domingo, 30 de maio de 2010

Minicurso de Finanças Pessoais

Na próxima sexta-feira, dia 04 de Junho de 2010, o PET-Economia promoverá o minicurso "Finanças Pessoais", que será ministrado pela Profª. Umbelina Lagioia, do Departamento de Ciências Contábeis. O minicurso será das 14h às 18h, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas, CCSA da UFPE.




As inscrições são gratuitas e os interessados podem se inscrever pelo email do PET: peteconomiaufpe@gmail.com ou na sala do PET-Economia.

sábado, 29 de maio de 2010

Tesouro dos EUA venderá mais 1,5 bilhão de ações do Citigroup

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que planeja vender mais 1,5 bilhão de ações do Citigroup.O governo dos EUA quer diminuir gradualmente sua participação de 27 por cento na instituição financeira, assumida durante a crise financeira global. O Tesouro afirmou que já completou, anteriormente, a venda de 1,5 bilhão de ações do grupo, operação com a qual obteve 6,2 bilhões de dólares, ficando com outras 6,2 bilhões de ações do Citigroup.

O governo norte-americano comprou a fatia do Citigroup como parte de um pacote de resgate de 45 bilhões de dólares ao banco entre 2008 e 2009. O Citigroup já pagou 20 bilhões de dólares do empréstimo em ações preferenciais, mas outros 25 bilhões de dólares foram convertidos em ações ordinárias no ano passado. O preço das ações do Citigroup chegou a menos de 1 dólar por ação durante o pior da crise financeira, devido a dúvidas de investidores sobre a solvência do grupo financeiro. No fechamento desta quarta-feira, o papel valia perto de 4 dólares. Na época em que o governo recebeu as ações no ano passado, o valor dos papéis era de 3,25 dólares. Então, com base no preço atual, o governo deve lucrar com a venda das ações.

Fonte: Ig Economia

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Petrobras vai produzir biodiesel em Portugal a partir do dendê

A Petrobras irá produzir biocombustíveis em Portugal a partir do dendê cultivado no Brasil. A empresa assinou acordo com a Galp Energia na última quarta-feira.

De acordo com a estatal, o projeto prevê a instalação de uma unidade de produção na refinaria de Sines, em Portugal, com capacidade de produção de cerca de 260 mil toneladas de biodiesel (green-diesel) ao ano.

"A estratégia de suprimento da unidade de biodiesel em Portugal prevê a implantação de um pólo agro-industrial no Brasil para cultivo da palma (dendê), com produção de cerca de 300 mil toneladas/ano de óleo de palma no estado do Pará e investimentos estimados em US$ 290 milhões no Brasil", informa em comunicado.

Segundo a Petrobras, o investimento total estimado para o projeto é da ordem de US$ 530 milhões, a ser realizado em partes iguais pelas empresas.


Fonte: Folha Online

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Bovespa fecha em alta de mais de 3%

Depois do esquente dos ânimos entre as duas Coréias e da suspeita de que o governo chinês iria diminuir sua exposição aos títulos europeus, hoje, as bolsas voltaram a subir em todo o mundo. O Ibovespa subiu mais de 3%, assim como o DAX - Frankfurt e o CAC 40 - Paris.
Entre os motivos dessa alta de hoje, a confirmação chinesa de que não irá deixar de investir nos títulos europeus, como levantado pela Financial Times. Outra forte razão seria a previsão de crescimento do PIB dos Estados Unidos, que estaria "menos mal" do que se pensava. No Brasil, a informação valiosa é a de que o desemprego recuou para 7,3% em abril.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alemanha demorou para agir

Para presidente da Comissão Europeia, Alemanha demorou para agir
26 de maio de 2010



Alemanha teve 'falta de liderança' e carência de 'europeísmo', critica presidente da Comissão Europeia


Os políticos alemães não explicaram com clareza o que o euro e seu mercado representam para o país. A crítica é do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerado um prudente e discreto. Por isso, quando ele fala, significa que o assunto já adquiriu a classificação de tema de amplo consumo em Bruxelas. O fato é que a principal potência econômica da Europa é criticada pela "falta de liderança" e carência de "europeísmo" na crise atual.

Numa entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, Barroso respondeu com veemência a uma pergunta sobre a raiva alemã em "pagar as contas dos outros", citando o valor do superávit comercial anual da Alemanha: 134 bilhões de euros.

"A opinião pública alemã sabe que quase 86%, concretamente 115 bilhões de euros, vêm do comércio dentro da União Europeia? Os políticos alemães disseram à sua opinião pública que as exportações do país a outros países da EU aumentam constantemente? Entre 1995 e 2008 elas cresceram 7,4% ao ano, enquanto as exportações para o Japão subiram apenas 2,2%. Até agora a Alemanha foi a maior beneficiária do euro e creio que mais políticos alemães deveriam dizer isso claramente", explicou o presidente da comissão.

Barroso se lembra que, não por acaso, o euro não foi um invenção espanhola, grega ou irlandesa, mas sim franco-alemã, e chama a atenção sobre os "desequilíbrios internos em competitividade na Europa", onde reside "um dos motivos mais profundos desta crise".

