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incentivadores respiratórios

Incentivadores respiratórios

 

Sempre é bom ler a respeito,afinal são tantos os detalhes.

Muitos são os incentivadores respiratórios sobretudo os inspiratórios.Esses incentivadores são exercitadores respiratórios que tem como objetivo:

  • reexpansão pulmonar,
  • aumento da permeabilidade das vias aéreas
  • fortalecimento dos músculos respiratórios.

 Esses exercitadores ou incentivadores respiratórios são recursos mecânicos da fisioterapia respiratória, normalmente destinados a auxiliar o desempenho muscular respiratório e a eficiência do trabalho mecânico da ventilação pulmonar, proporcionando aumento da oxigenação arterial. Normalmente, esses incentivadores respiratórios caracterizam-se por serem equipamentos portáteis, em geral de plástico ou material semelhante, e de baixo custo. São de fácil manuseio, descartáveis, e podem ser utilizados tanto em adultos como em crianças. Todos os incentivadores respiratórios fundamentam-se no oferecimento de uma resistência (carga) à respiração espontânea do paciente. Essa resistência pode ser exercida por carga pressórica alinear ou por carga pressórica linear

Incentivadores Respiratórios de Carga Pressórica Alinear
Apresentam uma resistência desconhecida, durante o ciclo respiratório, pois não há conhecimento prévio da força a ser exercida pela musculatura do paciente, porém alguns aparelhos fornecem escalas de fluxo ou volume.

Incentivadores Respiratórios de Carga Pressórica Linear
São considerados fluxo-dependentes, pois o fluxo de ar só é gerado quando uma pressão inspiratória é realizada pelo paciente. Possuem uma mola (spring loaded) ou por sistema de peso.

Incentivadores Inspiratórios
Lançado em 1976 é uma modalidade de terapia respiratória profilática, segura e eficiente, porém não deve substituir qualquer técnica.

Tipos:
Fluxo: São mais baratos, porém durante a sua utilização a tendência é que ocorra um fluxo turbilhonar, o que pode gerar mais trabalho ventilatório para o paciente. Fluxo turbulento inicial, alteração no trabalho ventilatório, alterando o padrão de ventilação.
Volume: São mais caros, durante a sua utilização, o fluxo é menos turbilhonar, se comparado aos incentivadores a fluxo, o que gera menos trabalho ventilatório e altera menos a biomecânica ventilatória do paciente. Volume de treinamento constante até atingir a capacidade inspiratória máxima ou nível pré fixado pelo terapeuta.
Calculando o progresso:
Diretamente proporcional ao tempo que a esfera é mantida no topo da câmara. Cada bolinha representa uma lobo do pulmão.A partir daí tem-se  a noção da capacidade inspiratória pulmonar,ou seja se o paciente está ventilando com base ,meio ou ápice pulmonar
É necessário  que:
paciente esteja lúcido, orientado, cooperativo e motivado
Sentado em posição confortável
Prescrição da carga pelo fisioterapeuta
Trabalho monitorizado
Vantagens:
Diminui o aparecimento de atelectasias;
Diminui o shunt, hipóxia e hipercapnia;
Melhora a insuflação pulmonar;
Otimiza a mecânica da tosse.
Contra-Indicação:
PO imediato (dor, WR)
Sem hiperinsuflação ou quadros infecciosos
Tipos de incentivadores Respiratórios
Voldyne: (à volume)
5000– modelo adulto – coluna graduada, indicador de limitação do incentivo, traquéia e bucal.
2500 – modelo pediátrico – coluna graduada, indicador de limitação do incentivo, traquéia e bucal.
O paciente deve realizar uma série de 5-10 incursões ventilatórias .
Triflo II: (à fluxo) Composto de 3 esferas coloridas, e não obstruem as válvulas de entrada de ar, possui filtro, traquéia e bucal.
Respiron: (à fluxo)
O fluxo é variável em função do tempo de incentivo. Serve para trabalhar uma respiração sustentada máxima. O paciente deve inspirar de forma que as três bolinhas do aparelho subam aproximadamente 5-10 segundos.
Pode ser utilizado tanto no pré como no pós operatório
Treshould: (treino de força muscular) incentivador de carga pressórica linear
A duração da inspiração deve ser de 40 a 50% do tempo respiratório total.
Indicação:
Diminuição da força e endurance dos músculos respiratórios.
Características: Tubo com orifício na extremidade, o qual é obstruído por um diafragma e uma válvula com mola regulável. Esta válvula permite a passagem do ar inspirado através do orifício, durante o treinamento da musculatura respiratória, somente após ter sido alcançada a pressão inpiratória pré determinada.
Inspirix: (à fluxo)
O fluxo é variável, em função do tempo de incentivo. Auxilia no PO.
Flutter:
Sua função é promover a desobstrução brônquica, auxiliando pacientes hipersecretivos e com fibrose pulmonar, auxilia nas trocas gasosas e na reexpansão pulmonar.
O aparelho é semelhante a um cachimbo que no seu interior possui uma bilha de metal acima de um cone. Durante o ato expiratório, a combinação da bilha com o ângulo do cone oferece uma resistência oscilatória ao fluxo. A resistência varia em função da bilha estar impedindo mais ou menos o fluxo expiratório, podendo criar uma pressão positiva expiratória de 10-25 cm H2O, enquanto o ângulo do cachimbo faz com que a válvula vibre para frente e para trás a, aproximadamente, 15 HZ. Esta variação no fluxo expiratório favorece o deslocamento de secreções brônquicas e estimula o reflexo da tosse.
Durante a realização da técnica, o paciente deve estar, de preferência, sentado numa posição mais confortável possível, com seu tórax ereto. Deve-se pedir ao paciente para realizar uma inspiração profunda e, em seqüência, acoplar o Flutter à boca e expirar de forma mais forte e rápida que puder, mantendo esta expiração ao final por, aproximadamente, 3 a 5 segundos. A técnica deve ser repetida em seqüências de 4 a 8 repetições, sem se esquecer de deixar o paciente descansar após ter tossido.
Indicações:
Tosse produtiva, Bronquite Crônica, bronquiectasia, instabilidade traqueobrônquica, mucoviscosidade,
fisioterapia pré e pós-operatória
Peak Flow
Mensuração do fluxo expiratório máximo instantâneo, surgiu em 1959 com a finalidade de avaliar o grau de obstrução brônquica em várias patologias pulmonares (DPOC). Avalia também o grau de reversibilidade ou não do BE após uso de broncodilatadores por via sistêmicas e por via inalatória.
Vantagens:
Permite ao fisioterapeuta avaliar com segurança a gravidade da obstrução brônquica;
Avaliação rápida e segura em casos específicos de reversibilidade da obstrução brônquica, frente ao procedimento terapêutico realizado.
Aireze:
Inspirômetro de incentivo à fluxo de baixa resistência, com facilidade de uso, tanto para crianças como para adultos. Trabalha a inspiração profunda (reexpansão).
PO – dor – a tendência da respiração é ser superficial.
Este aparelho serve para prevenir complicações respiratórias no pré e pós-operatório.
Como usar:
Colocar o aparelho na posição certa e expirar normalmente, com os lábios comprimidos ao redor do bucal;
Inspire profundamente fazendo subir a bolinha, até o valor desejado;
Sustente a inspiração e continue a inspirar e detenha o valor indicado;
Deixe a bolinha cair na base;
Expire e relaxe, retire o bucal e respire normalmente. Repita o exercício como descrito pelo fisioterapeuta.

