sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pínus, a Madeira Versátil!


Espécies de Pinus vêm sendo plantadas, em escala comercial, no Brasil, há mais de 30 anos. Inicialmente, os plantios mais extensos foram estabelecidos nas Regiões Sul e Sudeste, com as espécies P. taeda para produção de matéria-prima para as indústrias de celulose e papel e P. elliottii para madeira serrada e extração de resina.  Atualmente, com a introdução de diversas espécies, principalmente das regiões tropicais, a produção de madeira de Pinus tornou-se viável em todo o Brasil, constituindo uma importante fonte de madeira para usos gerais, englobando a fabricação de celulose e papel, lâminas e chapas de diversos tipos, madeira serrada para fins estruturais, confecção de embalagens, móveis e marcenaria em geral.  
A grande versatilidade das espécies para crescer e produzir madeira em variados tipos de ambiente, bem como a multiplicidade de usos da sua madeira possibilita a geração desse recurso natural em todo o território nacional, em substituição às madeiras de espécies nativas. O desenvolvimento da tecnologia de utilização da madeira de pínus e a ampliação das alternativas de uso tornaram essas espécies cada vez mais demandadas no setor florestal. Em decorrência disso, vem aumentando o número de produtores, especialmente pequenos e médios proprietários rurais, interessados no plantio e manejo de Pinus, em busca de dados técnicos para plantio, manejo e viabilização do agronegócio com estas espécies.  Este trabalho foi elaborado na tentativa de suprir as informações básicas necessárias aos produtores, visando elevar a cultura de pínus como alternativa estratégica e rentável nos setores florestal e agroflorestal brasileiro.













quinta-feira, 28 de abril de 2011

Campinas Decor 2011 acontecerá de 29 de abril a 12 de junho na Estação Cultura


A edição 2011 da Campinas Decor, principal e mais tradicional mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista, acontecerá de 29 de abril a 12 de junho na Estação Cultura, antiga estação ferroviária da Fepasa, tombada pelo Patrimônio Histórico, localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, na região central da cidade.
Em seu 16º ano, a Campinas Decor terá uma área total construída de 5,5 mil metros quadrados, dividida em 62 ambientes internos e externos, que serão executados por arquitetos, decoradores e paisagistas de toda a região. A preparação do evento consumirá R$ 10 milhões em investimentos, divididos entre a organização, expositores, patrocinadores e fornecedores.

Em seu 16º ano, a Campinas Decor terá uma área total construída de 5,5 mil metros quadrados, dividida em 62 ambientes internos e externos, que serão executados por arquitetos, decoradores e paisagistas de toda a região. A preparação do evento consumirá R$ 10 milhões em investimentos, divididos entre a organização, expositores, patrocinadores e fornecedores.
Desse total, estima-se que de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões sejam aplicados nos serviços de conservação do prédio (revestimentos de pisos e paredes, conserto do telhado, reforma das redes hidráulica e elétrica, pintura, reformas dos banheiros, recuperação da fachada do prédio e conserto de portas e janelas), revertendo-se em benefícios ao patrimônio público do município.
A expectativa da organização é atrair um público de 35 mil pessoas, o que representa um aumento de 10% em relação ao registrado na edição 2010, realizada no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A Campinas Decor 2011 deve gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos no período de obras e outros 150 durante a realização da mostra.

As diretoras do Grupo Campinas Decor mostram-se felizes com a parceria com a Secretaria de Cultura. "Nas últimas edições, temos vivido a agradável experiência de contribuir para o resgate e conservação de prédios pertencentes ao poder público. Trazer esse trabalho também para a Estação Cultura, a convite da secretaria, será uma grande realização tanto para nós como para os expositores", afirma a empresária Sueli Cardoso.
Sua sócia, Stella Pastana Tozo, reforça a opinião de Sueli e acrescenta que a edição 2011 promete ser memorável. "Trata-se de um prédio belíssimo, com espaços amplos, que propiciarão o desenvolvimento de ótimos projetos residenciais e corporativos", conta.
A secretária de Cultura e presidente do Condepacc, Renata Sunega, também comemora. "Considerando-se a importância do prédio, tanto historicamente como arquitetonicamente, a parceria com a Campinas Decor é fundamental para que nesse momento consigamos garantir a manutenção adequada ao edifício, garantindo que, posteriormente, ele possa voltar a sediar atividades culturais variadas", diz.

