sábado, 27 de agosto de 2011

Bruno Dybal – um segredo guardado a sete chaves pelo Palmeiras

Por Danielle Rosa

Bruno levantando a taça da Copa Rio.
Fotos: Arquivo pessoal
Na bagagem, já são 11 títulos conquistados e duas temporadas como artilheiro e melhor jogador. Um contrato com um dos grandes clubes paulistas de futebol que só termina em 2013 e algumas propostas internacionais. E tudo isso com apenas 17 anos.

Um garoto franzino que nasceu e cresceu em Guarulhos e hoje é uma das pedras raras do Palmeiras. Ele é Bruno Dybal, meia esquerda do elenco sub-17 do Verdão. Já são 16 partidas defendendo a camisa verde e branca e 7 gols marcados como profissional. O garoto já assume a faixa de capitão da equipe e vem sendo observado de perto pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que pensa em subir o meia para o elenco principal.

O Palmeiras guarda seus “meninos de ouro” a sete chaves. Os poucos treinos realizados na Academia de Futebol são fechados e quase ninguém conhece o futebol vindo dos pés de cada um desses pequenos gigantes.

Dybal não é exceção a essa regra. Ele vem sendo lapidado nas categorias de base do clube desde 2005 e, aos poucos, vem se destacando e chamando a atenção do mundo. O camisa 8 da equipe sub-17 do Palmeiras nem chegou a ser conhecido nos campos brasileiros e já foi cobiçado por clubes de peso da Europa. Palermo e Napoli foram atrás do garoto, mas Bruno não pretende deixar tão cedo o time do coração.

“Os clubes europeus chegaram sim a fazer boas propostas, mas é muito cedo para sair. Penso primeiro em chegar ao profissional e fazer uma história muito bonita dentro do Palmeiras, no decorrer da carreira quem sabe”, afirmou meio encabulado.

A timidez que faz tremer a voz parece se desfazer quando as chuteiras entram em cena. Dentro de campo, Bruno grita, correr de lá para cá, brinca, chuta e se envolve com a bola. “Futebol pra mim é tudo, o Palmeiras é a minha vida. Meu sonho é vencer”, diz o garoto com um brilho nos olhos.

A trajetória do menino se enquadra perfeitamente ao ambiente árduo de quem saiu do submundo para fazer história dentro das quatro linhas. Em Guarulhos, teve uma infância pobre e muitas vezes os pais encontravam dificuldade para sustentarem Bruno e suas duas irmãs, Caroline e Camile. A cabeça baixa do jogador e o silêncio interminável aponta o incômodo que ele sente ao falar do assunto.

“Passei por muitas dificuldades, mas as portas foram se abrindo até que eu cheguei e consegui mostrar meu futebol em um clube grande. A caminhada valeu a pena. A honestidade, de querer chegar ao topo, mas sem derrubar ninguém. É isso que vou levar para o resto da vida”, revelou.

Equipe sub-17 se concentra antes das partidas
Palmeirense desde que nasceu, Bruno começou a se apaixonar pelo futebol ao acompanhar o pai nos estádios. O pequenino era o mascote alviverde do Sr. Paulo e ia sempre de tiracolo aos jogos do Verdão.

A história não poderia tomar outro rumo. Bruno já sabia abusar dos dribles e tudo mais com a bola nos pés quando entrou em seu primeiro clube, a Portuguesa. “Meu pai sempre me levava aos treinos. Minha família sempre esteve do meu lado, tanto nas horas boas como nas horas ruins. Me incentivaram de inúmeras maneiras. No começo dando todo o suporte, desde me levar aos treinos até bancar financeiramente as chuteiras e tudo o mais”.

Aos 11 anos chegou ao clube do coração. Foi apresentado aos olheiros do Palmeiras pelo então presidente da maior torcida do clube, a Mancha Verde. Paulo Serdan conheceu o menino nas categorias de base da Lusa e das peladas aos finais de semana e resolveu colocá-lo no caminho do Palestra.

A parceria parece ter rendido bons frutos. “Hoje eu sou um dos líderes da equipe sub-17, inclusive o capitão. Tento ajudar e orientar ao máximo meus companheiros. No futuro, penso em estar na equipe principal e espero chegar bem preparado”, comentou.

Dybal com a faixa de capitão
Na memória guarda histórias de um torcedor que sofreu e vibrou pelo time. “Quando menor, o Palmeiras jogava e eu sempre assistia. E toda vez que empatava ou perdia eu desabava, chorava muito. O Palmeiras sempre fez parte da minha vida, e hoje é uma honra vestir essa camisa”.

