Translate

terça-feira, 19 de março de 2013

Quelimane: política de terra queimada?


por Lo-Chi



Quelimane o espelho da própria província carente de investimentos e com o futuro tremendamente incerto, desde altura em que após a independência teve uma espécie de periodo de graça, de mais ou menos dois anos, em que todo mundo falava das liberdades únicas, respiradas pelo cidadão ali localizado, após o qual o êxodo passou a ser o prato forte do zambeziano, numa espécie de magaiça interno. Mesmo agora que se fala no estilo de boato, que provavelmente vai acontecer um investimento de vulto na província, mais concretamente na localidade de Macuse, com a deslocação incerta para Micaune e de novo propalando-se que será Macuse, o natural viajando nesse disse que disse, sem conhecimento de factos apenas de rumores propalados, vai alimentando, até agora a sua vã esperança, que esse seja uma espécie de projecto âncora, de tal jeito que o anelo, vai desenhando aquilo, que nem a realidade, nem uma mente em sã análise, daria ou dará como resultado. Delírios de esfomeado!

                                A velha catedral, autentico monumento abandonado, em avançado estado de degradaçao

A capital e a província se confundem na sorte madrasta. A pobreza e a fome em proporção directa, ou porventura exponencial, com os recursos, quer naturais como humanos. Veja que mesmo os recursos explorados, desta província, quem dela mais beneficia, não apenas estatisticamente como o seu usufruto material, é Nampula do que propriamente Quelimane. São retratos fieis desse paradoxo, a castanha de cajú, a agua mineral, e parte da própria madeira, falando até das pedras preciosas. Exemplifico, vá a uma loja procure pela água Gurué e não são poucas as vezes que não encontra, acredito que em Nampula não falha.



A paupérrima situação da cidade e da sua força de trabalho, para além de ter visto as grandes empresas que absorviam um grande número de trabalhadores completamente retalhadas, as que sobraram são campeãs em pagar, a força de trabalho nativa, salários de fome, que não abrange alguns poucos. Excepção dessa realidade apenas fazem jus as ONGs, e quiçá alguns bancos.



Os empresários autóctones maioritariamente virados a exploração de madeira – uns poucos, mas suficiente para se esganarem; na construção- mas sendo aqueles consumidos na exploração, não apenas do cartel de preços, como dos roubos descarados nas medições, definidas pelos exportadores chineses.

Todos esses infortúnios, deveriam ser pressuposto para levar as autoridades, quer governamentais como autárquicas e seus agentes, a pensarem em sinergias, para minimizar o atoleiro em que se encontra mergulhado a cidade e a província. Porém, contrariamente ouvimos que, as metástases do cancerígeno politiquismo e partidarite, imperam e na vez de se aprovar o orçamento para o funcionamento normal da autarquia, por exemplo, andam em brigas de comadres com as desculpas mais esfarrapadas; e ao que tudo indica a mais velha organização, que deveria dar exemplo de maturidade, virou criança birrenta, inventando os mais estapafúrdios disparates para se justificar com argumentos esquálidos. Tudo esse paradigma leva-nos a revelação de que se perdeu, se alguma vez se ganhou, a lógica de servir, para a lógica do poder pelo poder.

                                                Gabinete do Governador da Provincia

                                              Tao proximos mas tao distantes

Concelho Municipal

Tudo isso remete-nos a um periodo parecido, em que um grande chefe, duma outra também grande organização, andou a mandar tiros para o próprio pé. Desse imbróglio todo, para o periodo que se é advento, terá como resultado a hipótese provável: o absentismo em massa, o que já não é novidade, e os eleitores presentes, estarão, imbuidos de um espírito de vingança, e tanto quanto os mais corajosos exprimem, vão ultrapassar o espírito partidário e vão dar um forte sinal de cansaço e revolta pelas atitudes levianas e lesivas a cidade e a província, prejudicando, de forma deliberada e pedagógica, o contendor com ares de ausência descarada de sanidade. O tom das trombetas da população convergem maioritariamente para esse som! Só não ouve quem não quer, não está interessado ou cronicamente surdo. O aviso fica plasmado!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário