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Arquivo da categoria: Sobre música e sentimento

“A vida é tão rara”…

Paciência (Lenine e Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára…

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara…

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência…

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência…

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara…

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não…

 
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Publicado por em janeiro 9, 2010 em Sobre música e sentimento

 

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“A razão tem asas curtas”

Agora comecei a imaginar… Sonhei acordado que toda razão tem seu amor secreto. Eles não se encontram, apenas vivem em paralelo seus sonhos de encontro. Tão próximos e tão distantes… As convenções da vida elegem a razão como o maestro que deve reger a imaginação. Terminado o concerto, não existe hierarquia. Há apenas uma única canção: João e Maria.   

 

 

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João e Maria

 

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Uma paixão nova

Estou cada vez mais me apaixonando pelo talento e musicalidade de Sarah Groves. Esta canção tem algo que me toca profundamente…

Add to the beauty, live with Steve Mason from Jars of Clay.

Tradução: Gladir Cabral

“Contribua com a beleza”

(Sarah Groves & Matt Bronlewee)

Chegamos com belos segredos
Chegamos com propósitos escritos em nossos corações, escritos em nossas almas
Chegamos a cada manhã
Com possibilidades que só nós podemos ter, somente nós podemos ter

A redenção vem a lugares estranhos, pequenos espaços
Chamando pelo melhor que somos

E eu contribuo com a beleza
Para contar uma história melhor
Eu quero brilhar com a luz
Que queima dentro de mim

Ela chega em pequenas inspirações
E traz redenção à vida e à obra
A nossas vidas e nosso trabalho

Ela chega em uma comunidade amorosa
Ela chega ajudando a alma a encontrar seu valor

A redenção chega a estranhos lugares, pequenos espaços
Chamando pelo que somos de melhor

E quero contribuir com a beleza
E contar uma história melhor
Eu quero brilhar com a luz
Que queima dentro de mim

Isto é graça: um convite à beleza
Isto é graça: um convite

A redenção chega a estranhos lugares, pequenos espaços
Chamando pelo que há de melhor em nós

E eu quero contribuir com a beleza
Contar uma história melhor
Eu quero brilhar com a luz
Que queima dentro de mim

 
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Publicado por em agosto 29, 2009 em Sobre música e sentimento

 

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Uma música fantástica do Neil Young

neil-young-wallpaper

Like a hurricane – Como um Furacão
Neil young
Possível tradução:

Uma vez pensei ter te visto
Em um lotado e enevoado bar
Dançando na luz
De estrela em estrela
Bem do outro lado dos raios lunares
Eu sei que é isso que você é
Eu vi seus olhos castanhos
Virarem fogo uma vez

Você é como um furacão
Há calma em seu olho
E estou sendo arremessado para longe
Para algum lugar mais seguro
Aonde o sentimento permanece
Eu quero te amar mas
Estou sendo arremessado para longe

Eu sou só um sonhador
Mas você é só um sonho
Você poderia ter sido
Qualquer uma para mim
Antes daquele momento
Quando beijou meus lábios
Aquele sentimento perfeito
De quando o tempo escorregou
Para longe entre nós
Em nossa jornada enevoada

Você é como um furacão
Há calma em seu olho
E estou sendo arremessado para longe
Para algum lugar mais seguro
Aonde o sentimento permanece
Eu quero te amar mas
Estou sendo arremessado para longe

 
 

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Desejo perdido

Lembro-me de quando comecei ler a bíblia ainda criança: era mais um desafio de colegas em lê-la toda primeiro a desejar sua leitura. É claro que não a li por completo e parei logo após o livro de Levíticos. Anos mais tarde, ganhei um novo testamento ilustrado e, como num toque de mágica, descobri a poesia de Jesus e suas estórias e histórias.

Eu abracei a fé cristã ali, numa metáfora qualquer de Cristo, pois ele proporcionou a travessia da prosa em minha mente. Ele apresentou enigmas, suas palavras me atraíram a desvendar os mistérios das minhas dúvidas, os vários reflexos de espelho dos meus olhos.

Como diz a linda canção de Stênio Március:    

“Minha vida é obra de tapeçaria
É tecida de cores alegres e vivasmenino3
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes

Se você olha do avesso
Nem imagina o desfecho
No fim das contas
Tudo se explica
Tudo se encaixa
Tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo
Muda-se logo a expressão do rosto
Obra de arte pra honra e glória
Do Tapeceiro”

Estou redescobrindo que posso voar com Jesus assim como fazia em meus primeiros versos de gratidão quando criança. É como diz meu escritor preferido (o Rubem): “O espiritual é um espaço dentro do corpo onde coisas que não existem, existem”. Concordo também com Nietzsche: “Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar”, ou seja, um Deus vento…

Aqui eu sugiro que você pare um pouco e visualize a liberdade. Você quer voar?

Uma grande amiga certa vez me disse que, comumente, sonhava voando e confesso que, desde essa nossa conversa, venho tentando sonhar do mesmo jeito, mas ainda não consegui. No entanto, sonho assim de olhos abertos. Em cada sonho doado por Deus as pedras, que me fazem ser pesado, desaparecem.

Jesus, mais que respostas, nos trouxe perguntas. Diante de um grande mestre e PhD em leis religiosas chamado Nicodemos, ele falou “Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.”(João 3.3)

Uma pane mental, uma incoerência, algo que saia na contramão da razão, fez Nicodemos perguntar com aquela pitadinha de sarcasmo: “Como pode um homem nascer sendo velho?” Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?”(João 3.4)

Os inquisidores têm horror ao vento, querem engaiolá-lo. Jesus ofereceu a Nicodemos a poesia, palavras que nos fazem alçar vôos:

“O vento assopra aonde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do espírito” (João 3.8)   

 Jesus, como num discurso poético, apresentava às pessoas o que faltava no mundo real, o desejo do que se perdeu. A cura da tristeza que sentimos quando todas as coisas como casa, um amor verdadeiro, automóvel, etc. São conquistadas, satisfeitas.