Temáticas atuais e internacionais

Na edição 2011, a Campinas Decor mantém a tradição de traçar histórias para orientar o trabalho dos profissionais participantes. A novidade, desta vez, é que, além da trajetória de uma família, foram criados perfis de moradores para os diversos lofts e estúdios que comporão a mostra.
"Acreditamos que uma das características mais interessantes desta edição será a amplitude temática, pois teremos ambientes inspirados nas principais cidades do mundo, como São Paulo, Nova Iorque, Paris e Milão", explica a empresária Stella Pastana Tozo.
Confira abaixo o material que foi apresentado com temas e histórias para os profissionais se inspirarem:
A minha versão da nossa história: Minha irmã sempre preferiu quatro patas a duas rodas. Carne branca à vermelha. Casa de campo à casa de praia. Somos a prova definitiva de que a genética dita tão somente a máquina que vai à pista, não o motorista que a conduz. Muita gente até chega a perguntar se somos univitelinas ou não. Somos. E, no lugar das brigas homéricas pelas mesmas escolhas, sempre preferimos competir pela velocidade máxima: ela nos cavalos, eu nas bikes.
Na verdade, minto. Giovanna e eu constantemente brigamos pelo carinho de nossos dois grandes heróis: Enzo e Dudu. O primeiro acaba de fazer 10 anos e de completar sua vigésima coleção de trens, paixão que herdou do avô. E Dudu é o caçula da casa, tem apenas um ano. Ele mantém aquele jeito absurdamente eficaz e genuíno de se comunicar sem palavras. Coisa que desaprendemos durante a vida, incluindo eu mesma, com apenas 14 anos.
Nossa família é cheia de idiossincrasias, palavra que acabei de ler o significado no dicionário: "característica comportamental peculiar a um grupo ou a uma pessoa.". Por exemplo: eu não faço a mínima idéia de como J. S. Bach entrou na vida do meu pai, que sempre foi, desde criança, uma pessoa avessa às artes. Hoje ele não vive sem ouvir os clássicos barrocos. Outro dia li numa revista britânica que a música deveria estar mais na área de Exatas do que na de Humanidades, e o autor citou vários itens para fundamentar sua teoria, como métrica, ritmo, composição de acordes, escalas e muitos outros. Talvez seja isso. Exatas. Foi o que aproximou Bach de um diretor financeiro na meia-idade.
Já os charutos eu sei de onde surgiram. E não poderia ser mais óbvio: da terra de Fidel. Afinal, foi lá que ele, o meu pai, conheceu a minha mãe e é para Varadero que eles sempre voltam para relembrar os bons momentos.
E por falar em mãe, acho que hoje teremos comida vegetariana. Odeio. Ela é nutróloga e inventa de comermos vegetais três vezes por semana. Acho que vou sair de casa, à francesa, para ir a uma churrascaria. Agora. Depois volto a escrever. Beijos, Sophia.
Estúdio Paris - Poucas coisas ativam tão fortemente a memória quanto um cheiro. Um som, talvez. Mas sons, na minha opinião, ficam sempre ligados aos pensamentos. Perfumes, não. Esses levam à memória o máximo da realidade física vivida, contando histórias inesquecíveis em segundos, como os sonhos. Por isso que trabalhar com perfumes na Cidade Luz fez da minha vida uma verdadeira referência de personalidades, de histórias, daquelas que começam e recomeçam a cada novo frasco. Na verdade, adquirir um novo frasco da mesma essência é como comprar a esperança de viver ou reviver bons momentos. É isso: eu faço e vendo esperança líquida.
Loft São Paulo - Quem trabalha na noite paulistana sabe o quanto é importante aparecer. No sentido de ser visto, estar presente, aceitar convites, prestigiar. Aplaudir a concorrência, por que não? Se não fosse ela, que outra forte motivação teria eu para investir, para aperfeiçoar, para buscar referências nas melhores casas noturnas do exterior? Fui um garoto low-profile. Tímido. Bem aos poucos ganhei coragem para atender e interagir com o público, para negociar. Talvez seja por isso que a mídia insista tanto para conversar comigo. Sou o contra-senso em pessoa. Amo o que faço, mas só as pessoas mais queridas entram na minha vida.
Loft Nova Iorque - A vida em Manhattan não é mais como antes da crise. Mas o que é um estigma, não? As pessoas, com destaque para as estrangeiras, como eu, continuam vindo pra cá pensando em ativos financeiros. Construir uma vida, aqui, exige cada vez mais tempo, talento, sorte e, muitas vezes, uma história pessoal objetiva, sem entrelinhas. E para quem investe na Bolsa, não há nada mais relaxante do que música, em substituição àqueles toques e sinais de variação numérica. É por tudo isso que a minha vida é dividida em duas: dentro e fora de casa. E é esta, a de dentro, que vou convidar você a conhecer.