 

27 de junho de 2011 at 21:15 Deixe um comentário

ultra som terapeutico

Ultra som

o ultra-som terapêutico é um dos recursos físicos mais utilizados por fisioterapêutas como ferramenta de tratamento para o manejamento de disfunções musculares e tendíneas. Como efeito do uso do ultra-som pode-se mencionar o relaxamento muscular, redução de edema e alívio da dor. Os estudos que investigaram os efeitos do ultra-som terapêutico em tecidos biológicos baseiam-se em modelos experimentais utilizando-se animais bem como condições in vitro .

Ele possui um efeito de cavitação, ou seja, formação de bolhas e ainda a agitação destas bolhas no interior dos tecidos em decorrência do campo acústico formado pela aplicação do recurso.A energia cinética formada no interior do organismo forma bolhas que vão estourando e produzindo calor e também uma massagem celular.

 Os efeitos térmicos e atérmicos ocorrem de maneira simultânea resultando em estimulação da atividade fibroblástica, aumento da síntese de proteínas, aumento do fluxo sanguíneo e regeneração tecidual. O ultra-som terapêutico pode ser oferecido em dois regimes diferentes sendo eles o contínuo ou pulsado. As frequências dos transdutores também exercem papel importante nos regimes de tratamentos.
Modosde aplicação
 Ultra-som Pulsado-promove principalmente efeito mecânico ou atérmico porque a onda é pulsátil,ou seja não é contínua.
 Ultra-som Contínuo-promove principalmente efeito térmico porque a onda é contínua,sem interrupção.

Efeitos do US

1-Aumento do fluxo sanguíneo local,devido a vibração das células

Importante saber que a utilização de US com outros meios de tratamento podem afetar a sua efetividade:

O calor úmido-interfere na neurocondução

Crioterapia –afeta a efetividade porque o frio mantém as células mais compactadas,não deixando-as vibrar

2-Processo de cicatrização

Acelera o processo pela liberação de histaminas,atrai macrófagos para o local,aumenta a adesão de leucócitos e estimula a mitose.

3-Estiramento dos tecidos

O efeito térmico aumenta a extensibilidade tecidual,hidratando e massageando as células estagnadas facilitando a movimentação articular.

4-Controle da dor

Diminui o impulso nervoso e a neurocondução

5-Dissolução dos depósitos de cálcio

6-Facilita a deposição de fibroblatos

 

Transmissão de ondas

Devido a sua elevada freqüência,o US precisa de um meio menos denso para se propagar,no caso é o gel,pois contém água.

Tempo de aplicação

Vai depender do tamanho do local,do membro.Quando muito extenso deve ser feitos por áreas.

A duração pode ser de 3min a 5min

A freqüência do  U.S. de 1.0 MHz e é usado em estruturas mais profundas (músculos, tendões, bursas), com uma profundidades entre 3 e 5 cm. É pouco absorvido em estruturas superficiais e em tecido adiposo .O mais usual é são as freqüência de 0,5W/cm2  e 0,8W/cm2
O US de 3.0 MHz deve ser usado em estruturas superficiais pois a energia é absorvida nos tecidos que estiverem entre 1 e2 cm abaixo da superfície da pele evitando o rebote do periósteo.É mais utilizado em estética.

Contra indicação

  Baço;
* Cérebro;
* Dermatomiosite;
* Diabete;
* Endoprótese;
* Epifíse óssea em cresicmento;
* Fígado;
* Flebite;
* Gânglio cervical superior;
* Infecção renal/urinária;
* Lupus eritematoso sistêmico;
* Miosite ossificante;
* Órgãos reprodutores;
* Processo inflamatório agudo(contínuo)
* Região pré-cordial;
* Sobre a coluna;
* Tuberculose;
* Tumores;
* Varizes.

 Os movimentos do U.S. devem ser lentos e contínuos devido a não uniformidade do feixe de Ultra-som, o cabeçote não deve ficar parado sobre um mesmo local. Também não deve ser movimentado muito rápido, pois não haveria tempo do tecido entrar em ressonância. O melhor procedimento é o movimento circular-deslocado, numa velocidade de1 a2cm/segundo.
até a próxima LÍLIAN

22 de junho de 2011 at 21:51 Deixe um comentário

termoterapia

Termoterapia

É uma modalidade terapêutica onde são utilizados agentes térmicos como princípio de tratamento.É dividida em hipertemoterapia e hipotermoterapia.

Hoje vou escrever como a hipertermoterapia.

 

Hipertermoterapia

É o aumento da temperatura através de uma energia em trânsito que  se transfere de um corpo para outro,ou seja o calor.

O centro termorregulador do organismo é o hipotálamo,ele regula a produção e perda de calor.

Quando ocorre um aumento da temperatura,há uma vasodilatação com a intenção de diminuir a temperatura local,sendo essa a reação do hipotálamo.Com esse efeito de vasodilatação ocorre um  aumentando do aporte sanguíneo local.

