Centros de Emprego, 16 de Maio (Vídeos)

José Luís Peixoto é o porta-voz desta acção

Vídeo da acção no Centro de Emprego (Boavista, Porto)

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33 Centros de Emprego, 16 de Março (Fotos)

Conta actualizada, o”povo” esteve em 33 Centros de Emprego de 30 localidades.

Alcácer do Sal

Aveiro (Águeda)

Barcelos

Caldas da Rainha

Coimbra

Espinho

Famalicão

Faro

Gaia

Gondomar

Lamego

Leiria

Lisboa (5 Outubro)

Lisboa (Conde Redondo)

Lisboa (Pedralvas)

Loulé

Maia

Matosinhos

Mirandela

Nazaré

Ovar

Pinhel (sem foto)

Porto (Baixa)

Porto (Boavista)

Póvoa de Varzim

Seia

Setúbal

São João da Madeira

São Pedro do Sul

Santo Tirso

Valongo

Vila Real

Viseu

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É o povo, pá! (Manifesto da 2ª acção)

As políticas públicas de promoção de emprego têm-se pautado por um constante esvaziamento de funções e de serviços. Os Centros de Emprego deveriam e poderiam ser interfaces fundamentais entre as pessoas sem emprego e as entidades empregadoras. Deveriam ser um serviço público de qualidade, eliminando os intermediários agiotas, que são as Empresas de Trabalho Temporário, e permitindo real aconselhamento profissional e formativo, para um correcto encaminhamento para o emprego. Os Centros vêm sendo sucessivamente enfraquecidos, os seus técnicos e conselheiros de orientação profissional colocados em funções de fiscalização e monitorização de inscritos, o que em tudo se afasta das funções de um Centro de Emprego.

Actualmente, num Centro de Emprego não se encontra emprego. Encontram-se fiscalizações sucessivas, propostas formativas muitas vezes desajustadas, encontra-se trabalho quase gratuito através dos contratos de emprego-inserção, encontram-se ameaças constantes de cortes nos subsídios. Mas não se encontra emprego.

Somos pessoas livres e não aceitamos viver com o termo de identidade e residência que nos é imposto pelas apresentações quinzenais.

Denunciamos a mentira que constitui a procura activa de emprego, porque, apesar de o procurarmos, sabemos que ele nos é recusado ou porque somos novos demais ou velhos demais, com qualificações a menos ou a mais, porque somos mulheres ou temos filhos.

Rejeitamos a coacção de comprovar a procura activa de emprego com carimbos, que temos que mendigar junto de empresas que sabemos que não nos vão contratar, e que muitas vezes exigem dinheiro em troca.

Não aceitamos o escândalo silencioso dos Contratos de Emprego Inserção (CEI) e dos Contratos de Emprego Inserção+ (CEI+), que obrigam a trabalhar quase gratuitamente quer para instituições públicas quer para instituições privadas (IPSS). A propagação dos CEI e CEI+ tem vindo a destruir o valor do trabalho e diversas carreiras profissionais, como é o caso, por exemplo, da dos Auxiliares de Acção Educativa.

Consideramos que a educação e qualificação profissionais são um direito e não algo que se possa impor indiscriminadamente a todas as pessoas com habilitações inferiores ao 12º ano de escolaridade inscritas no Centro de Emprego, obrigando-as a frequentar formações ou processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, muitas vezes desajustados das necessidades, possibilidades ou competências.

Denunciamos, rejeitamos e exigimos alternativas a esta farsa em que se tornaram as políticas públicas de emprego em Portugal.

Exigimos dignidade. Exigimos que os Centros de Emprego sejam aquilo que o seu nome anuncia: locais que centralizam as ofertas de trabalho, onde os processos de selecção são efectuados por conselheiros de orientação profissional, públicos e qualificados, onde o cumprimento da legislação laboral impera, onde podemos encontrar apoio para a construção de um projecto de emprego e formação.

Não aceitamos que sejam locais onde somos ameaçados, vigiados e fiscalizados como se não ter emprego fosse um crime que nos devesse ser imputado.

Neste país há 700 mil trabalhadores sem trabalho e que querem trabalhar. Confundir a excepção com a regra é, deliberadamente, querer imputar a responsabilidade de não ter trabalho a quem o perdeu ou a quem o procura. Não aceitamos a mentira e exigimos respeito.

