HISTORIA DE FORTALEZA

História de Fortaleza
Por Paulo César e Ivan de Souza


   Um dos primeiros navegantes oficiais a aportar em terra brasileira foi o navegador espanhol, Vicente Yunes Pizon em 26 de janeiro de 1500 aportou na atual enseada do Mucuripe que chamou de rostro hermozo e batiza as terras de S. Maria de La Consolacion, mas pela vigência do tratado de Tordesilhas o mérito “descoberta” foi dado ao segundo navegador que foi Pedro Álvares Cabral.
Então quem descobriu o Brasil?
O Brasil foi mesmo descoberto?
Imaginemos como os índios ficaram perplexos ao verem portugueses e espanhóis discutindo quem descobriu as terras que já viviam há centenas de anos.

No chamado período pré-colonial o Brasil ficou praticamente esquecido por Portugal, explica isso, o fato dos lusitanos estarem, sobre maneira, voltados para o comercio e lucros de especiarias orientais e pela ausência de riquezas minerais no litoral brasileiro.


       
   Foi apenas a partir de 1530 que Portugal decidiu definitivamente colonizar o Brasil, o temor era perder a posse da terra para ingleses, franceses e holandeses, logo se conclui que no sec. VI, ficou o Ceara´esquecido pela coroa portuguesa. As razões mais prováveis foram: as correntes aéreas e marítimas que dificultavam o acesso à costa cearense e a oposição dos índios à presença do invasor português.
        
     A maior prova do abandono cearense no primeiro século da ocupação lusa aconteceu ao criador do sistema das capitanias hereditárias em 1534. O donatário do Siará grande assim chamado o Ceará na época, Antônio Cardoso de Barros, nunca se interessou pela concessão destas terras onde jamais pôs os pés, embora tivesse ocupado o cargo de provedor-mor da Bahia no Governo Geral de Tomé de Sousa. Cardoso de barros, inclusive faleceu em 1556, ao lado do primeiro bispo do Brasil Dom Pero Fernandes Sardinha, devorado pelos índios Caetés, após um naufrágio na costa de Alagoas.

Dessa forma a primeira tentativa oficial de ocupação do Ceará, em 1603 com o açoriano Pero Coelho de Souza, este obteve de Diogo Botelho, Governador-Geral do Brasil, a patente de capitão mor e o direito de organizar uma bandeira na pretensão de explorar o Rio Jaguaribe, combater os piratas estrangeiros, descobrir minas e oferecer paz aos índios. Partindo á frente de 200 índios mansos já submissos ao conquistador e de 65 soldados entre os quais o jovem Martim Soares Moreno, pero coelho atingiu o litoral à serra de Ibiapaba, onde travou combate com índios tabajaras e alguns franceses então aliados, derrotando os adversários, pero coelho tentou seguir para o Maranhão, mas só atingiu o rio Parnaíba (Piauí) pois seus homens, cansados , maltrapilhos e famintos recusavam a prosseguir, na viagem de retorno ao litoral o capitão-mor fundou as margens do Rio Ceará o Forte de São Tiago e o povoado de Nova Lisboa, chamado a área de Nova Lusitânia.
  
    Ficou ali pouco tempo, índios resistindo com o comportamento brutal dos "civilizados" europeus passaram a atacar o fortim. Pero então se retirou para o rio Jaguaribe construindo nas margens deste o Forte de São Lourenço, contudo a pesada seca de 1605 a 1607, a primeira registrada pela historiografia local, e os persistentes ataques indígenas levaram pero coelho a deixar o Siará em dolorosa caminhada em que pereceram de fome e sede alguns soldados e seus filhos mais velhos dirigindo ao forte dos Reis Magos no Rio Grande do Norte e depois Paraíba e Europa. Pero Coelho faleceu em Lisboa, pobre, após tentar cobrar de Portugal os pagamentos pelos serviços prestados nas terras cearenses. Fracassava-se a primeira tentativa pioneira de ocupação do "Siará Grande"...
       

A segunda tentativa de ocupação ocorreu em 1607 com os padres jesuítas Francisco pinto e Luís figueiras, que pretendiam catequizar os silvícolas locais tentado amansam os nativos e indispunha estes com os estrangeiros e piratas que abordavam a região partido de Pernambuco em janeiro daquele ano , os inacianos dirigiam-se de barco para voz do rio Jaguaribe, acompanhados de 60 índios já catequizados desembarcaram no Jaguaribe servindo pelo litoral a pé, rumo a serra de Ibiapaba . Muitos dos nativos desta serra aterrorizados com as brutalidades por pero coelho havia imigrado para o maranhão. Mesmo assim os religiosos iniciaram o trabalho catequético, ate em janeiro de 1608, então foram atacados pelos índios tacarijus. Francisco pinto acabou trucidado pelos nativos, enquanto Luís figueiras conseguiu fugir para ribeira do rio ceará e depois para o rio grande do norte posteriormente relatou sua empreitada em relação do maranhão, o primeiro texto escrito sobre o ceará figueiras, todavia, não muito feliz com relação aos Índios brasileiros, anos depois, em 1643 vítimas de um naufrágio na ilha de Marajó, foi morto e devorado pelos Índios aruás....
Martim soares moreno o fundador do ceará na visão dos historiadores tradicionais Martim soares moreno constitui-se o grande conquistador do ceará.


