segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novidades
Médicos criam rede de pesquisa e tratamento do aborto de repetição
Dificuldade de manter gestação após repetidas tentativas afeta 5% dos casais; fator imunológico é uma das causas.Médicos de nove cidades se uniram para criar no País uma rede de pesquisa, diagnóstico e tratamento do aborto de repetição, situação na qual a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais seguidas, não conseguindo levar a gravidez até o fim. Estão nesse trabalho profissionais de Campinas, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Florianópolis. O problema ocorre em cerca de 5% dos casais em idade fértil, de acordo com estatísticas mundiais.

A proposta, liderada pelo Núcleo de Imunologia da Reprodução Humana (Nidarh), formado por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende ampliar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nesse tipo de aborto, aprimorar o tratamento, criar uma base nacional de dados e estimular o debate sobre resultados com vacinas que combatem falhas imunológicas.

“Quando o banco de dados estiver pronto, ginecologistas e obstetras de qualquer Estado poderão tirar dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes”, diz o médico Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes da Divisão de Reprodução Humana da Unicamp. Ele explica que o grupo começará no primeiro semestre de 2008 um estudo clínico sobre o aborto recorrente em várias capitais.
FATOR IMUNOLÓGICO:
O aborto espontâneo recorrente que ocorre até a 12.ª semana de gravidez é chamado de precoce, e as principais causas costumam ser genéticas, infecciosas ou imunológicas.
“Já os mais tardios estão relacionados à dificuldade de expansão e de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez”, diz Joji Ueno, coordenador do curso Especialização em Medicina Reprodutiva, ministrado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Segundo ele, para ser considerado um problema de aborto repetitivo é preciso que a mulher tenha tido pelo menos três gestações sem sucesso - a ocorrência de um ou dois abortos é considerada natural, motivada por falhas genéticas, explica.

Estudo feito no ano passado com pacientes atendidas na Unicamp, um dos primeiros a tentar mapear as possíveis causas do aborto espontâneo recorrente, mostrou que, entre esses fatores, o mais freqüente foi o fator imunológico, principalmente o chamado aloimune (93,9%) - processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias.

“Há casais que formam um par inadequado do ponto de vista imunológico e produzem embriões que são interpretados pelo organismo da mulher com objetos estranhos ao seu corpo. Estes embriões são eliminados e, a cada nova tentativa de gravidez, estas alterações são agravadas”, explica Barini.

Isto ocorre mesmo quando embriões são produzidos nos tubos de ensaio em fertilizações in vitro, após indução da ovulação da mulher. Inclusive, muitos casais que tentam sem sucesso as terapias de reprodução assistida podem sofrer, na verdade, de problemas com a resposta imunológica.

O estudo analisou 246 prontuários médicos de mulheres com três ou mais perdas espontâneas sucessivas atendidas pelo ambulatório da universidade entre 1994 e 2003. A maioria das mulheres tinha entre 30 e 34 anos.

O objetivo agora, com uma pesquisa nacional, é descobrir outros mecanismos ligados a este problema. Entendendo melhor a resposta do organismo da mulher, é possível tentar outras alterações imunológicas.

TRATAMENTO

O primeiro passo dos médicos para tratar um casal com dificuldades de manter uma gestação, após repetidas tentativas, é realizar uma avaliação cuidadosa para definir o diagnóstico e identificar possíveis causas do erro biológico.

Isso feito, é possível adotar a aplicação de vacinas que corrigem o fator imunológico problemático, tipo de tratamento que apresenta resultados favoráveis em 85% dos casais. Ou seja, fazer com que a resposta imunológica do corpo da mãe passe a ser normal, aceitando a presença do feto.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DOENÇA AUTO-IMUNE


psoríase: é uma doença auto-imune que se caracteriza pela intensa descamação da pele e pela formação de crostas;



A doença auto imune é um tipo de doença comum, mas pouco conhecida da população em geral.

O processo evolutivo criou um mecanismo de defesa que é capaz de reconhecer praticamente qualquer tipo de invasão ou agressão. A complexidade do sistema está exatamente em conseguir distinguir entre o que é danoso ao organismo, o que faz parte do nosso próprio corpo como células, tecidos e órgãos, e o que não é nosso, mas não causa danos, como alimentos por exemplo.

