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Em tempos de Guerra, falemos sobre música.

In Carta da República, Difusoras, Linha de Conduta on 13 janeiro, 2009 at 11:35 am

Ataques como estes que acontecem em Gaza não nos surpreendem mais. Seja por território, religião, petróleo, política ou qualquer outra coisa, esta disputa de poder em que vivemos sempre acaba em sangue.

Enquanto dados são atirados no tabuleiro de uma grande e infinita partida de War, o sentimento de inconformidade, revolta e até de culpa floresce nas mentes de sortudos que podem acompanhar tudo à distancia.

Algumas dessas mentes, providas de um talento natural ou de uma história de vida que favoreça este tipo de manifestação, expressam estes sentimentos através da arte.

Em tempos de guerra – ou sei lá o que quer que seja isto – listei, sem nenhum critério técnico, dez musicas de protestos. Independente da época, todas obras continuam atuais, pois o instinto primitivo do homem continua o mesmo.

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*a ordem das musicas é aleatória, não é um ranking.

Beatles – Revolution.

Essa é a musica que os Beatles gravaram para se opor à guerra do Vietnã.

Segundo Paul McCartney, após uma conversa com o escritor pacifista Bertrand Russel, ele percebeu o quão injusta era a tal guerra, e convenceu seu então parceiro de banda John Lennon a gravar a música.

Rage Against The Machine – Testify.

Nesta musica, Tom Morello abusa dos efeitos de guitarra para criar uma atmosfera sonora tão pesada quanto a letra.

O vídeo é dirigido por Michael Moore, e mostra os dois candidatos à presidência dos EUA em 2000, George W. Bush e Al Gore, como um monstro que aparece em dois corpos mas que possuem um único discurso.

Bob Dylan – Masters Of War.

O mestre do folk Bob Dylan é um dos mais respeitados letristas da história da música, e sua característica marcante é o protesto.

Masters Of War, é uma das músicas de Dylan que fala sobre guerra. Ela faz uma crítica bem direta aos responsáveis pelas guerras, que criam armas e bombas, se escondem atrás de paredes, mas não podem se esconder atrás de máscaras.

Ska-P – El Niño Soldado.

Música da banda espanhola Ska-P, famosa por expressar pontos de vista radicais.

A letra conta a história de um menino que nasce sem liberdade e identidade, e é transformado em um soldado frio, treinado pra matar.

Jimi Hendrix – Hino dos EUA (Star Spangled Banner).

No encerramento do festival “Live At Woodstock”, o mais significativo evento da história do rock, no final da música “Star Spangled Banner”, Hendrix tocou o hino dos EUA na sua guitarra cheia de distorção, acompanhado de uma sonorização do baterista Mitch Mitchell. A combinação de sons simulou efeitos de bombas e metralhadoras, o que seria uma critica à guerra do Vietnã.

Muitos conservadores acharam a versão do hino transgressora. Mas em um programa de entrevistas, quando perguntaram ao Hendrix o que ele achava dessa sua versão do hino, ele respondeu: “Eu achei que foi lindo”.

Lenny Kravitz feat. Kadim Al Sahir – We Want Peace.

Durante a guerra do Iraque, Lenny Kravitz procurou o artista da região que estava em conflito com os EUA, pra gravar este manifesto pedindo paz.

Claro que Lenny Kravitz não tem perfil nem histórico de quem luta por uma causa, mas na minha opinião, esse tipo de manifestação é sempre construtivo.

The Ramones – Blitzkrieg Bop.

Blitzkrieg é uma estratégia de guerra alemã, que consiste em ataques rápidos e de surpresa, para pegar o inimigo desprevenido. Seus três elementos essenciais são: surpresa, rapidez e brutalidade.

Quando isso chegou ao conhecimento dos Ramones, é claro que virou música.

Dee Dee e Tommy Ramone compuseram “Blitzkrieg Bop”, o maior sucesso dos Ramones, e, segundo a revista Rolling Stone, uma das melhores músicas de todos os tempos.

David Bowie – When The Wind Blows.

Em 1986, na época da guerra fria, Jimmy Murakami lançou a animação “When The Wind Blows”. David Bowie fez a música tema, e Roger Waters foi o responsável pela trilha sonora.

Na animação, um ingênuo casal inglês de velhinhos sofrem os efeitos de um ataque nuclear que aconteceu em Londres.

Pink Floyd – Another Brick in the Wall.

Uma das obras primas do Pink Floyd. A música faz parte do álbum e filme “The Wall”, de 1982.

No filme, Pink é um menino que perdeu o pai antes de nascer, graças a Segunda Guerra Mundial. Esta falta é compensada por uma superproteção da mãe, e isso faz com que o menino construa um muro entre ele e o mundo. Na evolução do filme, Pink se torna um astro do rock que entra em depressão, e usa seu poder para controlar seu público e “limpar” o mundo dos males da sociedade. Cada um desses males é um tijolo no muro de Pink, que no final do filme é destruído, após um julgamento em sua mente onde ele encara o passado.

Chico Buarque – Meu caro Amigo.

Essa música é uma carta de Chico para Augusto Boal, um dramaturgo que encara o teatro como uma emancipação nas áreas de política, educação, entre outras.

Boal estava exilado, e Chico escreveu a carta em forma de música para contar para o amigo como estava a situação no Brasil, em plena Ditadura Militar, em 1976.

Se você sentiu falta de alguma música, mande em um comentário.

Até mais,

E.B.

  1. Ótimo post, Du. Divertido, interessante. Bem legal. E a lista tá ótima.

    Boa!

  2. http://br.youtube.com/watch?v=KB4oNiaH0Tw

    pq vídeos de protesto não podem ser dançantes e divertidos?!

  3. Anima Biel!!! Adoro essa música, nunca tinha visto o vídeo. Achei mto bom.

  4. Faltou Wake me up when september ends do Green day e One do mettalica

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