Bolsas externas e melhora no cenário inflacionário ajudam Ibovespa a subir no pregão

SÃO PAULO - Apoiado pelo bom humor externo e também pelas referências domésticas positivas, com novo recuo das expectativas de inflação, o Ibovespa terminou esta segunda-feira (27) no campo positivo, apresentando recuperação em relação às perdas recentes. Assim, o índice teve alta de 0,33%,terminando o dia aos 61.216 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,76 bilhões.


As negociações para chegar a um acordo sobre um possível plano de austeridade grego conseguiram impulsionar as bolsas europeias, que fecharam em leve alta. Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam com fortes ganhos, com o Dow Jones interrompendo uma sequência de três quedas. 
 
Destaques do pregão
O setor imobiliário se destacou neste pregão, com as empresas representantes ocupando os lugares das maiores altas do Ibovespa. A Cyrela (CYRE3) ocupou o extremo da ponta compradora do índice, ao subir 3,70%, fechando cotada a R$ 15,40. Já a MRV Engenharia (MRVE3) ficou na quinta colocação do benchmark com valorização de 2,41% e encerrando o pregão a R$ 13,62.

Também no campo positivo, as ações da Petrobras (PETR3, +0,91%; PETR4, +0,92%) devolveram parte das perdas acumuladas nas últimas sessões, refletindo a descoberta de indícios de petróleo no poço marítimo 1-BRSA-941-RJS, na bacia de Campos.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:


Na ponta vendedora, a Bradespar (BRAP4) amargou a posição de maior queda diária. Suas ações recuaram 1,74%, cotadas a R$ 38,32, acompanhando a trajetória negativa dos papéis da Vale (VALE3, -0,74%; VALE5, -0,14%).

Ênfase também para o setor de energia elétrica, que viu suas ações se desvalorizarem no pregão, a exemplo de Eletropaulo (ELPL4, -1,45%) e CPFL (CPFE3, -1,36%)

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:


As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:


Agenda
Por aqui, o relatório Focus indicou mais uma queda nas projeções para a inflação neste ano, agora aos 6,16%, enquanto o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) registrou uma deflação de 0,15% na terceira semana de junho, valor 0,17 ponto percentual inferior ao observado na semana anterior.

Nos Estados Unidos, o núcleo do PCE (Personal Consumption Expenditure) para junho, tomado como a medida oficial da inflação, registrou alta de 0,3% em maio, frente às expectativas de 0,2%.

Por sua vez, o Personal Income, que se refere à renda dos norte-americanos, ficou abaixo das expectativas do mercado, ao registrar elevação de 0,3%, contra previsão de 0,4%. Já o Personal Spending, referente aos gastos da população, também ficou abaixo das projeções, marcando estabilidade em maio, contra projeções de alta de 0,1%.

Dólar
O dólar comercial fechou em queda de 0,5%, terminando a segunda-feira cotado a R$ 1,596 na venda, refletindo a diminuição da percepção de risco em relação a crise grega, indicadores norte-americanos e a divulgação do relatório Focus pelo Banco Central.

O BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h44 (horário de Brasília) e às 15h49 e teve uma taxa de corte aceita em R$ 1,5952.

Fonte: InfoMoney