Existe algo como uma "biblioteca de anticorpos" armazenada no nosso organismo. O corpo é capaz de lembrar de todos as substâncias, organismos ou proteínas estranhas que já entraram em contato conosco desde o nascimento. A estes dá-se o nome de antígenos.

Esse contato com antígenos nos primeiros anos de vida é importante para a formação desta "biblioteca de anticorpos". O corpo consegue montar uma resposta imune muito mais rápida se já houver dados sobre o invasor. Se o antígeno for completamente novo, é necessário algum tempo até que o organismo descubra quais os anticorpos são mais indicados para combater aquele tipo de partícula.

A Doença auto-imune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é "original de fábrica", levando a produção de anticorpos contra células, tecidos ou órgãos do próprio corpo.

Exemplo: No diabetes tipo I (leia sobre diabetes), ocorre uma produção inapropriada de anticorpos contra as células do pâncreas que produzem insulina, levando a sua destruição e ao aparecimento do diabetes.

EXISTEM INÚMERAS DOENÇAS AUTO IMUNES DENTRE ELAS- Diabetes tipo I
- Lúpus
- Artrite reumatóide
- Doença de Crohn
- Esclerose múltipla
- Vitiligo
- Tireoidite de Hashimoto
- Esclerodermia
- Doença celíaca
- Hepatite auto-imune
- Síndrome de Guillain-Barré
- Anemia hemolítica
- Granulomatose de Wegner

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA

O termo tolerância imunológica refere-se a uma estado de não-reatividade específica para determinado antígeno, e é induzida por prévia exposição àquele antígeno. A tolerância pode ser induzida para antígenos não-próprios, mas o aspecto mais importante da tolerancia é a autotolerância, que impede que o organismo elabore um ataque contra seus próprios constituintes. O potencial para a auto-agressão surge porque o sistema imune gera uma grande diversidade, ao acaso, de receptores antígeno-específicos, alguns dos quais se tornarão auto-reativos. As células portadores destes receptores devem ser eliminadas, funcional ou fisicamente.

A auto-reatividade deve ser evitada por processos que ocorrem durante o desenvolvimento e não geneticamente pré-programadas.

A ativação e a tolerância dos linfócitos são os dois resultados possíveis do reconhecimento dos antígeno pelos linfócitos. Antígenos indutores da tolerância são denominados tolerógenos, devendo ser distinguidos dos imunógenos, que geram respostas imunes. A tolerância aos antígenos próprios é uma propriedade fundamental do sistema imune, e sua perda leva às doenças auto-imunes. Normalmente, todos os antígenos próprios são tolerógenos. Muitos antígeno estranhos podem ser imunógenos ou tolerógenos, dependendo de sua forma fisicoquímica, dose, e via de administração. A exposição de um indivíduo a antígenos imunogênicos estimula a imunidade específica, e para a maior parte das proteínas imunogênicas, exposições subseqüentes gerarão respostas secundárias aumentadas. Em contrates, a exposição a um antígeno tolerogênico não deixa apenas de induzir a imunidade específica, mas também inibe a ativação linfocitária pela subsequente administração de formas imunogênicas do mesmo antígeno. Esta inativação dos linfócitos, induzida por antígeno e imunologicamente específica é a marca distintiva de todas as formas de tolerância. Assim, os mecanismos responsáveis pela indução e manutenção da tolerância nos linfócitos são de fundamental importância, por determinarem como o sistema imune discrimina entre o próprio e o não-propio, e também como o sistema responde a diferentes formas de antígenos estranhos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ANTICORPOS E ANTÍGENOS