E para dar pausa à minha prosa para que você comece a sua, cito mais uma vez o Rubem:

“Espiritualidade: a busca desse desejo perdido, desejo de vida, que nos libertaria dos desejos de morte que nos petrificam…

É preciso Voar…”  

 

Jhônatas Cabral

 

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Louvando a Deus com Toquinho e Vinícius

percusso-da-vida

O Velho E A Flor
Toquinho / Vinicius De Morais
 

Por céus e mares eu andei

Vi um poeta e vi um rei

Na esperança de saber

O que o amor.

 

Ningém sabia me dizer.

Eu já queria até morrer

Quando um velhinho

Com uma flor assim falou:

 

O amor é o carinho

E o espinho

Que não se ver em cada flor.

 

É a vida quando

Chega,

Aberta em pétalas de amor.

 

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I still haven’t found what I’m looking for (U2)

Meu gosto pela “música do U2” surgiu pelo simples prazer de ouvir seus acordes, aquele som que me fazia sonhar… sem entender uma só palavra em inglês, meu pensamento era de que aquelas letras expressassem algo de bom não apenas em meus sonhos…

Essa música, uma das minhas preferidas, expressa o início da jornada espiritual da banda, a sinceridade que a graça de Deus nos permite cantar.

Uma Possível tradução:

Eu Ainda Não Encontrei O Que Estou Procurando (U2)


Eu já escalei as montanhas mais altas
Eu já corri através dos campos
Só para estar com você

Eu corri, eu rastejei
Eu escalei os muros da cidade
Estes muros da cidade
Só para estar com você

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

Eu beijei lábios de mel
Eu senti a cura na ponta dos dedos dela
Queimou como fogo
Esse desejo ardente

Eu falei com a língua dos anjos
Eu segurei a mão do demônio
Estava quente à noite
Eu estava frio como uma pedra..

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

Eu acredito na vinda do Reino
Então todas as cores
Irão filtrar-se em apenas uma
Mas sim, eu ainda estou correndo

Você quebrou os laços, soltou as correntes
Você carregou a cruz
E a minha vergonha
Você sabe que eu acredito nisso

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

 
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Publicado por em outubro 28, 2008 em Sobre música e sentimento

 

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Coisas de rever,ouvir, ler e contemplar.

 

Samba de uma nota só (Tom Jobim)

Eis aqui este sambinha feito numa nota só.
Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.
Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer.
Como eu sou a conseqüência inevitável de você.
Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada,
Ou quase nada.
Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada,
Não deu em nada.
E voltei pra minha nota como eu volto pra você.
Vou contar com uma nota como eu gosto de você.
E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só.

 
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Publicado por em setembro 24, 2008 em Sobre música e sentimento

 

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Dylan, o Bob?

 

Não sei se é pura admiração ou certo tipo de identificação. O fato, é que estou redescobrindo Bob Dylan de uma forma muito investigativa através de documentários, filmes, suas canções, seu universo particular. Não procuro desvendá-lo, aliás, ele já não liga para quem não o compreende há muito tempo, mas extrair coisas boas, verdades nuas, máscaras retiradas.

Numa certa entrevista em 2004, Dylan comentou que o fato de que a geração dos anos 60 o tenha transformado em um herói fez com que, muitas vezes, ele se sentisse como “um impostor”. “Era como estar em um conto de Edgar Allan Poe, no qual uma pessoa não é o tipo de pessoa que todo mundo pensa que é apesar de todo o mundo se referir a ela dessa forma”

A sensação a qual tenho é a de que Dylan é alguém bem verdadeiro, alguém muito sensível que sofre da solidão dos pensamentos inconformados, assim como é feliz em ser ele mesmo, melhor dizendo, “eles” mesmos.     

 

Gotta Serve Somebory

You may be a state trooper, you might be a young Turk,
You may be the head of some big TV network,
You may be rich or poor, you may be blind or lame,
You may be living in another country under another name

You may be a preacher with your spiritual pride,
You may be a city councilman taking bribes on the side,
You may be in a barbershop, you may know how to cut hair,
You may be somebody’s mistress, may be somebody’s heir

Might like to wear cotton… might like to wear silk,
Might like to drink whiskey, might like to drink milk,
You might like to eat caviar, you might like to eat bread,
You may be sleeping on the floor, or in a king-sized bed

But you’re gonna have to serve somebody,
yes indeedYou’re gonna have to serve somebody.
It may be the devil, or it may be the Lord
But you’re gonna have to serve somebody.

Bob Dylan

 

Uma tradução possível:

 

 

Você pode ser um soldado do governo ou pode ser um jovem turco,

pode ser o dono de uma grande rede de TV.

Você pode ser rico ou pobre, pode ser cego ou coxo.

Você pode estar em um outro país, vivendo com outro nome.

Você pode ser um pregador cheio de orgulho espiritual.

Você pode ser um vereador aceitando propinas por baixo do pano.

Você pode estar numa barbearia e saber cortar cabelo,

Você ser a amante de alguém, ou um herdeiro.

Pode ser que você goste de algodão… ou quem sabe seda,

talvez goste de tomar uísque… ou quem sabe leite

talvez goste de comer caviar… ou quem sabe pão,

talvez durma no chão, ou quem sabe numa cama de casal

mas você estará servindo a alguém, sim, é verdade

você estará servindo a alguém.

Pode ser o diabo, pode ser o Senhor,

mas você estará servindo a alguém.

 

(Dylan)

 
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Publicado por em setembro 22, 2008 em Sobre música e sentimento

 

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