MIL: Movimento Internacional Lusófono

Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia.
Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa) NIB: 0036 0283 99100034521 85; IBAN: PT50 0036 0283 9910 0034 5218 5; BIC: MPIOPTPL; NIF: 509 580 432
Caso pretenda aderir ao MIL, envie-nos um e-mail: adesao@movimentolusofono.org (indicar nome e área de residência). Para outros assuntos: info@movimentolusofono.org. Contacto por telefone: 967044286.

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Em parceria com o MIL: “Ortega y Gasset: a vida ao serviço de si mesma sob a forma de razão”, de Joaquim António Pinto

Ortega y Gasset: a vida ao serviço de si mesma sob a forma de razão 

ATCL/ MIL, 2024, 96 pp.

ISBN: 978-989-35154-6-4

Depois de lermos este livro de Joaquim António Pinto, imediatamente ocorre-nos corrigir o conhecido dito: “De Espanha, nem bom vento nem bom casamento – mas, por vezes, bom pensamento”. É verdade que esse pensamento não tem sido devidamente conhecido e reconhecido – tanto quanto merece. Historicamente, isso justificou-se por uma razão óbvia: foi desde logo e sobretudo contra Espanha que Portugal conseguiu afirmar a sua independência. Hoje, porém, não nos parece que essa “sombra” tenha ainda alguma razão de ser. A Espanha não é já uma ameaça para Portugal. Podemos e devemos pois, assim, conhecer e reconhecer, sem qualquer complexo, a grandeza da cultura do nosso país vizinho.

Um dos vultos maiores da cultura espanhola de século XX foi, inequivocamente, José Ortega y Gasset. Apesar de ter chegado a residir em Portugal nos anos quarenta, o seu conhecimento e reconhecimento entre nós ainda não faz jus à sua grandeza. Ainda assim, Ortega y Gasset tem sido, provavelmente, o filósofo espanhol mais conhecido e reconhecido em Portugal, por mais que, muitas vezes, apenas pelo seu célebre dito: ”eu sou eu e minha circunstância”. Em geral, citado apenas assim, de forma truncada, sem o seu (essencial) aditamento: “e se eu não a salvo a ela [a circunstância] não me salvo a mim” (Meditaciones del Quijote, 1914).

Uma das pessoas que entre nós mais, nas últimas décadas, conheceu e reconheceu a grandeza da cultura do nosso país vizinho e, em particular, a grandeza filosófico-cultural de Ortega y Gasset foi Manuel Ferreira Patrício. Falecido em 2021, ainda nos lembramos bem do orgulho que tinha na sua biblioteca, em Montargil, onde salientava sempre as edições que tinha da obra de Ortega, nas muitas visitas que lhe fizemos. Na edição das suas Obras Escolhidas, que organizámos com Samuel Dimas, ele recorda, aliás, com detalhe, a forma como foi conhecendo e reconhecendo a grandeza da cultura do nosso país vizinho e, em particular, a grandeza filosófico-cultural de Ortega y Gasset (nomeadamente, in “Nótulas sobre a recepção da filosofia de Ortega y Gasset em Portugal e no espaço luso-brasileiro”, vol. VI, 2021).

Nesse texto, aliás, Ortega surge com o vulto maior “do lado castelhanófono”: “…já publiquei na NOVA ÁGUIA mais do que um ensaio defendendo a ideia de que é a hora de concebermos e organizarmos um novo Tratado de Tordesilhas: orientado para a união e não para a divisão. Ou seja: um Tratado que consagre a vontade estratégica dos Países lusófonos aliada à dos Países castelhanófonos para o século XXI. Não para negarmos ninguém. Apenas para nos afirmarmos a nós. Ouço com atenção Agostinho da Silva do lado lusófono. Mas ouço com igual atenção José Ortega y Gasset do lado castelhanófono. Nesta hora planetária perigosa, é bom ouvirmos o filósofo da circunstância: Yo soy yo y mi circunstancia y si no la salvo a ella no me salvo yo. Ortega é um mestre indispensável para este projecto.”.

