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23/09/09 - 07h30 - Atualizado em 23/09/09 - 07h30

Linha de pipa chilena que corta 4 vezes mais é nova ameaça para motoqueiros

Projeto na Alerj vai tentar barrar venda do produto no Rio.
Linha importada é facilmente encontrada em lojas do subúrbio.

Liana Leite Especial para o G1, no Rio

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Homens soltam pipa no subúrbio do Rio (Foto: Liana Leite/G1)

Com mais de 40 mil amantes da arte de soltar pipa, o Rio de Janeiro engrossa uma perigosa estatística. Homens com mais de 30 anos estão deixando de usar o tradicional cerol – a base de cola de madeira com vidro – para usar a “linha chilena”.

A técnica, que usa quartzo moído e óxido de alumínio, preocupa autoridades. O produto importado facilmente pela internet corta quatro vezes mais do que a linha nacional. Os rolos são medidos em jardas e custam de R$8 a R$125 em lojas do subúrbio. O menor tem 500 jardas, o equivalente a 457 metros e o maior 12 mil jardas, 10.968 metros.

Para tentar evitar a proliferação de lojas que revendem as linhas e proteger principalmente os motoqueiros, o deputado Dionísio Lins (PP) entrou com pedido junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na terça-feira (22), solicitando que o projeto de lei que proíbe a "linha chilena" seja votado em regime de urgência.

De acordo com o deputado, após aprovação, o projeto entra na pauta de votação da Alerj em 10 dias. “Ele determina a proibição dessa linha. Ela é tão perigosa que não perde a propriedade de corte mesmo quando molhada pela chuva”, explica Lins. 

 

O projeto de lei também determina que o comerciante flagrado vendendo o produto pague multas de mil Ufirs. O valor pode ser acrescido 50 vezes em caso de reincidência.

 

Loja no subúrbio vende Linha chilena (Foto: Liana Leite/G1)

Encontrado em lojas do subúrbio

Além da internet, o produto é facilmente encontrado em lojas de pipas no subúrbio do Rio, como em Madureira.

 

O deputado Dionísio Lins afirma que o método chileno já está sendo reproduzido no Brasil. “Algumas pessoas já aplicam o produto no quintal de casa, o que é um perigo”, diz

 

Lins ainda acredita que os “pipeiros” burlam a fiscalização ao não aplicarem o produto no primeiro metro de linha. 


O vendedor de pipas caseiras Carlos Alberto da Silva, de 40 anos, sabe dos riscos da “linha chilena” e diz que o verdadeiro motivo de deixar um metro de linha pura para o manuseio é o risco de se cortar. “Se passarmos em toda a extensão, ficamos com o dedo cortado”, revela. Carlos explica que compra o produto apenas para uso pessoal. Ele mora em Quintino, no subúrbio. 

Desde 2002

De acordo com o campeão mundial de corte de pipas em 2007, na China, Ezequiel de Souza Gomes, o método começou a se popularizar no Brasil em 2002. O paulista conta que já trouxe a “linha chilena” para o Brasil, mas apenas para o próprio uso. “As pessoas já estão fabricando aqui no país. Elas enrolam a linha em um motor e aplicam o quartzo moído”, revela.

Gomes é a favor de profissionalizar a arte de empinar pipa no país. “Cortar linhas como esporte não é um risco. O arriscado é fazer isso em grandes vias. É preciso criar uma lei que impeça as pessoas de brincar nas rodovias e criar um lugar fixo para o esporte”, diz Gomes.

O campeão sugere que se crie uma lei para exigir que motoqueiros usem antenas em suas motos. “Vi em filmes uma antena que pega de uma ponta a outra da moto”, disse.

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