Efeitos fisiológicos do calor

O calor produz efeitos fisiológicos no organismo,então  os aparelhos que produzem calor promovem tais efeitos fisiológicos:

      Vasodilatação

      Aumento do metabolismo

      Aumento do consumo de oxigênio

      Aumento das atividades enzimáticas

      Aceleração da cicatrização

O calor causa vasodilatação aumento o aporte sanguíneo local,trazendo mais nutrientes,água e células de defesa  ,com isso ocorre o aumento do metabolismo celular e o consumo de oxigênio,assim como de reações enzimáticas promovendo a aceleração da cicatrização

      Aumento da permeabilidade capilar

As células aumentando de volume tornam suas membranas mais finas e seus orifícios maiores permitindo a troca celular mais efetiva,ajudando na reabsorção de edemas e dissolução de hematomas.O calor tanto reabsorve como aumenta o edema. (então ao usar o calor em casos de edema deve-se associar outra técnica para ocorrer a drenagem,para que as escórias metabólicas não fiquem estagnadas)

      Aumento da extensibilidade tecidual

      Hidratação e maleabilidade do tecido fibroso

      Diminuição da viscosidade tecidual

O calor nos tecidos aumenta o espaço entre as células permitindo maior maleabilidade e entrada de água,hidratando-as.Ocorre o mesmo no tecido fibroso que não tem água e é enrijecido,tornando-o mais maleável facilitando o trabalho.O mesmo vale para os tecido viscosos.

      Hidratação e maleabilidade da pele

O aumento das células da pele permitem a entrada de água hidratando-a e tornando mais maleável.

      Diminui o espasmo muscular

O calor age através da teoria da comportas pela ativação do hipotálamo ou pela diminuição da neurocondução.

      Inflamação fase aguda e traumatismo agudo

Em áreas isquêmicas os vasos sanguíneos estão totalmente ou parcialmente ocluídos,não chegando ou chegando pouco sangue ao local.

Ao se empregar o calor em caso de traumatismo agudo tem que ter em mente que o mesmo causa uma vasodilatação,só que os vasos estão lesados,não havendo como aumentar o aporte sanguíneo.Então aumenta-se o metabolismo celular com consumo de oxigênio,nutrientes sem que aquele local esteja preparado para isso,lógico que as escórias ficarão estagnadas causando uma piora na inflamação e ou necrose(seria como um tubo entupido cheio de proteínas,vai estragar).

Então o aumento do trabalho celular sem o devido aumento do fluxo sanguíneo,faz com que as células fiquem com déficit de nutrientes e morrão,isso é a necrose.

      Inflamação crônica e traumatismo crônico

Já na inflamação crônica a terapia pelo calor pode ser realizada,porque os sangue já chega através dos vasos ,suportando o aumento de metabolismo.

E aí temos os meios físicos de calor como:ultra com,infra vermelho,bolsa térmica,ondas curtas.

Até a próxima Lílian

 

 

15 de junho de 2011 at 21:24 Deixe um comentário

síndrome de Haglund

Síndrome de Haglund

Estava eu a ler quando me deparei com um nome nada conhecido,mas sintomas e sinais já vistos.Sabe aquela dorzinha no calcanhar?Pois é conhecida como a síndrome de Haglund (dor posterior no calcâneo) ou bursite posterior do tendão de Aquiles, é uma lesão decorrente de uma ação mecânica da eminência posterior-superior da tuberosidade  do calcâneo contra a bursa retrocalcânea (bolsas que servem de proteção entre o tendão de Aquiles e o calcâneo).

 Pode ocorrer devido a diversos fatores:

      Calçado inadequado

      Biomecânica da corrida ou de outro tipo de atividade física

      Overtrainning(excesso de treino)

      Alterações biomecânicas de pé

      Encurtamento dos músculos da panturrilha

O ato de caminhar pressionando repetidamente o tecido mole sob o calcanhar contra o suporte traseiro rígido de um calçado pode agravar o problema. Inicialmente, ocorre o desenvolvimento de um um ponto sensível, endurecido e levemente avermelhado na parte posterior do calcanhar. Quando este aumenta de tamanho, a bursa inflamada aparece como uma proeminência avermelhada sob a pele do calcanhar, causando dor na região e também acima dela. Se o distúrbio tornar-se crônico, o inchaço pode endurecer.

Tratamento

O tratamento visa a redução da inflamação e o ajuste da posição do pé no calçado para aliviar a pressão sobre o calcanhar que pode ser feito com palmilhas. Calcanheiras de silicone podem ser colocadas nos calçados para eliminar a pressão com a elevação do calcanhar, mas quando usada por longos períodos, pode haver um encurtamento da musculatura da panturrilha. O alargamento da parte posterior do calçado ou a aplicação de um acolchoamento em torno da bursa inflamada pode ser útil.
Os medicamentosos (indicado por médicos apenas), que podem ser desde antiinflamatórios, até infiltrações de corticóides na região, aliviando assim a dor. Estes tratamentos sempre são efetivos quando feitos em conjunto com a fisioterapia.
Em casos mais crônicos, a cirurgia é indicada (sempre que os tratamentos conservadores acima descritos não surtirem efeitos). Nesses casos, é feita a remoção da porção póstero-superior do calcâneo, juntamente ao reparo do Aquiles. Deste, faz-se a extração da parte doente do tecido (tenoplastia) e reforço com o uso da transferência tendinosa do fibular curto. Hoje com as técnicas e materiais modernos de fixação dos tendões no calcâneo, como os parafusos de interferência em titânio, consegue-se agressões cirúrgicas menores, com um menor tempo para a realização do procedimento, o que se reverte em resultados finais cada vez melhores.
E lógico nem precisa lembrar do nosso tratamento fisioterapêutico que pode prevenir,tratar e reabilitar no pós-operatório .

 

 

 

 

 

 

 

 

8 de junho de 2011 at 20:49 Deixe um comentário

PILATES X ESTENOSE DO CANAL VERTEBRAL

Pilates X Estenose do canal medular

Estenose do canal medular é o estreitamento anormal das estruturas ósseas ou ligamentosas do canal vertebral.

A etiologia pode ser:congênita,protusão discal,espondilolistese,osteófitos,entre outras causas.

Pessoas normais têm espaço suficiente no canal e recessos laterais para moldar e deslizar,logo os movimentos da coluna,como girar,flexionar ou alongar não produzem sintomas clínicos.Entretanto se o tamanho do canal é mais estreitado por proliferações ósseas ou ligamentosas os sintomas podem aparecer.

A dor pode resultar do impacto direto no nervo,mas pode ocorrer obstruções  que podem bloquear parcialmente canais linfáticos e venosos na dura máter.O aumento do fluido cerebroespinhal abaixo da obstrução pode também causar o colapso do retorno venoso e produzir anóxia estagnada.

