quarta-feira, 22 de junho de 2016

"...e até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei..."



Fim de tarde de mais um dia de inverno, tinha ido no mercado comprar pão e para a minha surpresa a fila tava grande dai olhei aquela fila e lembrei do trecho da música do título do post que é o último romance dos Los Hermanos. Essa música é comumente ouvida e usada como legenda de fotos românticas de casais apaixonados e ao contrário do que possa parecer eu não estou apaixonada, até gostaria de estar é uma fase tão boa da vida. Ou talvez eu esteja apaixonada não por uma pessoa, mas pela vida, pelas coisas que tenho descoberto e aprendido dia após dia. 
 A vida é uma caixinha de surpresas cheia de reviravoltas, altos e baixos, quando a gente acha que está entendendo tudo as coisas mudam e damos uma virada de 180°. Apesar da rotina dos dias frios e ultimamente nublados sempre tento ver a beleza de cada dia, de cada detalhe. Seja numa rosa que persiste em florir mesmo no frio e na geada. Seja um pôr do sol no fim de cada dia. Sempre tem algo mágico acontecendo basta olhar com olhos de enxergar, como dizia um chefe meu. Parece redundante olhar com olhos de enxergar, mas nem sempre é assim, às vezes olhamos todos os dias para o mesmo cenário que nem prestamos mais atenção no que estamos vendo. Não vemos uma flor desabrochar, uma noite de lua cheia, um céu estrelado ou um amanhecer cheio de nuvens que parece que foram pintadas de tão lindas que são. A gente se acostuma e acaba deixando de olhar de verdade, somos sugados pela rotina e esperamos até sexta pra sermos felizes, na segunda voltamos a contar quanto falta para sexta, sem nos darmos conta de quanto mais rápido o tempo passa mais rápido a vida vai passando por nós.

 Dia desses li numa revista que graças aos smartphones as pessoas cada vez mais olham menos para o céu, aliás, não nos damos nem o trabalho de olhar para o lado, estamos perto de quem está distante e distante de quem está perto. O ser humano e suas maluquices. Claro que a tecnologia tem suas infinitas vantagens nem vou discutir isso,mas às vezes a gente perde a noção. As pessoas passam mais tempo tirando fotos da viagem para mostrar aos amigos e ostentar nas redes socias do que curtindo a viagem em si, queremos ser onipresentes, difícil acreditar que em tempos como esse ainda seja possível sumir... 

"...ir aonde o vento for que pra nós dois sair de casa já é se aventurar...", esse é outro trecho da música que acho lindo e para quem está apaixonado e vê poesia em tudo, o simples fato de sair de casa, algo tão corriqueiro pode ser motivo de uma linda e doce aventura...


Escrito por Sibele Costa em 21/06/2016


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"minha mente gira como um ventilador".

Por onde começar? Faz mais de 2 meses que não passo por aqui. Mas dessa vez acho que vou começar pelo fim e não pelo começo. A maluca, mas tudo bem. Na quinta-feira fui para o Rio de Janeiro participar de um evento sobre desenvolvimento pessoal. Eu não sabia muito o que esperar desse evento, sabe quando tu tá completamente confuso não faz a menor ideia de qual é o próximo passo a dar. Ou melhor tu sabe,mas ainda está dominado pelo medo e não consegue agir, só de pensar em tudo o que vai ter que encarar a gente para e fica ali paralisado no meio do caminho. Mas chega uma hora que as coisas começam a acontecer de tal modo que a gente percebe que não dá mais pra continuar assim é preciso fazer alguma coisa. Então eu resolvi passar esse fim de semana chuvoso no Rio, como aqui no Rio Grande do Sul não para de chover os cariocas disseram que eu levei chuva para lá,já que lá dificilmente chove tantos dias seguidos assim. E como antes mesmo de voltar pra casa, voltei pra cidade onde moro há 3 semanas eu já tinha parado de estudar para concurso não sabia se era exatamente isso que eu queria mesmo, ou se eu estava só fugindo de alguma outra coisa. então eu parei e nesse meio tempo comecei um processo de Coach o nome do programa é Não é dieta é vida. Alguns que me acompanham há tempos sabem que eu tive um blog sobre dieta,mas sempre morri de vergonha de falar sobre esse blog então são poucos aqui que sabem disso. E esse ano eu cheguei ao maior peso da minha vida e isso tava acabando comigo, com a minha autoestima que já não era das melhores, mas eu já tinha tentado mil coisas e parecia que nada funcionava tentei a dieta da proteína, a paleo e tudo mais. Dai apareceu a Lígia Fabreti na minha vida através do Periscope é um aplicativo que tu acompanha transmissões ao vivo como se fosse uma TV. E quando ela falou do programa dela eu vi isso ai é pra mim já fiz mil dietas, inclusive a dieta da lua, tu come tudo menos a lua,kkkkk. E não emagreci, e dai comecei a ver que o problema não era o peso em si, ele é só um sintoma, na verdade já fazia uma leve ideia disso,mas nunca tinha me aprofundado muito no assunto. Em suma em 3 semanas mudei muitas coisas em relação à dieta, autoestima. Claro que nada é do dia para noite é todo um processo, tem que ter paciência, dando um passo de cada vez e as coisas vão acontecendo. E nesse grupo estou tendo a oportunidade de conviver com meninas que tem essa mesma dificuldade que é emagrecer e manter o peso, então tem sido excelente, elas já são praticamente minhas amigas de infância. E nesse evento tive a oportunidade de conhecer algumas delas pessoalmente e inclusive a minha coach e nossa só isso foi maravilhoso valeu e muito a pena. 

