História de Fortaleza
Por Paulo César e Ivan de Souza
Por Paulo César e Ivan de Souza
Um dos primeiros navegantes oficiais a aportar em terra brasileira foi o navegador espanhol, Vicente Yunes Pizon em 26 de janeiro de 1500 aportou na atual enseada do Mucuripe que chamou de rostro hermozo
e batiza as terras de S. Maria de La Consolacion, mas pela vigência do
tratado de Tordesilhas o mérito “descoberta” foi dado ao segundo
navegador que foi Pedro Álvares Cabral.
Então quem descobriu o Brasil?
O Brasil foi mesmo descoberto?
Imaginemos
como os índios ficaram perplexos ao verem portugueses e espanhóis
discutindo quem descobriu as terras que já viviam há centenas de anos.
No
chamado período pré-colonial o Brasil ficou praticamente esquecido por
Portugal, explica isso, o fato dos lusitanos estarem, sobre maneira,
voltados para o comercio e lucros de especiarias orientais e pela
ausência de riquezas minerais no litoral brasileiro.
Foi
apenas a partir de 1530 que Portugal decidiu definitivamente colonizar
o Brasil, o temor era perder a posse da terra para ingleses, franceses
e holandeses, logo se conclui que no sec. VI, ficou o Ceara´esquecido
pela coroa portuguesa. As razões mais prováveis foram: as correntes
aéreas e marítimas que dificultavam o acesso à costa cearense e a
oposição dos índios à presença do invasor português.
A
maior prova do abandono cearense no primeiro século da ocupação lusa
aconteceu ao criador do sistema das capitanias hereditárias em 1534. O
donatário do Siará grande assim chamado o Ceará na época, Antônio
Cardoso de Barros, nunca se interessou pela concessão destas terras onde
jamais pôs os pés, embora tivesse ocupado o cargo de provedor-mor da
Bahia no Governo Geral de Tomé de Sousa. Cardoso de barros, inclusive
faleceu em 1556, ao lado do primeiro bispo do Brasil Dom Pero Fernandes
Sardinha, devorado pelos índios Caetés, após um naufrágio na costa de
Alagoas.
Dessa forma a primeira tentativa oficial de ocupação do Ceará, em 1603 com o açoriano Pero Coelho de Souza,
este obteve de Diogo Botelho, Governador-Geral do Brasil, a patente de
capitão mor e o direito de organizar uma bandeira na pretensão de
explorar o Rio Jaguaribe, combater os piratas estrangeiros, descobrir
minas e oferecer paz aos índios. Partindo á frente de 200 índios mansos
já submissos ao conquistador e de 65 soldados entre os quais o jovem Martim Soares Moreno,
pero coelho atingiu o litoral à serra de Ibiapaba, onde travou combate
com índios tabajaras e alguns franceses então aliados, derrotando os
adversários, pero coelho tentou seguir para o Maranhão, mas só atingiu o
rio Parnaíba (Piauí) pois seus homens, cansados , maltrapilhos e
famintos recusavam a prosseguir, na viagem de retorno ao litoral o
capitão-mor fundou as margens do Rio Ceará o Forte de São Tiago e o povoado de Nova Lisboa, chamado a área de Nova Lusitânia.
Ficou
ali pouco tempo, índios resistindo com o comportamento brutal dos
"civilizados" europeus passaram a atacar o fortim. Pero então se retirou
para o rio Jaguaribe construindo nas margens deste o Forte de São Lourenço,
contudo a pesada seca de 1605 a 1607, a primeira registrada pela
historiografia local, e os persistentes ataques indígenas levaram pero
coelho a deixar o Siará em dolorosa caminhada em que pereceram de fome e
sede alguns soldados e seus filhos mais velhos dirigindo ao forte dos
Reis Magos no Rio Grande do Norte e depois Paraíba e Europa. Pero
Coelho faleceu em Lisboa, pobre, após tentar cobrar de Portugal os
pagamentos pelos serviços prestados nas terras cearenses. Fracassava-se
a primeira tentativa pioneira de ocupação do "Siará Grande"...
A segunda tentativa de ocupação ocorreu em 1607 com os padres jesuítas Francisco pinto e Luís figueiras,
que pretendiam catequizar os silvícolas locais tentado amansam os
nativos e indispunha estes com os estrangeiros e piratas que abordavam a
região partido de Pernambuco em janeiro daquele ano , os inacianos
dirigiam-se de barco para voz do rio Jaguaribe, acompanhados de 60
índios já catequizados desembarcaram no Jaguaribe servindo pelo litoral a
pé, rumo a serra de Ibiapaba . Muitos dos nativos desta serra
aterrorizados com as brutalidades por pero coelho havia imigrado para o
maranhão. Mesmo assim os religiosos iniciaram o trabalho catequético,
ate em janeiro de 1608, então foram atacados pelos índios tacarijus.
Francisco pinto acabou trucidado pelos nativos, enquanto Luís figueiras
conseguiu fugir para ribeira do rio ceará e depois para o rio grande do
norte posteriormente relatou sua empreitada em relação do maranhão, o
primeiro texto escrito sobre o ceará figueiras, todavia, não muito
feliz com relação aos Índios brasileiros, anos depois, em 1643 vítimas
de um naufrágio na ilha de Marajó, foi morto e devorado pelos Índios
aruás....
Martim soares moreno o fundador do ceará na visão dos historiadores tradicionais Martim soares moreno constitui-se o grande conquistador do ceará.
