Há exatos cinco anos, o repórter da TV Globo Tim Lopes foi torturado e brutalmente assassinado por traficantes no Rio de Janeiro. O jornalista investigava denúncias de venda livre de drogas e shows de sexo explícito com menores em bailes funks na Vila Cruzeiro, no subúrbio. Capturado pelos criminosos, foi levado para o alto da Favela da Grota, onde traficantes comandados por Elias Maluco decretaram sua morte.
Arquivo G1 relembra, em vídeos, desde o desaparecimento do repórter até o julgamento dos sete acusados pelo crime, todos já condenados.
No dia 4 de junho de 2002, o "Jornal Nacional" anunciou que o jornalista estava desaparecido havia 48 horas. Para a reportagem sobre os bailes funk, Tim havia já ido à VIla Cruzeiro quatro vezes. Na última, num domingo, dia de baile, não voltou para casa.
No mesmo domingo da confirmação na morte, o "Fantástico" relembrou a carreira de Tim, considerado um dos mais importantes repórteres investigativos do Brasil. Assista, ao lado, ao perfil do jornalista.
Em 10 de junho de 2002, a polícia fez operações no morro onde Tim foi assassinado, em busca de suspeitos e do corpo do jornalista. No alto da favela, foi encontrado um cemitério clandestino com dezenas de ossos que foram levados para análise.
No dia seguinte à confirmação da morte do repórter, a redação do "Jornal Nacional" prestou uma homenagem ao colega, encerrando a edição daquela segunda-feira com uma emocionada salva de palmas.
Em 5 de julho de 2002, um exame de DNA comprovou que a ossada encontrada no cemitério clandestino era do repórter. Trinta e três dias após o crime, os quatro principais acusados pela morte de Tim ainda estavam em liberdade.
Em 7 de julho de 2002, Tim Lopes foi velado e enterrado no Rio. No cemitério, familiares, amigos e colegas fizeram uma despedida emocionada; reveja ao lado.
Em 19 de setembro de 2002, 109 dias depois do assassinato de Tim, Elias Maluco foi capturado na Favela da Grota. Reportagem do "Jornal Nacional" mostrou que um informante ainda avisou o criminoso sobre a chegada da polícia. Em depoimento, Elias Maluco negou ser traficante: disse que era pintor de carros.
Em 25 de maio de 2005, Elias Maluco recebeu a sentença de 28 anos e meio de prisão por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Ele foi o primeiro condenado entre os sete acusados.
Três anos depois da morte de Tim, todos os acusados já haviam sido condenados. Em 21 de outubro de 2005, o último réu, Ângelo Ferreira, foi sentenciado a nove anos e quatro meses de prisão, menor pena entre todos, porque colaborou com a polícia. Juntas, as sentenças para os assassinos somaram 155 anos de prisão. Relembre no "Jornal Nacional".