A utilização de ambulâncias é essencial no atendimento de emergência. Sem o transporte especial, o socorro e a alocação adequada de uma pessoa que sofreu acidente de trânsito, ou mesmo, uma parada cardíaca, seria inviável. O veículo é uma mini UTI equipada com kits para remoção – macas, colares, cintos –, aparelhos para cirurgias de pequeno porte e equipamentos elétricos.
Dirigir ambulâncias, porém, requer cuidados. O motorista não pode frear o veículo de forma brusca e deve evitar obstáculos na via, que provoquem trepidação. Em tais circunstâncias, o risco para a saúde do paciente é enorme. A diretora nacional de saúde da Toesa, doutora Sandra Lumer, explica os danos que a condução errada provocam. “A trepidação, e o barulho que o veículo pode fazer, provocam agravos ao paciente. A trepidação retira o cateter da veia, e a aceleração e a desaceleração interferem na pressão do paciente”, ratifica.
Na avaliação de Sandra Lumer, a ambulância precisa estar na temperatura adequada. O paciente não pode ser retirado de uma CTI fria e posto em um veículo cujo ar condicionado não funciona. “A diferença brusca de temperatura provoca alteração no quadro clínico”, aponta.
A condução responsável e planejada é primordial quando se trata do deslocamento do paciente em UTIs móveis. De acordo com a doutora Sandra, a partir do momento em que o paciente está dentro da ambulância, a alta velocidade não se justifica, “não tem a premissa de chegar correndo ao hospital; deve-se avaliar o percurso, calcular problemas no trânsito”, conclui.