Na esteira de Manuel Ferreira Patrício, Joaquim António Pinto brinda-nos com este livro, onde, começando por nos falar sobre a vida de Ortega, se detém depois no seu pensamento, à luz dos seguintes tópicos, desenvolvidos na primeira parte da obra: realismo e idealismo; o conceito de vida como realidade radical; as categorias de vida na filosofia da razão-vital; a vida como perspectiva; razão vital e razão histórica. Já na segunda parte da obra, problematiza os seguintes itens: a filosofia e o problema da verdade; geração e tempo histórico; filosofia e ciência; a possibilidade do conhecimento do todo; evidência e intuição; a subjectividade; as crenças vitais; os dados radicais do universo; a análise da consciência; a fenomenologia; a consciência como intimidade; a vida; uma nova ideia de realidade; e, por fim, a realidade radical. Num tempo de crescente massificação (leia-se: abaixamento) filosófico-cultural, eis, em suma, um livro de relevo, por tudo aquilo que nos revela, com rara clareza e rigor.

Renato Epifânio

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Para encomendar: info@movimentolusofono.org

7 de Maio, Lançamento novo Livro MIL “A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma Escrita Pré-Romana a Sul da Lusitânia”, de Rui Martins…

– “A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma Escrita Pré-Romana a Sul da Lusitânia”, Lisboa, MIL/ DG Edições, 2024, 296 pp.

ISBN: 978-989-35619-1-1

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6 de Maio: 17ª sessão do Ciclo PASC/ NOVA ÁGUIA “Vultos da Cultura Lusófona”: Machado de Assis, por Jorge Chichorro Rodrigues…

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Também no jornal Público: “Bora lá indemnizar”

Os nossos “media” têm sido extremamente injustos para com o nosso Presidente da República a respeito das suas recentes declarações, em que defendeu a obrigação de Portugal “pagar os custos” por toda a nossa história imperial.

Como (quase) sempre, viram apenas a ponta do dedo – não para onde o dedo apontava. Ou seja, fizeram apenas as contas ao que nós teríamos a pagar e não, antes disso, ao que Portugal tem a receber.

Mesmo sem maioria parlamentar que se veja, é pois tempo deste novo Governo começar a agir. E já. Antes de mais, apresentando a factura ao Macron pelas “invasões francesas”. Depois, falando com a Meloni para acertar os custos do “império romano” entre nós. Quanto às “invasões bárbaras” que se seguiram, fazendo uma queixa “contra incertos” – com sorte, os alemães assumem a culpa. Eles estão habituados a isso.

Antecipando a resposta de que eles já têm saldada a sua dívida através da União Europeia, devemos então apostar em força nos países árabes, sobretudo nos Estados do golfo pérsico. Mais cedo ou mais tarde, deixa de haver petróleo e convém, o quanto antes, que estes Estados nos paguem os “custos” pela presença árabe no nosso território.

Também aqui podemos antecipar a resposta que nos darão: “sim, mas quando nós ocupámos o vosso território, Portugal ainda não existia”. E é aí que a posição do nosso Presidente da República virá em nosso socorro, para a contra-resposta que se impõe: “sim, mas o mesmo aconteceu em Angola, no Brasil, em Cabo Verde, na Guiné, em Moçambique, em São Tomé e em Timor, não falando agora de outros territórios…”. Siderados por tal evidência histórica, estamos certos de que farão imediatamente a devida transferência bancária.

No seu apoio parlamentar de geometria variável, o novo Governo poderá decerto contar com as partidos mais “à direita” para reclamar esses custos e com os partidos mais “à esquerda” para pagar, com juros, tudo o que nos é reclamado. No Brasil, já começaram a fazer as contas. De facto, quanto custa, no câmbio de hoje, a criação de um país imenso como é o Brasil? Dado que a “culpa” da criação do Brasil foi toda nossa, pagaremos metade do que recebermos dos árabes e ficamos quites. No final desta história, ainda ficaremos a ganhar. Graças a Marcelo.