A integração de fatores causativos provoca a irritação da raiz nervosa que ajuda a explicar os sintomas de dor lombar e na perna.A estenose pode ser o elemento mais importante na determinação dos sintomas e suas gravidades,resposta ao tratamento e prognóstico.Um paciente pode ter uma grande protusão do disco e um grande diâmetro do canal vertebral e do recesso lateral e ,portanto,não apresentar sintomas,enquanto que a mesma protusão de disco pode causar alterações motoras e sensoriais graves em um paciente com um canal estenótico.A raízes nervosas situam-se confortavelmente dentro do recesso lateral.As raízes de L5 e S1 são mais vulneráveis a compressão de um disco intervertebral em protusão do que as raízes lombares mais altas situando-se dentro de um forame vertebral mais arredondado.

A compressão da raiz nervosa pode,por diferentes mecanismos neurofisiológicos como:induzir a fraqueza ou “peso” nas pernas ,alterar a sensibilidade(dormência, formigamento ou sensação de calor e frio) e dor,

A maioria dos casos de estenose espinal ocorrem na região lombar (estenose espinhal lombar), afetando os nervos que são responsáveis pelos movimentos das pernas

Os exercícios de Pilates realizados com o aluno deitado de bruços sobre o abdome, com a cabeça voltada para um dos lados ou em pé podem ser desconfortáveis. Se o aluno preferir deitar de bruços, pode-se colocar um travesseiro sob o estômago para criar uma pequena quantidade de flexão da coluna vertebral.

O PILATES participa em todo o processo do tratamento e manutenção no pós-tratamento de forma muito efetiva. O método atua na orientação, informação, condicionamento físico, postural e mental, promovendo a saúde do corpo e mente.

O pilates traz um alívio as dores crônicas,em especial aso problemas de coluna. O método abrange o nosso corpo de uma maneira uniforme, onde busca fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, trazendo um maior alinhamento e em determinados casos,  uma descompressão das tensões existentes. Além disto, o Pilates   proporciona  um alívio de pinçamentos e compressões dos discos, o que gera um estímulo à circulação na região.

10 de maio de 2011 at 20:49 Deixe um comentário

pilates na sindrome do piriforme

Pilates na Síndrome do piriforme

A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático provocada pelo aumento da tensão ou espasmo do músculo piriforme.

O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pêra que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e conecta-se no trocanter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função esta, realizada com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.Ele também auxilia na abdução da coxa. O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome. Se o músculo, por algum motivo, sofrer uma tensão, pode haver compressão do nervo ciático, causando dor e irradiação para as pernas.

Achados clínicos mais comuns

Compressão dolorosa do ciático na região glútea

Atrofia isolada do músculo glúteo máximo

Dor com rotação interna forçada com a coxa estendida(sinal de freiberg)

Dor contra a resistência da abdução e rotação externa da coxa(sinal de pace)

Alguns sintomas

Dor na região profunda da nádega, em queimação e que normalmente desce até a perna. Ela pode aumentar quando a coxa é movimentada para fora, por exemplo, quando a pessoa está sentada e cruza as pernas

Também pode haver dormência e formigamento em direção às pernas e uma lombalgia indicando o comprometimento do ciático.

A dor pode ser causada por trauma no local (queda de própria altura), hiperlordose,em atletas (maratonistas, ciclistas e praticantes de spinning), subir escadas(muita vezes), atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e inflamação (neurite).

Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) provocando uma  contratura deste músculo (“Síndrome Dolorosa Miofascial”) que comprime o nervo ciático em seu trajeto na região glútea.

Pilates

O Pilates pode agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome.
A prevenção pode ser realizada através de um programa de exercícios individualizados que envolvem,  alongamentos\fortalecimento dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril, mobilização de quadril e membros inferiores,utilizando-se dos aparelhos criados por Joseph Pilates,a faixa elástica,a bola e o círculo mágico
O Pilates no auxílio do tratamento desta síndrome, tem como objetivo  permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva e com mais qualidade de vida. São focados os movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos, sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.

10 de maio de 2011 at 18:02 Deixe um comentário

classificação de funcionalidade,incapacidade e saúde(cif)

cif

4 de maio de 2011 at 21:14 Deixe um comentário

mobilização neural

MOBILIZAÇÃO NEURAL – Novo conceito manipulativo

 

Embora há mais de um século se saiba que lombalgias, lombociatalgias, cervicalgias e cervicobraquialgias, entre outras desordens músculo-esqueléticas apresentam origem neural, somente nos últimos vinte anos a Fisioterapia começou a se interessar mais profundamente na busca de tratamentos eficazes para esses distúrbios. Até então o foco de atenção era centrado no atendimento de pacientes com condições neurológicas provocadas por danos cerebrais, como o AVC, ou em lesados medulares ou com traumatismo craniano Esse interesse teve início em 1997 com o fisioterapeuta australiano, dr. Robert Elvey, ao iniciar o desenvolvimento de pesquisas em relação aos problemas neurais.
Quem relata esse quadro é o dr. Toby Hall, fisioterapeuta também australiano (e também de Perth), que foi um dos discípulos de Elvey e, depois, trabalhou com ele por cerca de dez anos pesquisando alternativas de tratamento para pacientes com distúrbios neurais, até chegarem ao conceito de mobilização neural.
“No fundo, o conceito de mobilização neural é bastante simples”, garante o dr. Hall. “Estamos abordando o sistema nervoso periférico, basicamente as raízes nervosas, até a sua inervação na periferia. O paciente pode apresentar dois tipos de problemas neurais. O primeiro é quando o nervo é danificado por compressão ou por um trauma direto, provocando até uma secção. A compressão é o problema menos comum do que a secção. O que mais observamos é a inflamação neural, trazendo como conseqüência a neurite”, relata o dr. Hall.
“Esta inflamação pode ter várias origens. Uma delas, por microtraumas repetitivos. Um exemplo típico é uma pessoa que trabalha por longos períodos de tempo com computador, com uma postura inadequada em sua estação de trabalho com má ergonomia, provocando dores nos braços ou na região cervical. Ocorrerá uma inflamação das raízes nervosas, que acabam desenvolvendo um processo inflamatório. O nervo se torna muito sensível e se a pessoa fizer qualquer tipo de alongamento, ele será muito dolorido e irá agravar o problema”.
O dr. Toby Hall fez uma pesquisa com um número representativo de pacientes com dores crônicas nos ombros e observou que um terço das dores tinha origem neural. “Analisando pacientes que encontramos no Brasil, notamos que também um terço deles apresentava quadros de origem neural. É por isso que o fisioterapeuta brasileiro, como de qualquer outro lugar do mundo, precisa saber diagnosticar e tratar o problema neural corretamente”.
O dr. Hall enfatiza a necessidade do fisioterapeuta efetuar o diagnóstico funcional. “As condições desse paciente poderão ser melhoradas precocemente se esse paciente for tratado de forma apropriada. Se não for elaborado um diagnóstico correto, supondo, por exemplo, que o problema é de origem articular ou muscular, quando na verdade é neural, estaremos agravando ainda mais a situação. A utilização de condutas inadequadas, como por exemplo o alongamento, só complicará o quadro do paciente”.
“O estudo que fizemos com vários pacientes com longas histórias de dor – de até 20 anos – sem que se conseguisse fazer um diagnóstico correto porque os profissionais envolvidos não haviam se aprofundado nos problemas neurais, é muito sintomático. Recentemente, aqui mesmo no Brasil, conhecemos uma pessoa com uma história de dez anos de dor no braço, que a levou a duas cirurgias do túnel do carpo em razão de se acreditar ser essa a origem do problema. No entanto, constatamos a inapropriação dessa cirurgia. Os testes com eletromiógrafo, realizados por três vezes, apresentaram resultado normal, mas quando avaliamos a paciente, verificando se apresentava problemas inflamatórios ou de sensibilização, ficou claro que o problema tinha origem neural e, já no primeiro atendimento, apresentou sensível melhora”.
Como tratar? – “Basicamente mediante indicação de terapias manipulativas”, propõe o dr. Hall. “Antes de mais nada é essencial o diagnóstico funcional, realizado pelo fisioterapeuta.. O diagnóstico correto só é obtido através de uma avaliação criteriosa, que deve passar por pelo menos sete testes:

