sábado, 31 de março de 2007

A FLOR MADURA

Por Rodrigo Queiroz

Sexta-feira, são 6h35 e o relógio despertador começa a tocar.
Ele ainda cansado e sonolento bate a mão no aparelho pra que desligue...mais alguns minutos e se levanta. Ao escovar os dentes sua memória o alerta: - Hoje tem trabalho no Centro, preciso terminar tudo o mais rápido, hoje quero chegar no inicio, vamos ver o que ocorrerá. Um leve arrepio percorre pelo seu corpo e uma ansiedade já começa a lhe tomar conta... O dia só está começando.
No plano Astral, Aruanda, alguns espíritos combinam a noite que viria e como seriam os preparativos para a gira logo mais.
- Olá Sr. Fogo!
- Saudações Tupinambá.
- Amigo, hoje precisaremos de você lá no templo pra gira de hoje, apenas conduzirei os trabalhos do lado espiritual e você comandará se utilizando do nosso mediador em comum.
- Isto por algo especifico?
- Sim, aliás, muitos, hoje muitos encarnados serão encaminhados pra lá e suas necessidades são mesmo consciênciais, além do que temos em especial o desabrochar de um médium que nos é importante e vamos focar muito no que deveremos fazê-lo sentir.
- Compreendo, conte comigo.
- Ótimo Fogo, lá trabalhará com seus amigos falangeiros as emoções das pessoas, faze-las através de vosso magnetismo, repensar seus atos e começar a reequilibrar pensamentos, atitudes e emoções.
- Tupinambá, isto é o que faço, será um prazer.
- Muito bem, será um grande dia.
Caboclo do Fogo se dirigiu ao templo em questão e começou a localizar aberturas negativas que deveriam ser “queimadas” neste dia. Foi até o médium responsável, do qual se serviria para a noite e iniciou todo o trabalho de inspiração e preparação para a noite.
Tarso, em seu emprego, sentia-se ancioso, estranhamente fica imaginando como seria a noite e se estranhava por tamanha vontade que o tomava em querer que chegasse rapidamente o horário.
De longe, seu mentor tutor emanava vibrações e fluídos em sua direção para ir preparando seu corpo até o momento certo. Tarso não sabia, mas estas sensações que sentia, provinha destas emanações... Tarso como há muito tempo não fazia, começava a recordar a sensações mediúnicas sentidas á 10 anos atrás... Muitas desventuras o desanimaram e o afastou da Umbanda...a pouco tempo retornava a freqüentar um Templo de forma bastante expectadora.
Caboclo Ubiratan, recostado numa árvore próximo ao leito de um córrego de água cristalina e irradiante, segurava sua pedra portal por onde emanava seus fluidos até o tutelado.
- Salve Ubiratan, é hoje?
- Saudações Tupinambá, sim, hoje espero ser o grande dia, meu grande amigo está de coração aberto e ansiando me sentir. Não podemos perder esta grande oportunidade, não é a todo momento que um coração endurecido se permite a bater vivo.
- Temos muitas expectativas amigo, isto representa renascimento no coração de meu amigo tutelado e o reencontro mágico de dois espíritos que vivem nesta encarnação como irmãos consangüíneos e que juntos trazem uma irmandade espiritual para beneficiar milhares de pessoas.
- Sim amigo, então hoje tocaremos seu coração, estou o preparando.
- Logo mais nos dirigiremos ao templo.
Já são um pouco mais da metade do dia, Tarso acelerando seus afazeres e com a mente na noite, uma ansiedade que não se explicava, mas que o fazia sentir-se bem. Concentrado em seus afazeres, atrás dele chega Ubiratan, que o toca no peito, seu corpo físico capta este toque como uma descarga eletromagnética onde reage com um arrepio a percorrer o corpo e uma leve sensação de frio na barriga, voltou a pensar na noite.
Assim, muitos e muitos espíritos guias preparavam seus mediadores para a noite, onde mais uma gira de caridade seria realizada em nome da Sagrada Umbanda...
Passaram-se as horas, Tarso encerrou seu expediente e apressado seguiu para sua casa afim de tomar banho e seguir estrada, a caminho da cidade vizinha onde o Templo se localiza. Seu coração por vezes acelerado e sentia-se inquieto, pensamentos do passado com uma gostosa lembrança insistiam em não sair de sua mente.
São 20h00 e é dado o toque de início dos trabalhos. O médium dirigente já sabendo da presença do Sr. Caboclo do Fogo, sem entender prosseguia com o ritual. Defumação, preleção inicial, oração, hino da umbanda, cantos de firmeza...
Tarso já está atrasado e perdendo a paciência...
No astral do templo, luzes multicoloridas circulam freneticamente ao redor da corrente mediúnica.
Quando num toque de chamada de Orixá, uma explosão se faz no meio do templo e uma labareda se forma indo a direção da médium concentrada... Mãe Egunitá (sua intermediária), mediuniza a mulher e com a aceleração do toque no tambor, começa emanar faíscas de energia que são absorvidas pelos médiuns e consulentes presentes, é tudo muito rápido e intenso, a médium sai do transe, mas a labareda permanece acesa no meio do templo, isto claro, do lado espiritual. Continuam algumas saudações.
Tarso chega e seu corpo já começa a vibrar, senta-se e aguarda ser chamado...
Ubiratan vai a sua direção, Ubiratan aparenta uma forma física de 50 anos de idade e é um trabalhador de Oxalá. Aproxima-se de seu tutelado e continua emanando seus fluídos...
O médium dirigente inicia:

Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...
Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...

Caboclo do Fogo sai do meio da labareda e projeta seu cordão conector no plexo frontal do médium o levando ao transe, já mediunizado inicia seu trabalho, de suas mãos flamejantes saíam pequenas salamandras que corriam pelas paredes e pulava nas pessoas para “comerem” os cascões energéticos mais grosseiros, dessa forma sutilizando o espírito dos presentes...
A curimba entoa:

Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...
Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...

Do lado do Congá se abre um portal por onde começam chegar os mentores trabalhadores da noite e vão indo mediunizar seus instrumentos...
Firmam os pontos riscados, se preparam...
Caboclo do Fogo abre seu ponto riscado que do lado astral projeta luzes e energias que aos olhos do menos desenvolvido aparentava uma imensa fogueira ateada...
O trabalho transcorre...Tarso está ansioso...chega sua vez.
Ubiratan projeta suas vibrações na direção do médium incorporado pelo Caboclo do Fogo, este percebe o que está prestes a ocorrer...
Tarso é colocado dentro desta “fogueira” agora combinado com as vibrações de Ubiratan, seu corpo começa a vibrar...