A Alemanha deveria ter reagido com mais rapidez à situação. "Teria sido melhor se tivéssemos podido tomar as decisões antes", disse. Ele avalia que, fora da Europa, dos Estados Unidos ao Japão, passando pelo Brasil, se esperava uma reação mais rápida. Com uma atitude mais clara, "os custos, financeiros e sobretudo políticos, teriam sido menores".

Joschka Fischer, ex-ministros de Relações Exteriores alemão, que quando na ativa viu Barroso ser reeleito ao cargo em Bruxelas "precisamente por ser discreto", expressa as mesmas considerações. "Ninguém explicou por que o euro é importante para a Alemanha, e ninguém explica por que a Alemanha sempre paga a conta: é porque a Alemanha é o grande ganhador na Europa", disse a Der Spiegel. "Se não tivesse sido pela chanceler Angela Merkel, a Europa já teria agido muito antes." O ex-ministro, político do Partido Verde, acredita que seu país está "mais isolado do que nunca."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A promissora classe C

Nem todos se deram conta da extraordinária transformação pela qual passa a sociedade brasileira. O ingresso no mercado de boa parte da população que vivia à margem das oportunidades tem enormes implicações que não se esgotam no campo econômico. Muito pelo contrário, as consequências da mudança na renda das famílias tendem a se refletir cada vez com mais intensidade na tomada de consciência do cidadão sobre seus direitos e deveres. A consequência é política, antes de tudo.

A grande maioria dos expectadores das novelas da Globo já não está mais limitada aos sonhos que a vida espetaculosa dos personagens estimulava na tela. As pessoas da nova classe C brasileira viajam de avião, ao invés de pau-de-arara. Vestem-se em lojas de departamento, ao invés do bazar da esquina. Podem comemorar o Dia das Mães no restaurante do bairro, andar em carro próprio, ter mais de um celular e, nestes dias de pré-Copa, comprar aquele aparelho de TV de tela plana que garantirá ao torcedor um novo status.

É essa confiança na possibilidade de melhora que move hoje a sociedade. O acesso ao mercado dos chamados "emergentes à classe C" não deve ser tratado como uma simples questão de aumento de consumo a partir da visão simplista do que isso representa em termos de pressão sobre preços, inflação e temas congêneres como taxa de juros e disponibilidade de crédito.

Muito para além dos aspectos puramente macroeconômicos - que, diga-se, envolvem uma preocupação pertinente - a inserção no mercado de uma imensa massa de consumidores nos últimos anos carece de análises mais aprofundadas sobre o significado que isso efetivamente tem, socialmente e politicamente.

Uma recente pesquisa patrocinada pela Febraban e realizada pela empresa Data Popular, dedicada justamente a traçar o comportamento do que chama de "base da pirâmide" no que tange à renda, mostra que a nova classe C percebe o consumo como sinal de inclusão social por meio da melhoria de padrão de vida. Para o "ascendente social", ter acesso a bens que antes só podiam ser almejados com desesperança, funciona psicologicamente como uma espécie de comprovação de que, finalmente, a pessoa conseguiu se desvencilhar das restrições que a mantinham segregada, escondida e sem voz, um ser sem importância, sob qualquer ponto de vista.

Entre os resultados da pesquisa realizada no mês de janeiro com famílias da classe C nas cidades de São Paulo, Rio, Recife e Porto Alegre, está a constatação de que em um país cuja sociedade discrimina pela cor e pela classe social, vestir-se bem e ter tecnologia de última geração é de extrema relevância para os jovens da nova classe C. Mostra que estão economicamente e politicamente inseridos. A pesquisa também apurou que em muitas ocasiões, dependendo do produto, o consumo pode se confundir com investimento: no caso de roupa (vista como uma forma de melhorar a aparência para a conquista ou manutenção de um emprego), computador, moto e educação.

Os filhos da nova classe C são os propulsores das mudanças de comportamento da geração mais velha, seja pela tecnologia, seja pelas opiniões sobre os temas de maior destaque na pauta política como aqueles ligados à questão ecológica, envolvendo gastos com energia, água, tabagismo, enfim.

A nova classe C poupa apenas para comprar mais adiante um bem de maior valor. Tem o objetivo de investir apenas na educação dos filhos. Sabe que a verdadeira ascensão social se faz por meio da educação. Note-se que essa classe já responde, de longe, pela maior fatia de participação em importantes setores da economia. Na área de seguros, 61,9% dos usuários estão na classe C, que também explica 63,6% do consumo de planos de saúde e 61% dos cartões de crédito.

A relação com o cartão de crédito, vale notar, nem sempre segue o padrão usual. Primeiro, é visto por muitos como um instrumento de apoio em momentos de emergência e por isso mesmo, não raro, fica guardado em casa. Mas há situações curiosas como os casos em que os cartões de crédito são emprestados para amigos e familiares. Ninguém se preocupa muito com taxa de juros na nova classe C. Quando o dinheiro vai para a poupança, nos bancos, a motivação principal é a segurança ou um objetivo específico de consumo. Tem razão um economista ouvido pela coluna: "a sociedade brasileira pratica a mais alta taxa de juros do mundo dada a preferência por consumir hoje, ao invés de adiar o consumo para o futuro".

