Ayabá
Ayabá é uma palavra que traduzida do yorùbá para o português, significa Rainha. É o termo mais comum usado pelas religiões afro-brasileiras para se referir aos Òrîṣà do sexo feminino. Na Umbanda empregamos, também, o termo Povo D’Água para nos referirmos a estas senhoras.
O mês de dezembro é um mês muito voltado para as festividades que homenageiam estas senhoras, tanto na Umbanda, quanto nas casas de Candomblé. Até porque, é um mês em que dentro dele temos o dia de Santa Bárbara, Nossa Senhora da Conceição, Santa Luzia, entre outras, que têm como sincretismo as Ayabá.
Encontramos dentro deste contexto os Òrîṣà: Òṣún, Ọyá (Ỳansà), Nàná, Ọbá (não cultuado em Umbanda), Yèwá (não cultuado em Umbanda) e Yemọnjá. Cada uma delas vinculada a determinado local da natureza. Quando nos referimos ao Povo D’Água, é porque esta grande legião é chefiada por Yemọnjá e dentro dela encontramos sub-legiões que pertencem a Òṣún (Caboclas dos Rios), Nàná (Caboclas dos Lagos e Lagoas), Ỳansà (Caboclas Amazonas e das Cachoeiras), enfim todas as Caboclas falangeiras das Ayabá, que são as energias que se manifestam nos terreiros de Umbanda.
A grande mãe Yemọnjá está vinculada ao equilíbrio espiritual, ao sentimento materno, a família, ao mar, a harmonia. A grande mãe Òṣún está vinculada aos rios e cachoeiras, ao sentimento materno, ao amor que une os casais, a gestação. A grande mãe Nàná está vinculada as lagoas, aos pântanos, a sabedoria, ao processo de consciência que todo espírito passa ao deixar o corpo físico. A grande mãe Ọyá está vinculada aos ventos (ar em movimento), as tempestades, ao controle sobre os espíritos desencarnados, a limpeza espiritual de pessoas e ambientes, a liberdade. Ỳansà significado, Iỳá (mãe) e àánsà (tarde), ou seja, Ỳansà é a mãe da tarde.
São elas as nossas grandes e saudosas mães que juntamente com outro Òrîṣà formam o conjunto energético chamado de (Pai e Mãe), que compõe a cabeça de todo ser humano.
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