Urubatan de Guia que com seu manto ele vem saudar...
Ele arrebenta cadeia de bronze e de aço...
Urubatan não encontra embaraço...


Ubiratan aproveita a entrega de seu tutelado e o abraça, transmitindo sua forma física...Tarso carranca a face e sente seu corpo enrijecer e ter a sensação de estar crescendo...Ubiratan se apresenta aos olhos do médium dirigente que mesmo incorporado se emociona...
Ali por alguns minutos Ubiratan envolveu profundamente seu tutelado e inspira em sua mente:
- Estamos sempre juntos filho, você precisa pensar sobre isso que está sentindo...
Tarso perde os sentidos por alguns momentos, se entrega e felicita-se em poder estar sentindo todas aquelas sensações...
Após alguns minutos, Ubiratan desliga seus cordões de Tarso e o mesmo retorna á consciência, ainda sentindo o corpo grande e pesado...
Caboclo do Fogo, sem dialogar o abraça e beija...Tarso sente seu coração acelerar e segura as emoções e ainda consegue soltar uma frase:
- Como ele se chama Sr.?
- Ubiratan filho!

Assim começa um processo de desabrochamento de mais um mediador da luz na Umbanda...que venham...

Okê Caboclos!


Mensagem inspirada no dia 30/03/07, sexta-feira, 00h23.
contato@tvus.com.br

Blog: www.rodrigoqueiroz.blogspot.com

segunda-feira, 19 de março de 2007

UM FILHO DE FÉ

Numa praia deserta caminhava um filho de fé...
Atormentado por suas mágoas e provações, buscava por um alento um consolo.Buscava forças e um sinal de esperança, para poder continuar lutando....

Olhava fixamente para as águas do mar, as ondas se quebrando, vindo do horizonte aos seus pés se esparramar...

Uma lágrima entristecida, cobriu-lhe a face, seu coração apunhalado pelas intrigas e maldades dos seu irmãos, já se tornava insuportável....

"Então"...

Quando percebeu, já estava distante, foi quando notou que já estava entardecendo...

O vento soprou em seu rosto e veio a sua intuição...

A Senhora dos Ventos, Mãe Iansã, e a saudou com alegria e sentiu suas magoas serem levadas pelo vento, a paz começou a renascer...

Olhou para o poente e viu no céu as nuvens avermelhadas, então com grande força saudou o Senhor das Demandas, seu Pai Ogum, e aos poucos o peso que lhe afligia se quebrava, e continuou caminhando...

Observou na beira das águas, peixinhos dourados a cintilar, foi então que seu coração se encheu de doçura e saudou Mamãe Oxum, que o abençoava com seu sagrado e divino manto...

Aos poucos, leves gotas de chuva tocaram a sua pele e a paz de espírito e o amparo que sentiu o fez lembrar-se de Nanã Buruque, que com sua lama sagrada, aliviou por completo suas dores causadas pelos tormentos materiais e espirituais, e a saudou com grande festividade...

Perdido em seus pensamentos o filho de fé, caminhava fascinado, quando de repente a brisa tocou seus cabelos e junto com elas trouxe folhas distantes, sem hesitar saudou Pai Oxossi, e pediu em sua mente que aquelas folhas lhe purificassem e o livrassem de todos os sentimentos impuros.Sua concentração foi interrompida ao ver um raio iluminar o céu, e ouviu um alto estrondo que lhe encheu o peito de coragem."Kaô Kabecilê", e sentiu a mão forte do seu pai Xangô, então confiante, não mais sofria pelas injustiças,pois seu pai lhe protegia...

Então admirado, sentou-se a beira mar, olhou para o céu e viu uma constelação, e lembrou-se das almas benditas e dos adoráveis pretos velhos, e sem se esquecer do bondoso Pai Obaluaê, que aos poucos com seu fluido curava as chagas do seu corpo e espírito...

Fixou o olhar no céu, e nas nuvens brancas a rodear as estrelas e uma delas brilhava e cintilava, como se fosse o centro do Universo, então humildemente, nosso irmão de fé agradeceu a Pai Oxalá por ter lhe dado o Dom da Mediunidade e poder levar alento e paz aos irmãos necessitados...

Então um perfume exalava de dentro do mar, eram rosas perfumadas que chegavam até ao seus pés, e foi ai que avistou Mãe Iemanjá, seu coração não se continha de tanta alegria, sua mãe o amparava e o confortava, e veio a sua mente.......

"A elevação do filho de fé....

Não está na força ou sabedoria, mas sim em seu coração...

Porque ele pode saber pouco ou não ter força alguma.Mas sente a essência e o fundamento da verdadeira Umbanda...

Paz, Amor e Caridade!!!"

(autor desconhecido)

segunda-feira, 5 de março de 2007

Bebidas e Fumo na Umbanda

O fumo, Tabaco, é considerado uma "Erva de Poder", usada há milênios pelos povos indígenas, considerado sagrado com larga utilização em seus trabalhos de cura, pagelança e xamanismo.
"Tudo que é sagrado traz o divino e as virtudes para nossas vidas, sempre que profanamos algo sagrado atraímos a dor e o vicio."
Assim o mesmo tabaco que cura em seu aspecto sagrado também vicia e traz a dor quando utilizado de forma profana. Industrializado no formato de cigarro o fumo traz além da nicotina mais de 4.250 outros agentes tóxicos, prejudicial a saúde, sendo causador de várias doenças e o câncer entre elas. Resultado do uso profano...
Algo muito parecido acontece com o Alcool que como "Bebida de Poder" atrai forças e poderes das divindades, também utilizado para curas.
Dentro do conceito elemental, o fumo é o vegetal que traz o elemento terra e água, quando utilizado no fumo e defumação traz elemento ar e fogo. Resumindo, o fumo é uma defumação direcionada, que traz além do vegetal, os quatro elementos básicos (terra, agua, ar e fogo) para trabalhos de magia prática.
O Sopro por si só traz efeitos terapêuticos e espirituais muito valorosos e eficazes nos trabalhos de cura e limpeza, que somado ao poder das ervas é potencializado muitas vezes em resultados largamente vistaos durante os trabalhos de Umbanda.
O Alcool é do elemento água, provindo de um vegetal (a cana), que se sustenta na terra, altamente volátil no ar e considerado o "Fogo líquido", de fácil combustão.
Tanto o Fumo quanto o Álcool são utilizados para desagregar energia negativa, queimar larvas e miasmas astrais, e no caso do Álcool para desinfetar e limpar no externo e no interno já que pode ser ingerido. Logo, as entidades de Umbanda não têm vício e nem apego a estes elementos, não bebem além de alguns poucos goles e nem tragam a fumaça que é manipulada apenas.
Alguns guias chegam a cuspir em recipientes adequados, a famosa "caixinha", que fica ao seu lado para neste ato evitar ao máximo a ingestão da nicotina e de outros elementos que não interessam para o trabalho e muito do que vêm pela química industrial.
O Astral têm nos ensinado muitos recursos para evitarmos o uso de cigarros industrializados no Templo. No reino vegetal, temos ervas de várias propriedades, que quando combinadas e ativadas (queimadas) tornam-se grandes condutores energéticos, descarregadores, energizadores e equilibradores.
Então, seguem algumas receitinhas:
Façam charutos para caboclos com as seguintes ervas piladas: sálvia, alfazema e calêndula, pode ser enrolada na palha, o caboclo aceita esta receita que é muito boa e funciona tanto quanto um charuto bom e natural, sem a química.
Para preto velho faça o fumo de cachimbo com sálvia, alecrim, folha de café e urucum.
Para Exú troque o cigarro comum por charutos ou cigarrilhas. Para Pomba Gira troque o cigarro por cigarrilha. Temos a opção para Exu, de pilar sálvia, cravo vermelho seco e levante, e para Pomba Gira, podemos usar sálvia, hibisco e rosa vermelha. Cabe a nós facilitarmos o trabalho das entidades.
Erroneamente, algumas pessoas acreditam que Exu tem que beber garrafas de "marafo" (alcool, água-ardente, pinga), assim como baianos e outras linhas, pensam que marinheiro "enche a cara" e vêm embriagado, quando sua "embriaguês" é a energia e a vibração do mar que ele traz.
Os Guias manipulam estas bebidas onde temos para elas o nome de "curiador" (a bebida correta para cada linha de trabalhos), sendo assim:
• Caboclos bebem cerveja ou agua de côco;
• Preto-velho bebe café e em alguns casos já presenciamos utilizarem vinho;
• Crianças bebem guaraná e suco de frutas, mas também presenciamos algumas que tomam outros tipos de refrigerante;
• Baianos bebem agua de côco ou batida de coco;
• Boiadeiros bebem cerveja escura;
• Marinheiros bebem rum, e alguns bebem cerveja clara;
• Exu bebe a "marafa" (pinga). Alguns bebem whisky ou vinho, embora não seja comum já vimos alguns que bebem cerveja;
• Pomba-Gira bebe champagne ou sidra.
É imprescindível o "marafo" no trabalho de Exu, mas não para beber em demasia. A bebida é usada para manipulação magística, é colocada no ponto, na tronqueira, lavam os instrumentos, etc. No caso de Exu, sua vibração é mais densa, por isso, pode-se antes da incorporação, passar um pouco de pinga nas mãos, pés, testa e nuca, assim o médium sentirá sua vibração baixar, facilitando a conexão da incorporação.
Se numa determinada situação é preciso derrubar mais a vibração orgânica é onde possivelmente a entidade toma um golinho de "marafo". Dependendo do trabalho, pode ser preciso ingerir mais, com a intenção de manipular e canalizar esta energia, nada além disso.
Uma outra função da bebida, muito usado pelas linhas da direita é usá-los como o "Contraste", usado pela medicina tradicional.
Quando algum problema de ordem física está ocorrendo, eles magnetizam a bebida, tal como, vinho, água de côco, água pura, batida, etc., e pedem para o consulente ingerir uma pequena quantidade, aí eles conseguem visualizar outras coisas no organismo, é como um check-up mais apurado.
Mas atenção: Se tiver preto velho virando garrafas de vinho, baianos matando litros de batida, então algo está fora da doutrina e da educação mediúnica.
Umbanda é Luz, e onde não houver bom senso e ética, não tem Umbanda.


Um forte abraço a todos e muita luz!

Ética Filosófica da Umbanda Sagrada

Salve irmãos leitores!
A Umbanda Sagrada é uma religião livre de dogmas e leis predeterminada em livros sagrados ou criados por homens. A mesma não reconhece nenhum livro como sagrado e tem na contemplação da natureza o Sagrado. Centenas de livros na biblioteca Umbandista são considerados livros de fé, pesquisa e estudo para melhor compreensão de seu sistema filosófico.
Mas se é que tenha que haver um dogma, que seja ética e bom senso.
A religião segue na crença da evolução do setenário sagrado que todos trazem em si. Setenário este conhecido como sentidos da vida e são: Fé, Amor, Conhecimento, Equilíbrio, Ordem, Evolução e Geração.
Assim podemos vislumbrar como atua a ética neste sentidos da vida.
Desenvolvimento da Fé é o sentido de crer, mantê-lo lúcido longe das ilusões da matéria promovendo assim a transcendência espiritual do seu Ser;
Prática do Amor e do perdão constantemente, amar a todos sem distinção de credo, raça, cor, etc, somos todos partes de um único Criador e nos manter em comunhão com sua criação é estar próximo do Mesmo;
Conhecimento é o sentido que promove a expansão consciencial do ser, o desenvolvimento racional e intelectual equacionado com o emocional desenvolve no ser sua evolução mental, buscar o conhecimento sobre o todo é obrigação do ser e não usar jamais o conhecimento para ludibriar ou envolver negativamente o próximo menos favorecido, o fato de alcançar conhecimentos elevados em qualquer campo da vida gera no conhecedor maior responsabilidade perante o próximo e a natureza;
Equilíbrio é o senso de justiça que vamos aperfeiçoando conforme aprimoramos o nosso ser, a busca do equilíbrio entre nossos instintos e emoções é fundamental para melhor assentarmos nosso ser no contexto divino a qual estamos inseridos e melhor contribuir para o desenvolvimento dos nossos semelhantes e natureza a qual habitamos. Atingir a noção exata entre um ato de seu interesse que pode ferir a harmonia do próximo é a meta para todos;
Ordem é a inexistência do caos, o ser precisa constantemente ordenar seus pensamentos e emoções para que não crie um caos intimo e tampouco ao seu redor e com os seus;
Evolução é transmutar o seu ser limitado por pré-conceitos e conceitos errôneos, emoções desequilibradas em tudo o que pode ser de mais harmônico, curando a si próprio e libertando-se da amarras criado por si próprio, promovendo assim a integração consciente com a Criação Divina e auxiliando a evolução dos semelhantes e da própria natureza a qual faz parte;
Geração é a vida propriamente dita, assim como a criação e a criatividade que proporciona aos seres sua adaptação em qualquer meio. Já a multiplicação é fato presente em toda a criação de Deus, tudo o que Ele gera se multiplica, quer seja entre os humanos ou entre os micros seres vivos do Universo. Logo, o papel do ser racional que somos é conhecer e zelar pela vida planetária, buscando o equilíbrio da natureza a qual promove e mantém a vida.
Estes pontos é o que podemos ter como Ética Filosófica da Umbanda Sagrada, ou até mesmo como os Sete Mandamentos da Umbanda.
Leia novamente este texto, reflita e pratique.
Forte abraços!
Saravá!
(contato@tvus.com.br)

Consciência Binária

Salve irmãos em Oxalá!
Neste mês comemoramos com muita alegria a festa em louvor a Cosme e Damião e dedicamos nossos louvores à corrente dos Erês, Ibejis ou crianças como queiram. Festividade esta que nos enche de alegria e esperança manifestada na inocência e sorriso sincero das crianças de Umbanda.
Na edição anterior tivemos no JUS a presença de vários eventos e festividades e tivemos como lema na edição que todos devemos nos prestigiar. Pensando nisto é que venho escrever nestas linhas que todos nós falamos e falamos em união, logo, penso que mais do que idealizar união precisamos criar uma consciência binária, ou seja, ou nós nos tornamos um só ou continuaremos sendo um ZERO, ou honramos de fato o nome de nossa religião Umbanda, uma banda, ou continuaremos nos dividindo e gerando a desunião.
Irmãos, pouco importa a linha teológica que sigo ou que você segue, tampouco importa a denominação do templo que freqüento ou o seu, pois tudo é Umbanda. Não existe uma verdade absoluta, existe um conjunto de informações divididas em várias partes sobre a Umbanda e se juntarmos tudo então teremos o UM.
Se freqüento o terreiro x é porque lá me sinto bem e assim é com todos, o que necessitamos é de superar este ego vivo que existe muito em nosso meio e nos abraçarmos num só pensamento que é a Umbanda.
Vamos nos visitar, vamos louvar a diversidade que tanto enriquece a nossa cultura, mais que isso, vamos nos respeitar.
Extirpe de sua mente esta idéia de que um irmão demanda com o outro, que conversa é essa, isto não é Umbanda, pois se isto acontece onde você freqüenta ou por onde passou, saiba, não é Umbanda e se você acredita que é assim mesmo, então está na hora de você trocar de religião.
Respeitar a diversidade é a manifestação sublime do amor incondicional, o que vale é o trabalho desenvolvido pela sociedade e comunidade, isto é o importante.
Algumas manifestações de Umbanda se utilizam do elemento etílico para infinitas funções, outros baniram esta prática e desenvolveram outros métodos, o mesmo se estende para o uso de ervas, eu participei da gira de um templo que segue um ritmo inicial bastante parecido com uma missa católica, porém num determinado momento baixa o caboclo, preto velho e por fim exu. Sei de templos que gostam bastante das imagens de gesso e outros não usam. Existe também aquele que não usa vela colorida e há outros que nem velas usam. Tem templos que exu usa capa, roupa preta, cartola etc, e outros não usa nada, tem alguns que nem exu incorpora. E sabe de uma coisa? É tudo Umbanda!
Porque Umbanda transcende a forma, o gosto individual, a interpretação pessoal e para tudo e para todos, ela se mostra e se adapta a qualquer um como a água nos mais variados vasilhames, sabem por quê? Porque Umbanda é a essência e não a forma.
Como já disse, na Umbanda Deus se mostra de forma desnuda e porque queremos tanto vesti-lo? Sendo que nossa formação em moda e designer é bastante precária? Bem, vistam como quiser, mas não se percam no casaco, não dê tanta importância ao tecido ou á costura, senão esquecerão da essência. Assim é a Umbanda.
Deixe o caboclo usar o cocar, o zé pelintra a cartola o exu a sua capa, ou se não usar então está tudo certo, pois o importante é o caboclo, o zé pelintra, o exu, estes independe de como se travestem na incorporação, pois são eles parte da essência que chamamos de Umbanda.
Enfim, eu, você, todos somos partes da essência que nos alimenta e chamamos de Umbanda. Louvemos a Umbanda e amemos uns aos outros.
Então não seja um ser individual e some com o todo.
Tenha uma Consciência Binária, ou somos UM ou somos ZERO, o que você é?

(contato – www.tvus.com.br)