 NÃO NOS FALEM DE AUSTERIDADE, FALEM-NOS DE DIGNIDADE.

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BPN, 28 de Março (Fotos)

Bragança (sem foto ainda)

Braga Av. Visconde de Nespereira, 27/33

Porto Rua das Carmelitas, N.º 32

Ovar Rua Ferreira de Castro, 26 C

Coimbra Vale das flores, Rua Dr. Luís A. Duarte Santos, 28, Loja 1

Leiria

Viseu

Guarda Rua Monsenhor Joaquim Alves Brás, Lote 1

Lisboa Sede Lisboa

Setúbal Avenida Alexandre Herculano nº12

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BPN, 28 de Março (Vídeo e Cartaz)

Vídeo da acção de 28 de Março na agência do BPN da Rua das Carmelitas, nº 32 (Clérigos)


Faz o download do cartaz e coloca na tua cidade

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É o povo, pá!

Quem somos
Não importa quem somos, mas aquilo que nos junta. Somos gente farta da falta de oportunidades e cansada do discurso mentiroso que afirma «não há outro caminho». Somos gente cujo investimento e sacrifícios dos pais na nossa educação resultou em desemprego e precariedade e ofende-nos ouvir dizer que a culpa da nossa precariedade é dos direitos que a geração deles conquistou. Somos gente que defende o trabalho digno e com direitos, independemente da idade e habilitações literárias. Somos gente que está farta de ter a vida congelada e o futuro, nosso e dos nossos filhos, adiado. Porque não nos resignamos, protestamos. Exigimos respeito e reclamamos o direito à dignidade e ao futuro.

Ao que vimos
Vimos dizer que não nos comem por parvos. Não aceitamos o discurso que nos impõe a precariedade como forma de organização do trabalho. Desconfiamos de quem nos diz que «tem que ser assim» e «este é o único caminho» acenando com a chantagem da falta de patriotismo. Este país também é nosso e temos direito a cá viver e trabalhar. Exigimos pluralidade de opiniões porque sabemos que é nesse confronto que se encontram caminhos. Não aceitamos o pensamento único e sabemos que chegámos até aqui porque foram feitas escolhas: decidiram converter as pessoas em clientes e contribuintes. Nós dizemos que essas escolhas são erradas.

Porquê o BPN
Quando falamos do buraco nas contas públicas deixado pelo BPN referimo-nos a cerca de 6500 milhões de euros, ou seja, a mais de 13 milhões de salários mínimos, mais de um salário mínimo por cada habitante deste país.

A Caixa Geral de Depósitos enterrou directamente no BPN cerca de 4600 milhões de euros, a somar aos 2000 milhões de euros em imparidades (activos tóxicos), o que perfaz cerca de 4% do PIB. Explicitando: este valor assemelha-se ao encaixe total que o Estado português prevê fazer com o plano de privatizações. Dito de outra forma, assemelha-se ao valor previsto pelo plano de austeridade de 2010, em que para o cumprir foram necessários os PEC, mas também o fundo de pensões da PT, no valor de 1600 milhões de euros. Este é o valor da factura que todo nós estamos a pagar.

Quase três anos após a falência do BPN, podemos dizer que aquilo que estamos a pagar é a fraude,a promiscuidade entre a política e a finança, a cumplicidade e a troca de favores, os offshores, a evasão fiscal. Enfim, estamos a pagar o preço de um crime que não cometemos.

O caso BPN configura o processo de desagregação do Estado democrático, onde se salvam os accionistas e as entidades reguladoras, onde se escolhe salvar os activos nacionalizando os prejuízos à conta dos impostos que pagamos. O caso BPN diz-nos que em Portugal a fraude compensa e, quando esta vence, a democracia perde. Portugal está transformado num país onde há Estado máximo para alguns e Estado mínimo para quase todas as outras pessoas.

Quando nos dizem que o tempo é de sacríficios , sabemos que a sua distribuição não é justa nem democrática. Quem escolhe salvar Bancos para salvar amigos legitima a corrupção. Para o fazer, corta onde é mais necessário: nos serviços públicos e nas prestações sociais.

Não nos falem de austeridade, falem-nos de  justiça.

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