     Martim soares moreno nasceu em Santiago do cacem, Portugal, em 1585 ou 1586, vindos para o Brasil como soldado do governador-geral. Diogo Botelho. Em 1603, visto acompanhou pero coelho na fracassada bandeira deste, fazendo não obstante amizade com os Índios locais em particular com o chefe potiguar jaçanã aprendido suas línguas e dialetos e familiarizando com os costumes nativos.
         O ano de 1609 encontraria com o tenente do forte dos reis magos, no rio grande fazendo inclusão pelo litoral cearense combatendo traficantes. Em fins de 1611, acompanhado de um padre e seis soldados, regressou para o ceará para efetivar a posse da capitania fundando na barra do rio ceará, com a ajudar dos Índios de jaçanã, um pequeno forte chamado de forte são Sebastião na barra do ceará




Segundo o próprio Martim soares chegou a degolar mais de 200 piratas franceses e holandeses tomando-lhe três navios...
Em, 1613 moreno foi convocado combate a França equatorial, no maranhão ao lado de Jerônimo de Albuquerque, que já havia se destacado na conquista do rio grande ficou o forte de são Sebastião entregue ao comando de Estevão de campos pretendendo estabelecer uma base de operações, Albuquerque construiu em Jeriquaquara um forte- o de nossa senhora do rosário enviando moreno para averiguar as posições francesas no maranhão. O barco do conquistador cearense, porém foi destruído sendo levado por fortes ventos para ilha de são domingos no caribe. Dali moreno seguiu para servilha, Espanha de onde, em 1614 remeteram as autoridades coloniais os informes colhidos nas terras maranhenses.
        Nesse meio tempo, Jerônimo de Albuquerque deixando o forte de Jericoacoara nas mãos de quarenta soldados, regressou a Pernambuco enquanto os homens do forte de são Sebastião enfrentavam mais de duzentos franceses comandado por do praz, que tentavam conquistar aquela posição do rio siará Martim soares moreno retornou ao Brasil em 1615 e 1648 já velho foi para Portugal mesmo assim martim soares moreno é tido pela maioria dos historiadores como fundador do ceará sendo ate mesmo lembrado na obra Iracema de José de Alencar como guerreiro branco martim.
         Os holandeses ocuparam o nordeste brasileiro duas vezes em 1624 a 1625 e 1630 a 1654, em 1637 no mês de outubro, 126 homens comandados por George garstman desembarcaram no mucuripe dirigindo-se para o forte do rio siará na companhia de diversos Índios. O fortim de são Sebastião ocupado por 33 soldados no comando de Bartolomeu brito logo caiu estava temporariamente desfeito o império luso no ceará, mas o branco holandês veio novamente ao ceará em abril de 1649 agora sob o mando de metias beck ás margens do rio Pajeú ergueu o forte Schoonenborch mas em 1654 Matias beck retirou-se do em consequência os portugueses , através do capitão mor Álvaro de Azevedo berreto retomaram o forte Schoonenborch e mudaram o nome para fortaleza de nossa senhora da assunção e em 1799 ceará se tornou capitania autônoma..

Em 1817 houve a revolução “Pernambuco e o ceará onde forram mortos os lideres entre eles Antônio Henrique Rabelo foram fuzilados no passeio publico chamada de praça dos mártires”.
Em 1823 a vila de fortaleza de nossa senhora da assunção foi elevada á categoria de cidade

     Em 1822 houve a vida da família real ao Brasil após o sete de setembro de 1822 algumas províncias dominadas por portugueses recusavam a aceitar a independência do Brasil no ceará o governo local resolveu enviar tropas comandadas por pereira figueiras e Tristão Gonçalves sucederam-se então confrontos entre cearenses e portugueses ate a derrota destes últimos em Caxias do maranhão em agosto de 1823.
                               