O sistema imune é capaz de responder a uma variedade de microorganismos, isto porque ele possui mecanismos de reconhecimento que o permitem se ligar de maneira específica a uma diversidade considerável de alvos moleculares ou antígenos. Assim, em última análise, são os anticorpos os agentes catalisadores da resposta imune adquirida.
Os anticorpos são glicoproteínas que se ligam de maneira mais ou menos forte e específica a regiões definidas nos antígenos, seus alvos. Eles se ligam aos microorganismos e a células próprias porque reconhecem justamente os peptídeos e os polissacarídeos, constituintes do citoplasma e da membrana. Vale ressalatar que os anticorpos não reconhecem diretamente uma bactéria ou mesmo todo o antígeno alvo, e sim partes do antígeno, mais especificamente uma parte da sua sequência de aminoácidos.
Eles são produzidos unicamente pelos linfócitos B, de forma que cada anticorpo, com sua sequência específica de aminoácidos, é produzido por um único tipo celular. No entanto, um único anticorpo pode reconhecer vários antígenos e vários antígenos podem reconhecer uma ou várias sequências do antígeno com finalidades diferentes, e porque proteínas podem apresentar regiões semelhantes, capazes de serem reconhecidos por anticorpos diferentes.

sábado, 14 de novembro de 2009

AJUDE SEU SISTEMA IMUNITÁRIO!!!!!!!

AQUI FICA ALGUNS CONSELHOS PARA MELHORAR SUAS DEFESAS:

- EVITE ALIMENTOS RICOS EM AÇUCAR-REFRIGERANTES,BALAS,BOLOS ETC.
- EVITE ALIMENTOS RICOS EM GORDURAS SATURADAS-FRITOS,CARNES GORDAS ETC. MAS PORÉM EXISTEM GORDURAS, COMO O AZEITE QUE AJUDAM O SISTEMA IMUNITARIO.
- CONVÉM TER O PESO CERTO (NEM MAGRO DE MAIS NEM OBESO DE MAIS).
- O EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR BENEFÍCIO O SISTEMA IMUNITÁRIO.POR OUTRO LADO EXECÍCIOS MUITO VIOLENTOS E PROLONGADOS PREJUDICA-NO.
-FREQUENTE AMBIENTES CALMOS E EVITE DISCUSSÕES.O STRESS PREJUDICA O SISTEMA IMUNITÁRIO.
-DEVE EVITAR AMBIENTE DE FUMO, E ACIMA DE TUDO NÃO FUMAR,UMA VEZ QUE O TABACO DIMINUI AS DEFESAS DE SEU ORGANISMO.
-DURMA O TEMPO NECESSÁRIO - 9 HORAS E O TEMPO IDEAL PARA QUEM ESTUDA E TRABALHA.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Linfócitos

Linfócito é um tipo de leucócito, ou glóbulo branco, presente no sangue fabricados pela medula óssea vermelha, através das células-tronco linfóides que se diferenciam em células pré B e pró-timocitos. Os pró-timocitos dão origem aos Linfócitos T que por sua vez vão amadurecer nos tecidos linfóides; já as células pré B dão origem aos Linfócitos B. Por sua aparência ao microscópio, há duas categorias de linfócitos: os grandes e pequenos. Os linfócitos grandes são granulares. Os linfócitos pequenos podem ser linfócitos T ou linfócitos B. Os linfócitos tem um papel importante na defesa do corpo.

Os linfócitos são encontrados no sangue contribuindo para 20-30% dos leucócitos.Esta percentagem varia muito de acordo com a saúde do paciente.Uma baixa quantidade de linfócitos no sangue atesta que o corpo não possui defesas contra doenças perigosas como o cancro(câncer).
Para observar os linfócitos em microscópio é necessário fazer colorações específicas, assim será possível fazer um estudo da morfologia dos linfócitos. Geralmente os linfócitos entre os leucócitos do sangue são as menores células.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Imunidade inata e Imunidade adquirida