Martim soares moreno nasceu em Santiago do cacem, Portugal, em 1585 ou
1586, vindos para o Brasil como soldado do governador-geral. Diogo
Botelho. Em 1603, visto acompanhou pero coelho na fracassada bandeira
deste, fazendo não obstante amizade com os Índios locais em particular
com o chefe potiguar jaçanã aprendido suas línguas e dialetos e
familiarizando com os costumes nativos.
O ano de 1609 encontraria com o tenente do forte dos reis magos, no
rio grande fazendo inclusão pelo litoral cearense combatendo
traficantes. Em fins de 1611, acompanhado de um padre e seis soldados,
regressou para o ceará para efetivar a posse da capitania fundando na
barra do rio ceará, com a ajudar dos Índios de jaçanã, um pequeno forte
chamado de forte são Sebastião na barra do ceará.
Segundo o próprio Martim soares chegou a degolar mais de 200 piratas franceses e holandeses tomando-lhe três navios...
Em,
1613 moreno foi convocado combate a França equatorial, no maranhão ao
lado de Jerônimo de Albuquerque, que já havia se destacado na conquista
do rio grande ficou o forte de são Sebastião entregue ao comando de
Estevão de campos pretendendo estabelecer uma base de operações,
Albuquerque construiu em Jeriquaquara um forte- o de nossa senhora do
rosário enviando moreno para averiguar as posições francesas no
maranhão. O barco do conquistador cearense, porém foi destruído sendo
levado por fortes ventos para ilha de são domingos no caribe. Dali
moreno seguiu para servilha, Espanha de onde, em 1614 remeteram as
autoridades coloniais os informes colhidos nas terras maranhenses.
Nesse meio tempo, Jerônimo de Albuquerque deixando o forte de
Jericoacoara nas mãos de quarenta soldados, regressou a Pernambuco
enquanto os homens do forte de são Sebastião enfrentavam mais de
duzentos franceses comandado por do praz, que tentavam conquistar aquela
posição do rio siará Martim soares moreno retornou ao Brasil em 1615 e
1648 já velho foi para Portugal mesmo assim martim soares moreno é
tido pela maioria dos historiadores como fundador do ceará sendo ate
mesmo lembrado na obra Iracema de José de Alencar como guerreiro branco
martim.
Os holandeses ocuparam o nordeste brasileiro duas vezes em 1624 a 1625
e 1630 a 1654, em 1637 no mês de outubro, 126 homens comandados por
George garstman desembarcaram no mucuripe dirigindo-se para o forte do
rio siará na companhia de diversos Índios. O fortim de são Sebastião
ocupado por 33 soldados no comando de Bartolomeu brito logo caiu estava
temporariamente desfeito o império luso no ceará, mas o branco holandês
veio novamente ao ceará em abril de 1649 agora sob o mando de metias
beck ás margens do rio Pajeú ergueu o forte Schoonenborch mas em 1654
Matias beck retirou-se do em consequência os portugueses , através do
capitão mor Álvaro de Azevedo berreto retomaram o forte Schoonenborch e
mudaram o nome para fortaleza de nossa senhora da assunção e em 1799
ceará se tornou capitania autônoma..
Em
1817 houve a revolução “Pernambuco e o ceará onde forram mortos os
lideres entre eles Antônio Henrique Rabelo foram fuzilados no passeio
publico chamada de praça dos mártires”.
Em 1823 a vila de fortaleza de nossa senhora da assunção foi elevada á categoria de cidade
Em 1822 houve a vida da família real ao Brasil após o sete de setembro
de 1822 algumas províncias dominadas por portugueses recusavam a
aceitar a independência do Brasil no ceará o governo local resolveu
enviar tropas comandadas por pereira figueiras e Tristão Gonçalves
sucederam-se então confrontos entre cearenses e portugueses ate a
derrota destes últimos em Caxias do maranhão em agosto de 1823.
A sedição de pinto madeira foi uma guerra civil ocorrida nos anos de
1831 a 1832 na qual confrontavam os coronéis do Crato buscando o domínio
do cariri, em um dos combates o liberal José pinto cidade foi morto,
em 1832 pinto madeira rendeu-se. Após vários adiamentos foi julgado e
julgado apenas pelo assassinato de José pinto cidade, acabou fuzilado no
Crato em 1834.
O primeiro grande hospital de tratamentos de doentes foi à santa casa
de misericórdia construída em 1861 pelo seu fundador Manuel Antônio
Duarte de Azevedo na época havia preocupação com a higiene, pois haviam
vários cortiços e a falta de higiene e comum , pois trazia muitas
doenças , o segundo hospital foi o asilo de alienados de são Vicente de
Paula de 1886, hoje asilo da parangaba na prefeitura de Guilherme rocha
. Em 1865 formam um conjunto de leis chamado código de postura as leis
são a padronização de casas, calçadas retas e desobristuidas vão ser
proibidas salgar carnes na calçada, pendura couro e ter chiqueiros
multas para quem desobedece em 1906 o sistema de esgotamento de esgotos
fossas banheiros fora de casa chamados de quiomas eram barris onde
faziam as necessidades e os quiomeiros recolhiam e jogavam ao mar as
fontes de aguas na época era a lagoinha e a lagoa dos garrotes no parque
das crianças em 1865 a canalização do sitio Benfica e em 1911 a
construção das caixas d’água da avenida da universidade, em 1866 a
mudança do cemitério são Casimiro no croata para são João batista no
centro de fortaleza onda a alta classe na época da belle époque foi
sepultada o passeio publico construído em 1877 dividia em três classes
sociais na caio de padro os ricos passeavam, na carapina a classe média e
os pobres na padre morroró .
