segunda-feira, 3 de setembro de 2007

VAMOS PROTEGER OS RECIFES DE CORAIS


O QUE É UM RECIFE DE CORAL?

Os recifes de corais são ecossistemas marinhos muito ricos em biodiversidade . Os corais geologicamente existem há aproximadamente 200 milhões de anos. Os corais alcançaram seu nível atual da diversidade há 50 milhões de anos atrás. O delicado equilíbrio marinho dos recifes de coral consistem na interação de corais duros e macios, de esponjas, de anêmonas, de caracóis, de arraias, de caranguejos, de lagostas, de tartarugas, de golfinhos e da outras vidas marinhas.

COMO SE ALIMENTAM?

Os corais conseguem a maioria de seu alimento e energia, para formação do esqueleto, através da fotossíntese de algas simbióticas chamadas zooxanthellae, que vivem em seus tecidos. Também capturam pequenos organismos com suas células urticantes.
Os nutrientes produzidos pelo metabolismo desses alimentos são utilizados pelas zooxanthellae. A alta densidade populacional nos recifes requer fortes correntes e/ou a ação das ondas para abastecer o oxigênio para respiração, nutrientes para o crescimento, carbonatos para os esqueletos e outros alimentos.

RECIFES DE CORAIS BRASILEIROS

Existem no Brasil três mil quilômetros de recifes no litoral nordeste - do Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte, ao Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, podendo ainda ser encontrados do Maranhão ao sul da Bahia.
Antes da criação da APA da Costa dos Corais, apenas os recifes incluídos nas áreas das unidades de conservação marinhas, como Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Arquipélago de Abrolhos, estavam legalmente protegidos. Neste está situada a maior formação brasileira de recifes com cerca de 5.000 anos.
Existem, no Brasil, 18 espécies de corais, das quais sete não existem em nenhum outro país. Algumas delas, como a Favia leptophyla e a Mussimilia braziliensis só são encontradas na Bahia.

RECIFES DE CORAIS E AQUECIMENTO GLOBAL

No Brasil, segundo a Revista Pesquisa Fapesp, de janeiro de 2004, o primeiro levantamento nacional mostrou que o estado de conservação dos recifes costeiros no Brasil é preocupante mesmo em áreas protegidas, entretanto estão ameaçados no mundo todo. Um exemplo é o Banco de Abrolhos, onde a cobertura de corais não passa de 35% em alguns pontos. Das 650 espécies conhecidas, 15, correspondendo 0,4% dos recifes do mundo, são do litoral brasileiro e 7 são espécies endêmicas, ou seja, espécies que só ocorrem aqui no Brasil.
Além das alterações em relação ao aumento do CO2 na atmosfera, no caso, o aquecimento global, o aumento de CO2 torna mais frágil o esqueleto dos corais com a alteração no ciclo de gás carbônico, estima-se que mudanças em 1o C, prejudique as colônias, pois as algas zooxantelas que habitam os corais, em uma interação chamada simbiose, passam a ser tóxicas quando há o aquecimento da água, onde são expulsas pelos corais, havendo um embranquecimento e morte dos mesmos uma vez que elas são responsáveis pela cor, assim como o fornecimento de nutrientes, oxigênio e auxílio na formação do esqueleto calcário e em troca os corais servem de abrigo para elas.

http://www.escolavesper.com.br/recifes_de_coral.htm

Um comentário:

Professor Eritan Alves disse...

Os recifes de corais estão a cada dia mais veneráveis á ações antropicas, quer seja diretamente, quer seja através dos efeitos do aquecimento global. Artigos como estes servem de alerta para uma maior proteção dos mesmos.`

É valido ressaltar que em Barra Grande, aqui na Bahia, tem uns recifes de corais que são bastante visitados, porém já estão causando problemas aos recifes de corais.

Eritam Alves.
Biólogo e Educador