Peru, Bolívia e Chile – Parte 6

26/05/2009 – Dia 11 – Copacabana / La Paz

Contratamos o passeio para a Ilha do Sol direto como o pessoal do barco, na beira do lago. O Lago Titicaca em Copacabana é realmente mais bonito do que em Puno.

O cara não avisa, mas eu perguntei das cobranças que os “locais” fazem na ilha e o cara que vendeu o ticket falou que iriam me cobrar $ 10 na parte norte e $ 5 na parte sul. Até aí, tudo bem… Já sabia que não teria muito como escapar disso.

O caminho até a ilha é lindo e o lago lá da ilha é mais lindo ainda! Quanta beleza! Vale muito conhecer a ilha e principalmente fazer o trekking da parte norte para o sul, ou vice-versa.

 

Agora esse negócio da cobrança de “pedágios” na ilha, os caras estão abusando… Cheguei pelo lado norte e já se vão 10 bolivianos, mas pelo menos lá tem as ruínas… É assim que eles justificam a cobrança. Aí você sai andando para o lado sul e tem um cara e uma mulher te cobrando. É no meio do nada essa cobrança. E a “coitadinha” da tribo que estava nos cobrando teve que interromper a conversa para bater um papo no celular… Lá eles chamaram aquela parte de “Caminho Eterno dos Incas” ou algo do gênero. Bom, lá se foram mais 5 bolivianos.

Eu achei que esse já era o último… Andamos um pouco e tinha uma casinha com uns 4 caras que conferiam se tínhamos pago esses 5 para a mulher do celular.
Uns 100 metros depois já tem outro orelha seca cobrando mais 5 para você entrar na parte sul… Aí eu perdi controle…

Tirei todos os tickets que estavam no meu bolso, mostrei para ele e saí andando… Ele veio atrás e tentou entrar na minha frente para me parar. Aí me curvei para ficar da altura daquele toco de amarrar jegue, engrossei a voz, e disse bem claro para ele que não ia pagar, indo em direção a ele… Pela cara dele, não tinham muitas pessoas que fizeram isso antes!!!

Bom, ele saiu rapidinho da minha frente e disse que todos estavam pagando, que a tribo dele era outra e que lá na frente me cobrariam por isso.
Eu disse que então pagaria para as pessoas lá na frente e fui embora. Minha namorada e a Gracila vieram rapidinho atrás de mim.

Lá na frente ninguém me cobrou nada e ficou por isso mesmo. O único problema é que o barco na volta pára em um lugar que não sei bem o que é, onde o pessoal pode descer para tirar umas fotos. Acho que é tipo um museuzinho ou uma ruína… Não sei bem, pois não quis descer. Mas a Gracila desceu e não pôde entrar, pois precisava do recibinho desse último infeliz. Ainda bem que no lugar não tinha nada de interessante. A galera desceu e em 3 minutos já estavam de volta.

Eu sei que 5 bolivianos não é nada, mas o abuso dessa galera que incomoda. Não tem um banheiro, nem nada. Eles simplesmente se acham no direito de cobrar dos turistas para andar sem oferecer nada. Como é pouquíssimo dinheiro, principalmente para europeus e norte americanos, a galera vai pagando.
Então eles juntam um pessoal, fazem um recibo (todos tinham), e vão cobrando da galera.

Nessa altura, ainda nas minhas primeiras 24 horas de Bolívia, meu amor por eles já era incrível!!!!! Hahaha!!!!

Na volta compramos os tickets de ônibus para La Paz, fizemos umas compras e embarcamos rumo a La Paz.

 

La Paz

Chegamos tarde da noite em La Paz… O caminho até lá é chato… Tem até uma travessia de balsa que não pode ir dentro do ônibus… Tem que descer e pagar (claro) um barquinho para te atravessar… Aí tem que andar por umas ruas escuras e passando na frente de uns bares desses de bebuns até encontrar o ônibus do outro lado.