Um dos personagens mais conhecidos na época foi o bode ioiô 1915 a
1931 conhecidos por ser boêmio e ate vereador ele foi eleito como uma
forma de protestos, todos adoravam ela andava para cima e para baixo na
cidade de fortaleza tanto era amado que ate hoje o bode esta empelado
no museu onde seu rabo foi roubado e ninguém sabe quem foi o ladrão o
bode ioiô já foi empalhado pela terceira vez e ja´não pode ser, mas
empalhado.
O café Java e a padaria espiritual
O
primeiro governado que se preocupou com fortaleza foi Sampaio quer
trouxe silva paulet e em 1902 Guilherme rocha da o nome oficialmente a
Praça do Ferreira, fazendo quatro cafés em cada ponta da praça o Java,
Iracema, elegante e do comércio o café era onde os intelectuais e
políticos da época se reuniam e formavam a padaria espiritual em 1892
os fundadores eram Antônio Sales, Adolpho caminha e Henrique Jorge com o
jornal o pão...
Em 1884 o ceara´foi o pioneiro na abolição, em 1881 houve uma grande
greve dos jangadeiros os lideres abolicionistas era fco José do
nascimento e Chico da Matilde conhecido por dragão do mar em fortaleza
abolicionista Antônio Sales e bezerra de Menezes lutavam comprando
escravos e libertando-os ou com planos de fulga e não trazendo, mas
escravos em barcos dragão do mar impediram-o o transporte de escravos no
poço da draga local hoje onde vai ser construído o aquário milionário
que vai encher o bolso da rede hoteleira de fortaleza...
A
oligarquia acciolyna o domínio politico e nogueira accioly por
oligarquia acciolina entenderam o grupo politico liderado pelo
comendador Nogueira accioly, que dominou de forma autoritária, nepótica,
despótica, corrupta e monolítica o estado do ceará entre 1896 e 1912.
O primeiro mandado de nogueira acioly 1896-1900
Frustrando
todas as expectativas do povo cearense, Accioly utiliza-se do poder
para desenvolver a sua oligarquia. Tinha todo o apoio do governo federal
e estadual, para os quais era considerado um homem honrado e íntegro.
Assim manipulou a política de forma que favorecesse familiares e
correligionários. Accioly não deu prioridade a setores responsáveis pelo
desenvolvimento do estado. Preferiu voltar-se para a construção de
obras onde pudesse tirar vantagem pessoal. Como exemplo podemos citar a
construção de cinco pontes sobre o rio Pacotí, encomendadas à França
através da Casa Boris Freires. O dinheiro das pontes apareceu nas contas
do Estado, mas as pontes nunca foram construídas. Não podemos
esquecer-nos de dizer que Boris era correligionário de Accioly.
Durante
a seca que assolou o estado em 1898 e 1900 a oligarquia acciolina fez
vistas grossas ao sofrimento sertanejo. Além da fome, ocorreu no estado
uma epidemia de varíola. Rodolfo Teófilo, opositor de Accioli,
fabricava vacina contra a varíola, saia conscientizando o povo e
aplicando-a em quem permitisse. O grupo acciolino perseguiu a Teófilo,
alegando que ele assim agia para desmoralizar o governo.
Terminando
o seu quadriênio, Accioly foi substituído por Dr. Pedro Borges que a
princípio quis voltar-se contra seu antecessor, mas acabou fazendo um
acordo com ele. Acordo este que beneficiou a ambos. Borges governou o
ceará até 1904, com grande influência de Accioly. Durante o governo de
Borges foi criada a Academia Livre de Direito do Ceará, feita com um
único propósito: beneficiar os filhos de Accioly.
O segundo mandato 1908-1912
A
oposição e o povo de Fortaleza continuou a sua luta contra o domínio
acciolino. Mas ainda não foi dessa vez. Em 1908 Accioly é eleito
novamente presidente do Ceará, do ano de 1908 a 1912 quando foi deposto.
Muito movimento surgiu para derrubar Accioly do poder. O mais
importante deles foi a Passeata das Crianças. Liderada por mulheres
cearenses, cerca de seiscentas crianças, todas vestidas de branco, com
laços verdes-amarelos e ostentando no pescoço um medalhão do coronel
Marcos Franco Rabelo desfilou pelas ruas de Fortaleza, cantando e sendo
olhadas por, mais ou menos, oito mil pessoas.
O Babaquara,
como era conhecido Accioly, enviou a polícia para combater o
movimento. Esta agiu com rigor, tendo ocasionado a morte de várias
pessoas. A reação de Accioly causou revolta no povo fortalezense que se
armou com o que pôde para tirar o Babaquara do poder. Accioly
resolveu então renunciar. O responsável pelas negociações foi coronel
José Faustino. A oposição aceitou a renúncia de Accioly desde que se
cumprissem algumas condições.
