quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Transporte de Animais de Estimação

Muitas pessoas acabam por uma razão ou outra, abandonando os bichinhos pra trás, ou fazendo de tudo para levá-lo consigo!

Disponibilizo aqui então informações sobre transporte de animais (pois é Marcela, talvez você precise disso). :)

Transporte em Avião
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Empresa GOL
Atendimento Online Gol (www.voegol.com.br) em 30 de outubro de 2008.

Quanto custa para levar um animal de estimação no avião?

É cobrada uma taxa de handling de 70,00 reais mais o valor é diferenciado pelo peso do animal sendo cobrado 1% da tarifa ?Y?;
- Somado a este valor, é cobrada uma taxa, chamada taxa de Handling (território nacional de R$ 70,00).
Segue exemplo da cobrança de taxa de Animais no Aeroporto:
Despacho de animal de 15 kg entre CGH e POA:
Taxa AVIH Handling: R$ 70,00
Taxa AVIH Kg: (15kg X R$ 8,40-> Exemplo existente em uma tabela no aeroporto) = R$ 126,00
Total das Taxas: R$ 70,00 + R$ 126,00 = R$ 196,00

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Procura-se Luciana

Luciana é uma leitora deste blog.
Deixou um e-mail que não funcionou!
Aprece Luciana!
Queria falar com você!

"Oi Luciana, como vai?
Poxa, tivemos um pescador de Barcelos aqui com a gente por uma semana. Estou conhecendo a cadeia produtiva de peixes ornamentais, eu mal sabia que isso existia antes de vir pra cá!
E você, em que parte da Argentina está?
Seu mestrado é em que área?
Nossa, uma pena não nos termos conhecido, mas quem sabe em breve isso não acontece!"

A vala da Vila

A Vila São João é um bairro no Distrito de Barão Geraldo, onde não há pavimentação. Com isso, ganhamos um pouco de pó e buracos nas ruas, mas também um clima mais ameno, um solo não impermeabilizado, e um ambiente aconchegante.
Um dos problemas é a drenagem das ruas, já que também não há sistema de captação de águas pluviais. Com isso, elaboramos um Projeto experimental de drenagem do solo da Vila São João.
Nestas fotos estão registradas partes da obra.

Participantes:
Flávia Blaia Dávila
C. Rafael Longo de Souza
Thiago Ferreira Gomes
Luiz Fernando

A obra foi realizada em 24 e 25 de julho de 2007.
Os gastos serão atualizados aqui em brevidade.

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Primeiro, você pega as ferramentas e tenta cavar um buraco.
Aí você vê que é muita terra pra tirar, e então contrata uma máquina para abrir o buraco.



CAVANDO



Depois você compra brita bem grande, que dá maior escoamento de água.


A MANTA


INSTALAÇÃO DA MANTA


A manta tem que forrar toda a superfície da vala. Na chuva ela fica pesada e difícil de manusear.


Aí você cobre todo o buraco com a manta "Bidim", parece um cobertor. Isso pode ser comprado no CEASA.
Você emenda as partes da manta com um grampeador, e espera que elas não se soltem.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Segurança em primeiro lugar?

Sábado à noite, saindo do meu movimento de ostra privada, decidi sair para visitar a Marys, o Léo e a Claudinha, antes de seguir para um aniversário. Eles iam para um show de sertanejo, e com meu orçamento enxuto e hojeriza atual a aglomerações, não fui.
Conheci dois amigos deles, Tássio, professor da UEA e Wellington (não sei se escreve-se ou não assim).
Saí para o aniversário, de bike. Wellington queria me dar carona, todo mundo fala que é perigoso andar de bike a noite. Fala-se isso aqui e em todos os lugares, como se violência atacasse véiculos de duas rodas a tração humana. Ao menos nas terras agora longínquas de Barão Geraldo, a maneira mais segura de se locomover sempre foi a bike. A pé, se ouvia dizer das tentativas de estupro, e de carro dos sequestros relâmpagos. O maior risco com a bike é tê-la furtada quando abandonada em algum canto com menos circulação.