Umbanda cheira a Rosas

Agora recomposto, posso sentar aqui e tentar traduzir em palavras es­critas o que meu coração diz, mas que em verbo não consegui traduzir, pois to­da vez em que me atrevi, fui golpea­do pelas lágrimas que embargavam minha voz e enxurravam minha face. Durante todo o tempo, tentei ser superior à emoção, e no entanto, tive que me contentar em reconhecer que sou um grão de areia, algo sem importância perto da imensidão que é o amor e luz dos Divinos Orixás.
Estou falando do maravilhoso tra­balho espiritual que nós, daqui de Bau­ru, do Templo Escola de Umbanda Sa­gra­da, participamos no Espaço Pena Bran­ca, dirigido pelo irmão Alexandre Cumino em São Paulo, com a presença especial da irmã Mãe Mônica Berezut­chi, Fernando Sepe, Mãe Neusa, José Usher, Jair e tantos outros que me desculpo por não lembrar seus nomes.
Aproveito o ensejo para manifes­tar minha admiração e amor aos irmãos que me acompanharam nesta viagem. Surpreendentemente, quando comen­tei que iria, todos prontamente se colocaram à disposição e não mediram esforços para estar juntos! Valeu! São pequenos gestos que os tornam tão especiais.
Bem, chegamos em São Paulo logo cedo no dia 18 de Janeiro. Fomos conhecer a Editora Madras e o papo estava ótimo, quando chega de sur­presa nosso irmão Rubens Saraceni. Foi só alegria! Todos que são fãs de sua obra tiveram o prazer de compar­tilhar uma hora de um bom papo com aquele que para nós é uma refe­rência de simplicidade, humildade e sabedoria.
Saímos da Madras em direção á TV Espiritualista, onde o irmão Alexandre nos aguardava para gravar um programa, e assim foi feito. Quero parabenizar toda equi­pe pela simpatia com que nos receberam, em especial a Aline pela ma­es­tria com que conduziu a gra­vação e direção dos progra­mas.
De lá fomos nos prepa­rar para participar da primeira gira do ano no templo do irmão Alê. Parecia que tudo que aconteceu até aquele momento já tinha sido o sufi­ciente e que dali por diante tudo era previsível, mas muito ainda aconte­ceria.
Chegamos ao templo e já havia uma considerável fila de pessoas aguar­dando a abertura do mesmo. A ener­gia sentida ao entrar naquele espaço é indescritível! Um banho de paz invadiu minha alma. Próximo ao Congá, a irmã Manuela conduzia o tra­balho de socorro espiritual com alguns médiuns, de forma silenciosa e discreta resgatando ali dezenas de irmãos desencarnados.
A hora se aproximava e o templo já não comportava mais pessoas. Ha­via cerca de uma centena de pessoas na consulência e umas trinta na cor­ren­te mediúnica. Estávamos todos an­siosos para o início da gira, e enquanto essa não iniciava, comecei a observar a diversidade e qualidade dos presen­tes, irmãos de templos diversos esta­vam ali para confraternizar e presti­giar aquele dia. Então algo dentro de mim começou a acontecer: percebi meu coração acelerado e uma emoção incontrolável dominar a minha razão. Lembrando de tudo isso agora, já sinto minha face novamente molhada. Ali ninguém era mais sacerdote que o médium em desenvolvimento, nin­guém era mais importante que os Orixás ali assentados, ninguém sabia mais que os Caboclos ali evocados e ninguém era mais exaltado que os Pais Ogum e Xangô e as Mães Yãnsa e Egunitá ali manifestadas.
Todos ali deram suas palavras, traduzindo o que sentiam de estar ali, mas na minha vez não fui capaz, sem­pre achei que dominava minha emo­ção. Que erro! Não foi possível e quero aqui falar o que naque­le dia não verbalizei.
Irmãos, chegar em São Pau­lo era nossa meta, tra­ba­lhar ao lado do irmão Alê pela primeira vez depois de 06 anos em que firmamos uma parceria era então uma realização, uma necessida­de ou quiçá uma obrigação, pois o mínimo que devemos fazer é nos esforçar para estar ao lado daqueles que nos são especiais.
Contudo, o que nos une é um ideal, o ideal de amor, de luz, de paz, um ideal de união. União esta que deve ocorrer de forma despretensiosa, descom­prometida e sim por amar algo em comum que é nossa religião e, estar ali, vendo de verdade este ideal con­cretizado foi um golpe divino em minha alma. Quando eu pensava que estava perdendo o meu romantismo pela Umbanda, tive este presente. Fiquei mais feliz ainda pela presença de alguns irmãos do nosso templo, pois eles também puderam presenciar a tão preconizada união respeitando as dife­renças, praticar a caridade e trabalhar numa corrente sem olhar para o lado, e se preocupar com o seu trabalho apenas.
Por tudo isso e muito mais é que cho­rei do início ao fim. Entendi que meu romantismo não secou e que sou mesmo apaixonado e louco de amor por esta bela Umbanda querida.
Tudo ali se complementava. O ir­mão Fernando Sepe na curimba com aqueles garotos e garotas que con­duziram com tamanha responsabili­da­de a sustentação da noite foi realmen­te inesquecível.
Já no final do trabalho, apenas o Sr. Caboclo Pena Branca se mantinha in­corporado e nos brindou com uma bela mensagem e aqui tento ser fiel e transcrever uma passagem: “Nós não temos palavras bonitas para falar o que sentimos, pois apenas sentimos o amor pela Umbanda e pelo se­me­lhante. A Umbanda fala ao coração, co­mo na batida do coração (neste momento ele começa a bater o pé no compasso do coração) e caboclo bate o pé no chão para que os filhos também sintam o coração bater e deixar o coração falar...” Salve Sr. Pena Bran­ca, muito obrigado por nos receber em sua tenda!
Já não tenho mais palavras para narrar esta experiência e finalizo este texto, com muita emoção e ressaltan­do o que um irmão em seu discurso de cinco palavras pronunciou: “A Umban­da cheira a rosas”! Salve a Umbanda e salve a todos nós!

E-Mail: contato@tvus.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2007

TROTE UNIVERSITÁRIO, qual a função?


Por Rodrigo Queiroz

“Ei, me dá uma moeda, incentive a juventude inteligente.” assim fui abordado no semáforo por um grande grupo de jovens “bixos” ao que pensei “Jovens inteligentes? Então no Brasil, jovens inteligentes pedem esmolas!”, só que tem um detalhe, eu estava a caminho da Universidade, porque também sou um jovem universitário.
Os chamados TROTES, aplicados nos novatos pelos veteranos das universidades perdem a razão de existir uma vez em que o envolvido não se preocupa em avaliar qual é a real função do TROTE.
Uma cópia mal feita do PRAXE lusitano, uma espécie de TROTE em Portugal, ambos tem por finalidade funcionar como um ritual de transição em que o jovem vivencia ao adentrar no mundo acadêmico da universidade. Então pergunto: e qual a função da universidade?
Creio que a Universidade enquanto Academia de estudos, deva ser considerada uma espécie de “Templo do Saber”, porém falta o desenvolvimento cultural no jovem desde que inicia o estudo no ensino fundamental em aderir a idéia de que um país e uma nação só pode se desenvolver pela educação e o desenvolvimento cientifico que um povo pode desenvolver, falando assim parece muito simples, até seria, se todos pensassem assim. Não cabe aqui um discurso político, o caso é: se a universidade é o local onde se produz ciência e desenvolve os seres, então onde entra a ligação com os trotes de mais variadas formas? Como “pedágio” (pedir esmola), “travestir-se” (humilhação) e assim por diante, sabemos até de trotes agressivos e já vimos em noticiários casos de mortes por conta das estúpidas “brincadeiras”.
Não estou aqui querendo promover um discurso moralista, pretendo apenas abrir uma reflexão, o que deve ser muito sadio.
Todas as formas acima citadas de prática do trote só vêm ao longo dos anos divulgando uma mensagem subliminar de que adentrar para a academia é ser ridicularizado.
Acho muito válido o ritual de transição, deve sim existir, porém com uma ressalva, que tenha sentido. Penso que ao invés de gerar ridicularizações ou arrecadação de verbas para financiar bebedeiras que não conduzirão a nada, então que o trote tome uma forma de levar o jovem universitário para as ruas divulgando cultura, pois é isso que representa a Academia Universitária.
Podemos pensar em atividades sadias e culturais, onde um adolescente ao ver a cena se sinta motivado pela demonstração de cultura em amanhã fazer parte desta realidade. Por exemplo: declamar uma poesia no semáforo, encenar uma paródia, distribuir textos educativos, etc. Promovam oficinas envolvendo a comunidade em plena praça pública ou dentro de escolas estaduais, enfim, idéias não faltam.Por fim ao ver diariamente e ser abordado cerca de 4 a 6 vezes ao dia pelos trotes, penso que os veteranos ainda não se assentaram para a razão do que ele representa numa sociedade, do que nós somos enquanto cidadãos. A Universidade trás as ferramentas necessárias para seus adeptos aprenderem a desenvolver um país melhor, uma cidadania verdadeira, uma política consciente etc. No entanto percebo que muitos não entenderam e vão brincando com o tempo, brincando com os estudos, brincando com o país, ridicularizando uma nação e dando a impressão que teremos uma produção de "bobos da corte" e quem não adere á brincadeira é "careta".