O
fim de accioly foi quando franco Rabelo decide ser candidato o povo o
apoiou cansados já de accioly, mas accioly colocou domingos Vasconcelos
com 78 anos para ser seu candidato no intuito que o velho morresse e
accioly tomaria o poder, conseguiu que um amigo, coronel José Faustino
viesse comandar a inspetoria militar cearense para coagir os rabelistas o
povo estava animado com a possibilidade de depor accioly em 21 de
janeiro de 1912 a liga feminista pró-rabelo organizado pelas senhoras e
senhoritas da sociedade fizeram uma passeata chamada passeata das
crianças líder foi Odele de Paula pessoa de 14 anos e 600 crianças e
cerca de 8.000 pessoas acompanhavam chagando na Praça do Ferreira a
cavalaria os atacou varias pessoas foram pisoteadas uma criança de 10
anos foi morta com um tiro dado pelo um soldado este morto por um cabo
do exército revoltado com o quer presenciava revoltada, mas de 1500
pessoas cercaram o palácio do governo e cortavam o fornecimento de luz,
água, e alimentos onde accioly ali estava refugiado nos dias 21, 22,
23, e 24 de janeiro de 1912 fortaleza virou uma praça de guerra às
pessoas pegaram ate um canhão, mas esqueceram da bala do canhão o
coronel José Faustino e o arcebispo de fortaleza Joaquim José vieira
pediram que accioly se entrega-se, mas o carrasco recusou então o velho
accioly ficou só sem aliados e em 24 de janeiro de 1912 ele renúncia
accioly fugiu em 26 de janeiro em um barco para a capital do país no
barco sofreu um atentado a faca por Antônio Clementino umas das tantas
vítimas de suas perseguições accioly escapou, mas seu filho Antônio
accioly filho morreu então carvalho mota ficou com a previdência do
ceará depois franco Rabelo ganhou a eleição, mas teve o movimento a
sedição de juazeiro com o médico baiano floro Bartolomeu e o padre
Cícero apoiadores do accioly era favorecidos quando accioly estava no
poder por isso recusava-se que franco Rabelo assume-se...
Sedição de Juazeiro
A Revolta ou Sedição de Juazeiro
foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearenses e o
governo federal provocado pela interferência do poder central na
política estadual nas primeiras décadas do sec. 20. Ocorreu no sertão do
cariri, interior do Ceará, e centralizou-se em torno da liderança de
Floro Bartolomeu e padre Cícero Romão Batista.
Após
a revolta, padre Cícero sofreu retaliações políticas e foi excomungado
pela igreja católica no fim da dec. 20. Entretanto, permaneceu como
eminência parda da política cearense por mais de uma década e não perdeu
sua influência sobre a população camponesa, que passou a venerá-ucomo
santo e profeta. Em Juazeiro do Norte, um enorme monumento erguido em
sua homenagem atrai, todos os anos, multidões de peregrinos.
Origem
Com
o intuito de conter seus opositores, o presidente Hermes da Fonseca
criou a politica das salvações que consistia em promover intervenção
federal nos estados evitando que oposicionistas fossem eleitos para o
governo estadual. O marechal Hermes da Fonseca decidiu intervir no
estado do Ceará com objetivo de neutralizar o poder das oligarquias mais
poderosas da região, que estavam sob controle do senador gaúcho José
gomes pinheiro machado, um político com muita influência sobre os
coronéis do norte e nordeste brasileiro.
Eleito
intendente (prefeito) de Juazeiro em 1911, padre Cícero envolveu-se na
disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter no poder
regional a família Acioly. Em 1912, a intervenção federal no Ceará
derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o coronel
Marcos franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de
vice-governador, na qual padre Cicero Romão Batista foi eleito,
acumulando também o cargo de intendente de Juazeiro do norte Naquela
época, o padre Cícero já era conhecido no sertão nordestino por ser
considerado um homem santo e "fazedor de milagres". Chamavam-no de "Padim Ciço".
Em
1914 Franco Rabelo rompeu com o partido republicano conservador (PRC),
e iniciou uma perseguição a Padre Cicero, destituindo-o dos cargos que
exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O
deputado federal Floro Bartolomeu, aliado de Pinheiro Machado, montou
um batalhão para defender Padre Cicero, seu amigo. O grupo era formado
por jagunços e romeiros, era a união da força de Floro com o carisma de
Cícero.
Padre Cicero
Cícero Romão Batista
(Crato, 24 de março de 1844 — juazeiro do norte, 20 de julho de 1934)
foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular, é conhecido
como Padre Cícero ou Padim Ciço
Nascido
no interior do Ceará era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina
Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos seis anos, começou
a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.
Um
fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos
12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em
1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa
Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada
morte de seu pai, vítima de cólera em 1862, o obrigou a interromper os
estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do
pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades
financeiras à família de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando
Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da prainha, em
Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel
Antônio Luís Alves Pequeno.
Politica.
Era
filiado ao extinto (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do
Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado à cidade. Em 1926 foi
eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo.
Em
4 de outubro de 1911, o padre Cícero e outros 16 líderes políticos da
região se reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação mútua
bem como o compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira
accioly. O encontro recebeu a alcunha de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante passagem na história do coronelismo brasileiro.
Em
1913, foi destituído do cargo pelo governador Marcos franco Rabelo,
voltando ao poder em 1914, quando Franco Rabelo foi deposto no evento
que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro. Foi eleito, ainda,
vice-governador do Ceará.
Ao
fim dos anos 20, o padre Cícero começou a perder a sua força política,
que praticamente acabou depois da revolução de 1930. Seu prestígio
como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.
Ligação com o cangaço
Virgulino
Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava
as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em
Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a coluna Prestes, liderada por
Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o
Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.
Existem
duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes
Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao
Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus
crimes e a patente de Capitão. Na outra versão, defendida por Lira Neto
e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu
sem que padre Cícero soubesse.
O
certo é que ao chegarem a Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o
acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço.
Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de
Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município,
escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele
momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou
Juazeiro sem enfrentar a coluna prestes.
Falecimento
O padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90 anos. Encontra-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na mesma cidade do Ceará.
Proprietário de terras de
gado e de diversos imóveis, Cícero fazia parte da sociedade e politica
conservadora do Sertão do Cariri. Sempre teve o médico Floro
Bartolomeu como o seu braço direito, e integrava o sistema político
cearense que ficou sob o controle da família Accioly durante mais de
duas décadas.
Há grande controvérsia sobre a data de nascimento de Lampião. As mais citadas são:
· Sete de julho de 1897 datas do Registo civil.