      A sedição de pinto madeira foi uma guerra civil ocorrida nos anos de 1831 a 1832 na qual confrontavam os coronéis do Crato buscando o domínio do cariri, em um dos combates o liberal José pinto cidade foi morto, em 1832 pinto madeira rendeu-se. Após vários adiamentos foi julgado e julgado apenas pelo assassinato de José pinto cidade, acabou fuzilado no Crato em 1834.
      O primeiro grande hospital de tratamentos de doentes foi à santa casa de misericórdia construída em 1861 pelo seu fundador Manuel Antônio Duarte de Azevedo na época havia preocupação com a higiene, pois haviam vários cortiços e a falta de higiene e comum , pois trazia muitas doenças , o segundo hospital foi o asilo de alienados de são Vicente de Paula de 1886, hoje asilo da parangaba na prefeitura de Guilherme rocha . Em 1865 formam um conjunto de leis chamado código de postura as leis são a padronização de casas, calçadas retas e desobristuidas vão ser proibidas salgar carnes na calçada, pendura couro e ter chiqueiros multas para quem desobedece em 1906 o sistema de esgotamento de esgotos fossas banheiros fora de casa chamados de quiomas eram barris onde faziam as necessidades e os quiomeiros recolhiam e jogavam ao mar as fontes de aguas na época era a lagoinha e a lagoa dos garrotes no parque das crianças em 1865 a canalização do sitio Benfica e em 1911 a construção das caixas d’água da avenida da universidade, em 1866 a mudança do cemitério são Casimiro no croata para são João batista no centro de fortaleza onda a alta classe na época da belle époque foi sepultada o passeio publico construído em 1877 dividia em três classes sociais na caio de padro os ricos passeavam, na carapina a classe média e os pobres na padre morroró .
                                
       Um dos personagens mais conhecidos na época foi o bode ioiô 1915 a 1931 conhecidos por ser boêmio e ate vereador ele foi eleito como uma forma de protestos, todos adoravam ela andava para cima e para baixo na cidade de fortaleza tanto era amado que ate hoje o bode esta empelado no museu onde seu rabo foi roubado e ninguém sabe quem foi o ladrão o bode ioiô já foi empalhado pela terceira vez e ja´não pode ser, mas empalhado.

O café Java e a padaria espiritual

       

O primeiro governado que se preocupou com fortaleza foi Sampaio quer trouxe silva paulet e em 1902 Guilherme rocha da o nome oficialmente a Praça do Ferreira, fazendo quatro cafés em cada ponta da praça o Java, Iracema, elegante e do comércio o café era onde os intelectuais e políticos  da época se reuniam e formavam a padaria espiritual em 1892 os fundadores eram Antônio Sales, Adolpho caminha e Henrique Jorge com o jornal o pão...
           Em 1884 o ceara´foi o pioneiro na abolição, em 1881 houve uma grande greve dos jangadeiros os lideres abolicionistas era fco José do nascimento e Chico da Matilde conhecido por dragão do mar em fortaleza abolicionista Antônio Sales e bezerra de Menezes lutavam comprando escravos e libertando-os ou com planos de fulga e não trazendo, mas escravos em barcos dragão do mar impediram-o o transporte de escravos no poço da draga local hoje onde vai ser construído o aquário milionário que vai encher o bolso da rede hoteleira de fortaleza...

A oligarquia acciolyna o domínio politico e nogueira accioly por oligarquia acciolina entenderam o grupo politico liderado pelo comendador Nogueira accioly, que dominou de forma autoritária, nepótica, despótica, corrupta e monolítica o estado do ceará entre 1896 e 1912.
O primeiro mandado de nogueira acioly 1896-1900
Frustrando todas as expectativas do povo cearense, Accioly utiliza-se do poder para desenvolver a sua oligarquia. Tinha todo o apoio do governo federal e estadual, para os quais era considerado um homem honrado e íntegro. Assim manipulou a política de forma que favorecesse familiares e correligionários. Accioly não deu prioridade a setores responsáveis pelo desenvolvimento do estado. Preferiu voltar-se para a construção de obras onde pudesse tirar vantagem pessoal. Como exemplo podemos citar a construção de cinco pontes sobre o rio Pacotí, encomendadas à França através da Casa Boris Freires. O dinheiro das pontes apareceu nas contas do Estado, mas as pontes nunca foram construídas. Não podemos esquecer-nos de dizer que Boris era correligionário de Accioly.
Durante a seca que assolou o estado em 1898 e 1900 a oligarquia acciolina fez vistas grossas ao sofrimento sertanejo. Além da fome, ocorreu no estado uma epidemia de varíola. Rodolfo Teófilo, opositor de Accioli, fabricava vacina contra a varíola, saia conscientizando o povo e aplicando-a em quem permitisse. O grupo acciolino perseguiu a Teófilo, alegando que ele assim agia para desmoralizar o governo.
Terminando o seu quadriênio, Accioly foi substituído por Dr. Pedro Borges que a princípio quis voltar-se contra seu antecessor, mas acabou fazendo um acordo com ele. Acordo este que beneficiou a ambos. Borges governou o ceará até 1904, com grande influência de Accioly. Durante o governo de Borges foi criada a Academia Livre de Direito do Ceará, feita com um único propósito: beneficiar os filhos de Accioly.
                                          
O segundo mandato 1908-1912
A oposição e o povo de Fortaleza continuou a sua luta contra o domínio acciolino. Mas ainda não foi dessa vez. Em 1908 Accioly é eleito novamente presidente do Ceará, do ano de 1908 a 1912 quando foi deposto. Muito movimento surgiu para derrubar Accioly do poder. O mais importante deles foi a Passeata das Crianças. Liderada por mulheres cearenses, cerca de seiscentas crianças, todas vestidas de branco, com laços verdes-amarelos e ostentando no pescoço um medalhão do coronel Marcos Franco Rabelo desfilou pelas ruas de Fortaleza, cantando e sendo olhadas por, mais ou menos, oito mil pessoas.
O Babaquara, como era conhecido Accioly, enviou a polícia para combater o movimento. Esta agiu com rigor, tendo ocasionado a morte de várias pessoas. A reação de Accioly causou revolta no povo fortalezense que se armou com o que pôde para tirar o Babaquara do poder. Accioly resolveu então renunciar. O responsável pelas negociações foi coronel José Faustino. A oposição aceitou a renúncia de Accioly desde que se cumprissem algumas condições.