É necessário uma ação por parte das Reitorias que atinja diretamente a razão do alunado, criando uma nova cultura sobre o tal ritual de transição. Para justamente dignificar o valor de uma Academia Universitária.

Desta forma deixo aqui minha contribuição opnativa para um país mais consciente, sou apenas um jovem universitário, 24 anos, cursando Filosofia pela USC, Bauru-SP.

Eu penso em qual deve ser meu papel na sociedade! E você?


Função das Oferendas

Como as técnicas de extração energética da natureza estão adormecidas em nosso mental, pois é, porque nós enquanto viventes no plano astral nos alimentamos de energia sutil e quando encarnamos esta técnica é adormecida em nosso inconsciente e no Ocidente estas técnicas estão pouco difundidas. Por isso praticamos a oferenda. Ora, a oferenda não passa de um ato ao qual nos submetemos em depositar diversos elementos naturais que na maioria das vezes não sabemos para que serve e elevarmos nossos pensamentos aos mentores e orixás. Fisicamente é assim que se entende. Do lado espiritual, os nossos amparadores vêm receber a oferta, extraem o prâna dos elementos e revertem para nós mesmos de acordo com a nossa necessidade. Não pense que os espíritos se alimentam destas ofertas, até porque estão em planos mais elevados de onde extraem outros níveis de energia de acordo com as suas condições. Entende-se então que praticamente fazemos oferendas para nós mesmos. Parece engraçado né? Mas é funcional e esta prática já ocorre a milhões de anos atrás. Não confunda a oferenda ritual de elementos naturais com estas oferendas feitas com frituras, cozimentos etc. Não tem fundamento nesta prática, porque ao fritar ou cozinhar, os alimentos perdem quase todo o prâna. Somente espíritos zombeteiros e trevosos e até as “almas penadas” é que sentem necessidade destas ofertas, para saciarem seus vícios terrenos. No caso de médiuns ativos que de tempo em tempo lhe é solicitado a oferenda isto ocorre também para direcionar as energias a um irmão necessitado que este médium por ventura esteja ajudando. Que fique bem claro que não quero mudar as práticas litúrgicas, mas tão somente, fortalecê-la, pois, com a racionalização e conhecimento sobre as práticas ritualísticas leva a todos ao fortalecimento da fé e o controle dos exageros. Retomando o raciocínio, sabemos então, que a natureza física na terra funciona como verdadeiros chakras planetários que absorvem as forças do Universo e irradia no planeta sua essência dando assim o equilíbrio ao planeta e aos seres que aqui habitam. Desta forma não faz lógicas nossos irmão se dirigirem a uma mata para fazer uma oferta e “esquecerem” garrafas, panos, copos etc, etc, etc na natureza. Pense, desta forma poluíra o chakra planetário, que com o tempo adoecerá e isto vai refletir em nós. Também denigre a moral da religião. Quando se oferenda flores leve em vasos e plante no local, será mais agradável para a natureza e para si mesmo, pois enquanto a flor viver ela vibrará energias em sua direção ou na direção que você ordenou a ela. Levando flores amputadas você estará ofertando um elemento “defunto”, ou seja, que já está em processo acelerado de decomposição. Ao invés de depositar a oferenda em cestos de vime, panos de cetim, pratos etc, utilize folhas de ervas do próprio ambiente que estiver. Uma boa dica é utilizar folhas de fumo, bananeira, chapéu-de-couro, negamina, eucalipto, ou qualquer que estiver no ambiente. Saiba que cada fruta, fruto, raiz, legume, verdura, etc, têm ligações diretas com os chakras e aprenderemos como identificar e extrair o prâna para aplicar em nós ou em outra pessoa no curso Magia das Oferendas que ministro a três anos, onde esta abertura consciencial nos permite através das iniciações ser um manipulador do reino vegetal e levar a cura para onde estivermos. Abraço a todos! Salve a Jurema!
(contato@tvus.com.br)

Morte e Vida Umbandista

Saudações irmãos leitores! Neste mês de novembro, no dia 02 temos tradicionalmente o dia de finados (mortos), esta data tem todo um significado religioso para os cristãos, porém devido o sincretismo presente na Umbanda esta data nos têm grande importância, é a data em que louvamos a força do Divino Orixá Pai Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo. De forma geral a Umbanda em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então quando chegar à hora do desencarne poder garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste sentido da vida. Para a Umbanda a Morte do corpo físico não é o fim da Vida, entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória, após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes ás suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua morada, se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável, é como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" , é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte. Então nada se acaba com o fim da vida física, quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o inicio de outra, morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim é o contrário, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O Umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne. A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num salvador ou messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No dia de finados é fundamental que o Umbandista ao realizar o culto ao Divino Orixá Pai Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já esteja em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente. O culto ao Orixá Omulu, é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na tão temida morte física gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida, por exemplo, o fim de um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas, neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais, também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos. Cito aqui um procedimento e o comento. O Funeral Umbandista é dividido em duas partes, purificação do corpo e do espírito que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo.
Ainda no necrotério antes de vestir o corpo do desencarnado o Sacerdote procede com alguns atos, como: - Purificação do corpo com incenso: primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo, caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito; - Purificação do corpo com água consagrada: é o mesmo que água benta, neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado; - Cruzamento com a pemba consagrada: neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza; - Cruzamento com óleo de oliva consagrado: repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado; - Aspergir com essências e óleos aromáticos: aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório, então momentos antes do enterro são ministrados a Cerimônia Fúnebre de Encomenda do Espírito: - Apresentação do Falecido: alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa do desencarnado; - Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós morte; - Prece ao Divino Criador Olorum (Deus); - Canto a Oxalá: o sacerdote com a curimba entoa uma música em louvor a Oxalá, caso o desencarnado seja Umbandista; - Hino da Umbanda; - Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado; - Canto ao Orixá Regente do desencarnado: caso seja Umbandista; - Despedida dos presentes na cerimônia: os presentes se despedem do falecido; - Fechamento do Caixão; - Transporte do corpo ao cemitério; - Enterro do corpo: após o caixão ser colocado na cova o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba consagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra; - Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: após o túmulo ser fechado o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um circulo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na direita, este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos. Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado. Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a idéia de morte na Umbanda. Como nosso espaço é restrito peço que acessem meu blog: http://rodrigoqueiroz.blog.terra.com.br/, onde encontrarão dicas para o ritual de Culto aos Antepassados, para exaltação do Orixá que começa no Templo e termina no Cemitério. Viva a Vida e a Morte! Salve Pai Omulu! Saravá! • Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru-SP. •
Matéria publicada no JUS de Novembro 2006 • O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados.
(contato@tvus.com.br, www.tvus.com.br)