  • avaliação postural,
  • teste de movimento ativo,
  • teste de movimento passivo,
  • testes provocativos neurais,
  • palpação,
  • palpação da coluna
  • exame neurológico.

 Se concluímos que a origem do problema é por compressão ou danificação do nervo, utilizamos técnicas específicas para descomprimir esse nervo, para que recupere sua função normal. Se o diagnóstico apontou para inflamação ou sensibilização do nervo, utilizamos recursos de desensibilização, variáveis de acordo com cada paciente. Alguns pacientes apresentam problemas mais severos do que outros e, em conseqüência, cria-se o tratamento adequado. A manipulação também é adotada em função do nervo afetado. Por exemplo, no nervo superior, poderá estar afetado o radial, o mediano ou algum outro. Detectar exatamente qual é o nervo afetado é fundamental para o tratamento correto”.
“O tratamento é progressivo”, lembra o dr. Hall. “Não se cura o paciente com apenas um atendimento. O tempo de tratamento varia de duas semanas, para casos mais suaves, até três meses. E o tratamento é basicamente sempre com terapia manual.em sua fase inicial. Quando o paciente inicia a apresentação de sinais de melhora, soma-se a cinesioterapia, porque é muito importante que o paciente repita em sua casa o mesmo trabalho que é efetuado na clínica”.
“Algumas vezes temos pacientes com problemas não apenas neurais mas também em outras estruturas. Um bom exemplo é o ombro doloroso, no qual o paciente apresenta dor por um longo tempo e não consegue mover o braço de forma apropriada. Secundariamente ao problema neural, ele apresenta problemas restritivos na articulação e, além disso, seus músculos tornam-se disfuncionais. A seqüência de tratamento deve ser a do nervo, em primeiro lugar, para em seguida, com os resultados de melhora, trabalhar com a articulação e o músculo. Muitos pacientes, só com o tratamento do problema neural, apresentam melhora sensível em seu estado geral”, resume o fisioterapeuta..
Para o dr. Toby Hall, é estimulante verificar que cada vez mais os fisioterapeutas começam a entender o conceito de mobilização neural, lembrando de pacientes que tiveram no passado e que apresentavam quadros que poderiam ser associados a problemas neurais, mas que deixaram de ser assim tratados.
“Se um paciente procura o fisioterapeuta encaminhado por um médico e chega com um diagnóstico clínico (por exemplo, uma lombociatalgia com uma ressonância magnética indicando uma protusão discal), é o fisioterapeuta que fará o diagnóstico funcional dessa lombociatalgia, para definir as condutas a serem adotadas”. Ele cita casos em que pacientes foram tratados pelo conceito da mobilização neural, aliviando e ao final eliminando as dores que sentiam, embora as ressonâncias solicitadas ao final do tratamento continuassem a indicar a mesma protusão e com a mesma dimensão.
“Muitos pacientes apresentam hérnia discal sem nenhum sintoma de dor. Mesmo assim o atendimento fisioterapêutico é fundamental, porque a dor que o paciente apresenta pode não ter relacionamento com o achado laboratorial. A ressonância não avalia o movimento, não é um teste funcional. Quem sabe avaliar o movimento é o fisioterapeuta. O fisioterapeuta deve verificar se o que encontrou em sua avaliação está coincidindo com o indicado no resultado clínico ou laboratorial. É muito importante tratar o paciente e não a ressonância…”, conclui o fisioterapeuta.

Autor: Revista O Coffito edição 21
 Fonte: Revista O Coffito edição 21

4 de maio de 2011 at 20:50 Deixe um comentário

Tens na hérnia de disco

Olá pessoal esse artigo dá uma boa revisão sobre a TENS.

Tens nas Algias Lombares Causadas por Hérnia De Disco

Autores: Carvalho, A. C., Santos, E. G. e Almeida, R. D.

Resumo:

A dor lombar na hérnia de disco pode ser localizada ou radicular. O mecanismo dessa dor e as alterações anatomofisiológicas são parâmetros adequados para a terapia com a TENS. Sendo essa terapia de uso crescente, é necessário compreeender o mecanismo de analgesia e saber como, a partir de uma lesão, produz-se o fenômeno da dor, conhecendo os caminhos que levam os impulsos dolorosos até o cérebro.

I-INTRODUÇÃO

A TENS (transcutâneous eletrical nerve stimulation) é um estimulador elétrico com a capacidade de estimular nervos periféricos com eletrodos colocados na superfície do corpo e cujos estímulos gerados são pulsos de tensão com o objetivo clínico de provocar alívio sintomático da dor. A dor é um mecanismo de proteção do corpo. Ela ocorre sempre que algum tecido esteja sendo lesado, provocando reação no indivíduo, eliminando assim o estímulo doloroso. As algias são sintomas mais comuns na hérnia de disco lombar que é a liberação ou prolapso do núcleo pulposo por ruptura ou afastamento do anel fibroso.Como a dor radicular é a principal queixa de um paciente portador de hérnia discal e o TENS é o principal recurso fisioterapêutico usado para provocar analgesia, faz-se necessário um levantamento bibliográfico com a finalidade de trazer comprovações teóricas na eficácia do TENS nas algias causadas por esta patologia específica.

