terça-feira, 17 de novembro de 2009

Caixa eletrônico terá leitura da palma da mão


Para confirmar uma transferência bancária, você aproxima sua mão do caixa eletrônico. Um sensor especial mapeia os vasos sanguíneos localizados na palma e identifica que sim, você é mesmo o dono daquela conta. A transação está autorizada. Mais uma vez, cenas de filmes futuristas entram para o dia-a-dia das pessoas: a Fujitsu desenvolveu um sistema de identificação biométrico que mapeia as veias da mão e com isso verifica a identidade do usuário. "Mesmo gêmeos idênticos têm esse mapa das mãos diferente", explica o diretor de vendas da Fujitsu, Edson Siqueira. "Esse sistema de identificação já é usado em bancos japoneses e agora está vindo para o Brasil". O primeiro banco a adotar a novidade foi o Bradesco. Uma máquina de testes foi instalada na agência matriz do banco, em Osasco (SP), e até o fim do ano outras 50 estarão em funcionamento. A leitura de mãos está sendo usada como um complemento às senhas dos correntistas do Bradesco. "Nos interessamos por tudo o que possa aumentar a segurança das operações bancárias", diz o vice-presidente executivo do banco, Laércio Cézar. "Já havíamos estudados outras tecnologias de biometria (ver quadro acima), mas esta nos chamou a atenção por ser rápida, praticamente impossível de ser burlada e muito higiênica." Não é preciso encostar em nenhuma superfície para que o sensor faça a leitura da mão, apenas aproximá-la. "No Japão, onde se preza muito a higiene, este fato foi decisivo para o sucesso do método", diz Siqueira. "Além disso, nenhum corte leve ou calo na mão muda o mapa dos vasos sanguíneos. Quando a identificação é feita por digitais, esses fatores podem influenciar". A instalação dos sensores de mão custa cerca de US$ 1 mil por aparelho. "É um sistema mais caro do que outros, se analisados aparelhos com a mesma precisão. Mas este é menos incômodo e sofre menos interferências externas do que sensores de íris e voz, por exemplo", diz. Cézar, do Bradesco, acredita que a médio prazo o uso de identificação por biometria (medidas do corpo humano) será mais comum. "Creio que logo muitos bancos no mundo todo usarão essa técnica, e que será possível ter sensores de mão em casa, como já existem hoje os leitores de impressão digital." Segundo ele, o Bradesco está investindo, este ano, R$ 1,5 bilhão em tecnologia. Destes, R$ 150 milhões foram para o aumento da segurança nas operações bancárias.

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