Próximos Colóquios do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira

Colóquio “Filosofia da História em Portugal” 
24-25 de Junho (Biblioteca Nacional de Portugal)

24 de Junho

14h | painel I

A FILOSOFIA DA HISTÓRIA NO KRAUSISMO PORTUGUÊS: J.M. RODRIGUES DE BRITO, CUNHA SEIXAS e SILVA CORDEIRO | António Braz Teixeira

J.M. RODRIGUES DE BRITO E A FILOSOFIA DA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO | A. Paulo de Oliveira

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE ANTERO DE QUENTAL | Leonel Ribeiro dos Santos

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE TEÓFILO BRAGA | J.L. Brandão da Luz

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE SAMPAIO BRUNO | Joaquim Domingues

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE LEONARDO COIMBRA | Manuel Cândido Pimentel

16h15 | intervalo

16h30 | painel II

AS FACES DA HISTÓRIA EM ANTÓNIO SÉRGIO | José Esteves Pereira

MÂNTICA E PRESENTIFICAÇÃO: VIVÊNCIAS IMERSIVAS DA HISTÓRIA EM TEIXEIRA DE PASCOAES| Luísa Borges

FIDELINO DE FIGUEIREDO E O PROBLEMA DO MEDO NA LEITURA DA HISTÓRIA| Mário Carneiro

UMA NOVA VISÃO DO QUINTO IMPÉRIO EM DIÁLOGO COM A FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE FERNANDO PESSOA | Paulo Borges

ISLÃO, FUTURO E QUINTO IMPÉRIO NO PENSAMENTO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO: DE FERNANDO PESSOA A AGOSTINHO DA SILVA | Fabrizio Boscaglia

ENTRE AMORIM DE CARVALHO E AGOSTINHO DA SILVA: DO “FIM HISTÓRICO” AO “RENASCIMENTO” DE PORTUGAL | Renato Epifânio

25 de Junho

14h | painel III

OLIVEIRA MARTINS – O COMPROMISSO DA VIDA NOVA| Guilherme d’Oliveira Martins

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE RAUL LEAL | Rui Lopo

ANTÓNIO SARDINHA: “PARA SER GRANDE, SÊ INTEIRO” | Luís Lóia

FRANCISCO VIEIRA DE ALMEIDA: UMA HISTÓRIA COM SENTIDO | Luís Manuel Bernardo

INSTANTE REVELACIONAL, TEMPO DOS HUMANOS E HISTÓRIA DO ESPÍRITO NO PENSAMENTO DE JOSÉ MARINHO | Jorge Croce Rivera

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE SILVIO LIMA | Carlos Leone

16h15 | intervalo

16h30 | painel IV

OS TRILHOS DA HISTÓRIA À LUZ DA MOVÊNCIA FILOSÓFICA DE ANTÓNIO QUADROS| César Tomé

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE DALILA PEREIRA DA COSTA | Samuel Dimas

O SEGREDO DO (GRANDE) ORIENTE EM ANTÓNIO TELMO: O FULCRO MEDITATIVO-VISIONÁRIO E A “TRADIÇÃO” DA KABBALAH | Alexandre Teixeira Mendes

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE JAIME CORTESÃO E ANTÓNIO TELMO | Pedro Martins

FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE LIMA DE FREITAS | José Carlos Pereira

O LABIRINTO DA HISTÓRIA EM EDUARDO LOURENÇO | Miguel Real

IX Colóquio Luso-Galaico sobre a Saudade/ II Encontro de Filosofia e Cultura Luso-Galaica
23 de Setembro (Lisboa); 24 de Setembro (Porto); 25 de Setembro (Vigo); 26 de Setembro (Santiago de Compostela).

Para mais informações: https://iflb.webnode.page/setembro-2024-ix-coloquio-luso-galaico-ii-i-encontro-de-filosofia-e-cultura-luso-galaica/

VIII Colóquio do Atlântico: “Teófilo Braga hoje: no centenário da sua morte”

30-31 de Outubro (Universidade dos Açores); 4-5 de Novembro (Biblioteca Nacional de Portugal).