Segui pela madrugada Tefeense pedalando em meio as ruas com cachorros doidões em correr atrás de bicicletas (morro de medo sempre de ser mordida por eles, e acabo descendo da bike) e de alguns motoqueiros.

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Hoje pela manhã descobri que o Wellington, este conhecido da moto, faleceu ontem. Ia levar uns patos para cozinhar na casa do Léo, Marys e Claudinha, e caiu da moto. Batei com a cabeça, e o resto nem preciso contar né.
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Aqui todo mundo anda de moto, por todos os lados. São motos privadas, mototaxis, motos-familiares, moto-frete, moto tudo!

-O entregador de pizza não tem uma caixa para levar as encomendas. Leva apoiando na mão esquerda.
-Uma moto leva até 3 adultos sem capacete.
-Família de até dois filhos anda de moto. Uma moto leva dois adultos e duas crianças entre estes adultos.

Capacete aqui é luxo, não tem fiscalização de trânsito, e o acidente mais comum é queimadura na parte interna da perna pelo escapamento da moto.
Duas colegas de Mamirauá se queimaram no último mês.

Coari-AM


Tenho preferido o perigo da minha bike.
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Mas eu também sou irresponsável. Não tenho capacete, estou sem luzinhas porque ainda não fui trocar a bateria. Só mantenho os freios funcionando bem.

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or que só usamos os coletes salva-vidas para passar pela fiscalização, e dentro da reserva eles mal ficam dentro dos barcos?
Por que não se respeita limite de velocidade?
Por que não se usa cinto de segurança no banco de trás?
Por que a segurança não está em primeiro lugar?

sábado, 25 de outubro de 2008

Being Vegetarian in the Amazon!

Hoje chegou mais uma pessoa para morar em casa. É boa a chegada de almas novas.
Ela se chama Priscila, é mineira de Itajubá, e vem trabalhar com o grupo de Ecologia de Vertebrados. Somos irmãs siamesas até que ela consiga uma cópia da chave de casa.

Hoje fomos ao mercado, que aqui é chamado de feira!
Então um pouco de comidinhas para abrir o apetite amazônico de vocês!

Caju (Anacardium occidentale) - Comunidade Boa Esperança


O maior abacaxi do mundo (Ananas comosus)!


Banana Guariba


A feira:

Predação de sementes: castanha do Brasil, do Pará, da Bolívia) Bertholletia excelsa
Maxixe, pimentinhas, bananas,...
Aos poucos começo a me adaptar mais e mais a culinária do crú amazônico!

Jenipapo pra fazer suco (Genipa americana)


Ingá


Fruta-pão

Acho que é uma semente, mas ninguém sabe que árvore é! O homem me disse este nome.
Ela já vem cozida no sal, e lembra o pinhão em sabor.

Banana Pacovã


Cupuaçu

sábado, 11 de outubro de 2008

Água de beber, água de beber camará

Água de beber, de tomar banho, de escovar os dentes, de dar descarga, de lavar cozinha, louça, carro, cachorro...

Água! Duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio. O milagre da vida, 70% da constituição física do corpo humano, habitat de inúmeráveis espécies de rios, lagos, e mares, ponto crítico da produção agrícola...

Pois é, planta quase sempre morre de sede; sertanejo morre da sede das plantas.

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Querem transpor o Rio São Francisco, para levar água para os caboclos do sertão*.
(* levar água para os caboclos do sertão = apoiar os latifundiários que exploram o trabalho dos cablocos.) Veja pelo lado positivo, os caboclos terão água para beber enquanto trabalham em regime de semi-escravidão para seus senhores.
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Dois amigos me pediram a mesma informação hoje. Por isso escrevo este texto.

Nos ambientes rurais, a água é sempre um limitante para a ocupação humana: sem um córrego acessível, a plantação depende da chuva ou da instalação de sistema de irrigação. Se o clima não favorecer, tá tudo perdido.
O gado também precisa de água. No assentamento Carlos Lamarca, onde trabalhei, logo após a regularização fundiária foi feito um projeto de pecuária leiteira. As vacas chegaram antes da instalação hidráulica. A maioria morreu de sede no primeiro ano.