· Quatro
de julho de 1898 É a data citada em sua Certidão de seu batismo, uma
das mais citadas na literatura de cordel. A data de seu batismo é
geralmente aceita por muito devido ao costume das regiões do semiárido
de se batizar as crianças primeiro e apenas registrá-las tempos depois,
devido a um misto de religiosidade e desconfiança em relação ao poder
civil constituído e a um "enquadramento administrativo" por parte deste.
· 12
de fevereiro de1900-1901, data dada segundo Antônio Américo de
Medeiros pelo próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense
Leonardo mota, em 1926, no Juazeiro do Norte.
A
questão de sua data de nascimento torna-se ainda mais relevante no
contexto em que se instituem datas comemorativas em seu nome, como o
“Dia do xaxado, projeto da Câmara Municipal de Serra telhada que
escolheu a data de sete de julho, o que correspondente ao seu registro
civil”.
Nascido
na cidade de Vila Bela, atual Serra talhada, no semiárido do estado de
Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria
Lopes de Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto
de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era
alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante
incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das
versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil,
possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto
que brilhava dando a aparência de um lampião.
Sua
família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que
seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou
vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem de atitudes violentas e
rudes. Tornou-se um mito em termos de disciplina. O bando chamava os
integrantes das volantes de "Macacos" - uma alusão ao modo como os
soldados fugiam quando avistavam o grupo de Lampião: "pulando”. Durante
os 19 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou com seu
bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens,
todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos,
cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos
típicos da vegetação caatinga. Para proteger o "capitão", como Lampião
era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potentes. Como não
existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram
roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma
grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram
adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle
Winchester.
Lampião
foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além
de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações,
estupros e saques. No nordeste do Brasil, sua história é contada
diferente de todos os outros Estados do País. Lá, Lampião é conhecido
como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros,
políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos
pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias
com inúmeros filhos.
Era
devoto de Padre Cicero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os
dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte.
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira,
conhecida como Maria bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como
as demais mulheres do grupo, vestiam-se como cangaceiros e participou
de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma
filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a
informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos
Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a
verdade dos fatos, além de outros dois natimortos.
Você sabia?
1. O primeiro prefeito de fortaleza foi Joaquim Lopes de Abreu.
2. Em
1823 a vila de fortaleza de nossa senhora da assunção foi elevada á
categoria de cidade com a nova denominação de fortaleza da nova Bragança
este fato gerou por muitos anos briga a cerca do nome oficial da
cidade segundo.
3. O primeiro registrador iconográfico de nossa cidade foi Manuel francês no sec. 18 e inicio do sec. 19.
4. Ali
foi erguida a forca que permaneceu de pé até 1831, porém em 1824 por
falta de carrasco foram fuzilados os presos da confederação do equador
não Passeio publico.
5. Em
fortaleza um dos principais pontos turísticos e o complexo centro. das
edificações que compõem o referido complexo ,a que foi construída no
período colonial foi o forte de nossa senhora da assunção.
6. O engenheiro responsável pelo projeto inicial do forte Schoonenborch cujas se feições se mantiveram ate 1812 foi Ricardo caar.
7. O navegador espanhol Vicente yanez pinzon esteve no ceará antes da chegada de Pedro alvares Cabral ao brasil.
8. Atualmente
tem sido discutindo na assembleia legislativa do ceará a mudança da
data de comemoração do aniversario de Fortaleza afirma-se a cidade não
nasceu em 13 de abril de 1726 e sim em 25 de julho de 1604 o argumento e
que a fundação de nova Lisboa, por pero coelho de souza que tinha
como objetivo o primeiro núcleo populacional da capitania.
9. Em
1973 foi inaugurado o estádio castelão na então distante região da boa
vista o nome oficial do castelão é plácido Aderaldo castelo.
10.Do período da belle époque varias grandes obras foramrealizadas entre elas o treato José de Alencar.
11.A
oligarquia acciolyna dominou o estado durante quase 20 anos 1896-1912
terminou após a revolta popular que depôs nogueira accioly.
12.A ponte dos ingleses construída em 1923 foi durante muito tempo utilizado como porto, embarque e desembarque de pessoas.
13.O primeiro cemitério da cidade foi é Casimiro 1844.
14.O segundo cemitério da cidade foi são João batista.
15.Durante o século 19, fortaleza consolida sua liderança urbana no ceará graças à cultura do algodão.
16.Após
anos de agitação ,nas décadas de 1870 e 1880 ,o ceará em 25 de março
de 1884, tomou à decisão histórica de abolir seus cativos a cidade de
fortaleza tem participação nesse feito, pois em 1881 houve uma greve de
jangadeiros que impediu que no porto de fortaleza embarcassem escravos
para o sul do país.
17.Podemos
enumerar varias causa para a denominação de nogueira accioly, contudo
um em especial foi o estopim para a sua saída. o estopim para a revolta
de 11 de janeiro foi o ataque da cavalaria a passeata das crianças, o
que gerou uma revolta popular que culminou com a renuncia do velho
oligarca.
18.Construído
em 1910 o treato José de Alencar inovou a arquiteto cearense por
trazer um estilo arquitetônico até então inédito no nordeste brasileiro
o estilo e de art. nouveau de estrutura metálica vinda da Escócia.
19.Em
1726 fortaleza era vila, mas em 1823, fortaleza e elevada pelo
imperador d.Pedro um á condição de cidade com nome fortaleza de nova
Bragança.