Quando decidi ir a esse evento eu falei só pra 2 pessoas e pra minha chefe, porque precisava de uma folga na sexta. Falei só pra essas duas amigas porque sabia que elas não iam me criticar, me julgar etc e tal. E pra minha chefe disse simplesmente que era um evento de empreendedorismo. E lá vi que não fui só eu que tive essa dificuldade a não ser é claro as pessoas que já atuam como coachs. Depois que o evento começou eu abri pra todos meus amigos no face que eu estava participando desse evento e tal. Afinal, já estava lá mesmo nenhum comentário poderia me fazer mudar de ideia. Eu fui sozinha na cara e na coragem, fora as meninas do programa que estou participando não conhecia mais ninguém, Dai na sexta de manhã enquanto esperava pelo café conheci algumas mulheres que iriam participar do evento e foi ótimo, nossas vivências eram parecidas, elas já atuam na área e foi muito bacana saber disso que é possível sim trabalhar com o que a gente ama e ganhar dinheiro com isso. Porque eu já cheguei à conclusão que não quero ser servidora pública para o resto da vida, então vou investir em outra coisa,não sei exatamente o que já que gosto de milhares de coisas diferentes como escrever, cozinhar, viajar,ler... Mas sei que preciso ir atrás disso, já dei o primeiro passo e isso me fez muito muito bem, desde sexta me sinto outra pessoa. Uma pessoa melhor que está dando o seu melhor a cada momento, que acredita num propósito maior do que só ganhar dinheiro simplesmente.
Quando sai de lá ontem as 14h o evento não tinha terminado,mas no caminho vim escrevendo milhares de coisas tive vários insigths, mesmo em meio a turbulência do avião eu não conseguia parar de escrever.




terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um resumo desses últimos meses