Para o habitante urbano, água nasce na torneira, se contamina em casa, e morre no ralo ou na privada.

Cagar na água é uma cagada!
Animal terrestre nenhum anda até o rio para cagar em cima da água que ele bebe. Cocô e xixi se fazem na terra, água se bebe no rio. O cocô é nutriente, mas se no solo vira adubo, no rio é poluente. Mas hoje a descarga é o natural, e se "justifica" pela melhora na questão do saneamento.
Melhora para quem tem saneamento, mas pra quem vive na beira de rio...


Banheiro na comunidade Monte Sinai - Amanã
À noite tinha muita barata lá dentro. Mas este não é um modelo de permacultura, é uma fossa comum.

(Cagar de cócoras melhora o peristaltismo, pressiona o abdomem e facilita a passagem das fezes. Suja menos a bunda, e inviabiliza a leitura de banheiro, vilã das hemorróidas)

Eu cagaria na terra, mas concordo que é utópico para as próximas 2 gerações imaginar as pessoas trocando um vaso sanitário em que o cocô vai embora no redemoinho da descarga, por um banheiro seco, em que se caga em cima do cocô do outro, e joga-se serragem em cima pra tirar a umidade, e não dar nem mal cheiro nem mosca.



Banheiro do trem "Grán Capitán", Argentina. O resto metabólico cai direto nos trilhs. Cuidado ao andar nu trilho de trem!

Privada argentina - o cocô não bate na água, sem risco de espirrar.
Este modelo antigo tem incluída uma ducha higiênica interna (calma, ela vai para o lado, você não precisa cagar em cima dela)



Ah é, este cocô nada mais é do que nutriente e matéria orgânica que podem ser reincorporados ao solo se bem tratados, e acabar com a necessidade de fertilizantes de multinacionais preocupadas com o meio ambiente.
Por sinal, você conhece o programa Monsanto Ambiental?

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Fora a questão da água esmerdeada, os ambientes urbanos sofrem hoje ao ciclo ao revés: a água que brota do chão onde não deve brotar - ENCHENTES.

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A história do desenvolvimento foi assim: um dia resolveram que a o solo, casa das plantas, dos alimentos, dos recursos necessários para se viver não era adequado. As roupas ficavam muito sujas, e os sapatos recém engraxados não estavam lustrosos.
Pensaram assim "oh, que ruim esse pó, vamos colocar algo que isole essa coisa de barro do mundo superior em que habitamos".
Começaram a pegar as montanhas (afinal, só servem para se cansar subindo) e colocaram pedaços destruídos separando o solo do mundo humano da superfície.
Mas isso não aconteceu em todos os lugares, apenas nas cidades, espaços em que o solo não servia mais para nada, já que o alimento vinha de fora, da terra sem piso.

Essas cidades foram crescendo, as montanhas diminuindo, e não tinha mais pedra para tapar o pó. Descobre-se o petróleo e seus derivados.

As novas cidades começaram a usar um produto novo - o asfalto. Derivado da biomassa antepassada, este não permitia mais nada de pó! Não cresciam mais plantinhas por entre os vãos das pedras, o isolamento do mundo da terra suja estava aos poucos se completando.
As ruas mais antigas, de paralelepípedos eram vistas como antiquadas; fora do seu tempo, uma ofensa ao desenvolvimento do lugar. Além de chacoalhar demais os véiculos de 4 rodas de borracha, que começam a ocupar as ruas e tranformá-las em campos de guerra.

Sem terra, as árvores começam a ser vistas como intrusas no ambiente urbano. Falta lugar para elas, e um genocídio em massa se inicia.
Hoje elas são protegidas, e dá multa tombar uma sem autorização (ao menos na lei, é assim).

Mas o fato é que não sobrou terra na cidade.
Ela se esconde nos vasinhos, nos canteiros de grama, na poeira que chega voando, e rapidamente amontoada com a vassoura, recolhida pela pá, e mandada para bem longe, onde não se possa ver.

