Balanceamento de Dietas Personalizadas, Dietas Clínicas Especiais e Orientação para Dietas Caseiras, Naturais ou Complementação Natural Adequada para Cada Fase da Vida do Animal

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Benefícios das dietas caseiras para animais


Existe uma quantidade inacreditável de mitos criados em torno da alimentação de animais de estimação com comida que normalmente, nós humanos consumimos, pois animais podem vir a ter problemas com essas comidas, no entanto, a fonte do problema na verdade está no desequilíbrio!



Uma dieta desbalanceada é um problema para o organismo de qualquer ser vivo. Um dos grandes causadores de erros por imbalanço na dieta de animais é o homem confundir os animais com o próprio homem.



As dietas caseiras podem ter efeitos excelentes no fortalecimento do organismo animal possibilitando-o de usufruir de todas as das vantagens que os alimentos que ingerimos podem nos trazer, principalmente durante os tratamentos de saúde. E, Complementos naturais podem melhorar a saúde das mucosas intestinais, melhorando até o aproveitamento de nutrientes das rações comerciais.



A dieta caseira é facilmente passível de erro se não for bem orientada, pois as diferenças de metabolismo em comparação com humanos são tão marcantes a ponto de gerarem problemas metabólicos graves se as proporções de nutrientes oferecidas não estiverem de acordo com as necessidades adequadas para cada espécie animal.



Para animais que já apresentem qualquer sintoma clínico a dieta caseira se apresenta como a melhor alternativa, absolutamente, durante qualquer que seja o tratamento. Desde que a densidade de nutrientes seja corretamente manipulada pode-se garantir a maior saúde intestinal, melhora a capacidade de digestão e de absorção de nutrientes bem como sua metabolização.



A dieta caseira abre a possibilidade de diversos estímulos de paladar e olfato, variação de fontes e inclusão de nutrientes de acordo com diversas particularidades, que podem ser ocasionada por uma gama igualmente diversa de situações as quais os animais podem estar dispostos, como doenças, cargas de trabalho, reprodução, fragilidades digestivas e intoxicações, dentre outras situações. Essa forma de alimentação também pode favorecer a saúde com a inclusão de alimentos com características nutracêuticas, que alem de nutrir gera benefícios extras ao organismo, como o fortalecimento do sistema imune. A nutrição é uma importante ferramenta na prevenção de doenças, favorecendo as defesas naturais do animal.



Seguindo as indicações corretamente a dieta caseira gera resultados muito especiais, além de nutrição adequada e saúde, como bem estar e "Felicidade"!



Pode parecer engraçado fazer essa afirmação: "Dieta caseira aumenta a felicidade de animais!" mas é notável a alegria do animal ao sentir um sabor TÃO bom, mas TÃO bom durante sua refeição que, para eles, é quase impossível largar o prato sem um 'sorriso' no focinho, um brilho nos olhos e um rabinho incontrolavelmente abanando em uma gratidão ENORME além de satisfação garantida! E também, os animais se sentem mais integrados à família, pois para os animais que vivem em grupo, compartilhar uma refeição é um importante ato de respeito, compartilhamento e integração com seu grupo.







Consulte um Nutricionista para seu bichinho, pois ele pode ser saudável, bem nutrido e mais feliz do que nunca!!!

Dra. Aline Almeida

Zootecnista Msc., Dsc.



sábado, 7 de janeiro de 2012

Novas tendências para Pet food - Dietas naturais e personalizadas.

Há muitas lendas sobre a alimentação de animais, espalhadas pela internet e que são trazidas de informações do tempo da nossa avó. Hoje sabemos que alguns alimentos que antigamente eram conhecidos como vilões, não são tão medonhos assim. É bom esclarecer que tudo tem o seu limite adequado e ultrapassar esses limites levam a aumento do risco, exatamente como fazemos para nós humanos.


Animais podem comer comida de gente?

Sim, pois a fonte do problema na verdade está no desequilíbrio!

