A tragédia na usina nuclear de Fukushima preocupou não somente os japoneses, mas o mundo todo neste mês de março. Os resíduos radioativos são a principal preocupação agora e especialistas procuram por medidas adequadas para resolver este problema.
O site da revista Nature publicou no último dia 30 que pesquisadores acreditam que a capacidade de algumas algas em distinguir estrôncio de cálcio pode ajudar a lidar com estes resíduos.
A alga Closterium moniliferum chamou a atenção da pesquisadora Minna Krejci, da Universidade Northwestern, no estado de Illinois, nos EUA, por sua capacidade de extrair estrôncio da água e precipitá-lo na forma de cristais. Este fato é particularmente interessante pois esta espécie poderia retirar o Estrôncio-90 de regiões contaminadas por resíduos radioativos.
O Estrôncio-90 (Sr-90) possui uma meia-vida de 29 anos é um isótopo radioativo muito perigoso pois ele substitui o Cálcio nos ossos, já que ele possui propriedades físico-químicas muito similares a este elemento.
A alga não possui interesse algum em estrôncio, mas sim no Bário (com tamanho também similar), e o que acontece é que ela acaba precipitando cristais de bário, mas muito enriquecidos de estrôncio.
Krejci agora estuda maneiras de utilizar esta capacidade da alga de um forma que contribua para a limpeza de ambientes que sofreram algum tipo de impacto radioativo, como a região de Fukushima.