Campinas Decor 2011
Data: de 29 de abril a 12 de junho de 2010
Local: Estação Cultura
Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, sem número
Horários de visitação: de terça a sexta-feira, das 14h às 22h; sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 22h. A bilheteria fecha sempre às 20h30.
Valor dos ingressos: R$ 26,00; estudantes e idosos pagam R$ 18,00. A partir da terceira visita, o valor do ingresso é de R$ 14,00.
Telefone para informações: (19) 3255-7744.
www.campinasdecor.com.br



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como aplicar acabamento em óleo nos móveis


Um acabamento em óleo foi desenvolvido para proteger a madeira e destacar sua beleza natural, o que faz dele um acabamento popular para revitalizar o móvel de madeira. 

O óleo é penetrante e durável. Ele é resistente à água e ao álcool e proporciona ao móvel de madeira aparência e textura naturais e interessantes. Os acabamentos de óleo esfregado à mão podem ser bonitos, mas somente se forem aplicados de forma adequada.

Os acabamentos em óleo dinamarquês ou de tungue são muito superiores ao óleo de linhaça tradicional. O óleo de linhaça é pegajoso e difícil de aplicar. Todo acabamento em óleo deve ser reaplicado com freqüência, mas o óleo dinamarquês ou de tungue requerem menos reaplicações que o óleo de linhaça. É importante selecionar o acabamento em óleo correto para seu projeto de móvel.

Tipos de acabamentos em óleo

Os acabamentos em óleo, como vedadores em óleo dinamarquês, sintético e de tungue natural, são penetrantes, mas devem ser aplicados periodicamente. Os acabamentos em óleo de tungue estão disponíveis nas formas de semi-brilho e alto brilho, além de em diversas cores. O óleo dinamarquês geralmente tem um acabamento acetinado.

Um acabamento em óleo de linhaça é rico e brilhante, mas são necessárias muitas aplicações para que se obtenha um bom resultado. O acabamento em óleo de linhaça tradicional é uma mistura de partes iguais de óleo de linhaça fervido e de terebentina. Há muitas variações do acabamento em óleo de linhaça. Uma das melhores é o acabamento Mary Roalman, que consiste de partes iguais de óleo de linhaça fervido, terebentina e verniz natural. Misture os acabamentos em óleo de linhaça vários dias antes de serem usados.

Requisitos especiais

Os acabamentos em óleo podem ser aplicados diretamente sobre a madeira preparada ou tingida. Somente pinturas à base de água ou sem suspensão de textura devem ser usadas. As pinturas à base de óleo interferem na penetração do óleo. Os vedadores de óleo de tungue coloridos são tingidos e o acabamento é aplicado em uma única operação. As madeiras com textura muito grossa devem ser preenchidas antes de um acabamento em óleo ser aplicado. Qualquer enchimento em pasta é recomendado. Não é necessário nenhum vedador.

Técnicas de aplicação

A madeira que irá receber o acabamento com óleo deve ser completamente lixada para igualar os poros abertos e criar uma superfície lisa. Nenhum vedador é necessário. Antes de aplicar o acabamento, limpe o móvel por completo com uma flanela.

Aplique o óleo (pode ser óleo dinamarquês, vedador de óleo de tungue, óleo de linhaça ou mistura Mary Roalman) com um calço de algodão limpo, usando movimentos circulares ou em forma de oito, para trabalhar na madeira. Aplique o óleo por igual e com abundância, até que a madeira tenha parado de absorvê-lo. Trabalhe em uma superfície por vez. Aplique o óleo até que a madeira esteja coberta de maneira uniforme com óleo e a superfície tenha parado de absorver.