O fim de accioly foi quando franco Rabelo decide ser candidato o povo o apoiou cansados já de accioly, mas accioly colocou domingos Vasconcelos com 78 anos para ser seu candidato no intuito que o velho morresse e accioly tomaria o poder, conseguiu que um amigo, coronel José Faustino viesse comandar a inspetoria militar cearense para coagir os rabelistas o povo estava animado com a possibilidade de depor accioly em 21 de janeiro de 1912 a liga feminista pró-rabelo organizado pelas senhoras e senhoritas da sociedade fizeram uma passeata chamada passeata das crianças líder foi Odele de Paula pessoa de 14 anos e 600 crianças e cerca de 8.000 pessoas acompanhavam chagando na Praça do Ferreira a cavalaria os atacou varias pessoas foram pisoteadas uma criança de 10 anos foi morta com um tiro dado pelo um soldado este morto por um cabo do exército revoltado com o quer presenciava revoltada, mas de 1500 pessoas cercaram o palácio do governo e cortavam o fornecimento de luz, água, e alimentos onde accioly ali estava refugiado nos dias 21, 22, 23, e 24 de janeiro de 1912 fortaleza virou uma praça de guerra às pessoas pegaram ate um canhão, mas esqueceram da bala do canhão o coronel José Faustino e o arcebispo de fortaleza Joaquim José vieira pediram que accioly se entrega-se, mas o carrasco recusou então o velho accioly ficou só sem aliados e em 24 de janeiro de 1912 ele renúncia accioly fugiu em 26 de janeiro em um barco para a capital do país no barco sofreu um atentado a faca por Antônio Clementino umas das tantas vítimas de suas perseguições accioly escapou, mas seu filho Antônio accioly filho morreu então carvalho mota ficou com a previdência do ceará depois franco Rabelo ganhou a eleição, mas teve o movimento a sedição de juazeiro com o médico baiano floro Bartolomeu e o padre Cícero apoiadores do accioly era favorecidos quando accioly estava no poder por isso recusava-se que franco Rabelo assume-se...
Sedição de Juazeiro  

A Revolta ou Sedição de Juazeiro foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearenses e o governo federal provocado pela interferência do poder central na política estadual nas primeiras décadas do sec. 20. Ocorreu no sertão do cariri, interior do Ceará, e centralizou-se em torno da liderança de Floro Bartolomeu e padre Cícero Romão Batista.
Após a revolta, padre Cícero sofreu retaliações políticas e foi excomungado pela igreja católica no fim da dec. 20. Entretanto, permaneceu como eminência parda da política cearense por mais de uma década e não perdeu sua influência sobre a população camponesa, que passou a venerá-ucomo santo e profeta. Em Juazeiro do Norte, um enorme monumento erguido em sua homenagem atrai, todos os anos, multidões de peregrinos.
 Origem
Com o intuito de conter seus opositores, o presidente Hermes da Fonseca criou a politica das salvações que consistia em promover intervenção federal nos estados evitando que oposicionistas fossem eleitos para o governo estadual. O marechal Hermes da Fonseca decidiu intervir no estado do Ceará com objetivo de neutralizar o poder das oligarquias mais poderosas da região, que estavam sob controle do senador gaúcho José gomes pinheiro machado, um político com muita influência sobre os coronéis do norte e nordeste brasileiro.
Eleito intendente (prefeito) de Juazeiro em 1911, padre Cícero envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter no poder regional a família Acioly. Em 1912, a intervenção federal no Ceará derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o coronel Marcos franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de vice-governador, na qual padre Cicero Romão Batista foi eleito, acumulando também o cargo de intendente de Juazeiro do norte Naquela época, o padre Cícero já era conhecido no sertão nordestino por ser considerado um homem santo e "fazedor de milagres". Chamavam-no de "Padim Ciço".
Em 1914 Franco Rabelo rompeu com o partido republicano conservador (PRC), e iniciou uma perseguição a Padre Cicero, destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O deputado federal Floro Bartolomeu, aliado de Pinheiro Machado, montou um batalhão para defender Padre Cicero, seu amigo. O grupo era formado por jagunços e romeiros, era a união da força de Floro com o carisma de Cícero.
Padre Cicero
Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844 — juazeiro do norte, 20 de julho de 1934) foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular, é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço
Nascido no interior do Ceará era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos seis anos, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.
Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno.
Politica.