Ele sabe também que o fenômeno tem a ver com a má distribuição de renda e o achatamento do poder aquisitivo da imensa maioria dos brasileiros por anos a fio. Isso explica a alta propensão a consumir desses "emergentes" diante da melhoria da renda.

A ampla pesquisa da Febraban impõe relevo à importância da classe C. Teve como objetivo justamente traçar o perfil dessa massa de pessoas que saiu da marginalidade e entender de que forma poderão ser educadas financeiramente. É, para os bancos, um filão a ser conquistado, assim como deveria ser para os políticos e para outros segmentos que teimam em ver o Brasil com olhos dos anos 60!

Texto de Maria Clara Prado para o Valor Econômico.

domingo, 23 de maio de 2010

Birô do PET 2010.1

DISCIPLINA

RESPONSÁVEL

E-MAIL

ECONOMIA 1

CAMILA PERNAMBUCO

LUIZA QUEIROZ

RAÍSSA GRIZZE

camila.pernambuco@gmail.com

luizaqcampos@gmail.com

raissagrizze@gmail.com

ECONOMIA 12

INALDO BEZERRA

MALU PINTO

inaldobs@yahoo.com.br

malu_p_13@hotmail.com

MATEMÁTICA

INALDO DA SILVA

MAURO AUGUSTO

inaldobs@yahoo.com.br

maurodequeiroz89@hotmail.com

ELEMENTOS

JAÍLSON LIMA

JÚLIA PECLY

eraserheadj@gmail.com

juliapecly@hotmail.com

MICROECONOMIA

BRUNO NUNES

TÁSSIA GERMANO

brunonunes1@gmail.com

tassiagermano@gmail.com

MACROECONOMIA

BRUNO SIQUEIRA

MAURO DE QUEIROZ

siqueirasbruno@gmail.com

mauro0tal89@hotmail.com

ESTATÍSTICA ECONÔMICA

TAÍS SIQUEIRA

barros.tais@hotmail.com

ECONOMETRIA

TAÍS SIQUEIRA

barros.tais@hotmail.com

ECONOMIA MONETÁRIA

EDIVALDO CONSTANTINO

ecnjr07@yahoo.com.br

ECONOMIA REGIONAL

BRUNO NUNES

EDIVALDO CONSTANTINO

brunonunes1@gmail.com

ecnjr07@yahoo.com.br

O Birô do PET é um espaço onde os alunos da graduação podem estudar e tirar dúvidas com os membros. Deve-se enviar um e-mail ao membro designado para o birô de cada disciplina.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Impactos da copa para o Brasil

No dia 23 de abril, o ministro do Esporte, Orlando Silva, divulgou estudo sobre os impactos econômicos da realização da Copa de 2014 no Brasil. O documento foi distribuído durante Fórum Empresarial de Comandatuba, na Bahia. Entre os anos de 2010 e 2019 o Mundial vai agregar R$ 183,2 bilhões à economia brasileira, declarou o ministro durante o evento. Serão investidos diretamente R$ 47,5 bilhões em infraestrutura, turismo e consumo. Os investimentos indiretos serão de R$ 135,7 bilhões, provenientes da recirculação de dinheiro com a realização do Mundial.

“O importante desse estudo é que, comparando com a edição da Copa da Alemanha, da Copa da África do Sul e da Copa da França, nós podemos perceber que, no Brasil, o impacto econômico vai ser mais relevante. Então a repercussão econômica da Copa da Fifa em 2014 vai ser maior em nosso país”, declarou Orlando Silva. Em infraestrutura o impacto será de R$ 33 bilhões, sendo que 78% dos investimentos virão do setor público. Desse total, R$ 5,7 bilhões serão destinados aos estádios, R$ 11,6 bilhões à mobilidade urbana e R$ 5,5 bilhões serão aplicados em portos e aeroportos. Outras áreas que receberão recursos são: telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria.

Só com o turismo, a Copa do Mundo de 2014, vai gerar R$ 9,4 bilhões. Durante o Mundial, nos meses de junho e julho, o país receberá 600 mil turistas estrangeiros, além dos 3,1 milhões de brasileiros que vão viajar pelo Brasil. Esse número equivale a 2/3 da população da cidade do Rio de Janeiro.

Sugestão do PETiano Edivaldo Constantino

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Grandeza e Ignorância - tema abordado pelo economista e sócio da CEPLAN, Jorge Jatobá, em artigo publicado pela Revista Algomais.


O Brasil situado em oitavo no ranking das maiores economias mundiais ainda tem estatísticas sociais africanas. É verdade que estamos melhorando gradualmente -talvez devagar demais- mas ainda estamos muito longe de nos orgulharmos do nosso desempenho social medido por informações educacionais e sanitárias, por exemplo. Assim, a PNAD de 2008 mostra um resultado que não será muito diferente daquele da PNAD de 2009 ou de 2010, ou seja, o Brasil detém uma taxa de analfabetismo da população jovem e adulta da ordem de 10%. Isso é analfabetismo puro e primário, sem sofistificação. Caso utilizemos o conceito de analfabetismo funcional, acrescentando as pessoas que apesar de terem o primeiro grau menor não conseguem ler e escrever minimamente, esse contingente eleva-se substancialmente.