Faz tempo que não passo por aqui, quase 100 dias, sei disso porque o Desafio da Gratidão completa amanhã 100 dias e a última vez que passei por aqui o desafio estava no seu segundo dia.Não sei nem por onde começar a falar desses últimos 3 meses aconteceram tantas coisas nesses 3 meses. Bom uma das coisas que decidi foi voltar a estudar pra concurso é algo cansativo, estressante,mas que vale e muito a pena. o difícil é começar depois só vai. Eu demorei a engrenar,mas depois peguei gosto pela coisa.Tava a mais de 3 anos sem encarar os livros como devia.  Nesse meio tempo começou a greve do INSS que já tem quase 2 meses, a mídia distorce tudo e parece que a única coisa que queremos é prejudicar os segurados,mas não é isso não. Primeiro nós não estamos pedindo aumento e sim reposição salarial,mudanças na legislação pois criaram uma Instrução Normativa que nos obriga a pagar por qualquer erro que cometermos, sendo que não recebemos treinamento nenhum quando entramos na instituição nem ao longo do tempo. Faz quase 3 anos que estou lá e só participei de um curso até hoje.Outra coisa é que nosso salário é composto de penduricalhos, ou seja, quem se aposenta hoje perde 50% do salário.
Sei que é meio chato ler sobre isso,mas como a mídia só mostra um lado da história é meu dever mostrar o outro lado. Nunca tinha feito greve na vida e nem pretendia fazer,mas como as condições de trabalho estavam se tornando insustentáveis não vi outra possibilidade se não aderir à greve. Não é fácil, são vários eventos, é muita insegurança, tivemos nossos salários cortados e sinceramente já estava pensando em voltar,mas como a vida tem lá seus caminhos e reviravoltas. No dia 17/08 minha irmã me ligou dizendo que minha mãe não estava muito bem então no dia seguinte vim para Rio Grande e cheguei aqui e 10 minutos depois minha mãe teve uma convulsão levamos ela para o hospital e soubemos que ela teve um AVC transitório,ou seja, não deixa sequelas. Mas o susto foi bem grande, teve uma hora nessa madrugada que ela ficou internada que eu achei que ela fosse morrer. A adrenalina foi tanta que fiquei mais de 24h acordada e tava uma pilha não conseguia dormir de jeito nenhum.
Mas graças a Deus o pior já passou ela já está em casa. O susto foi grande e sem me prender muito pensei em voltar para cá, não era o meu plano, meu sonho sempre foi morar em Porto Alegre,mas a vida tem lá os seus caminhos. E sei que não ficarei tranquila estando longe de casa, então creio que a solução será voltar para casa. Já faz 14 dias que estou aqui, claro que estou estranhando até porque já faz 2 anos e 6 meses que moro sozinha. Tenho minha liberdade e tal, porém morando lá me sinto muito sozinha, não tenho onde ir, o que fazer, não consegui fazer amizades lá e depois que meu namoro acabou confesso que morar lá ficou ainda mais difícil.
 Acho que uma das coisas mais importantes que aconteceu nesses últimos dias é que consegui me sentir verdadeiramente grata, por cada pequena vitória. Grata quando a minha mãe fez a tomografia e estava tudo bem, grata pela minha família e pelos meus amigos que rezaram por nós nesse momento tão delicado.Grata pela recuperação dela, por quando ela voltou a se alimentar direito, porque nem comer ela estava querendo. Consegui agradecer por cada pequena vitória por mais simples que fosse.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Gratidão

Oi,gente querida! Sei que ando sumida, mas o tempo tem passado tão depressa que às vezes eu me esqueço de vir aqui, ou se venho também não sei muito bem o que escrever. Como decidi participar do Desafio da Gratidão que foi proposta pela Flavia Melissa conheci ela através das redes sociais. E o desafio é a cada dia agradecer por uma coisa diferente ao longo de 300 dias. Quando tudo vai bem é fácil agradecer ,mas quando estamos no olho do furacão é meio complicado ser grato, por isso o desafio.
E resolvi participar do desafio também porque ando "reclamona" demais,  achei que estava na hora de mudar o foco, parar de reclamar pelo que não tenho e agradecer pelo que tenho.
O desafio começou ontem. Como sempre faço todas as manhãs no caminho para o trabalho vou agradecendo por tudo pela minha família, minha saúde, meus amigos, meu trabalho... E resolvi agradecer por estar aqui em São Sebastião do Caí, mesmo não gostando muito de morar aqui, com as dificuldades em fazer amizades etc e tal. Cheguei à conclusão que estou exatamente onde deveria estar, que a vida tem seus propósitos e por mais que não seja fácil é preciso aceitá-los que lá na frente as peças vão se encaixando e o quebra-cabeça vai ganhando forma.
Hoje no segundo dia do desafio, minha gratidão foi por uma amiga que me fez ver a vida com outros olhos, a me ver com outros olhos, que me fez ver que não preciso nem devo aceitar qualquer coisa, situação ou relacionamento, que acima de tudo preciso me valorizar.
E agora pouco indo pra academia fiquei pensando numa frase que uma amiga me falou tempos atrás "aceita que dói menos", e como é difícil às vezes aceitar, aceitar que as coisas não são como a gente quer ou gostaria que fosse, que a vida tem lá seu caminhos, às vezes é difícil aceitar a nós mesmos com nossas limitações. Eu já fiz vários posts aqui sobre aceitar, mas acho que ainda vou  falar sobre aceitação porque é algo que eu ainda preciso trabalhar muito dentro de mim.
Voltando a gratidão é bom agradecer porque tu tira o foco das coisas ruins que acontecem no nosso dia a dia e começa a focar nas coisas boas e que salvaram o dia, pequenos gestos,como o sorriso sincero de um desconhecido, um muito obrigada sincero que recebi de alguém que atendi no trabalho.
A intenção é agradecer por coisas simples, singelas,pequenas delicadezas que enchem nosso dia e nossa vida de cor.
E já que o post é sobre gratidão sou grata a vocês que me leem, pelo carinho, pelo apoio, pela amizade!!

