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17/03/10 - 17h14 - Atualizado em 17/03/10 - 17h46

Boatos sobre vacina anti-H1N1 são 'irresponsáveis', diz Ministério da Saúde

Dados falsos sobre imunização contra nova gripe circulam por e-mail.
Vacina é 'eficaz e segura', reafirma órgão federal.

Iberê Thenório Do G1, em São Paulo

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    E-mails e boatos irresponsáveis como esses ocorrem em todas as campanhas realizadas pelo mundo"

Uma avalanche de e-mails tem circulado dizendo que a vacinação contra a nova gripe pode ser uma grande conspiração para reduzir a população do planeta. A mensagem mais veiculada, dizendo que a vacina contém substâncias tóxicas, foi enviada ao G1 por dezenas de leitores.

O e-mail foi enviado ao Ministério da Saúde, que negou as informações. “Mais de 300 milhões de pessoas já foram imunizadas com essa vacina no Hemisfério Norte, sem qualquer efeito colateral grave. A vacina é eficaz, segura e protege a população”, diz o órgão federal em nota enviada ao G1. “E-mails e boatos irresponsáveis como esses ocorrem em todas as campanhas realizadas pelo mundo.”

 

Veja o calendário de vacinação contra a nova gripe

Uma dúvida que tem preocupado muito as gestantes é se a nova vacina pode causar algum tipo de malformação nos bebês. “Não há qualquer relato ou evidência de malformação fetal em decorrência da vacina contra Influenza H1N1”, respondeu o ministério.
 

CONFIRA AS INFORMAÇÕES INCORRETAS QUE TÊM CIRCULADO NA INTERNET
Veja trechos de e-mail que espalha boato de que a vacina contra a nova gripe é tóxica.

BOATO: (...) sobre NÃO tomar essa vacina assassina que estão querendo que seja compulsória acho que é Tamiflu.

 

INFORMAÇÃO CORRETA: Tamiflu é o nome do remédio utilizado após a instalação da doença, e não o nome da vacina.

BOATO: A vacinação em massa está programada para o início do Outono aí pra voces.. Aconteça o que acontecer NÃO tome! Ela será tripla. 

INFORMAÇÃO CORRETA: A vacinação está sendo feita em apenas uma etapa. Para crianças que têm entre seis meses e dois anos de idade incompletos (23 meses) será dada meia dose e depois de 21 dias a segunda metade.
BOATO: E segundo as pessoas que estão trabalhando arduamente para impedir este genocídio em massa do planeta, ela tem mercúrio e oleo de esqualeno, que são altamente tóxicos. 

INFORMAÇÃO CORRETA: De fato, mercúrio é uma substância tóxica. Segundo o diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso, contudo, “a quantidade de mercúrio que tem nessa vacina é muito pequena e considerada não prejudicial à saúde das pessoas”. A informação foi dada em entrevista ao Jornal Nacional.

Em relação ao esqualeno, o Ministério da Saúde afirma que a substância não faz mal à saúde. “[O esqualeno] é retirado do fígado do tubarão e assemelhados. Trata-se de um supercomplemento alimentar, assim como o óleo de fígado de bacalhau e a emulsão de Scott”, disse o ministério em nota enviada ao G1.
BOATO: Aqui no Rio o Butantã já comprou a maldita (...) 

INFORMAÇÃO CORRETA: O Instituto Butantan é ligado à Secretaria da Saúde de São Paulo, e não mantém nenhuma instalação no Rio de Janeiro.
BOATO: (...) tentativa de assassinato em massa das populações do planeta através de vacinação compulsória (...) 

INFORMAÇÃO CORRETA: No Brasil, assim como em vários outros países, a vacinação é opcional, e ninguém é obrigado a se imunizar.
BOATO: (...) a venda de uma vacina que nem testada foi. 

INFORMAÇÃO CORRETA: Segundo o Ministério da Saúde, a nova vacina foi desenvolvida com base na vacina comum contra a gripe. A diferença seria apenas o tipo de vírus.

 

Rede privada
Instituições de saúde particulares ouvidas pelo G1 endossam as afirmações do ministério. Em São Paulo, os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein confirmaram que aplicaram em seus profissionais a vacina distribuída pelo governo federal – a mesma que está sendo usada em toda a população.

Medo de vacina
Pânico e boataria em campanhas de imunização não é novidade. Em 1904, quando o médico sanitarista Oswaldo Cruz quis livrar o Rio de Janeiro da varíola, a população se rebelou contra uma lei federal que obrigava as pessoas a se vacinarem.

Entre 10 e 16 de novembro daquele ano, a cidade – então capital do país – viveu dias de guerra. Bondes foram tombados, trilhos arrancados, e barricadas foram armadas. O episódio, conhecido como “Revolta da Vacina”, marcou a história da Primeira República. A doença foi erradicada do Brasil em 1973, e em 1980 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola extinta.

 

Leia também:

Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada

de Ângela Pôrto e Carlos Fidelis Ponte, pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz

clique aqui para baixar (formato .pdf, 18 páginas)

Em 2008, uma onda de boatos também deixou muitas pessoas com medo da vacinação contra a rubéola. “Circularam na internet boatos de que, ao invés de imunizar a população, o governo brasileiro pretendia esterilizar as pessoas em idade reprodutiva para fazer controle de natalidade. Mas, felizmente, a campanha foi um sucesso e o Brasil está prestes a receber o certificado de País Livre da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita”, diz o Ministério da Saúde.

 

 

 

Veja o especia sobre a gripe A (H1N1)  

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