E a água?
A água ficou proibida de circular. Mataram o ciclo da água. Morreu.
Ela cai do céu, e não mais encontra um caminho selvagem, de diversas camadas do solo, estratos subterrâneos para atravessar, e atingir o lençol freático.
Puseram uma camisinha no ciclo da água, o asfalto.

O piscinão não é de Ramos, o bacião é a cidade. A água não passa, e fica retida nessa superfície. A bacia vai encher, e os bairros alagar!
E aí, vamos quebrar tudo?
Acho que não dá (apesar de ter certeza que isso vai rolar em algumas centenas de anos).
Alguma coisa pode ser feita.
Uma delas (por exemplo) é parar de tirar água da calha do rio ou parar de fazer represas que garantem a água da galera.
Como fazer isso?
Guardando essa água que cai do céu e não tem pra onde ir!
Cisternas e outros métodos de captação de água de chuva.
Baratos, e de simples instalação se previstos num projeto (uma reforma é possível, mas um pouco mais trabalhosa), eles dão autonomia e economia financeira às residências, além de reduzirem a pressão sobre recursos hídricos urbanos, quase sempre escassos e poluídos.

A água é limpa (salvo às partículas em suspensão no ar), sem a necessidade de quilos de substâncias químicas, e a manutenção de uma rede de abastecimento que sempre tem vazamento (grande despedício) e onde a água pode voltar a se contaminar antes de chegar à sua torneira.

Mas isso aí que eu estou falando é tão óbvio, que já tem "trocentas" indústrias vendendo equipamentos domésticos, outras "trocentas" trabalhando a nível industrial, e até mesmo a Associação Brasileira de Manejo e Captação de Água de Chuva.

E por que não implementar?

Isso é proposta do Gabeira para o Rio.

Sem falar que ter água potável gratuita é mais um passo na implementação de projetos de agricultura urbana.

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As trocentas indústrias e organizaçãoes que fazem e apóiam isso
Ecocasa
Ecossistemas
Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica
Ecocentro
IPEMA---
BANET
Acquabrasilis
MasterAmbiental

Receita Caseira
Viveiro de Idéias
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Retomando a questão da transposição, o caboclo que mora na beira do rio não tem acesso a essa água; não há rede hidráulica, muito menos tratamento.
Ele bebe e toma água de cacimba.
E no sertão, que se construam as cisternas!
Tem um projeto interessantíssimo, que conheci no Fórum Social Mundial de 2003: "1 milhão de cisternas" coordenado e gerido pela Articulação no Semi-Árido.

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Beba muita água! Ande sempre com uma garrafinha d´água. Encha-a sempre que tiver uma fonte de água potável. Esse é um hábito excelente, incorpore-o.
E é obrigatório para quando se está viajando.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O sistema, o INPA e os Correios

Pois é, a culpa é do sistema!
Sempre foi!

Não só do sistema capitalista, o vilão esse que de quem fugimos e que devemos enfrentar, mas o sistema; este que sempre cai na hora que você mais precisa, que guarda informações valiosas dos mais diferentes tipos.

Hoje tinha que enviar para o INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia minha documentação para inscrição no mestrado em Ciências de Florestas Tropicais.
Minha crise com a pós-graduação aos poucos se ressolve, ou eu simplesmente paro de vê-la como o fim, e sim como um processo.
"é preciso suportar duas ou três lagartas para que se possa desfrutar das boroboletas".

O prazo era hoje!
A fila era imensa, o sistema estava fora do ar! Nada podia ser feito.
Começaram a chamar as pessoas da carta simples. Era quase a minha vez.
Mas a energia de Tefé acabou! A chuva caía la fora. E ninguém, ninguém caminhava na rua, todos esperavam debaixo das marquises para que a chuva passasse.
Chuva de paulista não pára, dura todo o dia.
Então coloquei minha capa de chuva, e saí a caminhar, onde só estava eu, as baratas que saíam das bocas de lobo, alguns motoqueiros salvando as motos que tombavam, e outros que não podiam parar.