Uma dieta desbalanceada é um problema para o organismo de qualquer ser vivo. O maior dos erros nas dietas é o homem confundir os animais com o próprio homem. As dietas caseiras podem ter efeitos excelentes no fortalecimento do organismo. Complementos naturais podem melhorar a saúde das mucosas intestinais, melhorando até o aproveitamento de nutrientes das rações secas.

O alimento caseiro também depende de seu correto processamento, favorecimento do sabor e da biodisponibilidade de nutrientes, e principalmente, com a variação de fontes e quantidades de fornecimento adequadas, pois somente dessa forma, os animais poderão usufruir de seus benefícios.

Para fazer o preparo em casa é necessária a orientação de profissional habilitado para desenvolver a função de nutricionista para animais, com conhecimento na composição dos alimentos naturais e na sua utilização adequada, para manter um balanceamento adequado de nutrientes. Dessa forma os animais podem usufruir de todas as vantagens que os alimentos que ingerimos podem nos trazer, principalmente durante os tratamentos de saúde.

A nutrição clínica personalizada atende às necessidades de animais que passam por tratamento clínico e não se adaptam bem às rações secas disponíveis para esses cães no mercado atual. Essas dietas são uma importante ferramenta para favorecimento do metabolismo durante os tratamentos, que permite fazer modificações proporcionais para cada caso clinico, respeitando limites e proporções de nutrientes mantendo um balanceamento mínimo.

As dietas caseiras permitem versatilidade, palatabilidade e digestibilidade na alimentação dos animais. Vários distúrbios podem responder às modificações da dieta clínica, como os cardíacos, renais, do trato urinário inferior (urolitíases), obesidade, distúrbios do trato digestivo, distúrbios de fígado, distúrbios glandulares, com reflexos metabólicos como de tireóide, pâncreas e supra renais, e ainda dermatites e alterações diversas de pele e pêlos.

Uma dieta sozinha dificilmente irá curar a doença, dependendo de sua causa, mas esta será uma maneira de se controlar o problema. Providenciando um suporte nutricional, na maioria dos casos, aumentam-se as chances de sobrevivência, porque a dieta vai prevenir a deterioração ou tornar mais lenta a progressão da doença, evitando nutrientes que possam levar ao aparecimento de sintomas e melhorando a qualidade de vida do animal.

Essa forma de alimentação também pode favorecer à saúde com a inclusão de alimentos com características nutracêuticas, que além de nutrir gera benefícios extras ao organismo, como o fortalecimento do sistema imune.

O mercado de alimentação para Pets já percebeu uma demanda entre os proprietários de animais, e cabe ao médico veterinário se informar sobre essas novas possibilidades.

 
Dra. Aline C. Almeida
Zootecnista, DSc., MSc.
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Matéria publicada no jornal do CRMV-RJ edição nº 244 de 2011.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Seu gatinho está ficando velhinho? Saiba como melhorar sua saúde.

Com o passar da idade, o corpo passa por diversas mudanças metabólicas e fisiológicas que, em gatos, podem começar a ser observadas a partir de 10 anos. Pode ocorrer diminuição do aproveitamento de nutrientes da dieta, além mudanças nos hábitos de consumo de alimentos e até rejeição da ração.

Pequenas mudanças no manejo alimentar podem melhorar o metabolismo do seu gatinho e prevenir as possíveis complicações que o envelhecimento pode causar. Dicas úteis:

• Gatos ficam menos dispostos a experimentar novos alimentos, evite mudar repentinamente a dieta.

• Observar e respeitar o gosto do animal por algum alimento, não insistir se o gato o rejeitar.

• Oferecer fontes de proteína mais digestíveis, como carne de rã, peixe, frango bem cozido e carne vermelha também muito bem cozida, ovo e queijo cottage.

• Usar levedura de cerveja (em pó, é facilmente encontrado nas casas de produtos naturais) levemente salpicada sobre o alimento ou uma colher de yogurt natural sem açúcar, podem estimular o paladar e aumentar a saúde do intestino.

• Um fio de azeite ou óleo extraído da semente de linhaça sobre a comida pode aumentar a absorção de vitaminas e fortalece o sistema imune.

