A partir de 2009, as construtoras brasileiras vão ter que seguir
uma nova norma de engenharia. O objetivo é diminuir os motivos
de discórdia entre vizinhos.
Veja o site do Jornal
Nacional
Quando comprou o apartamento, o administrador de
empresas Luiz Carlos Landin não imaginava o que teria de
agüentar. “Todo som externo vem para dentro do apartamento”,
reclama.
Os vizinhos de cima não sabiam, mas o simples
acionamento de uma descarga ou mesmo o som de passos faziam
muito barulho no apartamento de baixo. As brincadeiras de uma
criança e o arrastar de cadeiras viravam uma tortura para o
vizinho.
O ruído chega a ser 15% acima do limite que é
considerado confortável pelos especialistas.
“Eu acho que o silêncio faz parte do seu
bem-estar, para você dormir, para você relaxar. Mas, você tem
toda essa barulhada dentro de casa”, reclama.
O problema pode estar onde normalmente o
consumidor não consegue ver: a espessura de uma parede e o tipo
do material usado. Tudo isso influencia no isolamento acústico.
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Uma nova norma brasileira de engenharia determina que não deve
haver vazamento de ruídos entre os cômodos de um imóvel e entre
os apartamentos. Determina também que o piso deve atenuar os
sons resultantes de impacto.
“Vai ser feito um teste e ele pode exigir o seu
certificado antes de comprar. Se não tiver, não compre”, afirma
o professor de acústica da Universidade Federal de Minas Gerais,
Marco Antonio Vecci.
Se necessário, as construtoras deverão usar
materiais especiais entre a laje e o contra-piso. A queda de um
objeto pode causar no andar de baixo um barulho 30% maior do que
sobre um piso com isolamento acústico.
As construtoras tem até maio do próximo ano para
se adequarem às novas regras. Em apartamentos já construídos,
como o de Luiz, vale a regra da boa convivência.
“A gente mandou emborrachar o sapato, que era um
solado de couro e a gente colocou um solado de borracha. A
cadeira, que incomoda, a gente colocou um fundo de feltro. São
coisas muito simples, muito baratas, que não atrapalham nada na
vida de ninguém”, diz o projetista Regis Hoffmann, vizinho de
Luiz.
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