Como está o Nordeste e os seus estados nesse particular? A Ceplan- Consultoria Econômica e Planejamento- selecionou e hierarquizou indicadores que nos oferecem respostas para essa e outras questões relativas ao desempenho da região e do país em matéria de política social e econômica. A Ceplan iniciou a divulgação trimestral no dia 27 de abril último de indicadores sociais e econômicos que constituem um termômetro dos resultados das políticas públicas e da ação da sociedade em várias dimensões do desenvolvimento humano. Denominado de Análise Ceplan, os indicadores hierarquizados e brevemente comentados referem-se à média brasileira e nordestina e aos dos estados da Região. Pode-se observar nessa hierarquização como cada estado se situa em relação aos demais e à Região e de como o Nordeste se posiciona tendo a média do país como referência. Alguns indicadores têm periodicidade anual e outros trimestrais. Os primeiros buscam captar tendências transformadoras no ambiente econômico e social da Região no médio prazo enquanto os trimestrais se limitam a avaliar o desempenho sócio-econômico regional no curto prazo.

No que diz respeito ao indicador taxa de analfabetismo da população jovem e adulta de quinze anos ou mais, os resultados recentes são ainda muito preocupantes e dizem muito mal da prioridade que os governantes dos últimos cinquenta anos atribuíram à política educacional. De fato, essa taxa no Nordeste (19,4%) é quase o dobro da do país (10,0%). Ou seja, quase um quinto da população jovem e adulta da Região é simplesmente analfabeta. A amplitude do indicador é de 8,8 pontos percentuais entre os extremos, pior para Alagoas e melhor para Sergipe, ou seja: Alagoas (25,7%), Piauí (24,4%), Paraíba (23,5%), Rio Grande do Norte (19,9%), Maranhão (19,5%), Ceará (19,0%), Pernambuco (17,9%), Bahia (17,3%) e Sergipe (16,9%). Assim, estados como Alagoas, Piauí e Paraíba pioraram a média da região enquanto Pernambuco, Bahia e Sergipe a melhoraram. Os demais se situaram em torno da média nordestina.

Tais números não mudam significativamente de um ano para outro. Todavia, a tendência desses números é cair em conseqüência da maior escolarização dos jovens e do envelhecimento da população. De fato, em um dado ano, a taxa de analfabetismo é maior entre os mais velhos e menor entre os mais jovens.

Esses números já foram piores, mas onde se situam ainda são preocupantes. Como gerar empregos de qualidade para os nordestinos se um contingente expressivo da população adulta não sabe nem ler e escrever? A capacidade de transformar o resultado da atividade produtiva que ocorre em um dado território- medido pelo Produto Interno Bruto (PIB)- em renda depende da capacidade de internalização e de apropriação pela população local dos benefícios econômicos gerados pelas empresas. Com baixa qualificação, menos empregos locais serão gerados nos novos empreendimentos que exigem mão de obra medianamente habilitada para as tarefas da produção.

Mais educação representa mais capital humano que aumenta a produtividade da economia, que gera mais emprego e renda, que valoriza a cidadania e que reduz a desigualdade e a pobreza. Para equiparar a grandeza social do país à econômica ainda será necessário esforço substantivo e persistente do Estado e da sociedade brasileira. Não nos enganemos, os resultados sociais estão muito aquém dos econômicos. Ainda há muito por fazer.

Revista Algomais/ Ano 5/ nº 50/ Maio 2010.


terça-feira, 18 de maio de 2010

Começa a era do pagamento de imóveis com cartão de crédito

Durante o 6º Feirão da Caixa, encerrado no último final de semana em São Paulo, a Tecnisa realizou as primeiras vendas por meio do cartão de crédito Mastercard, por meio da Redecard.

O acordo operacional da Tecnisa com a Redecard foi concluído em abril e permite o parcelamento da entrada em até 6 vezes sem juros. Esta facilidade de pagamento pode ser usada em alguns empreendimentos da linha Tecnisa Flex, que tem unidades com valor entre R$ 90 mil e R$ 250 mil.

A nova modalidade de pagamento foi usada pela analista de sistemas Maria Caetano de Lima, que parcelou a entrada de seu primeiro imóvel próprio em 4 vezes. “Comprar com cartão foi muito prático. Como eu não tinha levado cheques para o Feirão, teria que retornar mais tarde ou em outro dia para concretizar a compra. Com o cartão, foi na hora”, comenta.

“O cartão aumenta o poder de compra do cliente e substitui o uso dos cheques. Às vezes, para pagar a entrada, o cliente precisava dar mais de 10 cheques. Agora, com o plástico, tudo fica online. Acreditamos que esta opção de pagamento facilita ainda mais a aquisição da casa própria”, informa Rogério Santos, diretor de Marketing da Tecnisa.

Do total de imóveis negociados durante o Feirão da Caixa pela Tecnisa, dois clientes, que adquiriram unidades do Flex Carapicuíba, parcelaram a entrada no cartão de crédito. “A Tecnisa inaugurou esta nova modalidade de pagamento no Flex Carapicuíba, mas a intenção é, em um curto espaço de tempo, expandir para outros imóveis de nossa linha econômica”, conclui Rogério Santos.