Umbanda x Opção Sexual x Natureza Ancestral

Vamos tratar de assuntos de grande importância para o nosso estudo a cerca da espiritualidade e formação religiosa de Umbanda, que é a natureza ancestral do ser, masculina ou feminina e a opção sexual de cada um. Sim, falar sobre natureza e opção sexual já não é mais um tabu, algo que não possa ser discutido entre nós, precisamos sim esclarecer algumas questões, que são debatidas e convividas todos os dias. Não cabe mais nos dias de hoje um preconceito quanto à opção sexual de cada um. Os mentores de Umbanda conhecem a fundo as questões da natureza sexual e instintos naturais do ser humano, desconhecidos no meio dos cultos "dogmáticos - intolerantes", ignorantes da genealogia espiritual e da psicologia humana, que estuda mais a fundo o comportamento do homem e suas causas no mundo material. Ouviremos ainda os inquisidores de ontem, hoje reencarnados, dizerem que isso, a liberdade de opção sexual, é coisa do "tinhoso", "do demo", "do capeta", esquecendo que luz e trevas estão em nossa mente e na maneira como lidamos com nosso semelhante, com Amor ou Desamor. Ao que sabemos Jesus não condenava as pessoas, indo inclusive contra a lei segundo o velho testamento, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra", mas, antes os compreendia e auxiliava. O que não pode haver é uma marginalização religiosa que pode até vir a alimentar um futuro desequilíbrio. Opção sexual não é crime, o que tem de ser evitado é o vicio no sétimo sentido da vida, um dos mais sublimes pelo qual o criador nos deu o dom de gerar, vida e energias. E Ter este sentido viciado nada têm a ver com a opção, portanto independente dela, deve haver respeito da comunidade para com o indivíduo e do indivíduo para com a comunidade, sempre levando em conta o bom senso e a moral de cada um. Falamos assim porque nosso intuito é esclarecer a comunidade sem abrir brechas para comportamentos desrespeitosos. Existem hoje muitas denuncias de comportamento que chega ao absurdo do atentado ao pudor e este sim deve ser tratado com o rigor da lei e sempre denunciado, pois, nada tem a ver com religião. O que já não implica em opção sexual ou natureza espiritual acontece todos os dias e os oportunistas de plantão se servem de nossa religião e de nossas falhas em apresentá-la à sociedade para cometerem crimes em nossos nomes, aqui voltamos aquele nosso chavão: ISTO NÃO É UMBANDA! Quanto à natureza do ser, não há nada pior que usar o Orixá ou o guia como bode expiatório para justificar seu comportamento. Por exemplo, Logunedé, filho de Oxossi com Oxum é visto por nós na Umbanda como um intermediário entre estes dois orixás, portanto fruto deste "entrecruzamento", o que podemos chamar de um Oxossi do Amor, natureza vegetal masculina voltada ao campo do Amor. Oxumaré fazendo par com Oxum, na Segunda linha de Umbanda, é o renovador no campo amoroso, amparando aqueles que têm frustrações neste sentido, trazendo mais cores e alegria a suas vidas. Ambos são Orixás masculinos todos os meses do ano. E mesmo que não fosse nada tem a ver com o comportamento do médium, assim como uma mulher não se torna masculinizada por incorporar um guia ou Orixá masculino o homem também não se torna afeminado por incorporar guia ou Orixá feminino. O que existe é um preconceito social e desconforto individual do médium incorporante, que também não deve ser exposto em uma situação que o exponha, guias vêm para trabalhar e não para chamar a tenção, pois, assistência não é platéia. Homens podem Ter como Orixá de frente uma Mãe Orixá e mulheres podem Ter um Pai Orixá de frente que em nada desequilibra seu comportamento, nem influencia em suas opções. O estudo correto está no campo da natureza masculina e feminina que carregamos e claro de alguns desvios em outros casos. Quando somos gerados por Deus e enviados para o plano fatoral, recebemos uma natureza ancestral masculina ou feminina, doada por nosso Orixá Ancestral Dominante que junto ao ancestral Recessivo formam o casal ancestral.
Confira esta mesma afirmação, sobre nossa natureza masculina ou feminina, nas obras de Chico Xavier por André Luiz: No livro "Evolução em dois Mundos" - Pg.141 - Origem do Instinto Sexual: - Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca (intocável), a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veiculo físico (corpo físico), mas sim na entidade espiritual (espírito), em sua estrutura complexa. No livro "No mundo maior", Pg.156 e 157: A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização. Na esfera da crosta terrestre, distinguem-se homens e mulheres segundo sinais orgânicos, específicos.Entre nós prepondera ainda o jogo das recordações da existência terrena, em trânsito, como nos achamos, para as regiões mais altas; nestas sabemos, porém, que feminilidade e masculinidade constituem característicos das almas acentuadamente passivas ou francamente ativas. Recorro a estas afirmações pela incontestável veracidade das comunicações do saudoso irmão Chico Xavier que dispensam qualquer comentário, as palavras são muito claras em afirmar da natureza do espírito, podendo reencarnar em corpo "trocado" ou não afim com esta natureza ancestral. Desta forma entendemos que um ser é naturalmente masculino ou feminino. Vale ressaltar que um ser masculino na maioria das vezes terá encarnações masculinas o mesmo vale para o ser feminino. Confira no livro "Ação e Reação" – Chico Xavier – André Luiz, Pg.209: Contudo, em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto intimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação a mulher criminosa que, depois de arrastar o homem a devassidão e a delinqüência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o senhor. Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale a renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual. Mais uma elucidação sobre as encarnações. Muito bem, fica claro então e em ocasiões de extrema importância é que o espírito encarna em corpo diferente de sua natureza e neste caso o espírito se prepara por muito tempo para esta missão, onde ele viverá em corpo diferente de sua natureza. Por expiação, portanto dolorosa, ou por missão, em alto grau evolutivo e abnegado. O que explica alguns casos que a psicologia e a sociologia vem estudando como comportamento humano e que para a maioria de nós se resume em "opções", que nem sempre são escolhas, mas apenas o cumprimento de uma natureza "lotada" na matéria. Não cabe a nós ditar normas, apenas respeitar e esperar o mesmo respeito em âmbito social e mais especificamente no religioso. No campo das energias, a mulher tem um tipo de energia e o homem outro tipo, é naturalmente necessário à troca energética, para equilíbrio. Por isso as relações vão além do procriar, cumprem um papel no equilibrar e isto está ligado á natureza e ao corpo que carregamos. O importante é o sentimento de carinho e amor, para que a energia flua. Por isso não se deve se relacionar só por necessidades fisiológicas. Espero que eu tenha contribuído um pouco para o entendimento espiritual desta questão que tanto nos importa a todos. Peço aos pais e mães que observem desde a infância, a natureza e os valores espirituais, sempre os aplicando com ética, bom senso e principalmente Amor. Estudemos irmãos, para não cairmos nas trevas da ignorância. Um forte abraço!