Era filiado ao extinto (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado à cidade. Em 1926 foi eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo.
Em 4 de outubro de 1911, o padre Cícero e outros 16 líderes políticos da região se reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação mútua bem como o compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira accioly. O encontro recebeu a alcunha de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante passagem na história do coronelismo brasileiro.
Em 1913, foi destituído do cargo pelo governador Marcos franco Rabelo, voltando ao poder em 1914, quando Franco Rabelo foi deposto no evento que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro. Foi eleito, ainda, vice-governador do Ceará.
Ao fim dos anos 20, o padre Cícero começou a perder a sua força política, que praticamente acabou depois da revolução de 1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.
 Ligação com o cangaço
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão. Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.
O certo é que ao chegarem a Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a coluna prestes.
 Falecimento
O padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90 anos. Encontra-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na mesma cidade do Ceará.
Proprietário de terras de gado e de diversos imóveis, Cícero fazia parte da sociedade e politica conservadora do Sertão do Cariri. Sempre teve o médico Floro Bartolomeu como o seu braço direito, e integrava o sistema político cearense que ficou sob o controle da família Accioly durante mais de duas décadas.
Lampião Virgulino Ferreira da silva
Há grande controvérsia sobre a data de nascimento de Lampião. As mais citadas são:
·        Sete de julho de 1897 datas do Registo civil.
·        Quatro de julho de 1898 É a data citada em sua Certidão de seu batismo, uma das mais citadas na literatura de cordel. A data de seu batismo é geralmente aceita por muito devido ao costume das regiões do semiárido de se batizar as crianças primeiro e apenas registrá-las tempos depois, devido a um misto de religiosidade e desconfiança em relação ao poder civil constituído e a um "enquadramento administrativo" por parte deste.
·        12 de fevereiro de1900-1901, data dada segundo Antônio Américo de Medeiros pelo próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense Leonardo mota, em 1926, no Juazeiro do Norte.
A questão de sua data de nascimento torna-se ainda mais relevante no contexto em que se instituem datas comemorativas em seu nome, como o “Dia do xaxado, projeto da Câmara Municipal de Serra telhada que escolheu a data de sete de julho, o que correspondente ao seu registro civil”.
Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra talhada, no semiárido do estado de Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião.
Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem de atitudes violentas e rudes. Tornou-se um mito em termos de disciplina. O bando chamava os integrantes das volantes de "Macacos" - uma alusão ao modo como os soldados fugiam quando avistavam o grupo de Lampião: "pulando”. Durante os 19 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potentes. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester.

Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. No nordeste do Brasil, sua história é contada diferente de todos os outros Estados do País. Lá, Lampião é conhecido como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.
Era devoto de Padre Cicero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte.
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestiam-se como cangaceiros e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos, além de outros dois natimortos.
Você sabia?
1.  O primeiro prefeito de fortaleza foi Joaquim Lopes de Abreu.
2.  Em 1823 a vila de fortaleza de nossa senhora da assunção foi elevada á categoria de cidade com a nova denominação de fortaleza da nova Bragança este fato gerou por muitos anos briga a cerca do nome oficial da cidade segundo.
3.  O primeiro registrador iconográfico de nossa cidade foi Manuel francês no sec. 18 e inicio do sec. 19.
4.  Ali foi erguida a forca que permaneceu de pé até 1831, porém em 1824 por falta de carrasco foram fuzilados os presos da confederação do equador não Passeio publico.
5.  Em fortaleza um dos principais pontos turísticos e o complexo centro. das edificações que compõem o referido complexo ,a que foi construída no período colonial foi o forte de nossa senhora da assunção.
6.  O engenheiro responsável pelo projeto inicial do forte Schoonenborch cujas se feições se mantiveram ate 1812 foi Ricardo caar.
7.  O navegador espanhol Vicente yanez pinzon esteve no ceará antes da chegada de Pedro alvares Cabral ao brasil.
8.  Atualmente tem sido discutindo na assembleia legislativa do ceará a mudança da data de comemoração do aniversario de Fortaleza afirma-se a cidade não nasceu em 13 de abril de 1726 e sim em 25 de julho de 1604 o argumento e que a fundação de nova Lisboa, por pero coelho de souza  que tinha como objetivo o primeiro núcleo populacional da capitania.
9.  Em 1973 foi inaugurado o estádio castelão na então distante região da boa vista o nome oficial do castelão é plácido Aderaldo castelo.
10.Do período da belle époque varias grandes obras foramrealizadas entre elas o treato José de Alencar.
11.A oligarquia acciolyna dominou o estado durante quase 20 anos 1896-1912 terminou após a revolta popular que depôs nogueira accioly.
12.A ponte dos ingleses construída em 1923 foi durante muito tempo utilizado como porto, embarque e desembarque de pessoas.
13.O primeiro cemitério da cidade foi é Casimiro 1844.
14.O segundo cemitério da cidade foi são João batista.
15.Durante o século 19, fortaleza consolida sua liderança urbana no ceará graças à cultura do algodão.
16.Após anos de agitação ,nas décadas de 1870 e 1880 ,o ceará em 25 de março de 1884, tomou à decisão histórica de abolir seus cativos a cidade de fortaleza tem participação nesse feito, pois em 1881 houve uma greve de jangadeiros que impediu que no porto de fortaleza embarcassem escravos para o sul do país.
17.Podemos enumerar varias causa para a denominação de nogueira accioly, contudo um em especial foi o estopim para a sua saída. o estopim para a revolta de 11 de janeiro foi o ataque da cavalaria a passeata das crianças, o que gerou uma revolta popular que culminou com a renuncia do velho oligarca.
18.Construído em 1910 o treato José de Alencar inovou a arquiteto cearense por trazer um estilo arquitetônico até então inédito no nordeste brasileiro o estilo e de art. nouveau de estrutura metálica vinda da Escócia.
19.Em 1726 fortaleza era vila, mas em 1823, fortaleza e elevada pelo imperador d.Pedro um á condição de cidade com nome fortaleza de nova Bragança.
20.A primeira partida no estádio presidente Vargas foi ferroviário x traminays
Fortaleza "belle époque"


