filed under: Uncategorized | Etiquetas: , , ,

martaRealizou-se ontem, na Casa Museu Guerra Junqueiro (Porto), uma conferência subordinada ao tema Guerra Junqueiro, Peregrino da Unidade, proferida por Henrique Manuel S. Pereira, coordenador do nosso Revisitar/Descobrir Guerra Junqueiro.

Feita a apresentação do conferencista, por Manuel Graça, Chefe de Divisão Municipal de Museus da Câmara Municipal do Porto, Henrique Pereira, em cerca de duas horas, abordou a vida, obra e pensamento de Guerra Junqueiro (ilustre poeta, político, filósofo e coleccionador de arte). Foi um momento de verdadeira aprendizagem, durante o qual uma série de mitos, teimosamente colados a Guerra Junqueiro, foram sendo desmontados.

Aos olhos de quem ali compareceu emergiu um novo Guerra Junqueiro.

Marta Reis

 



Revisitar/Descobrir Guerra Junqueiro

Inaugura-se agora o que queremos seja um registo do revisitar/descobrir Guerra Junqueiro, projecto do Dep. Som e Imagem, Escola da Artes, U.C.P. (Porto), com coordenação e direcção científica de Henrique Manuel S. Pereira.

Revisitar? Sim, para quem já conheça Guerra Junqueiro. Além do mais, o Tempo, esse imenso mar, apaga peugadas no areal e na espuma escreve o destino dos homens e das coisas.

Descobrir? Também. Porque, por força da acção do Tempo (e outras), a memória se esbate, sendo os elos da nossa narrativa cultural remetidos ao silêncio. De entre os nascidos após a década de 70 do século passado, Guerra Junqueiro pouco mais será que um nome.

Seguindo o fio dos acontecimentos, esta aventura começou com a ideia de um documentário – Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro –, com o apoio do Álvaro Barbosa, coordenador do Departamento de Som e Imagem e a consequente formação de uma Equipa que o realizasse.

Aceitaram o desafio: Pedro Alves, com quem fiz um primeiro esboço do projecto, Marta Reis, João Cordeiro, António Morais, Carla Almeida, José Rafael Vieira. Conhecia-os bem, seja sob o ponto de vista pessoal, seja pela capacidade de trabalho, dinamismo e entusiasmo. Com ressalva para a Carla Almeida, todos foram meus alunos. Assumo, pois, um lugar-comum: é um privilégio tê-los a meu lado.

Sucede que todos eles nasceram após aquela década de 70. Por consequência, havia que, primeiro, dar a conhecer Guerra Junqueiro à própria Equipa. Somaram-se assim reuniões de trabalho conjunto.

Depois, numa rede de cumplicidades, outros se foram juntando a nós: colegas, alunos, ex-alunos, amigos, e/ou admiradores de Guerra Junqueiro.

Porquê Guerra Junqueiro e não qualquer outra personalidade? Há anos que o investigo, e à recorrente pergunta se é ele o meu poeta favorito, responderei que não. Ou seja, em rigor, não encontrei ainda resposta para aquele porquê. Há quem diga que não somos nós quem escolhe os autores/personalidades a estudar, sendo eles quem nos escolhe a nós. É possível, andamos no mistério e vivemos de sinais.

Nesta data, muitas horas de trabalho estão cumpridas: levantamento fotográfico, filmagens, entrevistas, largas centenas de e-mails e telefonemas, deslocações a Freixo de Espada à Cinta, Viana do Castelo, Coimbra, Lisboa, etc. (E só não fomos aos Açores ou à Suíça porque as nossas “pernas” não alcançam).

Se atrás usei a palavra “aventura”, não o fiz de forma arbitrária, conquanto ela comporte de constrangimentos, imponderáveis e risco. Nenhum dos elementos da Equipa pode, em exclusivo, dedicar-se a este Projecto, desenvolvido em absoluta gratuidade e, por imperativos profissionais, em paralelo com tantos outros compromissos.

Mas, como diria Sebastião da Gama*, esse outro extraordinário poeta e mestre na arte de ensinar, “pelo sonho é que vamos”:

“Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,

Pelo sonho é que vamos.

[…]

Chegamos? Não – chegamos?

– Partimos. Vamos. Somos.”

Henrique Manuel Pereira

* Saber-se-á que Sebastião da Gama, na sua tese de licenciatura, sobre a poesia social no século XIX, se debruçou demoradamente sobre Guerra Junqueiro? Não há como conferir: Sebastião da Gama, “A dissertação de licenciatura: Apontamentos sobre a poesia social no século XIX”. In Idem, O segredo é amar. 4ª ed. Lisboa: Ed. Àtica, 1995, pp. 139-251, em especial no terceiro capítulo, a pp. 176-228.

reuniao2reuniao4reuniao5reuniao3