sábado, 20 de fevereiro de 2010

4 dicas sobre dinheiro no intercâmbio

Muitos intercambistas (e pais!) se perguntam o que fazer com relação a dinheiro, enquanto estiverem fora. Levar em cash, levar cartões, abrir uma conta fora... enfim, são várias opções. Listamos aqui as 4 alternativas mais comuns, para ajudá-los a se decidir por uma delas (ou por todas!):

1- Dinheiro em cash
É sempre bom chegar no destino com algum dinheiro em cash, na moeda local. Isso porque imprevistos acontecem e pode ser necessário ter alguma grana na mão para lidar com eventualidades. Além disso, a primeira semana (talvez até mais) do intercambista é de adaptação ao espaço e aos costumes locais. É nesse período que ele vai se acostumar com a "cara" do dinheiro do país (notas e moedas), vai descobrir onde existem caixas 24 horas na cidade, quais lugares costumam aceitar ou não os cartões, quanto custa comida, transporte, etc. Algo entre 200 e 300 "dinheiros locais" pode ser suficiente, mas o ideal é buscar orientação da sua agência de intercâmbio ou de outros intercambistas que tenham estado no lugar há pouco tempo, para saber qual o valor mínimo necessário para esse início.
É bom lembrar também que deixar para trocar o dinheiro na casa de câmbio do aeroporto é fria! Normalmente, são os câmbios mais caros!

2- Cartões de crédito
É a forma mais prática de fazer pagamentos no exterior, já que as principais bandeiras (Visa e Mastercard) são aceitas na maior parte dos estabelecimentos, mesmo para compras de valor baixo. Entretanto, não recomendamos que esse seja o principal instrumento usado pelo intercambista para lidar com dinheiro. Em primeiro lugar, as taxas costumam ser caras e acaba-se perdendo um pouco de grana nas transações. Em segundo lugar, tem-se muito menos controle do câmbio, já que a conta não é feita com o valor da moeda na data da compra, mas sim nas datas de emissão e pagamento da fatura. E, em terceiro lugar, para quem costuma ser pouco organizado com o dinheiro, ou tem um orçamento mais apertado, fica mais difícil controlar os gastos.
De toda forma, é importante sair do país com pelo menos um cartão de crédito, mesmo que seja para usar somente em caso de emergência. Lembrando que o cartão deve ser habilitado na operadora, ANTES de sair do Brasil, para o uso internacional.

3- Cartões de débito e VTM
A vantagem do cartão de débito em relação ao cartão de crédito é que o pagamento bate na sua conta na mesma data, portanto, você paga ao valor do câmbio do dia. Assim, você consegue saber exatamente quanto vai pagar e não corre o risco de tomar um susto caso a moeda mude de valor depois de uns dias. As taxas costumam ser menores também. O importante no caso do cartão de débito é consultar o banco antes de sair do Brasil, para verificar as condições de uso específicas da sua conta.
O uso do VTM (Visa Travel Money) pode valer a pena, se o intercambista tiver alguém no Brasil para ficar responsável pelos depósitos, pois o VTM não cobra taxa para pagamentos em cartão de débito, somente para saques em caixas eletrônicos. Para quem não sabe o que é o VTM, o site da Visa do Brasil explica: http://www.visa.com.br/conteudo.asp?pg=1340.

4- Abrir uma conta em banco no exterior
É uma opção legal para quem vai ficar fora mais tempo (3 meses ou mais) e/ou para quem vai trabalhar durante o programa. Em geral, as empresas fazem o pagamento dos paychecks direto na sua conta. Em alguns casos, a empresa nem contrata a pessoa, se ela não tiver uma conta aberta naquele país. O ideal para o intercambista que vai abrir uma conta fora é que ele procure informações sobre os bancos locais com outros intercambistas, host families ou orientadores das escolas, e escolha a opção menos onerosa em termos de taxas, já que a idéia é que a conta seja temporária. E, o mais importante, não esquecer de fechar a conta no exterior antes de voltar ao Brasil.

Independente dos instrumentos que o intercambista escolher para lidar com o dinheiro durante o período do programa, essa é uma ótima oportunidade para aprender a fazer controle do dinheiro. O intercâmbio proporciona uma série de experiências novas na vida da pessoa, mas uma parte dessas experiências é paga. Se o intercambista chega no país de destino sem nenhuma preparação para o controle dos seus gastos por lá, pode empolgar com muitas possibilidades novas e sair gastando mais do que poderia, já que a tendência é querer aproveitar o máximo.
Antes de embarcar, é importante fazer uma pesquisa para ter uma idéia do custo de vida do local de destino, evitando grandes "sustos financeiros" ao chegar lá. A partir daí, pode-se fazer uma planilha discriminando o que serão gastos "essenciais" para o dia a dia (como comida, transporte, moradia, etc) e o que serão gastos "extras" (como compras, passeios, etc). Assim, fica mais fácil enxergar quanto é possível gastar "a mais" por lá e fazer as escolhas sem criar um monte de dívidas impagáveis depois.

2 comentários:

  1. muito obrigada, estou morando fora e preciso receber dinheiro do Brasil. Nenhum Banco queria me ajudar, pq eles ganham com a transaçao. Suas dicas me ajudaram muito obrigada

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    1. Que bom, Gabriella! Fico feliz em saber que um pouco do que aprendi pôde te ajudar! ;-)

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