Quando chegamos, pegamos um taxista que foi bem tranqüilo, pois tinha um pouco de receio disso lá naquele horário. Ele nos levou até um hotel na Calle Sagarnaga e ficamos lá mesmo. Era um hotel mesmo… Ficava parede com parede com uma das companhias dessas mais famosas que fazia o Downhill… Acho que a Xtream. Tinha uma agência de turismo dentro do hotel.

27/05/2009 – Dia 12 – La Paz

Fomos cedo à agência e descobrimos que os passeios para o Chacaltaya estavam lotados… Fomos a outra agência na mesma rua e também estava lotado…

E eu indo na do pessoal de não reservar nada!!!!! ::quilpish::

Eu teria que ir ao Chacaltaya nesse dia, pois no outro eu faria o Downhill. Então acabamos conseguindo fechar com uma das agências um tour privado para o Chacaltaya… Nossa, ficou muito mais caro que o normal… Mas pelo menos poderia conhecer o famoso Chacaltaya!

Após alguns telefonemas, uma briga entre as mulheres das agências que tentavam nos convencer a fazer o tour privado com uma e não a outra e alguma demora, chega o taxista que faria o tour com a gente.

O cara andava a 15 por hora com o taxi… Chegamos lá e não tinha ninguém… Sei lá onde foram parar todos esses tours que estavam lotados… Bom, pela demora do cara , já deviam estar em casa de volta…

Realmente lindo o lugar. Uma vista incrível e paisagens de tirar o fôlego.

Depois fomos para o Vale da Lua. Nada a ver com o Vale da Lua do Atacama… Eu curti o lugar… Realmente incrível as formas e contornos do lugar! O único mal era que já existem casas praticamente dentro desse lugar… Os caras não estão nem aí, vão construindo e ninguém faz nada… Igual aqui!!!!

 

Na volta o motorista passa por uns bairros mais nobres de La Paz, que realmente eram bonitos, mas nada de mais.

Chegando no hotel, nos despedindo do taxista e tal, agradecendo muito pelo passeio com ele e todas essas coisas, ele já lança… “Então, agora vocês tem que me pagar $ 100,00” Que???????????? Como assim??????

“É que já passou da hora do almoço e o que estava pago era só até as 12 horas…”

Eu já fiquei puto, comecei a pegar minhas coisas e falei com pouquíssima educação que não iria pagar nada, pois isso não era o que tinha combinado com a agência… Não tinha nada de horário e se ele queria mais que fosse cobrar da agência.

Ele disse que não, que eu tinha que pagar, que não era assim………

Quando ele viu que eu não ia pagar mesmo ele disse então que pelo menos pagasse o almoço dele… Só que aí, já era tarde meu amigo… Se tivesse falado isso antes, na boa, certamente eu teria pago… Só que quis dar de espertão, se fode!

Para vocês terem uma idéia, no meio do passeio, o cara vê um lugar onde os caras lavam o carro da galera (uma espécie de lava-rápido, mas no meio da rua e com uma mangueira e bucha só) e me pára lá com a gente dentro do carro sem falar nada… Olha para a gente e manda… “Vou lavar o carro”. Desce, fala com os caras e os caras começam a lavar o carro com a gente dentro no meio do passeio…

Não podia acreditar naquilo… Depois que eu percebi… Ele estava enrolando para poder lançar essa da hora do almoço… Que desgraçado…
Depois também parou para calibrar os pneus na maior calma do mundo e quando paramos para comprar água, ficou um tempo lá conversando com os caras…

Bom, ficou sem nem gorjeta.

De noite fizemos compra nas lojinhas que eram bem pertinho do hotel… Um monte delas! É aquele Mercado das Bruxas. Mas na verdade é na rua mesmo, então não é bem um mercado!

 

28/05/2009 – Dia 13 – La Paz

Esse era o dia do tão esperado Downhill pela “Estrada mais perigosa do mundo”, a Ruta de la Muerte!

Era a estrada antiga que ligava La Paz a Coroico e pelo número de cruzes na beira da estrada, foi a última estrada de muita gente.

A Débora não fez esse passeio e foi com a Gracila ver as ruínas perto de La Paz. Ela gostou do passeio.