20.A primeira partida no estádio presidente Vargas foi ferroviário x traminays
Fortaleza "belle époque"
· Belle
époque era um termo francês que representava a euforia europeia
iniciou na segunda metade do sec. 19 e na primeira metade do sec. 20 de
1860 á 1930 período de prosperidade de embelezamento, aformoseamento,
urbanização e modernismo com forte influencia francesa com o domínio da
Inglaterra que estava na revolução industrial o ceará vai abastecer
todo o mercado de algodão com a guerra civil americana em 1861 a 1864 o
norte dos estados unidos entra em conflito com o sul e então o norte
ganhar do sul e todo algodão e dizimado na guerra civil então passa a
vender o algodão e com isso ganhar muito dinheiro então começa a ter
grande influencia dos costumes da Europa e tudo e trazido da Europa na
época os dois produto que pesam na época e o café de são Paulo e o
algodão do ceará toda influencia e educação era do francês então e
trazido o arruador Adolpho herbster engenheiro chega em 1875 e trazido,
chamado por Antônio Rodrigues Ferreira prefeito na época conhecido como
boticário Ferreira, mas Adolpho herbster ele não conseguir então
chamam silva pauler arruar em 1875 ele higienizar a cidade alinhar as
ruas de fortaleza em 90 graus ele fez o aliamento no caso de uma
revoltar as ruas retas facilitam a visão de um soldado das ruas na
encruzilhada e pensavam na época que as ruas retas as doenças era
trazidas pelo vento então achavam que retas o vento levavam as doenças
pra fora da cidade e disciplina o crescimento em traçado xadrez que se
inspirou em paris por isso o nome paris dos trópicos, mas melhora
começa em 1855 que iniciou o mento da praça ele faz uma planta de
fortaleza topográfica faz três bulevares que é imperador, Duque de
Caxias e dom Manuel e fortaleza com um grande crescimento de comercio
os profissionais liberais vindo de outras cidades e do exterior
fortaleza tem os moldes dos padrões estéticos das grandes metrópoles
europeias fortaleza incorporou equipamentos urbanos praças, bondes,
fotografias, bulevares e cafés tudo de aparência europeia o passeio.
Publico se tornou o ponto de encontro das elites a Praça do Ferreira
também recebe grandes jardins com adornos idênticos a do passeio
publico as lojas tem seus nomes em francês o mercado de ferro todo em
art. Nouveau um estilo que reinou na belle époque foi um das melhores
épocas de fortaleza ate hoje lembrado e estudado com um período da
historia de fortaleza de grande estilo e classe e modernidade...
Palacete Plácido Carvalho - que já não existe mais. Encontre outras pérolas da história urbanística de Fortaleza.
Palacete Plácido Carvalho - que já não existe mais. Encontre outras pérolas da história urbanística de Fortaleza.
Geografia de fortaleza
Localização: latitudinal e longitudinal, lat. 03 43'01'' 5 lon 38 32'34'' 0
Mesorregião: região metropolitana de fortaleza
Área: 313,14 km dois
População: 2.447.409 hab. em 2010
Densidade demográfica: 7.815,7h/km2
Altitude máxima: 21 m
Clima: intertropical equatorial
Fuso horário: utc-3
Municípios limítrofes: Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Euzébio e Aquiraz.
Mesorregião: sete é noroeste, norte, jaguaritaca, sertão - central e inhambus, centro sul, sul cearense e metropolitana.
Médias de chuvas anuais 1.600 temperatura média 27 graus
Região
metropolitana é: Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Euzébio, Aquiraz, são
Gonzalo do Amarante, Maranguape, Pacatuba, Guaiuba, horizonte, Pacajus,
Chorozinho, pindorama e cascavel.
Litoral
34 km de praias, fortaleza tem 15 praias oficiais, o litoral vai da
foz do rio ceara na barra do ceara ate a foz do rio cocó no rio
cocal/messe Jana sabiaguaba.
Bairros 116 divididos em seis secretarias executivas regionais (ser)
Os
rios que banham fortaleza rio casario Maceió, Rio Pajeú o parque do
cocó esta entre as cinco maiores áreas verde protegidas numa zona
urbana, da américa-latina a vegetação original de fortaleza e
tipicamente mangue em relação ao relevo de fortaleza podemos dizer que
se caracteriza por estar em uma média de pequena altitude, sem grandes
montanhas a bandeira de fortaleza e um dos símbolos oficiais do
município de fortaleza ,capital do ceara foi adotada em 11 de novembro
de 1958 e idealizado por saca correia do Amaral tritão Araripe criou o
brasão o potencial turístico e latentes de seus emolumentos históricos o
mais visitado e a estatua de Iracema localizada e construída de forma
curiosa no centro da lagoa do poaia em messe Jana o lema da cidade
presente em seu brasão e (fortitudine)que em português quer dizer força,
valor e coragem potencial econômico compreende os setores secundários e
terciário nos últimos vinte anos teve um aumento crescente no turismo
,a atual sede do governo do estado do ceara fica na capital conhecida
como palácio da abolição , geograficamente a regional seis e a maior e a
cidade de fortaleza esta localizada em baixa latitude logo próximo a
linha do equador ao sul do equador e a oeste de greenwich...