Fonte: Portal VGV.
Sugestão do PETiano Jailson Júnior.

sábado, 15 de maio de 2010

Governo anuncia corte

A economia do Brasil deve crescer neste ano, sustentada pelo crescimento dos investimentos e do consumo interno, conclui estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado no 21 de Abril. Mas o fundo alerta que o país pode sofrer com o superaquecimento econômico.

O estudo World Economic Outlook (Panorama da Economia Mundial) diz que o PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país) do Brasil deve avançar 5,5% neste ano, frente aos 4,7% da previsão anterior, de outubro.

O relatório vê a alta como resultado dos planos de estímulos adotados durante a crise mundial - por exemplo, a redução do imposto sobre produtos industrializados, como carros e eletrodomésticos.

Mas o estudo aponta para um risco de uma virada na economia, sugerindo ações rápidas para manter sob controle a entrada e saída de recursos estrangeiros e a inflação.

A diminuição das políticas de estímulo precisa ser feita antes que os riscos de um potencial superaquecimento vire uma preocupação. As pressões inflacionárias estão evoluindo em diferentes velocidades, algumas economias com regimes de meta de inflação, como o Brasil, parecem mais perto de um ponto de virada do que outras como a Colômbia e o México.

O Governo divulgou, então, no último dia 13 o corte de R$ 10 bilhões em gastos, como medida de contenção da inflação e "esfriamento" da economia.

Sugestão do PETiano Edivaldo Constantino

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vitória da Alemanha na Copa é melhor para o mundo, diz banco


A Alemanha é o país que mais pode contribuir para a economia mundial se ganhar a Copa do Mundo de 2010, segundo estudo Soccernomics 2010, do ABN Amro Bank, divulgado pela Bloombergno mundo e pelo jornal Valor Econômico no Brasil.

Em outras palavras, nenhuma outra seleção, se campeã, terá um impacto na economia mundial semelhante ao que a Alemanha terá.

O ABN Amro avalia que no país vitorioso as pessoas consomem, investem e importam mais. Para que isso tenha efeito no restante do mundo, é preciso que a nação campeã tenha um Produto Interno Bruto significativo e exportações maiores do que importações.

Por esses critérios, Alemanha e Japão seriam os dois países que mais beneficiariam o mundo. Mas os alemães têm um superávit maior. Se eles ganharem a Copa, os habitantes do país vão consumir mais – e, portanto, importar mais – reduzindo o desequilíbrio comercial com o resto do mundo, diz o estudo, relatado no Valor.

A conclusão do banco, que é holandês, é curta e direta: “Não somos fanáticos: a Alemanha deve ganhar”.

Reportagem sugerida pela ex-PETiana Mariana Hipólito

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pausa para o café torna o funcionário mais produtivo


Os funcionários que não abrem mão de tirar alguns minutos para relaxar durante o expediente agora têm o apoio da ciência para fazer a sua "pausa para o cafezinho". Um estudo britânico revela que o "coffee break" torna os trabalhadores mais produtivos.

Pesquisadores do London School of Hygiene and Tropical Medicine descobriram que a cafeína ajuda a melhorar a memória e a concentração dos funcionários, bem como a reduzir o número de erros cometidos durante o trabalho.

Para os trabalhadores que costumam esticar seus turnos madrugada a dentro, a pausa para o café tem efeito similar ao de um "poderoso cochilo", revela o estudo, publicado no periódico especializado The Cochrane Library Journal. A pesquisa afirma ainda que tomar café ajuda a reduzir os acidentes de trabalho e até mesmo as batidas de carro envolvendo pessoas que acabaram de encerrar um longo expediente. O efeito é benéfico também a médicos e pacientes, já que o café reduz o risco de que profissionais da saúde cometam erros após longos períodos de plantão.

Os pesquisadores britânicos analisaram o resultado de 13 pesquisas anteriores que estudavam o comportamento de trabalhadores que costumavam trabalhar por longos períodos, a maioria com idade em torno dos 20 anos. Mais tarde, um grupo de voluntários foi chamado a realizar testes de memória, concentração, uso de palavras e raciocínio - duas das provas tinham como objetivo verificar se eles estavam propensos a cometer erros simples.

A uma parte dos voluntários foi permitido tomar café após os testes. Os grupos, então, repetiram os exames, desta vez sob a influência de mais fatores externos, como luzes brilhantes. Algumas pessoas puderam até tirar um cochilo. Os resultados da segunda etapa mostraram que aqueles que puderam beber café tiveram melhores resultados nos testes de concentração, memória e raciocínio.

Entre os voluntários que tomaram café e os que tiraram um cochilo, houve pouca diferença nos resultados de uma forma geral, embora os primeiros tenham cometidos menos erros durante os exames. ?Os resultados mostram que a cafeína pode reduzir o número de erros e melhorar a capacidade cognitiva dos funcionários?, disse Katharine Ker, que liderou o estudo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Obama quer aumentar o imposto sobre as petroleiras e criar 'fundo anti-vazamentos'

O presidente americano Barack Obama propôs nesta quarta-feira aumentar o imposto pago pelas petroleiras para um fundo destinado à limpeza de marés negras e elevar as indenizações no caso de infrações a 1,5 bilhão de dólares.
A decisão de Obama foi tomada por causa da explosão de uma plataforma de petróleo no Golfo do México, que provocou um grande vazamento de petróleo com graves impactos ambientais na região.O governo americano pretende dar uma resposta agressiva à explosão da plataforma da British Petroleum, no dia 20 de abril, em um esforço para evitar comparações entre o vazamento, que ameaça a vida silvestre e causa grandes danos ambientais na costa da Louisiana, com o furacão Katrina, que devastou a região em 2005.