Há interrupção da dor no uso da TENS ? Sua analgesia tem efeito duradouro ? Pode ocorrer acomodação neural ? Quais as modalidades do TENS ideais para dor aguda e dor crônica ?Baseado em dados bibliográficos, o uso da TENS na melhora do desconforto do quadro álgico trará ao fisioterapeuta maior segurança em associar os demais recursos necessários na reabilitação do paciente com hérnia de disco lombar.

II-REVISÃO de literatura

II-1- Hérnia de Disco

II-1-a) Conceito:

Hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dor lombar (CECIL,1992).

Quando há uma herniação medial, envolve a medula espinhal diretamente, pode haver pouca ou nenhuma dor, ou dor na distribuição radicular bilateral. Sendo que, em muitas vezes, a dor é sentido em local distante da herniação do disco.(CECIL,1992)

II-1-b) Fatores Etiopatogênicos: Traumas, infecções, malformações congênitas, doenças inflamatórias e metabólicas, neoplasias, distúrbios circulatórios, fatores tóxicos, fatores mecânicos e psicossomáticos.(SAMARA,1985).

II-1-c) Localização da dor Lombar

É geralmente entre L4 e L5 e entre L5 e S1 comprimindo as raízes L5 e S1, respectivamente. Mesmo sendo incomum, há herniação L3 e L4. ( CECIL,1992).

II-1-d) Quadro Clínico

A coluna pode manter-se rígida, a curva lordótica lombar normal pode desaparecer, espasmo muscular pode ser proeminente e a dor exarcerbar-se na extensão da coluna e ser aliviada em flexão lenta. A parestesia e a perda sensorial com fraqueza motora no miótomo suprido por aquela raiz, além da diminuição ou ausência de reflexos são evidências de distúrbios neurológicos causados pela hérnia discal.

Quando há elevação da perna estendida em decúbito dorsal pode reproduzir dor radicular. Ao elevar a perna contralateral e houver dor espontânea sugere – se hérnia discal.

Pode causar a dor durante a palpação sobre o nervo femoral na virilha ou sobre o nervo ciático na panturrilha, coxa ou glúteos. (CECIL,1992).

II-1-e) Dor na Hérnia Discal

Por ser a dor o sintoma mais comum nesta patologia , a origem exata da dor localizada não é conhecida , mas pode resultar de compressão do nervo sinovertebral . A dor radicular geralmente aparece depois de ataques repetidos de dor localizada e é percebida como aguda, de forma súbita que pode irradiar da coluna ao longo da distribuição inteira da raiz envolvida ou afetar somente uma parte desta raiz . Ambas as dores, localizada e radicular podem ser aliviadas com o repouso e aumenta com as atividades.

As hérnias podem ser assintomáticas, neste caso herniação para o centro dos corpos vertebrais que delimitam o disco ( Nódulo de Schmörl ). E podem ser sintomáticas, e quando hernia para dentro do canal vertebral comprimindo terminações e raízes nervosas. Estas dependem da localização, do tamanho, do tipo e do grau de envolvimento radicular.

Algumas fibras desse feixe terminam na substância reticular do tronco cerebral, e a maior parte se encaminha para o tálamo, terminando no complexo centro basal. Deste, os sinais são transmitidos para outras áreas basais do cérebro e para o córtex sensorial somático. Para a dor do tipo rápido ser bem localizada é preciso que os receptores táteis sejam também estimulados.

Paleoespinotalâmico = Sistema que transmite os sinais dolorosos pelas fibras periféricas de dor lenta do tipo C e ocasionalmente do tipo A ? . Essas fibras nervosas periféricas terminam nas lâminas I e II das pontas dorsais da medula que juntos são chamados de substancias gelatinosas .

Nas próprias pontas dorsais , os sinais passam por um ou mais neurônios internunciais de fibras curtas antes de chegar à lâmina V ( células transmissoras T ) , onde originam axiônios longos que se juntam às fibras da via de dor rápida passando pelo lado oposto da medula e se encaminha para o lado ipsio lateral em direção ao cérebro ( GUYTON,1984).

II-2-Dor

II-2-a) Receptores da dor e sua estimulação

Os receptores da dor são as terminações livres (pele, periósteo,paredes arteriais, …). A maior parte das fibras dolorosas pode ser excitada por tipos múltiplos de estímulos (frios, alogamento excessivo, calor, …), que são denominados nociceptores mecânicos, térmico e químico.

A dor rápida é evocada por nociceptores mecânicos e térmicos, enquanto que a dor lenta resulta dos três tipos de nociceptores. Esses nociceptores químicos podem ser estimulados por substâncias químicas que têm grande importância no aparecimento da dor do tipo lenta, tais como: bradicinina, serotonina e prostaglandina (aumenta a sensibilidade).

Os receptores da dor não se adaptam ao estímulo nocivo, fazendo com que o indivíduo permaneça alerta ao estímulo lesivo, que provoca a dor durante todo o tempo que ele persiste.(CECIL,1992)

II-2-b) Vias de transmissão da dor

As terminações nervosas livres utilizam duas vias : para a dor rápida e em pontada e uma via para a dor lenta-crônica.

Os sinais de dor rápida são transmitidas nos nervos periféricos em direção a medula espinhal por fibras de pequeno diâmetro tipo A ? (rápidas) e a dor lenta por fibras tipo C. Devido a esse duplo sistema, um estímulo doloroso brusco causa uma sensação dolorosa dupla (rápida- em pontada e em queimação).

Após penetrar na medula espinhal através da raiz dorsal, as fibras da dor vão para o feixe de Lissauer, posterior à ponta dorsal da substância cinzenta da medula espinhal, terminando sobre neurônios localizados nas pontas dorsais, onde há dois sistemas para o processamento dos sinais dolorosos que se dirigem para o cérebro por meio de duas vias:

Neoespinotalâmico = As fibras rápidas de dor do tipo A ? transmitem principalmente os sinais dolorosos mecânicos e térmicos. Elas terminam na lâmina I das pontas dorsais (lâmina marginal), onde excitam os neurônios de segunda ordem, os quais originam longas fibras que cruzam para o lado oposto da medula pela comissura anterior e se dirigem para o cérebro pelas colunas ântero-lateral.

