segunda-feira, 28 de julho de 2008

História geral... Descobrimentos e especiarias, Estudando as relações familiares

História geral

Nível fundamental

Descobrimentos e especiarias

Ponto de partida
Ler a entrevista As viagens de Cristóvão Colombo.
Objetivos
1) Conhecer o contexto histórico da formação dos Estados Nacionais da Península Ibérica e o processo de fortalecimento dessas monarquias.

2) Perceber a importância da cartografia como aliada das monarquias portuguesa e espanhola no contexto das expansões marítimas.

3) Estabelecer relações de temporalidade entre passado e presente por meio do uso das especiarias.

Estratégias

1) Destacar para os alunos que o texto que será lido é uma entrevista com um historiador contemporâneo.

2) A leitura da entrevista deverá ser realizada em voz alta. O professor poderá escolher um aluno para fazer o papel de entrevistador, enquanto que o próprio professor pode representar o historiador que concede a entrevista.

3) Com antecedência, o professor poderá preparar transparências de mapas que representem o mundo como ele era conhecido no período das descobertas. É interessante destacar nesses mapas a representação do continente europeu, pois, a partir das grandes navegações do final do século 15 e início do século 16, a Europa passa a ser representada numa posição de destaque em relação ao restante dos continentes. Comparar esses mapas com os atuais, mostrando para os alunos o quanto a cartografia também é uma representação cultural.

4) Também vale a pena localizar no mapa-múndi atual a rota de navegação utilizada pela tripulação comandada por Cristóvão Colombo e os locais no Novo Mundo conquistados em nome da coroa espanhola.

5) Relacionar o nome do cartógrafo Américo Vespúcio com o nome dado ao Novo Mundo, justificando, dessa forma, o fato de Colombo não ter sido homenageado com o nome das novas terras descobertas.

6) Apresentar aos alunos o contexto histórico que antecede o período das grandes navegações e os fatos que motivaram o fortalecimento das monarquias ibéricas, sobretudo a portuguesa, permitindo que se tornassem pioneiras na expansão ultramarina.

7) A partir do uso das especiarias, o professor poderá estabelecer, juntamente com os alunos, relações entre temporalidades históricas distintas. Pergunte aos alunos se eles saberiam responder a origem de várias especiarias consumidas quase diariamente em nossas casas. Se eles não souberem, escreva na lousa a definição da palavra. Segundo os dicionários, especiaria é "qualquer produto de origem vegetal, aromático usado para condimentar iguarias". Mas as especiarias, para os europeus, significavam muito mais que isso, pois numa época em que não existia geladeira, elas eram usadas para conservar por mais tempo determinados alimentos e, muitas vezes, utilizadas até mesmo para disfarçar o mau cheiro. O seu consumo também representava status, uma vez que elas eram caras e raras, de acesso restrito a uma pequena parcela da sociedade. Hoje, as especiarias estão presentes praticamente em todas as cozinhas do mundo.

8) Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre a origem e a finalidade de algumas especiarias, consideradas as mais valiosas e mais procuradas na Europa da época das grandes navegações: cravo-da-índia, gengibre, açafrão-da-terra, noz-moscada, canela, cássia, pimenta-do-reino e açafrão.

9) Como as especiarias eram comercializadas nas feiras européias, peça para os alunos se imaginarem nesses lugares, tentando comercializar esses produtos. Peça que se organizem em grupos de três e elaborem um jingle com o objetivo de atingir seu público-alvo. É interessante que o professor disponibilize alguns minutos para os grupos se apresentarem. A atividade pode soar como anacrônica, mas é um recurso para sintetizar o conteúdo proposto.



Estudando as relações familiares

Introdução
Devido às transformações que as estruturas familiares têm sofrido na época contemporânea, cabe à escola discutir, sem preconceitos, sobre essa diversidade. Assim, o estudo comparativo das relações familiares em diferentes sociedades e épocas levará os alunos à compreensão crítica das características de suas próprias famílias.

Objetivos
1. Conhecer os padrões familiares de diferentes sociedades em um mesmo período histórico.

2. Identificar como, por exemplo, fatores culturais e econômicos influenciam as relações familiares e a organização da estrutura familiar.

3. Valorização da diversidade.

4. Conhecer os conceitos de permanência e ruptura.

Estratégias

1. Peça aos alunos que desenhem os membros de suas famílias. A seguir, de maneira informal, dialogando com a turma, faça o diagnóstico dos diferentes tipos de famílias com os quais os alunos convivem. Na seqüência, pergunte o que eles acham: as famílias se organizam da mesma maneira em diferentes épocas e culturas?

2. Escolha alguns exemplos de estruturas familiares presentes nos segmentos sociais brasileiros. Seria interessante que fossem exemplos bem diferentes, que contemplassem as culturas indígena, asiática, africana, européia, etc. A partir desses exemplos, a turma poderá reconhecer diferenças e semelhanças em um mesmo período histórico.

3. A seguir, analise um tipo de organização familiar do passado; por exemplo, da Europa no século 18, explicando quais eram os papéis atribuídos a homens, mulheres e crianças.

4. Para finalizar, discuta com os alunos sobre como as relações familiares se transformam no tempo e no espaço, salientando que essas transformações ocorrem motivadas por fatores econômicos, culturais e, até mesmo, políticos. Cite, por exemplo, o caso da China, cujo governo determina o número de filhos que cada casal pode ter.

Atividade

Peça que os alunos tragam, na próxima aula, documentos que revelem parte da história de suas famílias, como fotografias, cartas, objetos, etc. Em duplas, eles devem trocar informações sobre suas famílias, escolhendo uma ordem determinada para usar o material que trouxeram. Isso mostrará aos alunos como se efetiva a construção da história, ou seja, que contar a história pressupõe fazer escolhas. Essa atividade também permitirá a troca de experiências e a valorização do outro no ambiente escolar.

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