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sexta-feira, 27 de junho de 2008

FAROESTE NO TRÂNSITO DE GOIÂNIA!


Marcos Coelho, DA EDITORIA DE CIDADES, DM


Caso atípico, mais parecido com filme de faroeste, tumultuou parte da Avenida 24 de Outubro com a Rua 13, no Setor Aeroviário, ontem pela manhã. Houve bate-boca e disparos. Na briga ninguém saiu ferido. O fato inusitado aconteceu por volta das 11 horas, quando dois agentes civis a paisana teriam se recusado a entregar documento de identificação a dois policiais militares que faziam trabalho de rotina na região. O pedido não foi atendido. Para impedir a saída do Palio preto, descaracterizado, os agentes da ostensiva efetuaram tiros em dois pneus do veículo.


Desrespeito ao trânsito, como uso de celular ao volante e parar em local proibido, pode ter sido uma das motivações para o acontecido, conforme relatam testemunhas. A “guerra” entre civis e militares levou autoridades das duas corporações ao local. A PM afirma que estava no exercício das suas obrigações. Já a PC alega que houve abuso de autoridade. Sindicância já foi instaurada. A cúpula da Segurança Pública de Goiás (SSP) se reuniu ontem à tarde para discutir o problema. O secretário da Pasta em Goiás, Ernesto Roller, determinou que o caso será investigado pela Corregedoria-geral do Estado, presidida pelo coronel Silvio Brasil.


O secretário estabeleceu também que todas as informações sobre o caso só poderiam ser dadas pela SSP. Populares que testemunharam o fato levantam várias hipóteses que poderm ter desencadeado a confusão. Uma delas é de que o veículo que os policiais civis a paisana, Willian e Forlan (não quiseram revelar o nome completo), foi interditado por uso de celular ao volante. Outros disseram que os agentes teriam parado na faixa de pedestre por estarem em alta velocidade. O agente Wilian, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, que dirigia o Palio, disse que atenderia a uma deligência no Setor Cândida de Morais e por isso estava em alta velocidade, tendo parado na faixa. Nesse momento foi abordado pela viatura da PM, que solicitou a documentação.


“Disse que era policial e mostrei minha carteira. Pediu então para entregar a ele, recusei e disse que tinha que ir atender uma ocorrência de furto de carro, quando eles começaram a atirar nos pneus”, diz o agente.Wilian então solicitou a presença do Grupo Tático Especial da PC, que logo chegou ao local armado. Os policiais militares, identificados como Souza e Cavalcante, foram procurados pela reportagem ainda no local do fato para dar esclarecimentos, mas não quiseram pronunciar.


O tenente-coronel Sérgio Mendes, da Assessoria da PM, informou que, devido a um desentendimento, “houve falta de bom senso de ambos os lados”. Disse ainda que os policiais estavam fazendo o trabalho de rotina quando se deparam com o Palio na faixa de pedestre. Os dois policiais foram substituidos e conduzidos à Corregedoria. O superintendente da Polílicia Civil, Aredes Correia Pires, e o delegado Antônio Gonçalves, da Delegacia de Furtos e Roubos, estiveram no local, assim como o major Sérgio Caetano e outros policiais militares.

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