II-2-c) Opiáceos endógenos

Em 1975, descobriu-se que no sistema nervoso central existem receptores para opiáceos endógenos (endorfina, encefalina e substância P) em altas concentrações, especialmente em áreas identificadas por Melzak e Will e em áreas associadas com nocicepção como importantes na inibição dolorosa: tálamo sistema límbico, substância cinzenta periaquedutal e substância gelatinosa, (UMPHRED, 1994).

II-3- TENS

II-3-a) Conceito

É uma terapia segura, não invasiva que “reduz” ou “elimina” os sinais de dor, favorecendo ao indivíduo a execução de suas atividades com maior conforto. Sendo um estimulador sensitivo trancutâneo, os impulsos da corrente são transmitidos através da pele com o auxílio do gel para não haver interrupção do estímulo. Na medida que os impulsos atinge o nervo, obtém – se a regulação para o controle da dor.

São pulsos de tensão regulares com amplitude variável de mais ou menos 85 V, freqüência de 2 a 200 Hz com duração de 20 a 90 ms. É aplicado para o tratamento da dor aguda e crônica. (SULLIVAN,1997).

– De Pulso

Contração mais parestesia, intensidade variável de acordo com o nível de tolerância do paciente, analgesia após 10 a 30 minutos, freqüência de 70 a 100 Hz e tempo pulso de 100 a 200 s. ( RODRIGUES e GUIMARÃES, 1998).

– II-3-d) Sugestão no modo de estimulação e colocação dos eletrodos na dor lombar na hérnia de disco

– DOR AGUDA

Tens Convencional de alta freqüência com analgesia, através da teoria da comporta, atuando na substância gelatinosa. Os eletrodos tetrapolares podem ser colocados :

Bilateral – usando dois canais em ambos os lados da região lombar.

Cruzada – quando dois canais cruzam a área de dor, concentrando a corrente da região da dor.

– DOR CRÔNICA

– Tens de baixa freqüência ( Tens Acunputura ). Analgesia liberada pelos opiáceos . Os eletrodos devem ser aplicados nos miótomos segmentares relacionados ou em pontos remotos de acunputura. ( RODRIGUES e GUIMARÃES, 1998) .

II-3-b) O Tens e a modulação da dor

A explicação neurofisiológica mais provável que explica a modulação da dor pelo Tens, levando a analgesia , é através da ativação do “Portão espinhal da dor”, proposta por Melzack e Wall. Teoria na qual há um bloqueio dos impulsos da dor que vem da periferia ( lâminas II,III e V),sendo assim , esse bloqueio na substância gelatinosa ( II e III) agiria como uma comporta que tem a capacidade de impedir que impulsos aferentes alcancem as células T , as quais conduzem a sensação de dor para diversas partes do cérebro ( cerebelo, tronco cerebral, tálamo e córtex). (UMPHERP, 1994).

Quando se aplica um estímulo não doloroso através das fibras A ( rápidas) , esse estímulo “fecha” a “comporta , inibindo a percepção da dor ao nível medular, estimulando as células da substância gelatinosa , assim é necessário que as fibras A sejam ativadas primeiro, já que possuem limiar alto, sendo despolarizada pela corrente de alta freqüência e baixa intensidade que é indicado para dores agudas, onde o efeito analgésico é rápido, porém menos duradouro e uma sensação de formigamento. A alta insensibilidade e a baixa freqüência atuam no sistema nervoso central, estimulando substâncias analgésicas endógenas. São indicados para dores crônicas, onde o efeito analgésico é mais demorado, essa modalidade provoca uma sensação dolorosa. ( RODRIGUES E GUIMARÃES, 1998).

II-3-c) Tipos de Tens

A tens apresenta quatro modos de estimulação :

– Convencional

A sensação é percebida por um formigamento. A analgesia é imediata ou após 20 minutos de aplicação ( 10 a 30 mA). O efeito analgésico dura de 20 minutos a 2 horas, dependente totalmente das atividades da vida diária, a freqüência vai de 50 a 100 Hz e o tempo de pulso ( T ) de 40 a 75 ms.

– Breve e Intensa

A sensação de fasciculação muscular , não ritmica , intensidade de 30 a 80 mA, analgesia de 10 a 15 minutos , dura enquanto a estimulação estiver presente, freqüência de 100 a 150 Hz e o tempo de pulso 150 a 250 ms.

– Acunputura

Contrações fortes, intensidade alta, no limite suportável, analgesia de 2 a 6 horas e o tempo de 20 a 30 minutos, a área de percepção é em pontos remotos de acunputura, freqüência vai de 1 a 4 Hz e o tempo de pulso de 150 a 250 ms.

Para SULLIVAN,1993, a estimulação de baixa freqüência semelhante a acunputura tem propiciado alívio a dor de uma certa porção da população de pacientes, mas esta proporção é significativamente menor que a associada a Tens convencional. E fica em aberto que o posicionamento do Tens de baixa freqüência deve ser mediado por um mecanismo não opióide ainda indefinido.

Já Carlos Castro ( UFSC) , apresentou uma sugestão clínica: “Na prática clínica, os melhores resultados aparecem quando se associa uma sessão com alta freqüência e baixa intensidade e outra sessão com baixa freqüêhncia e alta intensidade e assim sucessivamente.

UMPHRED,1994,afirma que a acomodação neural, que é uma diminuição na percepção do estímulo, acontecendo na medida que o nervo aumenta seu limiar de excitação com a estimulação repetida, é a principal inconveniência da Tens convencional.

III – METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na biblioteca da UNCISAL e com o uso de livros particulares. Iniciou – se em 04.10.00 e finalização na data atual ( 17.10.00).

V-DISCUSSÃO

Segundo UMPHERED,1994, pensa – se que a endorfina , substância química semelhante a morfina, produz analgesia e efeito no humor através de interneurônios na substância cinzenta dorsal.

V-CONCLUSÃO

Baseado em pesquisa bibliográfica, a Tens tem ótima indicação na dor lombar causada por hérnia de disco,pois atua diretamente na teoria da comporta da dor. O que falta, porém, é uma pesquisa de campo para se comprovar realmente a eficácia no alívio da dor nesse tipo de paciente.Deve – se levar em consideração que a Tens é apenas um recurso fisioterapêutico, necessitando de recursos afins que tratem da hérnia de disco de forma geral, pois o problema base da hérnia discal é o que leva o paciente a Ter essa dor, necessitando assim que o fisioterapeuta estude o paciente como um todo, direcionando o tratamento de forma mais linear possível.