Escrito em 27/05/2015

terça-feira, 21 de abril de 2015

Intimidade


INTIMIDADE


se tocar um blues 
e eu estiver de azul 
como a tarde 
me beija o pescoço 
me explora o decote 
(aos amigos se permitem 
certas intimidades ) 


mas se tocar um tango 
dança comigo 
beija-me a boca 
quem sabe me ama 
(que não é de ferro 
a amizade) 


depois 
tomar café com leite 
e pão torrado 


e seguir sendo amigos 
por infinitas outras tardes 


 Márcia Maia -De Um Tolo Desejo de Azul (2003)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

"...é que isso não é vida é fluxograma..."


Fim de tarde de domingo e eu estava aqui pensando sobre o que escrever, dai lembrei de uma conversa que tive semana passada com um colega de faculdade que simplesmente me deixou chocada. Encontrei ele por acaso estava na rodoviária esperando o ônibus pra ir pra Rio Grande (minha terra natal), quando encontrei-o, conversamos rapidamente dai do nada ele me perguntou se eu tinha casado, eu fiz uma cara de espanto tipo sério que ele tá me perguntando isso, e respondi que não que estava solteiríssima, sem namorado, namorido, gato, cachorro, nem filhos. Ele ficou chocado, mas pensa em pleno século 21 ter que escutar uma pergunta dessas de um guri novo, essas perguntas eu espero da minha vó, das minhas tias, não de um cara com menos de 30 anos. A ele me disse que aos 30 tinha que estar casado, com filhos e no emprego dos sonhos. Dai logo lembrei da tirinha da Mafalda que ela fala pra Susanita que a vida não é um fluxograma.
A vida não é assim um esquema que se planeja e ao final se confere se tudo saiu como o planejado como diz uma frase que eu tanto gosto "a vida é aquilo que acontece conosco enquanto fazemos outros planos." Afinal quem disse que ter filhos e se casar é a única maneira de ser feliz, ou melhor quem disse que fazer isso é garantia de felicidade? Vejo muita gente por ai seguindo o script sem questionar só por medo de ficar sozinho. Confesso que eu já tive um pouco desse medo,mas hoje não como diz o ditado antes só do que mal acompanhado. O que o destino me reserva não sei, talvez logo ali na esquina eu esbarre com um grande amor e me faça mudar de ideia. Mas hoje eu não tenho medo da solidão. Até porque moro sozinha há 2 anos e nesse tempo aprendi muito sobre viver sozinha, sobre a vida, sobre as minhas manias, sobre a minha liberdade. Acho que a liberdade é a melhor coisa do mundo, bater a porta sem ter que dar satisfações a ninguém, sair sem ter hora pra voltar, sem ter alguém me ligando de 30 em 30 min pra saber a que horas eu vou voltar. Para viver a dois tem que haver muita compreensão, muito jogo de cintura, só o amor não basta. Ele é ingrediente fundamental, mas não é só ele que sustenta uma relação. 
Quanto aos filhos, cada dia mais chego à conclusão que não nasci para ser mãe, não tenho vocação sim eu acredito que ser mãe é vocação é um chamado e nem todo mundo nasceu com esse dom. Ter filhos é abrir mão de um milhão de coisas, claro que tem milhões de coisas boa também,mas s ei lá ainda não sinto o chamado. Pode ser que um dia eu mude de ideia, mas por enquanto sigo achando que ser mãe não é pra mim.
Hoje já é quarta e não conclui meu texto dai vi uma amiga postou fotos de uma mulher que teve a ideia de tirar fotos com sua família de plástico de tanto que cobravam-na para que tivesse uma família, eu achei a ideia dela genial tá lá ela  em várias situações e sua linda e exemplar família de plástico é uma crítica a sociedade que ainda hoje acha que se as mulheres não casam e não tem filhos não são mulheres completas e felizes, por favor né gente.
Nessas horas lembro de um texto da Martha Medeiros em que ela fala sobre a importância de preservarmos a nossa natureza, se não nascemos para casar não adianta insistir, se não nascemos para viver num escritório para que ser advogado e por ai vai... é preciso respeitar a nossa natureza, as nossas vontades e necessidades e não apenas seguir os padrões da sociedade sem questionar.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

"A noite passada eu sonhei com você... a noite passada você veio me ver..."


