Arte de rua: rap curitibano

Por Diego Cunha


Cabes, Cilho, Dario, Nave, Nel Sentimentum, Spektrum são hoje em dia alguns dos nomes do rap curitibano que representam a cultura local pelos palcos a fora. Apesar de ainda precisar melhorar a qualidade instrumental e a produção musical, o rap curitibano confirma a cada novo beat lançado o seu grande potencial, principalmente para lançar músicas que fazem sucesso no myke de rappers que já tem nome no mercado.

Até pouco tempo Curitiba era conhecida por não valorizar o rap local. Hoje, a cidade se transformou em um seleiro de novos estilos, criando vários beats com qualidade. Entretanto, eles ainda não encontram o espaço cultural que gostariam. Talvez pelo mercado musical ser um meio seletivo, não receber muito apoio e, principalmente, que desconfia muito do que é novo, o rap cwb sofra tanto com a falta de espaço para divulgar o seu trabalho. Os nomes citados acima são conhecidos por uma minoria na própria cidade onde fazem seu som. O público deles é, em geral, pessoas que buscam o rap alternativo e procuram escutar músicas que fujam do eixo de artistas que são divulgadas pela mídia ou que já tem certo reconhecimento no mercado.

Do ponto de vista musical, pode-se dizer que há rap para todos os gostos. Existe desde o rap duro, com um ritmo bem consistente, que critica o sistema de uma forma bem declarada e fala de cadeia, favela e a realidade do pobre, até o novo viés do rap que tem ganhado força no cenário nacional como Emicida, Projota, Kamau, etc. Esse rap tem uma batida mais leve e agrega outros ritmos à música. Conta com temas que também criticam o sistema, mas traz consigo histórias de superação, amizade, e até mesmo amor. Vale apena abrir um pouco os canais receptivos que costumamos utilizar, e sair um pouco da mesmice para procurar o alternativo, que além de pautar quem faz sucesso, tem ótimas criações ainda escondidas pelas paredes da própria mídia.

 

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