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A senhora dos correios me garantiu um carimbo do dia 7 se fosse lá na manhã do dia seguinte.
É isso, ou os cosmos não querem que eu me inscreva.

Eleições Municipais 2008

Pois é!

Ontem foi mais um dia da "Festa da Democracia".
A minha deu-se em uma escola municipal recém inaugurada, com paredes limpas, letras coloridas em todas as portas, e um bebedouro público com canecas ao invés de copos descartáveis.
Obra de Sidônio - PHS(Partido Humanista da Solidariedade), atual prefeito de Tefé, reeleito ontem para o próximo mandato.
Pela noite, da laje da casa de Léo e Marilene, vi mais uma das várias motorreadas que fizeram parte do cenário eleitoral tefense.
As pessoas saíram às ruas, gritavam, soltaram rojões! Era um dia de festa.
O cara virou lenda ao ter conseguido sanar dívidas gingantescas deixadas pelos prefeitos anteriores em precatórias que venceram no seu primeiro ano de mandato.
Quem sou eu pra julgar, vivo em Tefé há apenas um mês. Minha grande queixa é a coleta de lixo que, se existe, não passa na minha rua. Mas nunca, nunquinha vi um caminhão de lixo pelas ruas da cidade.

Sidônio disputava a prefeitura com Papi (PMDB), autor da música de campanha em estilo Calipso que não sai da minha cabeça
"15 é saber administrar,
15 é fazer o que o povo quer,
15 é sonhar e realizar,
um sonho meu e seu"

e Hélio (rouba à ) Bessa - PRTB, ex-prefeito de 1997 a 2000, reeleito na época (até 2004), e chamado no discurso de Papi como o "maior ladrão que a Amazônia já pariu". Na campanha, ele pedia ao povo, uma segunda chance.
No meu incosciente, torcia pela reeleição do Sidônio, e comemorei o resultado de ontem.

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Tenho alma meio anarquista, mas também adoro cargos representativos. Fui representante discente durante toda minha graduação lá pelo IB, e militei na formação de opinião dos bonecos para ocuparem os espaços que eram nossos, e estavam vazios há anos!
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Em São José dos Campos, terra onde meu título de eleitor reside, e onde deveria ter votado, teremos mais 4 anos de PSDB!
Dois mandatos de Emanuel Fernandes e 1+1 do Eduardo Cury = 16 anos de governo PSDB na cidade!
Condomínios, empresas, uma classe média, média alta, solidificando-se, aumentando os padrões de consumo, e votando em quem cuida de jardim!

Não sei se queria PT, mas eu quase me sinto baixo a lei de um senhor feudal, cuidado por seus vassalos habitantes dos condomínios fechados e prédios de luxo, alimentados pela massa operária que assimila os valores da vassalagem sem nenhum senso crítico.

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A boa notícia vem da cidade maravilhosa!
Surpreedendo as pesquisas eleitorias, Fernando Gabeira-PV vai para o segundo turno com Eduardo Paes.
Pra quem não conhece, Gabeira é um dos caras do Brasil! Ser humano como todos, tem seus defeitos! Mas talvez seja um dos hippies idealistas que tenha ido mais longe na carreira política.
Para quem não sabe de quem eu estou falando, Gabeira é o cara que idealizou o plano de sequestrar o embaixador americano na época da ditadura. Vê lá o filminho "O que é isso companheiro?"
Atua hoje na defesa do movimento GLBT, é defensor da legalização da maconha, da profissionalização da prostituição,
Deixo aqui meus votos de boa sorte ao Senhor Fernando Gabeira - 43, e estou em campanha para que a antiga capital do Estado da Guanabara seja "governada" por esse cara.
Essa é a página oficial da campanha
gabeira43.com.br/flash.html#

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Sobre Campinas, Dr. Hélio se reelege.
O genro escondido do prefeito, e ex-sub-prefeito de Barão Geraldo, Thiago Ferrari, é o quarto vereador mais votado no município.
Ao menos a comunidade de Barão Geraldo no Orkut vai voltar a bombar!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

De onde vem a eletricidade?