 

Eu fechei com uma agência qualquer na rua do hotel mesmo o passeio… Percebi que era tudo muito parecido. Os preços também. Eram 3 tipos de bicicleta. Eu peguei a intermediária. Chegando lá, adivinha se me deram a que escolhi… Claro que não! Eles levaram a básica…
Falei um monte para a mulher que estava lá… Eles tinham uma bike reserva que era a mais completa… Ela então falou para eu trocar por aquela para não ir reclamar na agência quando voltasse. Topei e beleza…

A companhia que fiz o Down Hill foi a Chacaltaya Tour.

Estava um frio de rachar esse dia… Para se ter uma ideia, tinha uma Inglesa que não aguentou de frio na parte de asfalto ainda e pediu para ir na van… A inglesa não aguentou!!!!!

Vários trechos do asfalto estavam congelados…

O cara que era o guia não estava nem aí para o pessoal… Ele não falou nada… Pegou a bike e se jogou naquela estrada a milhão… Um Israelense que estava conosco foi na cola dele… Eu não me arrisquei… Não andava de bicicleta havia algum tempo e preferi dosar a velocidade em alguns trechos piores.

A mulher vinha com a van atrás… A mulher era uma anta… Não conseguiu tirar quase nenhuma foto descente dessas que eles gravam no CD e nos dão e não conseguia passar uma informação correta da região quando estávamos no carro… Inacreditável… O legal dela é que ela era a cara daquela Marlene Matos do Pânico na TV!!!!!!! Irado!!!
Ainda bem que eu levei uma máquina e consegui tirar duas ou três fotos no caminho…

O Downhill foi insano! Ir para La Paz e não fazer o Downhill é fora de cogitação… Façam!!!! O visual da selva, dos abismos, das curvas é impressionante. E a adrenalina é 100% do tempo! Extraordinário!

Não pretendo voltar para a Bolívia e especialmente para La Paz, mas se um dia voltar, não vou pensar nem meia vez antes de fazer novamente o Downhill.

 

 

 

Foto abaixo da internet… Nesse lugar quando passei estava com muita neblina!

 

29/05/2009 – Dia 14 – La Paz / Iquique / Calama / San Pedro de Atacama

Saímos logo pela manhã em direção ao aeroporto. Foi nossa despedida da Gracila, que ficaria mais uns dias por lá, antes de retornar ao Brasil.

Nesse dia eu voei de La Paz para Iquique… Sacaram???????????????? Sacaram????????? Não? Deixa eu tentar explicar melhor…

Eu saí disso……..

Para isso…….

Ok, não ficou claro… Então vamos lá de novo:

Saí disso…

E cheguei nisso!!!!!!!

Iquique

Quando chegamos em Iquique… Nossa, que alegria! Mal lembrava de como se parecia a civilização!

Deixamos nossa bagagem no aeroporto com a uma moça da Sky Airlines e pegamos um taxi até a cidade para passar o dia. Acidade é bem longe do aeroporto, então o taxi sai caro, mas não encontramos muitas opções ali…

A cidade é linda! Andamos pela praia, fomos até o famoso shopping Zofri, onde almoçamos (a Dé se esbaldava com sucos e salada, opções impensáveis na Bolívia), e depois caminhamos muito pela orla da cidade. Um espetáculo! No final da tarde voltamos para o aeroporto e rumamos para Calama.

 

Calama / San Pedro de Atacama

Em Calama, encontramos o pessoal do transfer Lincancabur e fomos para San Pedro. O nome da pousada que tinha anotado pelos relatos do Mochileiros, o cara nem conhecia, então falei a segunda opção: Hostal El Monte.

Pontos fracos do Hostel: Muito longe do centrinho. Tinha hora que dava uma preguiça de ir para lá, principalmente depois de alguns passeios mais cansativos…

Pontos fortes: Bem limpo; Os donos são muito gente fina e preparam o café da manhã e deixam em um saquinho para quem sai muito cedo. De todos os dias que estive lá, só um o passeio começava em um horário que dava para tomar café na pousada. Todos os outros começavam muito cedo e sorte que tínhamos essa regalia! Tem Wi Fi de graça. O preço é justo.