A coisa mais bela do mundo

(de autoria de Goodwin)

Um célebre pintor, que tinha realizado vários trabalhos de grande beleza, convenceu-se, certo dia, de que ainda lhe faltava pintar a sua obra prima. Em sua procura por um motivo, numa poeirenta estrada, encontrou um idoso sacerdote que lhe perguntou para onde se dirigia.

– Não sei, respondeu o pintor. Quero pintar a coisa mais bela do mundo. Talvez que o senhor possa me orientar.
– É muito simples – disse o sacerdote – Em qualquer igreja ou crença você achará o que procura. A fé é a mais bela coisa do mundo.

Prosseguiu viagem o pintor.

Mais tarde, perguntou a uma jovem noiva se sabia qual a coisa mais bela do mundo.
– O amor – respondeu ela. – O amor torna os pobres em ricos, suaviza as lágrimas, faz muito do pouco. Sem amor, não há beleza.

Continuou ainda o pintor a sua procura. Um soldado exausto cruzou o seu caminho, e quando o pintor lhe fez a mesma pergunta, respondeu:
– A Paz é a mais bela coisa do mundo. A guerra a coisa mais feia. Onde você encontrar a paz, fique certo de que encontrará a beleza.

– Fé, Amor e Paz. Como poderei pintá-las? – pensou tristemente o artista.

Meneando a cabeça desanimado, tomou o rumo de casa.

Ao entrar em sua própria casa, deu com a coisa mais bela do mundo.
Nos olhos dos filhos estava a Fé.
O Amor brilhava no sorriso de sua esposa.
E, em seu lar, havia a Paz de que lhe falara o soldado.
Realizou assim o pintor o quadro “A coisa mais bela do mundo”.
E, terminando-o, chamou-lhe “lar”.

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