Nos grandes centros do sudeste, onde eu a maioria dos mortais que lêem este blog viveram, a eletricidade faz tanta parte da vida como respirar.

Computadores, geladeiras, TV, máquina de lavar, liquidificador, ventilador, ar-condicionado, luz (sinônimo para eletricidade) e chuveiro!

É curioso falar disso. O Brasil deve ser o único usuário de banhos quentes aquecidos in loco pelo aquecimento de uma resistência à base de eletricidade. Já em outros países, como EUA, o banho se aquece no gás, e a comida na eletricidade do microondas ou do próprio fogão.

Matriz energética ou traços culturais?
...

O Zuza, meu querido professor de tecido acrobático, não tem chuveiro quente em casa. O banho vem de um cano aberto, um jato gelado que lava a alma e a pele. Após descer do tecido às 14h30 baixo o sol campineiro, aquilo era fantástico... Mas numa noite de inverno...

Pra quem vive na realidade sul-sudestina, a vida sem banho quente é quase inconcebível. No Norte e partes do Nordeste, é praxe.

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Na Argentina, tinha a chama que nunca apaga, eterna no "calefón" que esquentava a água de banhar, de lavar louça, de escovar os dentes, e até de lavar roupa. Temperatura controlada pelo volume de gás ajustado, e acompanhada do ruído de muita combustão! Mas banho sempre quentinho, independente da temperatura do ar.
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Em Tefé, a eletricidade é de responsabilidade da Companhia Energética do Amazonas-CEAM.
Não chegam vias de transmissão elétricas de solo aqui, o que acho coerente! Trazer fiação significa erguer postes, mantê-los em pé, logo abrir uma estrada paralela a isso, o que, por um lado diminuíria o uso do rio como via de acesso e aumentaria as chances de tirar produtos florestais da região.
Aí é a pergunta sobre produzir, extrair recurso, e "proteger a amazônia".
São 12 grupos de geradores alimentados por óleo diesel que viaja pelo Rio Solimões, de Manaus até o lago de Tefé. Na época da seca, a viagem demora mais, e o combustível que vira luz fica mais escasso.

Existe cronograma de racionamento (ainda não chegou nada), ou simplesmente apagões ao acaso, em toda a cidade ou regionalizados em alguns bairros.

A direção regional dessa companhia está agora no Rio de Janeiro. Proximidade física hoje, não mais, e reclamações ou ações conjuntas, tem que ser dialogadas com Tele-atendente.

O Instituto tem gerador(es?) que não nos permitem sofrer a falta de luz aqui! Os computadores não se apagam jamais!

...

O gás que a Petrobrás está extraindo de Urucu, será levado para Manaus pela ampliação do gasoduto que já liga a área de extração a COARI.
Produção, aumento do PIB, consumo de energia, aquecimento global.
Desenvolvimento Sustentável e Progresso. Acho que é essa a nova conjuntura da república.

Obras da Petrobrás em Coari-AM

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Mas aqui eu sei de onde vem minha luz!
Aí nas terras do meio-sul, eu só me lembro dos noticiários sobre o baixo nível das represas. E só!
Aí tem tanta coisa sobre isso!
O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, querendo implementar 50 usinas nucleares no Brasil.
As hidrelétricas serem vendidas pela mídia como a melhor e mais ecológica maneira de se fazer energia, e o MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens com milhões de pessoas indenizadas, o povoado do Cabeço em Brejo Grande-SE debaixo d´água sem ter-se previsto e sem ninguém assumindo a bronca, a hidrelétrica do Rio Madeira que terá um sistema de turbinas diferente que demanda lago menor...
...
Querem levar o Luz para todos para as comunidades da Reserva!
Por que não dar-lhe autonomia com placas solares e baterias eficientes?
Autonomia?
..