• Observar as condições das gengivas e dos dentes periodicamente.

Lembre-se de consultar o veterinário se o animal apresentar falta persistente de apetite, emagrecimento repentino, fraqueza ou prostração.



Lembre-se: A saúde do seu bichinho também entra pela boca!



Dra. Aline Almeida
Zootecnista, especialista em nutrição de animais

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Entrevista - parte dois

Esta foi a segunda parte da entrevista q concedi para a revista "Coop", de São Paulo, que gerou uma matéria super bacana que vai sair na edição de setembro de 2011.


Por Ivanilde Sitta - repórter da Revista Coop

Sobre rações:
 
- Um animal que se alimenta exclusivamente de ração, respeitando o consumo diário indicado pelo veterinário, tem todas as suas necessidades nutricionais atendidas? Ou seja, não precisa de mais nada?


Sim, as rações de forma geral são balanceadas de acordo com as necessidades médias dos animais, com todos os nutrientes que um animal precisa receber a cada porção oferecida. Contudo, isso não a torna perfeita, pois como para nós humanos, os animais também expressam características individuais de metabolismo que podem ser melhoradas com um manejo nutricional diferenciado, para incrementar o aproveitamento dos nutrientes contidos na ração.


- Quais os benefícios uma dieta de ração balanceada pode trazer ao animal?

Bom, a ração é um alimento completo, com todos os nutrientes que um animal precisa receber todos os dias, então a ração pode prevenir o aparecimento de distúrbios de saúde relacionados à falta de nutrientes, como vitaminas, ácidos graxos essenciais, energia e proteína.


- Para cada raça existe um tipo de alimentação?


Existem diversas fábricas de ração que estão investindo nas linhas especiais de rações para diferentes raçãs de cães, pois foram observadas em estudos nutricionais que as raças diferem entre si nas necessidades de alguns nutrientes e essas diferenças, quando não são devidamente respeitadas, podem fazer com que os animais apresentem distúrbios de saúde relacionados a falta ou excesso de nutrientes da ração oferecida, como por exemplo, diabetes, problemas de pele e pêlos, enjôos e distúrbios do metabolismo hepático. Com isso, raças grandes, raças pequenas, raças de pêlo longo e raças com particularidades metabólicas devem sim receber um manejo alimentar diferenciado, respeitando suas particularidades com relação a utilização de nutrientes pelo organismo.


 - Quais as versões de ração disponíveis no mercado hoje? Já vi até ração dietética.

De forma geral existem as rações de:

- Ração manutenção - para animais adultos, com atividade física moderada;
- Ração crescimento - para filhotes, geralmente indicada até um ano de idade;
- Ração gestação e lactação - para que fêmeas gestantes ou lactentes recebam todos os nutrientes necessários para manter sua saúde e um bom desenvolvimento de seus filhotes durante essas fases;
- Rações raças específicas - essas rações são especiais para diferenciar as raças, principalmente na fase de manutenção, as mais comuns são para diferenciar raças grandes de raças pequenas e as raças de pêlos curtos das raças de pêlos longos;
- Ração atletas - para animais de alta performance, que desenvolvem atividades físicas constantemente, como animais de corrida, provas de agilidade e animais que participam das forças policiais com uma carga constante de treinamentos.

Existem também as linhas de rações que possuem formulações especiais para animais que estejam desenvolvendo problemas de saúde, essas são indicadas geralmente pelos zootecnistas ou veterinários responsáveis no momento do tratamento, por exemplo:

- Ração diet - para animais que estejam obesos e precisam perder peso;
- Ração diabetic - para os diabéticos;
- Ração hipoalergênica - para os que fazem tratamentos de alergias, principalmente as relacionadas à pele e pêlo;
- Ração urinary - para animais que estejam com problemas relacionados a formação de pedras na bexiga, distúrbio conhecido como urolitíase;
- Ração renal - para os que apresentem insuficiencia renal;
- Ração hepatic - específica para distúrbios do fígado;
- Ração digestive - para animais em tratamentos gástricos, como gastrites ou infecções intestinais.