·        Belle époque era um termo francês que representava a euforia europeia iniciou na segunda metade do sec. 19 e na primeira metade do sec. 20 de 1860 á 1930 período de prosperidade de embelezamento, aformoseamento, urbanização e modernismo com forte influencia francesa com o domínio da Inglaterra que estava na revolução industrial o ceará vai abastecer todo o mercado de algodão com a guerra civil americana em 1861 a 1864 o norte dos estados unidos entra em conflito com o sul e então o norte ganhar do sul e todo algodão e dizimado na guerra civil então passa a vender o algodão e com isso ganhar muito dinheiro então começa a ter grande influencia dos costumes da Europa e tudo e trazido da Europa na época os dois produto que pesam na época e o café de são Paulo e o algodão do ceará toda influencia e educação era do francês então e trazido o arruador Adolpho herbster engenheiro chega em 1875 e trazido, chamado por Antônio Rodrigues Ferreira prefeito na época conhecido como boticário Ferreira, mas Adolpho herbster ele não conseguir então chamam silva pauler arruar em 1875 ele higienizar a cidade alinhar as ruas de fortaleza em 90 graus ele fez o aliamento no caso de uma revoltar as ruas retas facilitam a visão de um soldado das ruas na encruzilhada e pensavam na época que as ruas retas as doenças era trazidas pelo vento então achavam que retas o vento levavam as doenças pra fora da cidade e disciplina o crescimento em traçado xadrez que se inspirou em paris por isso o nome paris dos trópicos, mas melhora começa em 1855 que iniciou o mento da praça ele faz uma planta de fortaleza topográfica faz três bulevares que é imperador, Duque de Caxias e dom Manuel e fortaleza com um grande crescimento de comercio os profissionais liberais vindo de outras cidades e do exterior fortaleza tem os moldes dos padrões estéticos das grandes metrópoles europeias fortaleza incorporou equipamentos urbanos praças, bondes, fotografias, bulevares e cafés tudo de aparência europeia o passeio. Publico se tornou o ponto de encontro das elites a Praça do Ferreira também recebe grandes jardins com adornos idênticos a do passeio publico as lojas tem seus nomes em francês o mercado de ferro todo em art. Nouveau um estilo que reinou na belle époque foi um das melhores épocas de fortaleza ate hoje lembrado e estudado com um período da historia de fortaleza de grande estilo e classe e modernidade...
   Palacete Plácido Carvalho - que já não existe mais. Encontre outras pérolas da história urbanística de Fortaleza.