Obama encarregou o secretário de Energia, Steven Chu, de comandar uma equipe de altos funcionários e cientistas do governo para manter um extenso diálogo esta semana com a BP sobre possíveis soluções para o desastre. "Como o presidente deixou claro anteriormente, a BP pagará todos os custos para deter o fluxo de petróleo e sua limpeza, e reivindicaremos uma compensação completa por todos os danos causados", afirma a Casa Branca em um comunicado.



(Com agência France-Presse)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pacote europeu faz bolsas dispararem em todo o mundo


Mercados reagiram com otimismo ao anúncio de pacote

Bolsas de valores do mundo inteiro apresentaram altas significativas nesta segunda-feira depois do anúncio de que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) irão disponibilizar um pacote de mais de R$ 1 trilhão para fortalecer o euro e evitar que a crise da dívida grega atinja outros países do continente.



Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, fechou a segunda-feira com uma alta de 3,90%, enquanto o Nasdaq teve alta de 4,81% e o índice mais amplo S&P 500 apresentou crescimento de 4,40%.

A Bolsa de Valores de São Paulo também foi atingida pelo otimismo dos mercados, com o índice Bovespa encerrando o dia com uma alta de 4,11%, chegando a 65.452 pontos. O dólar, por sua vez, registrou queda de 3,99%, sendo negociado a R$ 1,77.

Horas antes, os mercados europeus também reagiram bem ao anúncio do pacote, com destaque para a Espanha – país que também sofre com um grande déficit orçamentário –, onde a bolsa de Madri teve alta de 14,43%.

Já em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 5,16%. As bolsas de Paris e Frankfurt também acompanharam o movimento, fechando com 9,66% e 5,3% de alta, respectivamente.

Pacote

O pacote de 750 bilhões de euros anunciado na madrugada desta segunda-feira pela União Europeia e pelo FMI pegou os mercados de surpresa pelo seu tamanho e pelas mudanças que pode trazer à zona do euro.

“Se tomarmos este pacote por seu valor de face, ele significa que as regras da União Monetária Europeia foram fundamentalmente reescritas”, diz Stephanie Flanders, editora de Economia da BBC.

Pelos termos do acordo, os dezesseis membros da zona do euro terão acesso a um montante de 440 bilhões de euros provenientes de um Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, e a outros 60 bilhões euros em recursos da Comissão Europeia - o braço executivo do bloco.

Além disso, o Fundo Monetário Internacional deve contribuir com 250 bilhões para proteger as economias europeias.

Dúvidas

O pacote tem o objetivo de evitar que a crise da dívida grega se espalhe por outras economias europeias, principalmente para aquelas que possuem grandes déficits orçamentários, como Portugal e Espanha.

A preocupação de que outros países possam ser atingidos pela crise fez com que o euro se desvalorizasse e bolsas de valores do mundo inteiro registrassem quedas nas últimas semanas.

Embora as reações dos mercados tenham sido bastante positivas em relação ao pacote, a editora de Economia da BBC afirma que ainda restam dúvidas sobre como funcionará o mecanismo que irá supervisionar a liberação dos 440 bilhões de euros.

“Nós ainda não sabemos muito sobre como este mecanismo especial irá funcionar. Mas, se há alguma lição aprendida nos últimos meses, é de que esses países devem organizar isso rapidamente”, diz Stephanie Flanders.

Alguns analistas e investidores também demonstraram temores de que o pacote não sirva para corrigir o problema do alto endividamento de alguns países europeus.

Estas dúvidas se refletiram nas negociações do euro nos mercados nesta segunda-feira.

A moeda única europeia começou o dia reagindo positivamente ao pacote, valorizando-se tanto em relação ao dólar quanto em relação à libra esterlina.

Estes ganhos, no entanto, acabaram sendo praticamente anulados, com o euro fechando a segunda-feira nos mesmos patamares em que havia iniciado o dia.

Fonte: BBC Brasil


sábado, 8 de maio de 2010

Custos no Mundo

As pessoas têm diferentes preferências e derivam diferentes utilidades de um mesmo produto, e um dos fatores que leva à essas diferenças é o local onde você vive. Numa pesquisa da Ig foram verificados os preços de produtos comuns em diversos países, como medida de comparação entre as preferências mundiais.


(clique para visualizar a imagem)

A Sandália Havaiana, já conhecida pela grande disparidade de preços entre os países, teve uma diferença máxima de R$ 160,10 entre os preços do Japão e da Argentina.

Você pode ver as comparações dos outros produtos em http://economia.ig.com.br/sabao+a+r+26+e+havaianas+a+r+176+voce+pagaria/n1237609318746.html .

Fonte: Ig Economia

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Parlamento grego aprova plano para reduzir déficit


Depois de muito tempo de negociação e protestos, a Grécia consegue aprovar o plano de austeridade econômica. A Alemanha, por ser a principal economia da Europa, vai contribuir com grande parte do empréstimo e, por isso, desde o começo da crise exigia esse plano de corte de gastos do governo grego para que o empréstimo fosse feito.
Esse plano é uma importante garantia de que a Grécia terá condição de honrar os empréstimos. Com diminuição de salários e aumentos de impostos, as medidas foram reprovadas pela população.