Esfregue o óleo com firmeza na madeira, trabalhando ao longo do veio. Continue a esfregar por alguns minutos. Conforme você esfrega, o calor gerado irá ajudar o óleo a penetrar na madeira. O óleo dinamarquês e o óleo de tungue não precisam ser muito esfregados. Por fim, depois de esfregar por completo todas as superfícies, limpe o móvel com um pano limpo. Você deve remover todo o óleo em excesso. Se você estiver usando um acabamento de linhaça, pode restar apenas uma película bem fina de óleo.

Secagem e nova aplicação

O óleo dinamarquês e o óleo de tungue secam mais rápido do que o óleo de linhaça. Na maioria dos casos, eles podem ser aplicados depois de 12 a 24 horas. Siga as instruções específicas do fabricante. Os acabamentos em óleo de linhaça devem secar por uma semana. A secagem é mais demorada em climas úmidos. Não aplique novamente o acabamento em óleo de linhaça até que ele esteja completamente seco.

Quando a primeira camada de óleo estiver completamente seca, aplique mais camadas até que o acabamento esteja endurecido e com uma boa aparência. Os vedadores em óleo dinamarquês e óleo de tungue podem requerer somente uma aplicação adicional, mas os acabamentos em óleo de linhaça devem receber de 10 a 20 camadas adicionais. Esfregue cada camada extra de óleo por completo na madeira e, em seguida, remova o óleo em excesso. Deixe cada camada de óleo secar completamente antes de aplicar a próxima. Isso leva pelo menos uma semana entre as primeiras camadas e mais tempo entre as últimas camadas. 

Escolher um acabamento de móvel pode ser difícil porque existem muitas opções. Verniz, resina penetrante, goma-laca, esmalte, cera em pasta e óleo foram criados para ajudar a proteger a madeira do móvel.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Como encerar e vedar móveis


A cera em pasta, em geral usada para proteger os acabamentos, às vezes é aplicada para dar acabamento à madeira crua. Ela é mais eficaz em madeiras porosas. 

Algumas ceras podem ter cor adicionada a elas, para o uso em madeiras escuras, como a nogueira. Essas ceras adicionam cor à madeira e são especialmente úteis se o acabamento na madeira estiver tingido, mas elas não tingem a madeira ou restauram o acabamento. A cera em pasta é fácil de aplicar, antiaderente e resistente ao calor, mas danifica com facilidade. Ela deve ser reaplicada periodicamente. É, geralmente, mais usada sobre um vedador para colorir, selar e dar acabamento à madeira nova ou crua.

Seladores são vendidos em várias cores. Os vedadores produzem uma cor sem deixar marcas ou borrões escuros. São fáceis de aplicar, mas não resistem muito à água e devem ser revestidos periodicamente. Antes de começar o projeto, é importante saber o tipo de madeira com o qual irá trabalhar.

Requisitos especiais

Uma cera em pasta pode ser aplicada diretamente sobre a madeira preparada ou tingida. Recomenda-se o uso de goma-laca diluída, como uma camada vedadora. Os vedadores devem ser aplicados diretamente sobre a madeira preparada e não é necessário outro tipo de vedador. As madeiras com textura grossa devem ser preenchidas antes de um acabamento de cera ser aplicado. Qualquer vedador em pasta é recomendado. Acabamentos em cera e de vedador podem ser usados em madeiras novas ou usadas.

Como aplicar a cera em pasta

A madeira que irá receber o acabamento com a cera em pasta deve ser completamente lixada e vedada com uma camada de goma-laca diluída. Quando o vedador estiver seco por completo, esfregue a madeira ao longo do veio com uma lã de aço. Em seguida, limpe a madeira por completo com uma flanela.

Aplique uma cera em pasta com um pano limpo de algodão, esfregando com movimentos circulares para formar uma camada fina e por igual. Trabalhe em uma pequena área por vez. Alguns fabricantes recomendam que a cera seja aplicada com um pano úmido, não molhado. Se usar água, certifique-se de que a superfície esteja seca antes de poli-la.

Deixe a cera secar por completo, seguindo as orientações do fabricante. Em seguida, esfregue a superfície encerada com firmeza e com um pano limpo, para remover a cera em excesso. Quando a superfície encerada estiver igualada, faça um polimento com um pano limpo. Para completar o acabamento, aplique uma ou mais camadas de cera, como descrito acima. Faça o polimento de cada camada por completo antes de aplicar a próxima camada.
 