Acordei meio assustada, meio perdida, sem saber que horas eram e se era dia ou noite, tinha tido um daqueles sonhos que parecem tão reais que tu quase sentir o calor da pessoa, esse sonho já me deixou desconcertada. Tinha sido um sonho muito bom daqueles que não dá vontade de acordar... dai levantei tomei café, fiz tudo o que faço normalmente e fui trabalhar. No caminho,  teu primo passou por mim de carro e já senti que o dia prometia... E passei o dia com um misto de sentimentos, sem saber exatamente o que eu tava sentido, estava ansiosa, aquele aperto no peito. Sei que cometi umas gafes homéricas, só me restou rir depois de ouvir o que falei, porque foi cômico. Dai fui pra casa, fiz as coisas que tinha que fazer e quando to saindo do banco me dou de cara com a esposa do teu primo, dai pensei, meu o universo tá querendo me dizer alguma coisa. Dai dá 5 minutos eu to tirando foto na esquina com a filha da minha amiga vestida de coelhinha toca o celular eu atendo com a maior naturalidade do mundo, porque nem olhei o número e não fazia a menor ideia de quem era, dai quando tu diz q é tu eu gelo no meio da agência bancária, dai diz que precisa falar comigo gelo mais ainda. Faço meu depósito e vou pra casa, passam-se uns 10 min e tu bate na porta, eu quase congelo de tensão porque não imaginava te ver numa quarta no meio da tarde, dai tu me diz a que veio, quer minha câmera digital emprestada e eu fico tão nervosa que procuro a câmera pelo apartamento todo e não acho e ela estava de baixo do meu nariz. Dai conversamos rapidamente e tu vai embora e eu fiquei ali atônita sem saber o que dizer, pensar ou sentir. Sinceramente achei que tão cedo não fosse te ver, lembro que na segunda quando passei numa rua e vi teu carro estacionado eu já fiquei meio mal, os sentimentos vieram à tona, imagina olhar no teu olho, por essa eu definitivamente não esperava. Dai quando tu veio me devolver a câmera já tava mais calma e consegui perguntar as coisas que estavam entaladas na garganta, nossa última conversa há pouco mais de 2 semanas pelo telefone tinha sido bem punk lembro que eu desliguei e só conseguia chorar de raiva, de arrependimento por ter te procurado, sei lá por uma infinidade de coisas. Quando tu saiu daqui eu fiquei em estado de choque sei lá só conseguia chorar, nem sei explicar ao certo o que senti. Logo me lembrei da música do Capital Inicial "nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito..." E da frase do Hermógenes que colei na parede dia desses "Eu entrego, confio, aceito e agradeço."
O universo conhece minha dificuldade em aceitar as coisas, deve ser por isso que ele está me testando, ou sei lá o que. Confesso que ainda estou meio desconcertada com tudo isso o que aconteceu hoje, a última pessoa que eu esperava aparecer na minha porta alguma dia era tu. Às vezes a impressão que eu tenho é que tu quer me deixar ali em stand-by, sempre com uma expectativa que tu vai voltar, que tu vai aparecer, que um milagre dos céus virá. Mas por mais tumultuada que esteja a tua vida eu acredito muito naquela frase que diz "quem quer uma coisa arranja um jeito, quem não quer arranja uma desculpa."
Então a única coisa que eu posso te pedir é pra me deixar em paz, não me apareça aqui com as desculpadas mais esfarrapadas do mundo me dizer que não tem tempo para namorar,que preciso entender o teu lado, vir aqui mexer comigo quando estou quieta na minha tentando me refazer é no mínimo covardia. Sinceramente, até agora não consegui assimilar tudo o que aconteceu, parece que um caminhão me atropelou e nem deu tempo de anotar a placa...