Divulgue este texto citando a fonte : Rodrigo Queiroz, www.tvus.com.br, www.rodrigoqueiroz.blogspot.com

Da Unidade á Unicidade

Salve irmãos na fé aos Orixás, minhas reverências!
Venho aqui transmitir um pouco do meu pensamento sobre os tempos em que estamos vivendo dentro da Umbanda. Muito notavelmente no meio virtual, onde conseguimos ter acesso a pessoas do mundo todo.
Se estamos inseridos numa religião que como religião tem a função de promover o “religare” ou seja, religar o ser ao Criador, e seu título enquanto Umbanda numa percepção ligeira nos remete ao UM, á união, então pergunto, porque tanta unidade, digo, este jogo de individualidade, do indivíduo que é um, mas que não está verdadeiramente ligado á Unicidade que é a idéia de Egrégora, ou de agrupamento enfim, que procura lutar por um ideal concreto.
Muito se fala na paz entre os Umbandistas, nossa, se alguém de fora da religião lê isto, logo pensa no Afeganistão...Também discutem sobre as idéias das “escolas” dentro da Umbanda, e assim vão declinando para discussões de imposição do que um terreiro faz de diferente do outro, mas se isto ficasse no campo da troca de informações e conhecimento das diferenças, tudo bem, mas não é isto que acontece, ocorre é que um quer fazer o outro engolir as suas verdades individuais e que muitas vezes só são verdadeiras para si próprio, esquecendo que se o faz feliz que seja assim.
Penso que precisamos verdadeiramente nos despir do orgulho individual (unidade), para então buscarmos sinceramente forças para nos reconhecermos como irmãos (unicidade).
O fato é que neste ano muitas foram as discussões e calorosas discussões sobre as “verdades” e que no entanto chegamos no final deste ciclo e praticamente nada mudou, ou seja, só muda de visão sobre algo aquele que já está predisposto e quando assim nos encontramos então vamos atrás de informações sedentos de conhecimentos e procuramos educadamente beber daqueles que podem nos ofertar o alimento procurado. Sem guerras, sem imposições e acima de tudo com tranqüilidade. Do contrário vira estas desarmonias que encontramos...
Também não adianta vir com aquele discurso, “eu amo todos, só estou dando meu ponto de vista”, existe no ser humano uma necessidade de afirmativa e imposição, por isso que nos perdemos muitas vezes no limite entre expor o que pensamos e o que exigimos.
Certamente as diferenças por um lado é muito interessante e por outro muitas vezes incomoda e na verdade é um “saco”...rsrsrs. Claro que seria melhor se falássemos a mesma língua ou se vivêssemos uma normatização mínima em nosso meio.
Se assim é, provavelmente não mudará tão cedo. Estas discussões que perdem os limites do respeito e bom senso já existem antes do 1º Congresso de Umbanda e o motivo é sempre o mesmo, impor as verdades individuais.
Outro dia uma irmão expôs numa lista de forma categórica e impositiva que Jesus é Oxalá, então, os listeiros responderam que ele estava equivocado, pois Jesus é só o sincretismo com Oxalá e que nem um é o outro, sendo assim, o dono da afirmativa retornou já em tom mais grosseiro expondo que Jesus é Oxalá e ponto final, então, virou uma panela de pressão a lista que praticamente fuzilou o desinformado irmão, que mesmo desinformado, não queria informação. Logo, quando encontramos estes irmãos que nada sabem e nada querem saber, o melhor é deixa-lo como está, não adianta gastar saliva se este não abrir-se para o que você está oferecendo, isto é principio básico do comportamento humano.
Jamais ninguém poderá falar pela Umbanda, mas muitos podem falar das suas visões de Umbanda que podem uns te agradar e outro lhe repudiar. É aí que entra a necessidade de equilíbrio, não digo que é aceitar as aberrações que vemos em nome da Umbanda, mas sim passar por cima e mostrar com atitude no que você acredita.
Vale exaltar um ensinamento básico de tantos mestres do saber que já passaram pelo plano físico que se resume no seguinte, pratique tudo aquilo que esteja em conformidade com o seu coração e mente, que não agrida á ninguém e que traga a paz ao povo. Bom, se é isto que você faz, mesmo sendo diferente da forma que faço, então que seja assim.
Não tente provar nada com palavras, na maioria das vezes o melhor é mostra o que acredita praticando, sendo testemunho vivo daquilo que prega e crê.
Certa vez uma entidade me falou algo que marcou minha personalidade, num momento em que eu estava desanimado por ver tantas diferenças e guerras internas dentro da nossa comunidade e muitas críticas e calúnias sobre o trabalho que realizava dentro da Umbanda, então disse: - Filho, não aceite críticas negativas de ninguém e tampouco dê importância, pois estes estão com despeito perante tanto empenho que nunca tiveram. Apenas aceite críticas daqueles que fazem um trabalho próximo ao seu ou maior em prol da Umbanda, pois este não lhe critica, lhe aconselha! Veja que simples e profundo este ensinamento, então proponho, irmãos, vamos trocar nossa idéias e mostrar no que acreditamos com obra ativa. Sejamos mais cortez e não fiquemos nos digladiando, pois quem perde sempre é a Umbanda. Faça o que tem que ser feito e pronto.
Vamos criar a Unicidade dentro da Umbanda e parar com este culto á Unidade. Precisamos ter uma postura mais ecumênica dentro da Umbanda, pois entre as religiões somos por excelência.
Quero com tudo isto desejar a todos um próspero 2007, muita paz e muito trabalho em prol daquilo que acreditam!
Tenho orgulho de ser Umbandista e é nisso que acredito e por isto que luto!
Viva a harmonia!
Salve a Unicidade!
Sarava Umbanda, o UM que somos todos nós.

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