PÓ DE VIDRO

Um blogue dedicado ao vitral e à fusão do vidro.

SEMPRE EM CIMA… (0)

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TRUE MOSAICS STUDIO (0)

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EM BREVE… vamos conhecer o trabalho de Laurel True, uma reconhecida mosaicista de Oakland, Califórnia, que concilia uma intensa actividade como artista e professora, co-fundadora do Institute of Mosaics Art, com uma relação, no âmbito de um projecto de responsabilidade social, com uma organização não-governamental do Ghana, que a leva a viagens frequentes e a permanecer temporadas em África para trabalhar em grandes projectos comunitários de mosaico.



HEARTS IN SAN FRANCISCO
Escultura criada no âmbito do programa de apoio ao SF General Hospital
Os corações estiveram, durante três meses, espalhados pela cidade de San Francisco



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OLEANDER 8/25
Pate de Verre  –  Ø 15,24 cm  –  Preço aprox. 400,oo euros

Hoje, vamos mostrar os trabalhos em PATE DE VERRE de dois artistas americanos,
Hellen Abbott e Marc Leva.

Ellen e Marc, uma professora de artes e um habilidoso artesão, começaram a trabalhar juntos em 1976, quando montaram o seu atelier – Custom Etched Glass –, especializando-se na execução de painéis com intrincados e minuciosos desenhos, que, devido à sua elevada qualidade, rapidamente atrairam: a atenção das revistas especializadas e encomendas de todo o país.

A gravação a jacto de areia (sandblasting) e com ácido (etching) foram duas das técnicas utilizadas nessa época.

Nos anos 80. Começaram a interessar-se pelo casting. Iniciaram-se, integrando nos projectos que lhes encomendavam pequenas peças que produziam utilizando moldes comerciais. O seu empenho nesta técnica, rapidamente os levou para voos mais altos. Tinham encontrado um novo caminho.

Em 1994 começaram a explorar a difícil técnica do PATE DE VERRE, com moldes feitos pelo método da “cera perdida”. Uma vez mais a qualidade e o detalhe chamaram a atenção para as peças apresentadas.

Ellen e marc consideram estas verdadeiras obras de arte os seus “pequenos trabalhos” em contraponto com “os grandes trabalhos”, as encomendas de vidros foscados para edifícios públicos e residências.

Ellen Abbott e Marc Leva, vivem e trabalham em Houston, Texas.

Para verem como a Hellen e o Marc executam os seus trabalhos em PATE DE VERRE, clique aqui.


UMA BREVE HISTÓRIA DO PATE DE VERRE

PEDRA QUE FLUI, para os egípcios, ou PATE DE VERRE, nome atribuído pelos franceses no final do século XIX, é, pelo que sabemos hoje, uma das mais antigas formas conhecidas de trabalhar o vidro. Na antiga Mesopotâmia foram encontrados textos cuneiformes que remontam ao início do segundo milénio a.C. que descrevem detalhadamente este método.

O vidro sempre foi tratado como um material especial e avaliado conforme a aplicação ou utilização, como, por exemplo, na joalharia, escultura e outros objectos de arte. Devido ao tempo necessário para produzir uma peça, às técnicas envolvidas na preparação do molde e do vidro moído, o preenchimento do molde, a queima, a limpeza e o polimento, o vidro era, já na antiguidade, muito valorizado.

Os Mesopotâmicos são os primeiros a dominar as técnicas do vidro termoformado, seguindo-se rapidamente os egípcios que apuraram ainda mais o processo. Atingindo o seu apogeu entre 1500 a 1000 a.C. e entrando depois em declínio. No século IX a.C. artistas egípcios e assírios relançaram a arte do vidro, e nos séculos V e IV a.C. já se produziam na Pérsia requintados vasos de vidro feitos com a técnica da “cera perdida” – o mesmo método que utilizavam para os  trabalhos com metais preciosos. A partir daí a fusão do vidro desenvolveu-se extraordinariamente, surgindo, entre o século III a.C. e o I d.C., por todo o Médio Oriente, pequenas oficinas que produziram magníficas e exclusivas peças de vidro destinadas às classes mais abastadas da sociedade.