                                   
Geografia de fortaleza

Localização: latitudinal e longitudinal, lat. 03 43'01'' 5  lon 38 32'34'' 0
Mesorregião: região metropolitana de fortaleza
Área: 313,14 km dois
População: 2.447.409 hab. em 2010
Densidade demográfica: 7.815,7h/km2
Altitude máxima: 21 m
Clima: intertropical equatorial
Fuso horário: utc-3
Municípios limítrofes: Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Euzébio e Aquiraz.
Mesorregião: sete é noroeste, norte, jaguaritaca, sertão - central e inhambus, centro sul, sul cearense e metropolitana.
Médias de chuvas anuais 1.600 temperatura média 27 graus
Região metropolitana é: Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Euzébio, Aquiraz, são Gonzalo do Amarante, Maranguape, Pacatuba, Guaiuba, horizonte, Pacajus, Chorozinho, pindorama e cascavel.
Litoral 34 km de praias, fortaleza tem 15 praias oficiais, o litoral vai da foz do rio ceara na barra do ceara ate a foz do rio cocó no rio cocal/messe Jana sabiaguaba.
Bairros 116 divididos em seis secretarias executivas regionais (ser)
Os rios que banham fortaleza rio casario Maceió, Rio Pajeú o parque do cocó esta entre as cinco maiores áreas verde protegidas numa zona urbana, da américa-latina a vegetação original de fortaleza e tipicamente mangue em relação ao relevo de fortaleza podemos dizer que se caracteriza por estar em uma média de pequena altitude, sem grandes montanhas a bandeira de fortaleza e um dos símbolos oficiais do município de fortaleza ,capital do ceara foi adotada em 11 de novembro de 1958 e idealizado por saca correia do Amaral tritão Araripe criou o brasão o potencial turístico e latentes de seus emolumentos históricos o mais visitado e a estatua de Iracema localizada e construída de forma curiosa no centro da lagoa do poaia em messe Jana o lema da cidade presente em seu brasão e (fortitudine)que em português quer dizer força, valor e coragem potencial econômico compreende os setores secundários e terciário nos últimos vinte anos teve um aumento crescente no turismo ,a atual sede do governo do estado do ceara fica na capital conhecida como palácio da abolição , geograficamente a regional seis e a maior e a cidade de fortaleza esta localizada em baixa latitude logo próximo a linha do equador ao sul do equador e a oeste de greenwich... 




                                    caldeirão do beato josé lourenço


A fazenda Caldeirão da Santa Cruz do Deserto representou para as elites cearenses um ―antro de fanatismo‖ e ―comunismo primitivo‖. Já para os seus ex-moradores, de forma geral, ela foi um reduto de ―bondade cristã‖. Mediante esse caráter, o presente artigo de teor bibliográfico, pretende discutir como um projeto de sociedade construído naquela fazenda pelo Beato José Lourenço pode ir de encontro aos anseios da população sofrida do Nordeste, e concomitantemente, pode ter provocado o medo e a repressão violenta por parte das autoridades cearenses e nacionais. O Caldeirão era um espaço onde o trabalho coletivo e a religiosidade, eram os pilares da organização social. O modo de vida ali perpetuado era regido por uma ética onde o fruto do trabalho era dividido de acordo com a necessidade de cada família, constituindo-se assim numa sociedade alternativa às práticas exploratórias vigentes naquele tempo e espaço. Palavras -chave: Luta social; religiosidade popular; movimentos messiânicos

Localizada na região do Cariri cearense, o Caldeirão era uma fazenda habitada por migrantes nordestinos sob um regime de trabalho e orações. Seu líder espiritual, o Beato José Lourenço, agia num prisma religioso, que também era econômico, político e social, haja vista que o modo de vida ali perpetuado abrangia esses aspectos. Toda a produção agrícola e posteriormente de produtos artesanais variados, era dividida entre os próprios habitantes do lugar, num sistema de auxílio mútuo. O fruto do trabalho era um bem de todos, em suma. Assim, este trabalho está pautado em leituras bibliográficas sobre a experiência religiosa, política, econômica e por fim social que representou-se na comunidade agrícola do Caldeirão
A primeira experiência no sítio Baixa Danta
O surgimento da comunidade do Caldeirão é precedido por uma experiência similar ocorrida no sitio Baixa Danta. Contudo, ambos os casos estão imbricados na figura de seu fundador e líder espiritual e político, José Lourenço Gomes da Silva àquela altura já conhecido simplesmente como Beato José Lourenço. Isso porque desde que chegou a Juazeiro por volta de 1890 a fim de visitar seu pai que para lá migrara — como tantos outros

O fim do Caldeirão foi promovido pela força policial do Estado contando com o apoio da Igreja e de latifundiários, ambos com motivos próprios para isso. Os últimos por razões já expostas e a igreja pela afronta ao processo de romanização que implementava, sobretudo após o Concílio Vaticano I (1869-1870) que estabelecia o fortalecimento da hierarquia no funcionamento da estrutura clerical. Afronta, porque o catolicismo popular incluía elementos que o distanciava das práticas impostas pela hierarquia dominante, ousando a um rompimento com as estruturas de subordinação ali imbricadas. As autoridades no âmbito nacional temiam por sua vez, que aquela ―aglomeração‖ transformasse-se em uma célula de ―comunismo primitivo‖. Acusação que seria usada como justificativa para a perseguição
                       
                      praça dos mártires
  
 A Praça dos Mártires, também conhecido como Passeio Público, é a mais antiga praça da cidade de Fortaleza, Ceará. Além da bela vista para o mar, o praça possui como atrativos naturais diversas árvores centenárias, como o famoso baobá plantado por Senador Pompeu em 1910. Seu nome atual foi definido em 11 de janeiro de 1879 pela Câmara Municipal de Fortaleza.
A praça foi planejada na década de 1820 por Silva Paulet. Durante o governo de José Félix de Azevedo e Sá a área foi cuidada e nesta época houve a execução dos revolucionários da Confederação do Equador: Azevedo Bolão, Feliciano Carapinima, Francisco Ibiapina, Padre Mororó e Pessoa Anta, que foram executados naquele local em 1825.

