sábado, janeiro 23

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mudando de endereço:

acasainvisivel.wordpress.com

lá estão os posts antigo do "a million parachutes", o blog primeiro.

quarta-feira, dezembro 30

ainda ela

ela é uma tempestade e o verão.
a correnteza despedaça as casa e as pontes.

e depois um céu vivo profundamente azul.
e o vento que pega na minha mão,
e faz movimentos para que parta;
e faz força para que fique.

. vestígios do dia .

criei outro blog com dicas de música, cinema e livros.

http://vestigiosdodia.wordpress.com

passa lá!

quinta-feira, dezembro 24

bete ciência

bete olhou para o céu e pensou em como poderia datilografar poemas que tivessem a validade das nuvens. sim, porque havia ciência nos poemas e arte nas nuvens.

terça-feira, dezembro 22

trágico

a primeira carta que o homem escreveu para sua mãe chegou ao destino, mas ela havia falecido algumas horas antes. perdeu-se no inquieto funeral por causa da partilha. o homem não quis nada, soube em carta do falecimento e até sua morte orgulhou-se de ter aprendido a tempo a escrever para poder dizer todas intepéries e provações que sofreu na cidade grande.

só se arrependeu de não ter usado em nenhum momento a palavra amor.

quinta-feira, dezembro 17

tsuru.15

ele: bigodes feito de penas.
cinto de pedaços de livros.
ela: um brinco de grão de cacau.
batom de amores notívagos.

viagem em eliza

as pessoas são viagem.
a vida, paisagem.
eliza, um trem.

na estação, observo as viagens aguardando suas elizas,
enquanto a paisagem passa.

o trem chega e me beija.
e a vida parte.

quinta-feira, dezembro 10

véspera

hoje,
a cada respiração,
lembro-me de cada fôlego
que me faltou para dizer
e fazer a coisa certa.

lembro-me de cada véspera
que não se revelou véspera.
os dias mesmo,
não me recordo
porque se impregnaram
em todos os porvir.
mas as vésperas, sim, lembro:
casca marcada em árvore incendiada.

hoje, penso em todos os sorrisos
que eram para mim e deixei que fugisse
porque o mundo é o lugar que pertencem os sorrisos.
e não percebi que eu era também um mundo
e que sorrisos alheios podiam me habitar.

hoje,
a velha casa vazia é véspera:
a lembrança respira descontinuada
os sorrisos que deixaram de ser sorridos.

segunda-feira, dezembro 7

tsuru.14

quando o céu está bonito, é pecado você não estar também.

tsuru.13

o céu é imenso assim como seu sorriso.
mas o solo é que se planta os desejos.
e é lá onde as sombras nos contam histórias.

tsuru.12

chocolate com amendoas e café.
pão e o recheio que quiser.

tsuru.11

tomar banho de estrelas cadentes.
enxugar-se com manto da noite.
escovar os dentes com raios da alvorada.
sonhar com a esperança da supernova.

terça-feira, dezembro 1

ana partida

ana, eu que sempre fui apaixonado, vejo-te partir novamente. é uma pequena dor com a qual já me acostumei.

eu que já vi tantas anas libertárias sob tua pele flamulada, assisto aquela que finalmente se deixou ser liberta ir embora.

sempre foste saudade e cabelos curtos. aquela da poesia que encerrava em si as paisagens e processos. eu gostava dos teus redemoinhos, mas sempre tive medo de que não passassem.

eu tenho medo, ana, é que com seu coração agora aberto, eu não reconheça onde estive em todas as suas partidas.

segunda-feira, novembro 30

idéias flutuantes

faz algum tempo que deixei meu moleskine de lado. lá eu anotava idéias ou pequenas frases para iniciar um texto novo. são poucos os momentos que me ocorre algo para anotar, mas ando tão perdido na rotina de correria que deixo as coisas passarem como se não me importasse.

mas me importo. sinto falta deste exercício diário para olhar o mundo em outras perspectivas, de repensar as idéias das palavras, de me apaixonar por personagens, de tentar perceber algo que antes não pude ou inventar algo que pode ser útil e quem sabe bonito.

outro dia estive pensando na palavra "emissão" e não sei por que me veio outra: pouso. e depois uma imagem de corpos se jogando no espaço com o dorso distorcido como um desconforto antes da desejada liberdade.

domingo, novembro 22

girassol

o colírio é a chuva de hidratar.
o cisco, o abudo de crescer.
o cílio, a madeira de moldar.
o piscar, o dia de volta.

para o beijo
que semeadura
teu olho
o girassol
ao redor
da íris.


em perspectiva,
o que desabrocha
está entre o que se vê (florece)
e o que é florido (visto).

para marcela

terça-feira, novembro 17

tsuru.10

não perca sua carteira. guarde um tanto de mente sã paras as engrenagens da vida concreta. as engenhocas da vida sonhada são imperfeitas (sonhando ser perfeitas), mas a física do mundo concreto não perdoa.

tsuru.09

ter a vida de pouco bons excessos.
velocidade para chegar mais cedo
e surpreender quem espera.

domingo, novembro 15

love love love

sou a soma de todas as mulheres que deixei de amar.
sou o excesso de amor que elas descobrirão.
o amor segundo e desmedido.

quinta-feira, novembro 12

tsuru.08

e se venta tanto pode ser que leve os cortinados do varal.
mas também pode ser que faça secar mais rápido.

tsuru.07

bonito é o teu coração dizer que é animal alado e imaginário.
o amor é o teu coração ter uma boca assim.