Com a introdução, pelos romanos, do vidro soprado, rapidamente os objectos de vidro se tornaram acessíveis a todos os extractos sociais, provocando o declínio das pequenas oficinas de termoformados.

A partir daí as técnicas de forno foram esmorecendo até ao seu renascimento na Europa, nos séculos XIX e XX. Este ressurgimento foi centrado em França e muito influenciado pelas descobertas arqueológicas que se fizeram no Egípto e outros países do Médio Oriente. As técnicas de forno intrigaram artistas como os franceses Henri Cros, Argy-Rousseau, Amalric Walter e Frederick Carder dos Estados Unidos que se interessaram pela beleza de vidro enquanto material. A revolução industrial ajudou, fornecendo melhor tecnologia de vazamento e acabamento. Infelizmente, com o início da Primeira Guerra Mundial, uma vez mais, as artes do vidro se desvaneceram.

Na segunda metade do século XX, apareceram inúmeros pequenos ateliers, integrados num movimento que ficou conhecido nos Estados Unidos como “The Studio Glass Movement”. O desenvolvimento na construção e manutenção de pequenos fornos e muflas, permitiu, pela segunda vez, uma autêntica explosão de criatividade. O vidro voltou a estar na moda, como peça de arte e de adorno.

A técnica do PATE DE VERRE continua, nos dias de hoje, a ser muito exigente e exclusiva, uma raridade no mundo das artes do vidro e, por isso, muito valorizada.



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SEMPRE EM CIMA… (0)

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LUESMA VEGA (0)

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EL BULLI
Proposta para a nova colecção de superfícies para apresentar pratos 


Ester Luesma e Xavier Vega Ortega, uma ceramista e um vidreiro, fundaram em 1991, em Barcelona, um atelier – Luesma Vega SCP – onde se dedicam à criação e produção de objectos de vidro fundido para decoração de interiores e arquitectura.

Utilizando a vitrofusão (fusing) como técnica principal, recorrem também aos esmaltes, ao casting e ao termoformado para a execução das suas peças. Os acabamentos com jacto de areia e os complementos em ferro e madeira, são também uma constante no excelente trabalho produzido.

Luesma e Vega têm ganho inúmeros prémios e distinções, dos quais destacamos o Prémio Nacional de Artesanato da Catalunha (2006) e o ARTFAD DE ORO de 2008. Na 7ª Bienal de Artes Plásticas da Marinha Grande (2008) Prémio Pintor Fernando de Azevedo, que teve como tema “O vidro na arte, a arte do vidro”, que evoca o “vidro” nas mais diversas vertentes, Luesma e Vega tiveram duas peças seleccionadas: "espai congelat: tot endreçat" e "perto do porto: tot endreçat" vidro fundido con inclusões de metal – outra das suas imagens de marca – e acabamentos a frio (18x18x5cm).

Da sua produção destacamos as peças comemorativas dos 100 anos da Bayer Espanha, dos 50 anos da Constituição de Andorra, os prémios do Festival Internacional do Meio Ambiente da Catalunha e a colaboração mais mediática, e provavelmente a que mais prazer lhes dá, com o restaurante El Bulli, www.elbulli.com, o melhor restaurante do mundo, para o desenvolvimento das colecções de superficies para apresentar pratos.

O seu atelier e sala de exposição e venda, estão integrados em EL POBLE ESPANYOL, um conjunto arquitectónico construido em 1929 para a Exposição Internacional de Barcelona, reproduzindo à escala 117 edifícios, ruas e praças do que seria o modelo ideal de um “pueblo” ibérico. Projectado para durar seis meses, o tempo da exposição, teve um êxito tão grande que foi preservado até hoje e se transformou num importante centro para artesãos, www.poble-espanyol.com, com ateliers, lojas, escolas de joalharia, de teatro, fotografia, cerâmica, escultura e pintura.  Dezenas de restaurantes, bares e discotecas, e um vasto programa de espectáculos e exposições tornam El Poble Espanyol num dos lugares de interesse cultural e turístico mais destacados de Barcelona. A Luesma Vega SCP ocupa a igreja principal de El Poble Espanyol, com uma superfície de 300 metros quadrados. Um conjunto de três edifícios dos quais se destaca a Torre de Utebo em estilo Mudéjar.