A Imunidade possui dois componentes : um Estável e Geral , que coordena as funções básicas e outro Dinâmico , funcionando como a mémoria neuronal,absorvendo informações do mundo exterior. Estes dois componentes atuam coordenados no tempo e espaço , de uma maneira interdependente.
O componente estável, a IMUNIDADE INATA OU NATURAL,é o tipo mais primitivo e conservado de resposta imune,sendo mediada por células fagocíticas e proteínas do sistema de complemento.Neste tipo de resposta não existe mecanismos de aprimoramento ou memória.Ela não se modifica com o tempo,mas cria resistência para o contato, ou atua rapidamente na eliminação dos seus alvos.Clones, ou indivíduos geneticamente iguais, possuem a mesma imunidade inata, mesmo depois de vários anos.
O componente dinâmico, a IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ESPECÍFICA,é o tipo mais moderno na escala evolutiva, mediada por células(linfócitos B e T e células NK)e por proteínas(anticorpos).Esta imunidade se modifica a cada contato com os seus alvos,de forma que a neutralização pelo sistema imune seja cada vez mais eficiente,porém, ela necessita de uma tempo mais longo,após o contato com o alvo,para a obtenção de maior eficiência.Assim,gêmeos univitelinos,mesmo apresentando semelhante bagagem genética,podem ter imunidades diferentes,isso ocorre, porque não é possível submeter naturalmente duas pessoas às mesmas condições ambientais.Ou seja, gêmeos univitelinos podem ter imunidades inatas idênticas,mas apresentam imunidades adquiridas diferentes.

IMUNOGLOBULINAS (Ig)


As imunoglobulinas (Ig) são proteínas produzidas por células plasmáticas e secretadas no organismo em resposta à exposição ao antígeno. Elas se classificam em:

IgA - é a imunoglobulina predominante nas lágrimas, saliva, leite materno, secreções respiratórias e trato gastrointestinal. Fornece proteção contra organismos que invadem estas áreas.

IgG - è a classe em maior concentração no organismo. É também chamada de gama globulina. Fornece imunidade a longo prazo. É a única que atravessa a Placenta e fornece ao recém nascido a imunidade que vai durar vários meses.

IgM - É a Segunda mais abundante. É a primeira produzida em resposta a um antígeno, mas não fornece imunidade a longo prazo.

IgE - está envolvida nas reações alérgicas e nas infecções parasitárias.

PRINCIPAIS TECIDOS E ÓRGÃO DO SISTEMA IMUNE


Linfócitos - são as principais células responsáveis pela resposta imune: linfócitos T (vírus, fungos e tumores) e linfócitos B (bactérias e toxinas).


Órgãos linfóides primários - Timo e Medula óssea.

Órgãos e tecidos linfóides secundários - Nódulos linfáticos, Baço, tecidos linfóides associados ao intestino, Apêndice, Amígdalas, Placas de Peyer e tecidos linfóides associados aos brônquios.

O QUE É IMUNOLOGIA?


A imunologia é o estudo das respostas do organismo que fornecem imunidade, ou seja, proteção às doenças. Ainda que o sistema imune seja muito complexo, certos componentes do sistema imune são facilmente detectados, como por exemplo os anticorpos.

O sistema imunológico baseia-se nas relações Antígeno-Anticorpo.

O sistema imune fornece mecanismos de defesas específicas contra uma variedade de substâncias estranhas ao nosso corpo chamadas de antígenos. Estes antígenos podem ser vírus, células (como células sangüíneas, células de bactérias e células de fungos) ou moléculas de proteínas. O sistema imune é uma organização complexa de tecidos, células, produtos de células e mediadores químicos bológicamente ativos e todos interagem para produzir a resposta imune.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS E APRESENTAÇÃO AOS LINFÓCITOS T


Os linfócitos T exercem as ações efetoras da imunidade adquirida, neutralizando os antígenos extracelulares vi células T auxiliares CD4+ ou os antígenos intracelulares pelos linfócitos B. Estas células T necessitam de ser apresentadas a partes deste antígeno para neutralizá-los e outras células especializadas fazem a apresentação.

Assim, uma bactéria ou uma colônia de bactérias não pode ser reconhecida diretamente por uma população pura de linfócitos T CD4+ em cultura. Mesmo que esta bactéria ou colônia fosse fragmentada e este material fosse injetado nesta cultura, ainda assim não obetíamos uma resposta dos linfócitos T.

PORQUE A EVOLUÇÃO SELECIONOU AS CÉLULAS T?

Porque elas são altamente competentes, porém bastante destrutivas na sua tarefa de neutralização de antígenos A forma de limitar ou restringir a ação de células tão potencialmente perigosas é fornecer um maior número possível de informação sobre os seus alvos, de forma a garantir uma ação altamente específica e localizada aos atígenos, garantindo que elas não se voltem contra o organismo que as gerou.