Como aplicar um acabamento de vedador

A madeira a ser acabada com um vedador deve ser preparada e lixada de forma adequada. Nenhuma outra preparação é necessária. Misture por completo o vedador. Aplique o vedador ao longo do veio da madeira com um pano ou pincel limpo e deixe descansar de 10 a 15 minutos. Em seguida, remova o excesso com um pano limpo. Deixe a madeira secar por 24 horas e aplique uma segunda camada do vedador, como descrito acima. Para completar o acabamento, aplique uma ou mais camadas de cera em pasta. Faça o polimento de cada camada por completo com um pano limpo.


terça-feira, 19 de abril de 2011

A volta da madeira de lei

Um projeto inédito poderá devolver ao mercado espécies nobres da Mata Atlântica, comercialmente extintas. E ajudar a reconstruir nossas florestas

Ao lado
RARIDADE 
Jayme Vargas e a cadeira de Tenreiro. Dos cinco tipos de madeira usados na peça, três só são encontrados em demolições


A Cadeira de Três Pés da foto ao lado é uma obra de arte. Foi comprada pelo colecionador Jayme Vargas, dono de um acervo com mais de 70 móveis de design em São Paulo. Ele diz que foi um namoro de cinco anos, mas não revela o preço. “A qualidade estética dessas peças me encanta”, diz. Estima-se que existam apenas dez unidades dessa cadeira. Poucas à venda. É um dos ícones do design brasileiro. Foi criada pelo marceneiro Joaquim Tenreiro, considerado o inventor dos móveis modernos no Brasil. Ele criou, nas décadas de 50 e 60, um estilo que marcou o país, equipando o interior dos prédios desenhados por Oscar Niemeyer.
Além do talento pessoal, Tenreiro, que morreu em 1992, também contava com outro recurso natural: belas madeiras brasileiras. A Cadeira de Três Pés é uma de suas grandes criações. Sua marca são as tiras unidas sem encaixe ou prego, feitas em cinco tipos de madeira maciça: mogno, imbuia, pau-marfim, jacarandá e roxinho. Se fosse feita hoje, a peça seria diferente. Pelo menos três das cinco espécies não estão disponíveis. A causa está na floresta. Ou na falta dela. As árvores que deram vida à peça de Tenreiro foram cortadas indiscriminadamente na Mata Atlântica. Agora que só restam 7% da floresta, as espécies sumiram. As madeiras de lei que Tenreiro e outros designers de móveis usavam no Brasil se extinguiram. Espécies como peroba-rosa, pau-marfim, jatobá, jequitibá e ipê-roxo, hoje, só são encontradas em demolição.
“Se quisermos ter madeira nativa de novo, vamos ter de plantar floresta”, afirma Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor de ciências biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo. Foi o que os pesquisadores começaram a fazer, com pequenos agricultores de Extrema, cidade na divisa entre Minas Gerais e São Paulo. Num projeto inédito apoiado pela prefeitura e financiado pela organização ambiental The Nature Conservancy, os lavradores vão reconstruir trechos devastados da Mata Atlântica. Se der certo, entre 20 e 30 anos os brasileiros poderão voltar a comprar móveis de “madeiras de lei”.
Os cientistas conseguiram aprimorar a técnica necessária para recompor uma floresta nativa. O plano de plantio prevê a mistura de 80 espécies. É preciso respeitar o espaço que cada árvore vai precisar quando adulta. Observar como o sombreamento de uma interfere na outra. É um quebra-cabeça. Os agricultores não estão no projeto por bom-mocismo. Em troca, podem explorar a nova mata comercialmente. “Como não temos mais Mata Atlântica para manejar, vamos recriar uma floresta que já não existia”, diz Paulo Pereira, do Departamento de Meio Ambiente de Extrema.
Enquanto as árvores nobres não ficam maduras para ser cortadas, os agricultores podem ganhar com os subprodutos da floresta. Espécies menos nobres já dão madeira em dez anos. Algumas plantas nativas são princípios da indústria farmacêutica. Outras entram em cremes e sabonetes nas fábricas de cosméticos. Os benefícios ultrapassam o âmbito da decoração. A reconstrução da Mata Atlântica garante a manutenção da biodiversidade e de serviços prestados pela floresta. A água doce e limpa que sai das torneiras de mais de 122 milhões de brasileiros nasce em seus mananciais. Boa parte da polinização da agricultura depende dos insetos dali.
O agricultor Elias Alves Cardoso, de 50 anos, foi um dos primeiros a aceitar o desafio. Ele já é parceiro da prefeitura de Extrema no projeto Conservador das Águas. Todo mês, recebe uma quantia em dinheiro para deixar intactas as nascentes em sua propriedade de 18 hectares (o equivalente a 18 campos de futebol). Ganha R$ 176 ao ano por hectare protegido. Em contrapartida, deixa de colocar ali o gado que lhe traria um lucro anual de cerca de R$ 120. Agora, Cardoso vai ampliar suas terras verdes para, daqui a uma década, começar a vender madeira. “É um dinheirinho a mais para deixar para os netos”, diz. “Uma poupancinha, porque a gente já está de idade.”
Com o incremento da vegetação, Cardoso deve cumprir a legislação ambiental. O Código Florestal determina que as propriedades agrícolas da Mata Atlântica mantenham 20% da área com floresta nativa. Não significa deixar de usar aquele naco de terra. A lei permite que se retire dali algumas árvores, mas com cuidados que garantam a sobrevivência futura da mata. Estima-se que menos de 10% dos imóveis rurais brasileiros tenham hoje essa reserva legal. Principalmente porque há uma impressão de que floresta não dá dinheiro. O projeto de Extrema pode ajudar a mudar essa percepção.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eucalipto - O conceito de uso múltiplo da madeira