Abaixo uma reportagem do g1.com.br

Plano de austeridade é condição para receber ajuda da UE e do FMI.
Na quarta-feira, protesto contra medidas terminou com três mortes.
Do G1, em São Paulo

O Parlamento grego aprovou nesta quinta-feira (6), por maioria absoluta, o programa para reduzir o déficit fiscal nos próximos três anos. O pacote é condição para que o país tenha acesso ao pacote de ajuda de 110 bilhões de euros patrocinado pelas nações da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O projeto de lei recebeu o apoio de 172 deputados socialistas e de ultra-direita. Votaram contra 121 deputados da oposição de direita, do Partido Comunista e da esquerda radical. O Parlamento grego conta com 300 deputados.
O programa, apresentado no último domingo pelo ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou, implica um esforço fiscal de 11 pontos do PIB, "ou seja, 30 bilhões de euros em três anos (até 2013), em adição ao anunciado no programa econômico para 2010", explicou o ministro.
As medidas incluem um crescimento no imposto de valor agregado (IVA), um aumento de 10% nos impostos combustíveis, álcool e tabaco, além de uma redução de salários no setor público. O governo prevê agora que o país tenha uma contração de 4% do PIB em 2010 e 2,6% em 2011. O crescimento voltaria em 2012, com cerca de 1,1%.
A dívida grega é esperada para superar 140% do valor do PIB em 2013 e passará a diminuir a partir de 2014, afirmou Papaconstantinou, para quem o objetivo da ajuda financeira da União Europeia é permitir que o país possa ter acesso o mais rápido possível aos mercados financieros. "Em 2014 o déficit estará abaixo de 3%", assegurou.
Antes da votação, milhares de manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento grego para protestar contra os cortes de gastos a as novas taxas destinadas a recuperar as finanças públicas do país. Desta vez, no entanto, não houve registro de confrontos. Na quarta-feira, os protestos contra as medidas de auteridade deixaram três mortos em Atenas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Governo anuncia pacote para estimular exportações

Com crescimento econômico e dólar barato, superávit comercial recua 65%.
Segundo Mantega, pacote cria banco para financiar comércio exterior.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (5) um pacote de medidas para estimular as exportações brasileiras, que, neste ano, têm crescido bem menos do que as compras feitas no exterior - o que tem resultado em forte queda do superávit da balança comercial brasileira.
"Hoje, vivemos uma crise internacional lá fora, porque aqui não temos crise, mas isso agudiza a competição e concorrência e temos de estar tomando sempre medidas para que a produção brasileira seja mais competitiva", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o "mundo todo" desonerou exportações e o Brasil está apenas "entrando em linha" com o que acontece no resto do planeta.
Situação da balança comercial
De janeiro a abril deste ano, o superávit da balança comercial recuou 65,7% sobre igual período de 2009, por conta do ritmo mais forte de crescimento da economia (que estimula as importações) e, também, do dólar mais desvalorizado - fator que torna as exportações brasileiras mais caras e barateia as compras feitas do exterior. Os fracos resultados da balança comercial estão impactando as contas externas brasileiras que, neste ano, de acordo com estimativa do BC, deve apresentar um rombo de quase US$ 50 bilhões.
Banco para o comércio exterior
Entre as medidas do pacote de estímulo às exportações, está a criação de um banco para financiar as operações de comércio exterior brasileiras, que está sendo apelidado de Eximbank brasileiro, nos moldes do Export-Import Bank dos Estados Unidos. A instituição se chamará Exim-Brasil.
Este banco será ligado ao Banco Nacional de Deesnvolvimento Econômico e Social (BNDES), que operará com uma carteira de US$ 13 bilhões. Segundo ele, há US$ 20 bilhões de operações em análise, para os próximos anos, pelo BNDES. "As operações de comércio exterior do BNDES serão transferidas ao Exim-Brasil", disse o presidente da instituição, Luciano Coutinho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

‘Brasil já mostrou que pode crescer mais de 5%’, diz Mantega

Ao palestrar no seminário de 10 anos da instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no país, que ocorre em Brasília nesta terça-feira (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aconselhou o próximo governo a continuar na “trilha” de sua gestão, por acreditar que o “Brasil está preparado para um crescimento maior”. “O Brasil já mostrou que pode crescer mais de 5%”, afirmou Mantega.

Ele também disse ser contra o corte de gastos na gestão pública por acreditar que determinadas despesas estimulam o crescimento. “O melhor caminho para buscar equilíbrio fiscal é estimular crescimento da economia, porque aí arrecada mais sem penalizar a sociedade, sem cobrar impostos maiores. Aconselho os próximos governos a continuar nessa trilha”, disse. “Cortar certos gastos é ruim, porque você acaba diminuindo investimento, diminuindo a atividade econômica”, complementou.

