HISTÓRICO ARTETERAPIA:
A Arteterapia tem sua origem na Antroposofia de Rudolf Steiner
segundo o qual o Homem é considerado um ser espiritual constituído de alma e
corpo vivo, onde através dos elementos (cor, forma, volume, disposição espacial,
etc) na terapia artística, possibilita que a pessoa vivencie os arquétipos da
criação, ou seja, re-conecte-se com as leis que são inerentes a sua natureza,
como isso, traz um contato com a essência criadora de cada um.
Entre 1876 a 1906, a arte era utilizada por criminalistas e psiquiatras para
diagnóstico de doenças mentais. As motivações inconscientes abalaram a visão
tradicional da época. Freud, de 1906 a 1913, aponta a comunicação simbólica
como função catártica. A pedagogia contemporânea instaura métodos ativos (Decroly,
Freinet, Montessori). Na década de XX, Jung começa a utilizar a arte como parte
do tratamento psicoterápico; as imagens representavam uma simbolização do inconsciente
pessoal e muitas vezes, o inconsciente coletivo, decorrente da cultura humana
nas diversas civilizações, onde analisou culturas e mitologias. A configuração
de imagens e idéias análogas carregadas de emoção em diferentes civilizações,
foram denominadas estruturas arquetípicas tornando possível compreender o comportamento
individual e a manifestação da sociedade no tempo e espaço. Este fenômeno com
seus símbolos e arquétipos, faz parte do acervo da humanidade e recebe o nome
de inconsciente coletivo.
Em 1925/27, na Suíça, a Dra. Ita Wegmann, o Dr. Steiner e na Alemanha, o Dr.
Husseman prescreviam a arte como parte do tratamento médico. Na década de 40,
nos Estados Unidos, Margareth Naumburg sistematiza a arteterapia dando impulso
ao uso das artes no processo terapêutico, com ênfase em trabalhos corporais,
tendo em vista a emergência de um público diferenciado do pós-guerra, suprindo
as práticas convencionais existentes. Nesta época, a arteterapia já estava sendo
difundida na Europa nos hospitais gerais, em comitês e conferências, sendo oficializado
o curso de graduação e pós-graduação em 1980.
No Brasil, em 1923 Osório César, interno do Hospital Juquerí no Rio de Janeiro,
começa a desenvolver estudos sobre artes dos alienados. Em 1925 foi criada a
escola livre de artes plásticas neste hospital. Nise da Silveira, em 1946, inclui
oficinas de arte na seção de terapia ocupacional no Centro Psiquiátrico D.Pedro
II. Em 1952, é criado o Museu do Inconsciente. Em 1956, Nise da Silveira participa
do Congresso em Zurique a convite de C.G.Jung levando uma enorme quantidade
de trabalhos dos internos. Em torno de 1970, foi ministrado o primeiro curso
de arteterapia na PUC por um norte-americano. Nise da Silveira em 1981, escreve
seu livro "Imagens do Inconsciente". O primeiro curso de pós-graduação em arteterapia
no Rio de Janeiro ocorreu em 1996. Em outubro de 1999, foi criada a Associação
de Arteterapia no Rio de Janeiro.
Exemplo de materiais utilizados nas oficinas:
Telas em lona
Papel 40 kilos
Papel A4 colorido
Creative Paper
Cartolina e papel cartão - cores diversas
Papel seda,crepon, presente, celofane, manteiga, pardo, Kraft, tecidos
Lápis cera escolar fino e grosso
Caneta hidrocor - 24 cores
Caneta esferográfica colorida
Carvão para desenho
Lápis cera seco e oleoso
Cola colorida
Tinta a dedo, para tecido, guache, acrílica.
Pincéis - tamanhos diversos
Argila
Cola
Cascorex rótulo laranja e azul
Lápis aquarelado
Miçangas
Grãos diversos e folhagens(feijão, ervilha, canjiga, milho, macarrão...)
Barbante, fitas de presente p/grupo
Corante líquido xadrez
Papel higiênico
Sucata
Revistas
Tecidos
Tesoura escolar
Aparelho de som para fita e CD.
Colchonetes.
Alimentos.