Várias são as razões para que o eucalipto possa ser indicado como alternativa de oferta de madeira. Apesar da maior parte de suas florestas estar comprometida com a produção de madeira para os denominados usos tradicionais: celulose, papel, chapa de fibras, carvão vegetal e lenha, espera-se que uma parcela possa ser destinada a outras aplicações madeireiras. O potencial do eucalipto, em relação ao número de espécies, proporciona também um importante leque de alternativas para a obtenção de madeiras com diferentes características tecnológicas. Por certo, serão encontradas espécies que substituirão, com vantagens, as madeiras anualmente em uso. Vem daí o crescimento do interesse pelos conhecimentos existentes sobre o eucalipto diante do chamado uso múltiplo da madeira. 

Em termos gerais, o uso múltiplo é entendido como a possibilidade de se poder destinar à madeira mais de uma aplicação ou dela se poder obter mais de um produto. A multiplicidade ou versatilidade de uso pode ser determinada através do conhecimento das características da floresta e da madeira propriamente dita, suas relações entre si, suas influências sobre as condições do processo e as correlações com as propriedades dos produtos a serem obtidos. 

O potencial de utilização múltipla da madeira de eucalipto cresce sobremaneira se toda a versatilidade do gênero for utilizada. É necessário que os conceitos tradicionais sejam revistos, reavaliando-se as espécies selecionadas e as técnicas de implantação, manejo, exploração, processamento e uso.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Política Ambiental Florestal


Desde a década de 50, quando as ações ambientais eram praticamente inexistentes no país, a Faber-Castell já buscava fonte de suprimento sustentável que não pressionasse o ecossistema.Consciente da necessidade de buscar fonte de suprimento sustentável de madeira que não pressionasse os ecossistemas naturais, a Faber-Castell realiza pesquisas desde a década de 50, época em que as ações ambientais eram praticamente inexistentes no Brasil. Esta iniciativa pioneira, coerente com suas crenças e valores, procurava identificar as espécies de árvores capazes de produzir madeira de qualidade para a produção de lápis, sem agredir o meio ambiente.http://www.ecomunidade.com.br/projetos-ambientais/politica-ambiental-florestal/

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Comércio de Madeiras

Polo Representação e Comércio trabalha com madeiras para todos os tipos de projetos e obras com madeira de qualidade.

  • > Vigas,
  • > Tábuas,
  • > Pranchados,
  • > Pontaletes,
  • > Painéis,
  • > Compensados,


  • > Tabuados,
  • > Forros,
  • > Sarrafos,
  • > Rodapés,
  • > Lâminas,
  • > Forro PVC,
  • > Forro Cedrinho,
  • > Pinus,
  • > Vigas para Telhado,