VI- BIBLIOGRAFIA

– BAZIN, S & KITCE, S. “Eletroterapia de Clayton”.

10o. edição. são Paulo, 1998.

– CECIL. “Tratado de Medicina Interna”2o. edição. São

Paulo, 1992.

– GUYTON,A .C.”Tratado de Fisiologia Médica”.6º- edição,Rio de

Janeiro,1984.

– O’SULLIVAN, S.B. & SCMITZ, T.J. “Fisioterapia –

Avaliação e Tratamento”.2o.edição. Manole.

São Paulo, 1993.

– RODRIGUES,E.M. & GUIMARÃES,C.S. “Manual

de Recursos Terapêuticos”Revinter. Rio de

Janeiro, 1998.

– UMPHRED, D.A .”Fisioterapia Neurológica”. 2o

edição. Manole,1994.

– SAMARA,A .M.” Reumatologia –

Medicina Interna”.2oedição.São Paulo,1985.

11 de abril de 2011 at 20:16 Deixe um comentário

mononeuropatia do nervo femoral

Mononeuropatia do nervo femoral

Nessa semana fiz avaliação de uma paciente que foi submetida a uma cirurgia no abdome onde houve o pinçamento do nervo femoral ,precisei estudar um pouco e resolvi postar.

A mononeuropatia deve-se a causas locais de lesão do nervo, embora distúrbios sistêmicos possam ocasionalmente causar lesão nervosa isolada,no caso desse post minha atenção será voltada para lesão traumática.

Anatomia

O nervo femoral transporta contribuições dos ramos anteriores de L2 a L4 e deixa o abdome passando através do espaço entre o ligamento inguinal e a margem superior da pelve,para entrar no trígono femoral na face Antero-medial da coxa.No trígono femoral o nervo está localizado lateralmente a artéria femoral.O nervo femoral inerva:

v     todos os músculos no compartimento anterior da coxa

v     No abdome dá origem a ramos que inervam os músculos ilíaco e pectíneo

v     Inerva a pele sobre as faces anterior da coxa,antero-medial do joelho,medial da perna e medial do pé.

Na pelve, o nervo femoral emerge do psoas maior e desce até a profundidade da fáscia ilíaca. O nervo femoral termina 4 cm abaixo do ligamento inguinal, por trás do qual se dirige à coxa, quando o ramo anterior origina o nervo cutâneo medial da coxa e o nervo cutâneo intermediário que inervam a face anteromedial da coxa até o joelho. O ramo posterior do nervo femoral inerva o quadríceps femoral e o músculo sartório. O ramo terminal é o nervo safeno, cuja topografia inclui a pele da face medial da perna até a margem medial do pé . O nervo cutâneo femoral migra lateralmente e passa sob o ligamento inguinal próximo da espinha ilíaca ântero-superior

O compartimento anterior da coxa contém o sartório e os quatro grandes músculos do quadríceps femoral(reto da coxa,vasto medial,vasto lateral e vasto intermédio).Além disso,as extremidades distais dos músculos psoas maior e ilíaco passam para parte do compartimento anterior vindas dos locais de origem na parede abdominal posterior.Estes músculos são inervados por ramos diretos dos ramos anteriores de L1 a L3(psoas maior) ou do nervo femoral(ilíaco)durante sua passagem pela parede abdominal.

Funções :

v     Função motora:músculos ilíaco,pectíneo e músculos do compartimento anterior da coxa

v     Função sensitiva:pele da região anterior da coxa e medial da perna

Lesão

Na literatura existem casos descritos de lesão do nervo femoral após cirurgias ginecológicas realizadas sob anestesias peridural e geral,sendo a lesão provocada pelo posicionamento do afastador cirúrgico.Foram descritos também casos de lesão do mesmo nervo em pacientes submetidos a herniorrafia inguinal,tendo havido compressão pelo tecido fibroso e laceração do nervo,além de transfixação por fio de sutura.Pode ocorrer também em conseqüência de fratura pélvica.

Mononeuropatia

A lesão de um único tronco nervoso ou nervo, como o nervo femoral, é chamada de mononeuropatia,levando a perda de movimento ou de sensibilidade em área do corpo. A mononeuropatia deve-se a causas locais de lesão do nervo. As causas mais comuns são o trauma direto, pressão prolongada sobre o nervo. A lesão do nervo compreende a destruição da bainha de mielina ou a destruição de parte da célula nervosa (axônio), o que retarda ou bloqueia a condução do impulso nervoso

Conseqüências da lesão

v     fraqueza muscular do quadríceps levando a hipotrofia do mesmo

v     dor irradiada para a região anterior da coxa e através do nervo safeno, para a face medial da perna e do pé (dermátomo L3 e L4).Olhar artigo sobre dermátomos

v     perda  do reflexo patelar

v     perda da sensibilidade da pele na área inervada

v     paralisia do músculo ílio-psoas determina a incapacidade de flexionar a coxa sobre o tronco. Se o ilíaco isoladamente estiver paralisado, a flexão da coxa estará enfraquecida.

v     Na paralisia do quadríceps estão ausentes tanto a extensão da perna quanto o reflexo patelar

v     A marcha é difícil (impossível no comprometimento bilateral) e os pacientes utilizam-se de marchas pseuso-escavante .O andar para trás é mais fácil.

v     A sensibilidade é perdida na distribuição cutânea do nervo femoral

v     A dor ocorre com as lesões irritativas e freqüentemente é mais acentuada no joelho.

Fisioterapia

v     Minimizar quadro álgico com Tens (L2-L4 e no trajeto no nervo de acordo com dermátomos),pode-se também utilizar o IV  ou bolsa de água quente para diminuir a neurocondução.

v     Fortalecer quadríceps e tibial anterior

v     FES

v     Treinar a marcha

v     Promover o equilíbrio

v     Exercícios ativos ou passivos de flexo-extensão de quadril

v     Alongamentos para evitar encurtamento do músculo e potencializar o fortalecimento

Rev Bras Anestesio l2000; 50: 4: 297 – 298

fisiobenjamim.blogspot.

adam.sertaoggi.com.br

Lílian

8 de abril de 2011 at 21:28 Deixe um comentário

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