segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

História da Inglaterra - Resumo - Parte I

Introdução

A Inglaterra é o território mais extenso e mais povoado do Reino Unido. Habitada por povos celtas desde o século V aC, a Inglaterra foi colonizada pelos romanos entre 43 dC e princípios do século V. A partir de então começou a invasão de uma série de povos germânicos (anglos, saxões e jutos) que foram expulsando aos celtas, parcialmente romanizados, até Gales, Escócia, Cornualha e a Bretanha francesa. No século X, depois de resistir a uma série de ataques vikings, unificou-se politicamente. Depois da ascensão de Jaime VI da Escócia ao trono da Inglaterra em 1603 e a anexação da Escócia pela Inglaterra em 1707 resulta mais apropriado diferenciar a história da Inglaterra da do resto de Grã Bretanha.

Pré-história

Indícios arqueológicos demonstram que a área hoje conhecida como o sul da Inglaterra foi povoada bem antes do restante das Ilhas Britânicas, devido ao clima ameno entre e durante as diversas idades do gelo. Os habitantes pré-romanos da Grã-Bretanha não deixaram documentos escritos e suas história e cultura são estudadas por meio de achados arqueológicos. Conservam-se poucos indícios da civilização dos primeiros habitantes da ilha, como o monumento megalítico de Stonehenge, que data da Idade do Bronze (até 2300 a.C.).

Stonehenge

As técnicas de trabalho em ferro chegaram à Grã-Bretanha em cerca de 750 a.C., provenientes do sul da Europa, dando início à Idade do Ferro. Por volta de 500 a.C., a chamada cultura celta havia alcançado quase todas as Ilhas Britânicas. Os bretões da Idade do Ferro vivam em grupos tribais organizados, governados por um chefe.

A primeira menção histórica à região é do Massaliote Periplus, um manual de navegação para comerciantes provavelmente datado do século VI a.C. Piteas de Massília nele escreveu sobre sua viagem de negócios à ilha em cerca de 325 a.C. Mais tarde, outros autores, tais como Plínio, o Velho, e Diodorus Siculus, mencionam o comércio de estanho proveniente do sul da ilha. Tácito registrou que a língua falada na Grã-Bretanha não era muito diferente da empregada na Gália setentrional e notou que as várias tribos britânicas possuíam características físicas semelhantes às dos seus vizinhos continentais.


A invasão e ocupação Romana

Em duas ocasiões, em 55 e 54 a.C., Júlio César invadiu a Britânia, mas não logrou conquistar território, limitando-se a estabelecer Estados-clientes. Em 43, Cláudio foi bem-sucedido em nova tentativa de invasão, dando início à província romana da Britânia.

Os britânicos defenderam sua terra, mas os romanos, militarmente superiores, conseguiram dominar a ilha. Iniciaram uma forte opressão contra o druidismo, religião mais popular no local na época.

Os romanos fundaram cidades, como Londres, e fortalezas, utilizando engenharia e arquitetura nunca antes vistas na Britânia. Também ergueram muralhas (como a de Adriano) que cruzavam a Grã-Bretanha de oeste para leste, cujo propósito era impedir incursões militares de tribos ao norte (no que é a atual Escócia) contra o território da província romana.

A Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra.

A influência romana também foi muito forte na cultura religiosa britânica. Primeiro, a própria história de deuses celtas foi desaparecendo, transformando-os apenas em deuses romanos com nomes celtas (uma relação mais ou menos parecida com a da mitologia grega com a romana. Os romanos também levaram para a ilha o cristianismo que, quando da retirada das forças romanas no século V, já tinha força considerável na Grã-Bretanha. Depois, as próprias disputas internas aumentaram a influência do cristianismo, fazendo o druidismodesaparecer gradativamente e sem deixar muitos registros históricos, pois os druidas recusavam-se a escrever sobre seus dogmas e rituais. E no próprio povo britânico, até mesmo entre os nobres, era raríssima a prática da escrita.

Júlio César esteve no sul da Grã-Bretanha em 55 e 54 a.C. e escreveu em seu De Bello Gallico que a população local era numerosa e tinha muito em comum com as outras tribos da Idade do Ferro no continente. Curiosamente, há poucas fontes históricas referentes à ocupação romana da Grã-Bretanha. Apenas uma frase sobreviveu a respeito das razões para a construção da Muralha de Adriano. A invasão de Cláudio é bem documentada e Tácito incluiu a rebelião de Boadicéia, de 61, na sua história. Na altura do século V, a influência romana já havia declinado consideravelmente. As legiões deixaram a ilha, provavelmente na mesma época da invasão saxônica, descrita a seguir.


A conquista anglo-saxã da Grã-Bretanha celta

Na esteira dos romanos, que abandonaram o sul da ilha por volta de 410 de modo a se concentrar em dificuldades mais urgentes e mais próximas do núcleo do império, ondas sucessivas de tribos germânicas começaram a chegar ao que é hoje a Inglaterra, inicialmente convidadas por Vortigern, rei dos bretões, na qualidade de mercenários empregados contra os irlandeses e os pictos.

Os jutos, frísios, francos ripuários, saxões da Germânia setentrional e anglos provenientes do que é hoje a Dinamarca, conjuntamente conhecidos como anglo-saxões, invadiram a Grã-Bretanha em meados do século VI. Assentados na costa oriental, forçaram a subida do rio Tâmisa à procura de mais terras aráveis nos vales, deixando as colinas para os bretões celtas. A população bretã foi em sua maior parte expulsa, uma parcela considerável foi exterminada e o que restou dela foi absorvido pelas populações anglo-saxãs (germânicas). Os anglo-saxões estabeleceram-se no que é hoje a Inglaterra e formaram diversos reinos independentes, dentre os quais os da chamada Heptarquia (Nortúmbria, Mércia, Ânglia Oriental, Wessex, Sussex, Essex e Kent). Com a sujeição da Nortúmbria em 829, Egbert de Wessex tornou-se o primeiro suserano (Bretwalda) sobre toda a Inglaterra (Nota: Bretwalda listado apenas pela Crônicas Anglo-Saxãs)


As Invasões Vikings

A Crônica Anglo-Saxã (Anglo-Saxon Chronicle) registra a incursão de 793 contra o mosteiro de Lindisfarne como ponto de partida na longa história de ataques vikings contra a Grã-Bretanha.

Após um período de saques e incursões, os vikings começaram a colonizar a Inglaterra e ali comerciar. Chegaram em barcos com bons exércitos, em sua maioria dinamarqueses, e tomaram para si praticamente todos os reinos ingleses, que eram independentes. A partir do fim do século IX, governavam parte considerável do território inglês, no que era conhecido como o Danelaw.

Alfred, o Grande impediu a invasão dos vikings em seu reino, Wessex, por meio da construção de diversas fortalezas. Seu sucesso contra as incursões vikings e a reorganização do reino por ele empreendida fizeram com que a história lhe outorgasse o epíteto "o Grande".


6 comentários:

  1. Se isso e resumo n sei o q e texto.Mas me ajudou muito

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. ctrl+c + ctrl+v do wikipédia? Me decepcionei um pouco. Já que é um blog de compilações, então poderia trazer uns livrinhos aí, sobre o assunto, pra download, que tal? Fica a dica ;)
    Ganha pontos pela foto de perfil lembrar Björk, umas das minhas artistas preferidas ;p

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