Depois de alguns meses sem postar, finalmente estou voltando à digitar no meu blog, retirando as teias de aranha, espanando a poeira dos links… Quero agradecer aos meus inúmeros leitores (tão numerosos quanto os dedos da mão esquerda de Lula – ou será a direita? Nevermind).
É sempre bom contribuir com a formação profissional dos colegas e tive experiências muito boas no congresso da ABRALIN e quero poder repassar para vocês o que pude aprender. Depois do congresso eu percebi a importância de formarmos leitores e usuários da língua, ao invés de massacrarmos os nossos alunos com gramática nada funcional e que depois de um mês (sendo eu otimista) eles esquecerão o que dissemos, não consultarão os cadernos e nem terão coragem de perguntar.
Como professor de produção de texto e leitura de uma escola, eu percebi o quanto os meninos se envolveram quando passei a trabalhar com algumas coisinhas da linguística textual, fazendo com que eles conhecessem alguns modelos textuais, desenvolvessem suas capacidades cognitivas na hora de desenvolver o texto usando aquilo que eles conheciam e tinham para imitar – até porque aprendemos por imitação e aperfeiçoamos depois.
Quero indicar alguns livros para vocês, (futuros) professores e alunos dedicados que leem o meu blog, que irão ajudar vocês a terem uma maior sensibilidade na leitura e produção textual. Tive o prazer de conhecer a professora Vanda Maria Elias no congresso e afirmo com toda certeza que é uma autoridade em linguística textual, não somente porque foi pupila da Ingedore Koch, mas pela perspicácia e preocupação em explorar cada cantinho miúdo das complicações que envolvem leitura e produção de texto.
Eis os livros:
VANDA MARIA ELIAS e INGEDORE VILLAÇA KOCH
LER E ESCREVER: ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL
EDITORA CONTEXTO, 2009.
VANDA MARIA ELIAS e INGEDORE VILLAÇA KOCH
LER E COMPREENDER OS SENTIDOS DO TEXTO
EDITORA CONTEXTO, 2008.
São livros que considero indispensáveis para o professor de lingua portuguesa, tanto do fundamental como do médio. Eles realmente inspiram atividades e esclarecem muita coisa que a gramática deixa a desejar. Se realmente trabalhamos hoje para tornar nossos alunos competentes linguisticamente é porque estamos fazendo deles leitores e escritores do dia a dia, não especialistas em gramática.
Gostaria de saber como está sendo a experiencia de vocês com os alunos e, alunos, gostaria de saber o que vocês acham dessa forma de encarar a língua: ajuda ou gramática é suficiente?
Abraços!