caldeirão do beato josé lourenço
A fazenda Caldeirão da Santa Cruz do Deserto representou para as elites cearenses um ―antro de fanatismo‖ e ―comunismo primitivo‖. Já para os seus ex-moradores, de forma geral, ela foi um reduto de ―bondade cristã‖. Mediante esse caráter, o presente artigo de teor bibliográfico, pretende discutir como um projeto de sociedade construído naquela fazenda pelo Beato José Lourenço pode ir de encontro aos anseios da população sofrida do Nordeste, e concomitantemente, pode ter provocado o medo e a repressão violenta por parte das autoridades cearenses e nacionais. O Caldeirão era um espaço onde o trabalho coletivo e a religiosidade, eram os pilares da organização social. O modo de vida ali perpetuado era regido por uma ética onde o fruto do trabalho era dividido de acordo com a necessidade de cada família, constituindo-se assim numa sociedade alternativa às práticas exploratórias vigentes naquele tempo e espaço. Palavras -chave: Luta social; religiosidade popular; movimentos messiânicos
Localizada na região do Cariri cearense, o Caldeirão era uma fazenda habitada por migrantes nordestinos sob um regime de trabalho e orações. Seu líder espiritual, o Beato José Lourenço, agia num prisma religioso, que também era econômico, político e social, haja vista que o modo de vida ali perpetuado abrangia esses aspectos. Toda a produção agrícola e posteriormente de produtos artesanais variados, era dividida entre os próprios habitantes do lugar, num sistema de auxílio mútuo. O fruto do trabalho era um bem de todos, em suma. Assim, este trabalho está pautado em leituras bibliográficas sobre a experiência religiosa, política, econômica e por fim social que representou-se na comunidade agrícola do Caldeirão
A primeira experiência no sítio Baixa Danta
O surgimento da comunidade do Caldeirão é precedido por uma experiência similar ocorrida no sitio Baixa Danta. Contudo, ambos os casos estão imbricados na figura de seu fundador e líder espiritual e político, José Lourenço Gomes da Silva àquela altura já conhecido simplesmente como Beato José Lourenço. Isso porque desde que chegou a Juazeiro por volta de 1890 a fim de visitar seu pai que para lá migrara — como tantos outros
O fim do Caldeirão foi promovido pela força policial do Estado contando com o apoio da Igreja e de latifundiários, ambos com motivos próprios para isso. Os últimos por razões já expostas e a igreja pela afronta ao processo de romanização que implementava, sobretudo após o Concílio Vaticano I (1869-1870) que estabelecia o fortalecimento da hierarquia no funcionamento da estrutura clerical. Afronta, porque o catolicismo popular incluía elementos que o distanciava das práticas impostas pela hierarquia dominante, ousando a um rompimento com as estruturas de subordinação ali imbricadas. As autoridades no âmbito nacional temiam por sua vez, que aquela ―aglomeração‖ transformasse-se em uma célula de ―comunismo primitivo‖. Acusação que seria usada como justificativa para a perseguição
praça dos mártires
A fazenda Caldeirão da Santa Cruz do Deserto representou para as elites cearenses um ―antro de fanatismo‖ e ―comunismo primitivo‖. Já para os seus ex-moradores, de forma geral, ela foi um reduto de ―bondade cristã‖. Mediante esse caráter, o presente artigo de teor bibliográfico, pretende discutir como um projeto de sociedade construído naquela fazenda pelo Beato José Lourenço pode ir de encontro aos anseios da população sofrida do Nordeste, e concomitantemente, pode ter provocado o medo e a repressão violenta por parte das autoridades cearenses e nacionais. O Caldeirão era um espaço onde o trabalho coletivo e a religiosidade, eram os pilares da organização social. O modo de vida ali perpetuado era regido por uma ética onde o fruto do trabalho era dividido de acordo com a necessidade de cada família, constituindo-se assim numa sociedade alternativa às práticas exploratórias vigentes naquele tempo e espaço. Palavras -chave: Luta social; religiosidade popular; movimentos messiânicos
Localizada na região do Cariri cearense, o Caldeirão era uma fazenda habitada por migrantes nordestinos sob um regime de trabalho e orações. Seu líder espiritual, o Beato José Lourenço, agia num prisma religioso, que também era econômico, político e social, haja vista que o modo de vida ali perpetuado abrangia esses aspectos. Toda a produção agrícola e posteriormente de produtos artesanais variados, era dividida entre os próprios habitantes do lugar, num sistema de auxílio mútuo. O fruto do trabalho era um bem de todos, em suma. Assim, este trabalho está pautado em leituras bibliográficas sobre a experiência religiosa, política, econômica e por fim social que representou-se na comunidade agrícola do Caldeirão
A primeira experiência no sítio Baixa Danta
O surgimento da comunidade do Caldeirão é precedido por uma experiência similar ocorrida no sitio Baixa Danta. Contudo, ambos os casos estão imbricados na figura de seu fundador e líder espiritual e político, José Lourenço Gomes da Silva àquela altura já conhecido simplesmente como Beato José Lourenço. Isso porque desde que chegou a Juazeiro por volta de 1890 a fim de visitar seu pai que para lá migrara — como tantos outros
O fim do Caldeirão foi promovido pela força policial do Estado contando com o apoio da Igreja e de latifundiários, ambos com motivos próprios para isso. Os últimos por razões já expostas e a igreja pela afronta ao processo de romanização que implementava, sobretudo após o Concílio Vaticano I (1869-1870) que estabelecia o fortalecimento da hierarquia no funcionamento da estrutura clerical. Afronta, porque o catolicismo popular incluía elementos que o distanciava das práticas impostas pela hierarquia dominante, ousando a um rompimento com as estruturas de subordinação ali imbricadas. As autoridades no âmbito nacional temiam por sua vez, que aquela ―aglomeração‖ transformasse-se em uma célula de ―comunismo primitivo‖. Acusação que seria usada como justificativa para a perseguição
praça dos mártires
A Praça dos Mártires, também conhecido como Passeio Público, é a mais antiga praça da cidade de Fortaleza, Ceará. Além da bela vista para o mar, o praça possui como atrativos naturais diversas árvores centenárias, como o famoso baobá plantado por Senador Pompeu em 1910. Seu nome atual foi definido em 11 de janeiro de 1879 pela Câmara Municipal de Fortaleza.