Para mais informações: https://iflb.webnode.page/outubro-novembro-2024-viii-coloquio-do-atlantico/

XIV Colóquio Tobias Barreto: “O diálogo com Kant no pensamento luso-brasileiro”

5-6 de Novembro (Biblioteca Nacional de Portugal); 7-8 de Novembro (Faculdade de Letras da Universidade do Porto).

Para mais informações: https://iflb.webnode.page/novembro-2024-xiv-coloquio-tobias-barreto-de-filosofia-luso-brasileira/

Caso pretenda participar nestes Colóquios, pode enviar-nos uma proposta de Comunicação até final de Maio.

para: iflbgeral@gmail.com

Expedição aos Himalaias – Nos passos do padre António de Andrade

Venha celebrar os 400 Anos da “Descoberta do Tibete”, feito levado a cabo em 1624 pelos jesuítas Padre António de Andrade e o Irmão Manuel Marques.
Juntos percorreremos muitos dos seus pioneiros passos.
Uma aventura organizada por umas das mais reputadas agências de viagem em Portugal.

Pode fazer a sua inscrição aqui:

https://www.pintolopesviagens.com/…/expedicao…/…

22 de Abril: 17ª sessão do Ciclo “O Esplendor Caótico do Mundo” (GT PASC “Lusofonia e Relações Internacionais”): a situação de Cabo Delgado…

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20 de Abril, no Porto: “Tertúlias de Cultura Portuguesa”

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Esta semana, em Coimbra…

9 de Abril: “Cibersegurança, uma questão de cidadania” – 9º sessão do GT PASC “Democracia, Cidadania e Inclusão Social”

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ID da reunião: 839 2631 2737

MILhafre, o blogue do MIL: em Março, com um média de MIL visitas diárias…

www.mil-hafre.blogspot.com

6 de Abril: “Uma visão diversa (e em verso) da nossa História”

Mais Livros MIL: https://millivros.webnode.com/

Para encomendar: info@movimentolusofono.org

1 de Abril: Apresentação on-line da Revista NOVA ÁGUIA nº 33…

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ID da reunião: 852 3757 2989

27 de Março: 16ª sessão do Ciclo “O Esplendor Caótico do Mundo” (GT PASC “Lusofonia e Relações Internacionais”): a situação do Brasil…

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https://us06web.zoom.us/j/82218770434

ID da reunião: 822 1877 0434

Vamos Celebrar Camões: quando o Estado não o faz, a Sociedade Civil, em vez de se queixar, diz “Presente!”

X CILB: Colóquios Internacionais Luso-Brasileiros 

Artes & Letras em diálogo global: Camões, ontem e hoje!

25 – 29 de Novembro de 2024

Torquato Tasso considerou-o o único rival que temia e dedicou-lhe um soneto, Cervantes afirmou-o o “cantor da civilização ocidental”, Friedrich Schlegel assinalou-o como expoente máximo na épica e August-Wilhelm Schlegel disse que “vale uma literatura inteira”… em Camões ressoa toda a literatura ocidental e o seu verbo repercute-se nas Letras e nas Artes que lhe sucederam. Referência identitária da comunidade portuguesa, em particular, com a qual o seu mito se entrelaça na morte (Almeida Garrett, Domingos Sequeira), informa, indelevelmente, as literaturas de uma lusofonia cuja geografia percorreu e agiganta-se na representação do Homem entre vida e morte, amor e sofrimento, guerra e paz, “numa mão, a espada e, noutra, a pena”. Camões foi vate de um mundo em transformação e é um Autor global de um mundo globalizado. É essa sua dimensão imensa nas Letras e nas Artes de ontem e de hoje que este encontro convida a perscrutar.

Esta edição do CILB está associada às Comemorações de Camões 500 Anos do programa  Exposição Universal da Matriz Portuguesa®.

inscrição: info@movimentolusofono.org

​Para a Revista NOVA ÁGUIA: envio de textos até final de Junho.

para mais informações: https://coloquioslusobrasi.wixsite.com/cilb2018