E aí, essa energia é pra nossa casa, para as empreiteiras lavarem dinheiro, ou pra produzir porcaria para cidadão Américo-Canadense-Europeu?

Sei que sinto falta do banho quente. Tomei um ontem, na casa de Léo e Marilene, depois de 30 dias de duchas frias.
Por mais que faça calor, hábito é hábito!
Todos os dias, tenho aqueles 3 mini-segundos de falta de ar pelo frio da água na pele! Falta de costume.
Necessidade, ou luxo da sociedade moderna?

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Ah, só pra constar: ontem comi lasanha de frango.
Era chicken-less desde Agosto de 2005.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mijando em Pé!


Há tempos também tenho ouvido falar de um produto para a liberdade da mulher!
São adaptadores, colocados na vulva, que permitem que a mulher urine de pé, como se tivesse um pinto e fosse um homem.

Na minha retomada televisa, vi no Programa do Faustão um campeonato de inventos. Surgiu um cara com um invento chamado "Xixi em Pé", um papelzinho emplastificado descartável, que permite que a mulher urine sem se sentar. O argumento deste é que as privadas públicas são muito sujas, e você pode pegar perebas e doenças lá. Argumento válido, mas ele não sabe que as mulheres fazem agachamento de academia para mijar em banheiro público (se você não entender, é como simular sentar-se, mas mantendo o peso sustentado pelas pernas e abdomem). O problema: é descartável!
Outras mulheres colocam os pés nas laterais do vaso sanitário. Essas põe a vida em risco. Já vi fotos de vezes em que a privada rompeu, e as pernas e região do quadril das mulheres foram mutiladas pela louça. A porcelana entra como uma lâmina afiada no corpo que despenca sem apoio dos 60cm que o separam do chão.

Mas fora esse do Domingão da Invenção, idéias parecidas não tem nada de originais. Só são, como sempre, importadas.

Hoje recebi um vídeo do Queridão da Maíra (blog ao lado). E era uma campanha promocional da Whizbiz, empresa australiana que produz uma paradinha dessas de mijar.
A base custa AU$25,00, e você pode alongar o tamanho do seu "pinto artificial" a até 20cm por mais AU$6,95. Essa marca diz ter materiais bactericidas na composição do plástico, além de uma capa hidrofóbica (fazendo com que todo o xixi escorra).

E aproveitando o comentário de Álvaro, o novo visitante, a marca Freshette (U$20,00 + envio).

Pois é, tem sido muito divulgado no mundo das atividades ao ar livre. Mas deixo aqui meu relato de que não vejo tanto problemas em mijar de cócoras. Para isso é melhor usar saias, e baixar bem (espirra menos). Já diriam as mulheres das feiras do mijo...
Pero, se o clima é frio, ter um destes pode ser bastante recomendável.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"quem mexeu no queijo"

Homenagem àquele livro best-seller que deve falar de desenvolvimento pessoal, empreendedorismo, e qualquer outra dessas coisas que a classe média adora ler), ontem finalmente encontrei O (ou um dos) colegas roedores que vivem ou visitam com frequência minha casa.
Ao contrário do que pensava, não são camundongos!

Enquanto dava aula de português para Nathalie, alemã que está fazendo o phd dela aqui no IDSM com regeneração florestal, vi o colega rato passando por uma das vigas do teto duas vezes! Arrepiante!

Negro, com cerca de 20 cm de comprimento (só o corpo). Mas naõ deu pra ver direito, o bicho passo como um flash, nas duas vezes! Pode ser um rato urbano (rato preto Rattus rattus), ou um rato silvestre, porque também moramos em uma zona semi-rural, onde há muita vegetação nativa (por sorte).

Mais sobre ratos

Informações sobre as espécies:
www.matar-ratos.com.br/index.php/2008/05

Mas não sei se há muito por fazer! Vivemos numa casa absolutamente propícia a ser habitat de ratos. Temos um gramado lindo e verde! Mas moramos na periferia, ou seja: não há coleta de lixo; os vizinhos jogam tudo pelo quintal; o terreno do lado é
baldio, com mato grande, e sempre cheio de urubus e possivelmente tocas de ratos.