A praça foi planejada na década de 1820 por Silva Paulet. Durante o governo de José Félix de Azevedo e Sá a área foi cuidada e nesta época houve a execução dos revolucionários da Confederação do Equador: Azevedo Bolão, Feliciano Carapinima, Francisco Ibiapina, Padre Mororó e Pessoa Anta, que foram executados naquele local em 1825.
Em todas as plantas de Adolpho Herbster houve menção a futura praça que em 1864, o então governador da província encomendará ao Engenheiro da Província os orçamentos das obras.
CLÓVIS BEVILÁQUA
O
jurista, filósofo, e literato Clóvis Beviláqua nasceu em Viçosa do
Ceará, no Estado do Ceará, no dia 4 de novembro de 1859, filho de José
Beviláqua e Martiniana Maria de Jesus.
Passou
a infância em sua cidade natal, onde fez o curso primário. Aos dez anos
seu pai o enviou a cidade de Sobral para receber educação superior à
ministrada em sua localidade. Seguiu depois para Fortaleza, continuando
os estudos no Ateneu Cearense e no Liceu do Ceará. Em 1876, embarca para
o Rio de Janeiro objetivando ultimar os preparatórios no Externato
Jasper e no Mosteiro São Bento. Nesse período, o jovem Clóvis, então com
17 anos, dá início às suas atividades de homem das letras, fundando com
Paula Ney e Silva Jardim, o jornal "Laborum Literarium".
Em
1878, viaja para o Recife matriculando-se no curso de Direito. Torna-se
bacharel em 1882. Nesta cidade, teve uma vida acadêmica bastante
intensa, pois ligou-se ao grupo de jovens responsáveis pela chamada
"Escola do Recife", mobilizando o ambiente intelectual da época.
Seguidor dos ideais positivistas na Filosofia, participou da Academia
Francesa do Ceará, ao lado de Capistrano de Abreu, Rocha Lima e outros.
Em
1883, é nomeado promotor público de Alcântara, no Maranhão. Trabalhou
ainda como bibliotecário (1884), professor catedrático de filosofia
(1889) e de legislação comparada (1891) em sua antiga faculdade. Após a
proclamação da República(1981), foi eleito deputado à Assembleia
Constituinte pelo Ceará, colaborando ativamente na elaboração da
constituição estadual. Foi ainda consultor jurídico do Ministério das
Relações Exteriores (1906-1934), membro da Corte Permanente de
Arbitragem e presidente honorário da Ordem dos Advogados Brasileiros.
À
época do convite do Presidente Epitácio Pessoa(1899), então Ministro da
Justiça do Presidente Campos Sales, para preparar o projeto de Código
Civil Brasileiro, Beviláqua já despontava como mestre do direito, com
diversas obras importantes, como Direito das obrigações (1896), Direito
de família (1896), Criminologia e direito (1896) e Direito das sucessões
(1899).
Concluído
em seis meses, o projeto de Código Civil, depois de revisado, foi
encaminhado ao Congresso, onde deu origem à memorável polêmica entre Rui
Barbosa, então senador, e o filólogo Ernesto Carneiro Ribeiro sobre
seus aspectos lingüísticos. Em resposta ao Parecer sobre a redação do
projeto da Câmara dos Deputados, de Rui Barbosa, Carneiro Ribeiro
escreveu as Ligeiras observações sobre as emendas do dr. Rui Barbosa
feitas à redação do projeto de Código Civil, que provocaram a famosa
Réplica de Rui. Carneiro Ribeiro revidaria, em 1905, com uma tréplica.
Clóvis
Beviláqua, homem de grande modéstia, defendeu seu trabalho em 1906 (Em
defesa do projeto de Código Civil Brasileiro) e só opinou sobre o código
dez anos mais tarde, em Código Civil dos Estados Unidos do Brasil
comentado (1916-1919, em seis volumes), na época em que foi sancionado
pelo presidente Venceslau Brás.
O
projeto representou uma sedimentação de soluções brasileiras e
estrangeiras. Era considerado, em substância, superior ao código
aprovado e promulgado, mas as numerosíssimas emendas de redação lhe
aprimoraram a forma. Foi saudado pela crítica nacional e internacional
como modelo de clareza e boa técnica. A doutrina de Clóvis Beviláqua era
a de seu tempo, de liberalismo político e econômico, mas já com certo
sentido social.
Somente
depois de dezesseis anos de discussões, em 10 de janeiro de 1916, o seu
anteprojeto era transformado no Código Civil brasileiro,
libertando-nos, afinal, das Ordenações do Reino, que nos tinham vindo da
época colonial, e
vigiu até o advento da Lei n.10.406, de 10 de janeiro de 2002 que
entrou em vigor em todo o território nacional em 11 de janeiro de 2003.
Beviláqua
foi membro da Academia Brasileira de Letras, como um de seus
fundadores, ocupando a cadeira nº 14. Não chegou a freqüentar a
Academia; sua participação mais importante foi o discurso de recepção a
Pedro Lessa (1910). Em 1930, teve sérios atritos com a entidade, por ter
esta recusado a inscrição de sua mulher, a escritora Amélia de Freitas
Beviláqua, com quem se casou em 1884. Clóvis Beviláqua defendeu-lhe a
pretensão em parecer de poucas linhas, argumentando que aquilo que o
regulamento não proíbe, permite.
Autor
de vasta e valiosa obra no campo do direito, num período de sessenta
anos, Clóvis Beviláqua morreu no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1944.
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