Este foi o tema da segunda roda de conversa da Mostra Cariri das Artes dos Países de Língua Portuguesa que ocorreu neste dia 13 de maio no Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas, ministrada por Roberto Isaías, músico, ativista e consultor de políticas culturais da Rede Nacional para a Diversidade Cultural em Moçambique.
Roberto falou que as crianças e jovens de seu país ainda não têm uma instituição como a Fundação Casa Grande para acolhê-las e realizar projetos de formação cultural, expressando seu sonho de também um dia construir algo parecido em Moçambique.
O público presente realizou algumas perguntas sobre aspectos da educação, política e religião e o palestrante disse que o analfabetismo ainda é de 80% no país – de 20 milhões de habitantes, e que ainda estão em processo de democratização política, mas são poucas as políticas públicas voltadas à cultura africana. Sobre religião, Isaías disse que os católicos são maioria, mas a religião muçulmana é a que mais cresce.
Percebemos que Moçambique é um país que está lutando para crescer, melhorar suas estruturas e diminuir as desigualdades sociais. Para o músico, muito já está sendo feito mas ele aposta na diversidade cultural do país africano para realizar esses sonhos mais rapidamente. E falando em sonhos, Isaías completa que nós no Brasil estamos bem a frente do que os moçambicanos nesse processo.
Na conclusão da sua fala, foi apresentada a introdução de um vídeo sobre um artista moçambicano chamado Malangatana Nguenha que já deu pra se ter uma idéia do nível cultural daquele país.
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