Chega a ser divertido ter que de fato me preocupar com os ratos! Além de tudo, nossa cozinha não tem armários! Tem uma guarda-roupas velhos sem portas que serve como apoio de panelas e tapueres. Em cima dele, espalhei potes com os alimentos! Não existe absolutamente nada do que eu como que não esteja acondicionado em latas, podes, tapuéres ou na geladeira! Nada!


Outro dia vi umas baratas passeando pelas panelas quando cheguei em casa!

Lavar panelas, pratos e talheres, agora é uma tarefa para depois e antes das refeições.

Hoje levo feijão a casa do Léo, meu coordenador e novo amigo, para triturar no liquidificador e fazer a ração mortal!
Tem outras técnicas também:
-Farinha de trigo com gesso (3:1, respectivamente) e um potinho de água perto. Objetivo: entupir o tubo digestivo do rato.

E aí vem a grande lenda! Ratos não gostam tanto asismd e queijo!
Eles preferem grãos açucarados!
O estímulo é maior pelo açúcar que pela gordura. Frutas e bolachas são mais palatáveis que queijo!

Aí que mora o perigo na minha casa!
Segundo a Nathalie, possivelmente o que tem piorado a quantidade de ratos em casa, é a presença de composteira!

Mas se moro num lugar em que não há coleta de lixo, e o papel higiênico, bandeijinha de isopor, plásticos e pápéis engordurados, e outras coisas ficam difícil de gerenciar, como fazer com os resíduos alimentares?

...
O LIXO

O que for sobra de alimentos cozidos, com sal, comida velha, vai diretamente para o pode de Cheidi, que irá se alimentar e cagar isso. Na forma de cocô não há ação de vertebrados, irá ser decomposto por edafofauna do quintal.

Já os resíduos vegetais, de cascas, sementes e tudo o mais que sobra do preparo de uma refeição vegetariana, está indo a composteira. Como o quintal é aberto, grande parte disso é comido pelas galinhas e pintos dos vizinhos. O problema é que uma parte disso pode ser comida pela família rato.

O que é lata, vidro e embalagem plástica, fica guardado depois de limpo numa caixa no fundo de casa! Me recuso a queimar, como fazem todos os meus vizinhos, e eu tenho que inalar aquela fumaça tóxica ao menos 2 vezes na semana. Posteriormente planejo chamar o sucateiro da cidade para vir retirar este material.

Papéis usados mas limpos, estão sendo armazenados na cozinha, e usados para diversos fins! Minha última lista de compra foi feita no verso de uma caixa de maisena. Vou lhe contar que esses papéis cartão de embalagem são ótimos, e serão incorporados a minha vida para sempre.

Plásticos de embalagens (bolachas, macarrão, ...) também estão sendo acondicionados em uma lixeira específica. Eles não são nem recicláveis, nem reutilizáveis, mas entre queimar e guardar, eu guardo!

Aí sobra o lixo que é lixo! Onde sempre a Cheidi vai procurar comida, e não tem onde ser deixado! Queimar? Definitivamente não sei o que fazer!

...

O lixo do IDSM é levado ao lixão da cidade com a caminhonete do instituto duas vezes por semana. Não é feito nenhum tipo de separação.
Estamos falando de instituição que promove o desenvolvimento sustentável.

...

Se eu anular a composteira, vou ter que jogar o lixo no terreno baldio do lado, que é praticamente o meu quintal. Dá na mesma!
O que fazer?
Alguém tem técnicas de compostagem anti-ratos?

...
Cortaram a grama de casa enquanto estive na reserva!
Achei lindo aquele monte de capim junto, estava feliz em ter substrato orgânico para compostagem.
Mas como já disse antes, a piromania é foda!
O Fábio colocou fogo! nos dois montes de quase 1,5m de altura! Perguntei porque, e ele só disse que é porque era muito mato! (?)
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Começa a bater a vontade de pensar em ambiente e sustentabilidade urbana.