Em todas as plantas de Adolpho Herbster houve menção a futura praça que em 1864, o então governador da província encomendará ao Engenheiro da Província os orçamentos das obras.



CLÓVIS BEVILÁQUA 
 
O jurista, filósofo, e literato Clóvis Beviláqua nasceu em Viçosa do Ceará, no Estado do Ceará, no dia 4 de novembro de 1859, filho de José Beviláqua e Martiniana Maria de Jesus.
Passou a infância em sua cidade natal, onde fez o curso primário. Aos dez anos seu pai o enviou a cidade de Sobral para receber educação superior à ministrada em sua localidade. Seguiu depois para Fortaleza, continuando os estudos no Ateneu Cearense e no Liceu do Ceará. Em 1876, embarca para o Rio de Janeiro objetivando ultimar os preparatórios no Externato Jasper e no Mosteiro São Bento. Nesse período, o jovem Clóvis, então com 17 anos, dá início às suas atividades de homem das letras, fundando com Paula Ney e Silva Jardim, o jornal "Laborum Literarium".
Em 1878, viaja para o Recife matriculando-se no curso de Direito. Torna-se bacharel em 1882. Nesta cidade, teve uma vida acadêmica bastante intensa, pois ligou-se ao grupo de jovens responsáveis pela chamada "Escola do Recife", mobilizando o ambiente intelectual da época. Seguidor dos ideais positivistas na Filosofia, participou da Academia Francesa do Ceará, ao lado de Capistrano de Abreu, Rocha Lima e outros.
Em 1883, é nomeado promotor público de Alcântara, no Maranhão. Trabalhou ainda como bibliotecário (1884), professor catedrático de filosofia (1889) e de legislação comparada (1891) em sua antiga faculdade. Após a proclamação da República(1981), foi eleito deputado à Assembleia Constituinte pelo Ceará, colaborando ativamente na elaboração da constituição estadual. Foi ainda consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores (1906-1934), membro da Corte Permanente de Arbitragem e presidente honorário da Ordem dos Advogados Brasileiros.
À época do convite do Presidente Epitácio Pessoa(1899), então Ministro da Justiça do Presidente Campos Sales, para preparar o projeto de Código Civil Brasileiro, Beviláqua já despontava como mestre do direito, com diversas obras importantes, como Direito das obrigações (1896), Direito de família (1896), Criminologia e direito (1896) e Direito das sucessões (1899).
Concluído em seis meses, o projeto de Código Civil, depois de revisado, foi encaminhado ao Congresso, onde deu origem à memorável polêmica entre Rui Barbosa, então senador, e o filólogo Ernesto Carneiro Ribeiro sobre seus aspectos lingüísticos. Em resposta ao Parecer sobre a redação do projeto da Câmara dos Deputados, de Rui Barbosa, Carneiro Ribeiro escreveu as Ligeiras observações sobre as emendas do dr. Rui Barbosa feitas à redação do projeto de Código Civil, que provocaram a famosa Réplica de Rui. Carneiro Ribeiro revidaria, em 1905, com uma tréplica.
Clóvis Beviláqua, homem de grande modéstia, defendeu seu trabalho em 1906 (Em defesa do projeto de Código Civil Brasileiro) e só opinou sobre o código dez anos mais tarde, em Código Civil dos Estados Unidos do Brasil comentado (1916-1919, em seis volumes), na época em que foi sancionado pelo presidente Venceslau Brás.
O projeto representou uma sedimentação de soluções brasileiras e estrangeiras. Era considerado, em substância, superior ao código aprovado e promulgado, mas as numerosíssimas emendas de redação lhe aprimoraram a forma. Foi saudado pela crítica nacional e internacional como modelo de clareza e boa técnica. A doutrina de Clóvis Beviláqua era a de seu tempo, de liberalismo político e econômico, mas já com certo sentido social.
Somente depois de dezesseis anos de discussões, em 10 de janeiro de 1916, o seu anteprojeto era transformado no Código Civil brasileiro, libertando-nos, afinal, das Ordenações do Reino, que nos tinham vindo da época colonial, e vigiu até o advento da Lei n.10.406, de 10 de janeiro de 2002 que entrou em vigor em todo o território nacional em 11 de janeiro de 2003.
Beviláqua foi membro da Academia Brasileira de Letras, como um de seus fundadores, ocupando a cadeira nº 14. Não chegou a freqüentar a Academia; sua participação mais importante foi o discurso de recepção a Pedro Lessa (1910). Em 1930, teve sérios atritos com a entidade, por ter esta recusado a inscrição de sua mulher, a escritora Amélia de Freitas Beviláqua, com quem se casou em 1884. Clóvis Beviláqua defendeu-lhe a pretensão em parecer de poucas linhas, argumentando que aquilo que o regulamento não proíbe, permite.
Autor de vasta e valiosa obra no campo do direito, num período de sessenta anos, Clóvis Beviláqua morreu no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1944.



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