* Economia deve crescer mais de 5% este ano, diz Lula em coluna

A LRF foi instituída em 1999, durante o último mandato do governo Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de estabelecer limite de gastos e endividamentos aos governos estaduais e municipais, além de limitar a atuação dos bancos estaduais. Apesar de se opor a corte de gastos, Mantega lembrou que foi a austeridade dos governos estaduais e municipais a principal responsável pelo sucesso da LRF e da melhoria nas finanças públicas. Segundo ele, a LRF permitiu à União “estancar a hemorragia financeira que ocorria através dos estados e dos bancos estaduais”: “A lei consolidou o controle de gastos nas esferas estaduais.”

O ministro da Fazenda alertou, no entanto, que só as barreiras criadas pela norma não são suficientes para consolidar a solidez das contas públicas. Para Mantega, outras políticas de governo precisam atuar em conjunto para consolidar o objetivo da LRF. “A LRF é condição necessária, porém, não é suficiente para termos contas públicas sólidas. Ela não garante a solidez no longo prazo. É preciso que as demais políticas de governo caminhem na mesma direção”, afirmou.

Mantega lembrou o bom desempenho do Brasil no controle da dívida pública, em relação aos demais países do G-20, e disse acreditar que o próximo governo irá seguir o mesmo caminho trilhado na sua gestão. “Em relação ao G-20, é o segundo país em contas pública no mundo. Acredito que os próximos governos vão seguir essa trilha da responsabilidade fiscal. Os governos devem buscar metas de crescimento elevadas. O crescimento é o melhor remédio para as contas públicas.

O ministro da Fazenda justificou a concessão de empréstimos a estados afirmando que a melhoria nas finanças dos governos permitiu a ampliação de crédito e de margens de endividamento. “Houve várias tentativas de modificação na LRF que eu me opus. Nunca permiti que houvesse mudança na LRF, nenhuma flexibilização no nível de endividamento dos estados, nos gastos com pessoal. Porém, como houve uma melhoria da situação fiscal dos vários governos estaduais, eles ganharam o direito de ter crédito e tomar empréstimo como fizeram”, argumentou. “Todas as liberações que fizemos para os estados, aumento de limite de endividamento para que eles tomassem empréstimos para fazer investimento, estavam dentro da LRF”, garantiu.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Copa aumenta vendas de aparelhos de TV em quase 20%

A Copa do Mundo só começa em junho, mas fabricantes e varejistas se preparam para atender a uma grande demanda por TVs em 2010. É nessa época que os consumidores que gostam de futebol (e até mesmo os que não gostam) trocam os aparelhos antigos. Segundo a Folha apurou, há fabricantes que esperam vender de 40% a 200% mais TVs neste ano em relação ao ano passado.

Segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos), no entanto, os fabricantes venderão, em conjunto, 19,6% mais TVs em 2010, o que representa um total de 11,5 milhões de unidades. "Cerca de 60% dessas vendas acontecerão ainda no primeiro semestre", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros. Em geral, as vendas de televisores costumam crescer no segundo semestre, por causa do Natal.

Texto de Cláudia Tozeto para a folhaonline.

sábado, 1 de maio de 2010

Impacto da Copa no consumo de cerveja é maior no Brasil e na Espanha



Qual o real impacto do mundial de futebol no consumo de cerveja? Esse número foi calculado pela consultoria britânica BernsteinResearch, e a sua conclusão foi a de que todos os países participantes se beneficiam, mas a variação muda conforme o desempenho de cada time. Brasil e Espanha - além da anfitriã África do Sul - serão os mercados com o maior impacto positivo durante os jogos da Copa, que acontecerão entre 11 de junho e 11 de julho.

No Brasil, conforme o estudo, o consumo deve crescer 5% em volume no ano além do desenvolvimento normal do mercado, que no ano passado foi de 5,9%. Esse aumento, como gostam de ilustrar as cervejarias, é o mesmo que ter um mês a mais de verão ou dois Carnavais no ano.

Mas tudo depende do desempenho da equipe do técnico Dunga. "O consumo de cerveja em todos os países participantes depende do quão longe a equipe vai no campeonato", diz um dos analistas da BernsteinResearch. O escrete brasileiro é um dos mais cotados para chegar à final (conforme as casas de apostas de Londres) e por isso o mercado brasileiro também é um dos que mais deverá ter elevação no consumo de cerveja.

Outra seleção bem colocada, a Espanha (com torcedores fanáticos tanto por futebol, quanto por cerveja) também deve ter um bom aumento nas vendas da bebida. Mas, diferente do Brasil, a terra das touradas está enfrentando uma crise econômica o que pode afetar o mercado cervejeiro local.

Mas uma seleção pelo menos será unanimidade: o "Bafana Bafana", como é conhecido o time da África do Sul. Em toda Copa, as partidas do time anfitrião também acabam impulsionando o consumo de cerveja em outros países - o que acontece também no Brasil.

O comportamento dos consumidores também conta no consumo. Na Inglaterra, o estudo calcula uma alta de 5% durante os jogos. Mas no geral, a Copa deverá ter um impacto de apenas 0,7% nas vendas anuais. O motivo é "sui generis": a famosa ressaca britânica. O costume de se abster de bebida depois da farra deve fazer as vendas caírem 3,5% depois da Copa - ou logo após uma possível desclassificação da seleção inglesa.


Sugestão do PETiano Bruno Siqueira.