Apresentação: 16/05, sábado, às 20h
Com “Dixi Rubera”, o segundo disco solo, Vadú confirma as expectativas criadas desde a sua estreia, “Nha Raiz”, lançado em 2004, propondo-se mais que uma esperança como uma bela realidade musical, não só em Santiago, a sua ilha natal, mas também no diversificado panorama musical cabo-verdiano.
Vadú, nascido em 1977 na cidade de Praia, é o nome artístico de Osvaldo Furtado, respira música em família desde sempre; é o sobrinho de Zezé e Zeca di Nha Reinalda, dois dos mais influentes expoentes do Funaná e os componentes dos grupos históricos da música de Cabo Verde como Bulimundo e Finaçon que, nos anos 80, deram nova vida ao gênero. Após vários anos de experiência em Cuba, onde ele teve a oportunidade de conhecer e estudar os ritmos caribenhos, regressa a Cabo Verde e trabalha como engenheiro de som no Quintal da Música, um local onde se exibem os maiores nomes da música de Santiago e outros. Este trabalho também lhe dá a oportunidade de conhecer outros artistas e de aprofundar e voltar as suas atenções para o Funaná, e especialmente para o tabanka e o batuko, músicas típicas da ilha de Santiago.
Vadú pertence a essa geração de artistas que, nas pegadas de Orlando Pantera, falecido prematuramente em 2001, e juntamente com outros artistas como Tcheka, Prinzecito e Djingo, deram novo impulso ao batuko, atualizando-o e levando-o para fora do ambiente rural e fazendo-o conhecido também pela população de outras ilhas de Cabo Verde. E é com esses cantores e músicos que, em 2002, Vadú participa no projecto “Ayan”, um disco em que cada um executa três canções em um trabalho que vai permanecer na história da música de Cabo Verde como um dos primeiros a propôr uma nova maneira de apresentar o batuke.
O batuko é, sem dúvida, o mais amado e mais executado pelo próprio Vadú fazendo uso da valiosa contribuição, entre outros, do percussionista Micau, mas especialmente de Hernani Almeida que, embora jovem, é um dos mais valiosos produtores e arranjadores cada vez mais procurado por artistas cabo-verdianos. Os temas do disco são aqueles de sempre, a sua terra, a amizade, a alegria, mas também a falta de chuvas que dificulta a vida nas ilhas, a esperança de uma vida melhor e mais digna, a emigração forçada. Vadú é o autor das letras e músicas de todas as dez canções que compõem este disco lançado pela Gugas Veiga Produções, no final de 2007.
No disco está a canção “Lus”, que deu o título também ao último trabalho de Nancy Vieira. Ele foi convidado a participar nos mais importantes festivais de música de Cabo Verde, e teve também a oportunidade de apresentar-se em Portugal e no Brasil.
(António Danise em http://www.ponto.altervista.org)
“A única verdadeira tristeza está na ausência de desejo.”
todos os caboverdianos sentem a sua falta na musica. porque você é um dos artista que sempre optamos para cantar a sua musica, nós os jovens de Fogo Mosteiros Queimada Trás lamentamos muito da sua morte,mas para nós você “vadú” esta vivo, porque nunca deixaremos de cantar a sua musica.
“Um artista é um sonhador que consente em sonhar o mundo real.”
“A amizade consigo mesmo é crucial, porque sem ela não se pode ser amigo de ninguém mais no mundo.”