Luesma e Vega são uma referência na península ibérica. Acompanhamos com prazer o seu percurso e os novos desafios a que se propõem.

www.luesmavega.com



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VENEZA (0)

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AS  GÔNDOLAS EM FRENTE À "PIAZZETTA SAN MARCO"
ao fundo a ilha de San Giorgio Maggiore



No fim da semana passada ESTIVEMOS EM… Veneza.

É uma viagem que recomendamos, sem reservas. As passagens de avião, quando compradas com antecedência, ficam por um valor bastante baixo, e hotéis com tarifas acessíveis também se encontram com facilidade – desde que não se queira acordar a ouvir os gondoleiros ou a olhar para a Piazza San Marco.

Atravessámos Veneza a pé, sem destino e sem nunca nos perdermos. Por becos e vielas – ruas tão estreitas que duas pessoas não conseguem caminhar lado a lado –, curiosas pontes e recantos, que nos surpreendem a cada instante. Fomos ao mercado de rua junto à ponte de Rialto e bisbilhotámos todas as montras por onde passámos.

Entre centenas de lojas que vendem vidro “a metro”, vidro para turistas, do mais kitsch que se pode imaginar, cores e formas copiadas até à exaustão, descobrimos meia dúzia que primam pela qualidade e sobretudo pela originalidade e criatividade.

Em plena Praça de S. Marcos encontrámos algumas dessas lojas que fazem a diferença. Destacamos a da
VENINI, uma fábrica fundada em 1921 em Murano pelo veneziano Giacomo Cappellin e pelo milanês Paolo VeniniVejam o site www.venini.com, estão lá muitas das peças que tivemos o prazer de admirar na loja da Piazzetta Leoncini.

Mas não foi só o vidro que nos fascinou nesta viagem. Tanto em Veneza, como em Milão, encontrámos originais trabalhos de mosaico veneziano. Trabalhos modernos, que nos fizeram repensar esta antiga técnica. O mosaico não é, não pode ser, apenas uma forma de aproveitarmos os restos de vidro que sobram dos vitrais.

O MOSAICO tem que ganhar o seu espaço, entre as técnicas que utilizam o vidro como principal matéria-prima. Este vai ser certamente um dos nossos novos desafios, voltaremos a ele em breve.



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SEGREDOS DO FUSING (0)

19:10 by , under ,



Com pequenas ajudas, é possível prevenir e melhorar o resultado final de muitas peças. É no planeamento que evitamos muitas das situações que nos fazem desanimar quando abrimos o forno.

Da nossa experiência, vamos retirar pequenos segredos que podem ajudar a fazer grandes peças…


Regularmente, vamos publicar dicas para várias técnicas.



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PAULO NOGUEIRA (0)

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LISBOA
VITRAL DECORATIVO
Vidro Catedral – Pintura com grisalha – Montagem com calha de chumbo



Um dos maiores vitralistas da actualidade, e nosso particular amigo, Paulo Nogueira inicia, por mérito próprio, a apresentação de artistas associados à arte maior que é o vitral.


Paulo Nogueira construiu ao longo de mais de vinte e cinco anos de carreira um impressionante currículo, onde pontuam centenas de trabalhos, realizados para edifícios públicos, religiosos e residências particulares.

Dominando com maestria a técnica clássica, tem-se aventurado também, com sucesso, na técnica Tiffany, na fusão do vidro, na pintura sobre azulejos e no mosaico de vidro, sempre subvertendo as regras pré-estabelecidas em função de uma modernidade e um conceito e criatividade muito próprios.

É membro do Centre International du Vitrail de Chartres.



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INTRODUÇÃO (0)

23:17 by , under

Iniciar um blogue, não é fácil.

Perante o editor de mensagens, todas as excelentes ideias, frases estruturadas, parágrafos escritos e revistos mentalmente até à perfeição, esfumaram-se num ápice.

Por isso, meus amigos, aqui vai, simples e conciso, o que queremos do nosso blogue:

Queremos mostrar artistas, técnicas e curiosidades.

Queremos mostrar como se usam materiais e ferramentas.

Queremos ajudar a identificar erros e revelar alguns segredos.


E queremos também contar consigo, com a sua participação e sugestões. 



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