O camisa 8 das categorias de base, vive pelo futebol. A rotina começa cedo, mal o relógio desperta e Bruno já tem que calçar as chuteiras e se camuflar sob o uniforme alviverde. Os treinos são diários no CT de Guarulhos e os jogos pelo Campeonato Paulista acontecem aos sábados. Os puxões de orelha durante as atividades não são tão firmes quanto os de Felipão, mas servem para impor disciplina e aprimorar cada vez mais os passes, as jogadas
e os gols.

Bruno fala com orgulho sobre os dias que virão. “Eu tento me preparar psicologicamente para agüentar a pressão e a fama. Sei que quando isso acontecer eu estarei mais maduro”, diz.

Quando o assunto é seleção, o atleta é cuidadoso e prefere não alçar vôos tão longos logo de início. “Todo jogador sonha em chega em suas seleções, espero realizar esse sonho também, mas no momento certo”.

A equipe sub-17, liderada por Buno, está no topo da classificação do Grupo 8 do Campeonato Paulista, com 33 pontos ganhos em 14 jogos. Bruno e seus companheiros saíram com a vitória em 14 partidas, empataram 3 e perderam apenas uma.

Palestrino nato, o meia não esconde a admiração pelo ídolo da torcida. “Dentro de campo, eu admiro o goleiro Marcos por tudo que ele já fez e representa para o Palmeiras. Fora dos gramados, meu ídolo é meu pai. Um guerreiro com quem eu aprendi muito na vida”, desabafa.
Bruno caminha ao lado do pai, Sr. Paulo, na frente da Academia de Futebol

Aos 17 anos, Bruno guarda consigo um tema para a vida e faz questão de fazer daquelas palavras o incentivo para chegar ao topo. “O fraco não tem espaço, e o covarde morre sem tentar. Eu estou tentando e sei que vou alcançar meus sonhos”.

Bruno Dybal ainda é um nome diferente para os torcedores do Palmeiras e para os amantes do futebol. Um dia poderá ser cantado nos estádios e ter oportunidade de sair em todos os jornais. Perseverança não falta, arte com os pés também não. Só o tempo poderá revelar mais um atleta de ouro que só o futebol brasileiro consegue guardar a sete chaves.

O camisa 8 do elenco sub-17 durante
partida da Copa Rio Juvenil
Títulos
Campeão da Copa Rio Juvenil – 2011
Copa do Brasil sub-17 – 2010
Campeonato Paulista sub-17 – 2010
Taça Governador SC sub-17 – 2009
Campeão Assoc. Paulista – 2007
Campeão Copa Paranapanema – 2007
Campeão da Copa Noroeste – 2007
Campeão Olimpíadas Colegiais Guarulhos / Artilheiro e melhor jogador – 2006
Campeão Tornei Início (Assoc. Paulista) – 2004
Campeão Campeonato Estadual F.P.F.S (Futsal) – 2003
Campeão da Copa Sind. Club (Futsal) / Melhor jogador do torneio – 2002

Gols como jogador mirim (antes de se profissionalizar)
Copa Paulista sub-15 – 6 gols – 2009
Copa Paulista sub-13 – 14 gols – 2007



9 comentários:

  1. Muito bom esse perfil! Se tivesses feito mais cedo, poderia servir pro Murilo... hahaha

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  2. ele é um jogador completo, é o que o palmeiras principal precisa....abre o olho felipaoo....

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  3. Ele é o jogador de qual o Palmeiras precisa, vamos acorda felipão ..

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  4. Excelente atleta, tenho acompanhado diversos jogos pra tentar uma negociação com um grande do sul ou Rio, já que o Palmeiras adora perder suas raridades.

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  5. Olha que legal!!! Parabéns, Danii!
    Tomara que ele tenha mta sorte no profissional!

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  6. Bom,tudo oque o palmeiras precisa é um bom jogador ,e que realmente seja um torcedor tambem!esse muleke precisa de uma chance!!!

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  7. time principal 2012 não tem outro mlk é boleragem po da uma atenção ai Felipão

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  8. oh pra di paga pal pro cara pow
    ele é fraquinho ainda num tem como entra lá
    no profi mesmo o elenco sendo ruin
    ele tem muito oque aprender kkkkkkk coitado

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  9. bao sorte bruno! muito sucesso para vc no nosso verdão....

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