E, ainda podemos encontrar no mercado linhas de rações 'naturais' com baixa inclusão de conservantes quimicos, corantes e flavorizantes (doadores de sabor) artificiais, as rações úmidas e semi-umidas, geralmente enlatadas, com maiores índices de digestibilidade (aproveitamento) de proteínas e maior conteúdo de água favorecendo a digestão e o sistema urinário.

Com o avanço das pesquisas em nutrição animal, muitas outras linhas de rações estão entrando no mercado e ainda entrarão, procurando atender de forma ainda mais específica as necessidades que os animais possam ter.

 - A melhor indicação para a escolha da ração é o veterinário ou o balconista do pet também tem capacidade para indicar?


Isso depende muito de treinamento recebido pelos profissionais, pois nem todos os veterinários estão treinados para conhecer detalhadamente a composição de todas as rações, bem como os vendedores das casas de ração. É importante que as fábricas e distribuidoras de ração façam esse trabalho de informar vendedores, veterinários e criem meios de até os prorietários possam compreender o diferencial da composição das diferentes linhas de ração. De forma geral o profissional mais especializado nesta área é o zootecnista, mas ainda é raro a disponiibilidade desses profissionais no atendimento de Pets.

 - É verdade que cachorro não pode comer ração de gato (ou vice e versa)? Por quê?


Poder comer até pode, mas não é adequado, pois, alongo prazo alguns proplemas podem se tornar graves. Cães e gatos são diferentes no metabolismo, e uma das grandes diferenças na composição das rações é o conteúdo de vitamina A. Gatos precisam ter na composição da sua ração essa vitamina pré-formada pois seu organismo não é capaz de produzi-la então, cães que se alimentem de ração de gato podem sofrer problemas com o excesso de vitamina A, o que chamamos de hipervitaminose, além da ração de gatos ser mais energética que a ração de cães, levando a um balanço energético positivo, ou seja, o ganho de peso excessivo. Já gatos que se alimentem de rações de cães podem ter deficiências diversas com relação a nutrientes que os cães metabólicamente podem produzir e os gatos não, como a própria vitamina A e os aminoácidos arginina e taurina levando-os a um quadro de deficiência nutricional grave, entre outros aspectos negativos.

 - A ração animal para ser boa tem de ser cara?

Nem sempre! Geralmente o preço da ração não reflete exatamente o que a compõe, e sim o preço de mercado. Contudo não podemos negar que as rações premium e super-premium levam, realmente, a um melhores condições digestivas para os animais, pois essas rações e possuem ingredientes diferenciados que melhoram o aproveitamento dos nutrientes contidos nela e o melhor desempenho e saúde do animal, além de favorecer a redução do volume e dos odores desagradáveis das fezes.

As maiores diferenças entre essas rações e as que são de menor custo fica na quantidade que deve ser fornecida ao animal, pois se ele aproveita menos nutrientes, maiores porções devem ser oferecidas para que não haja deficiencias nutricionais. O Nutriente mais caro da ração, e que geralmente é o maior diferencial entre as rações, são as fontes de proteínas que nas rações, a maior parte são de fontes vegetais, e fontes proteína vegetal apresentam baixos indices de digestibilidade para cães e gatos quando comparados a fontes de origem animal, então rações mais baratas podem ser complementadas com fontes de proteína animal (carnes diversas) sem prejudicar o desenvolvimento do animal.


Dra. Aline Conceição Almeida,
Zootecnista, Mestre e Doutora em nutrição e manejo alimentar para animais.
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domingo, 14 de agosto de 2011

Entrevista - primeira parte

Esta foi uma parte da entrevista q concedi para a revista "Coop", de São Paulo, que gerou uma matéria super bacana que vai sair na edição de setembro de 2011.
Por Ivanilde Sitta - repórter da Revista Coop

sobre dieta natural:

- É contraindicado o animal se alimentar, além da ração, de comida caseira, a mesma que os donos consomem?


Com o manejo adequado, não, não é. O maior problema em alimentar os cães com dieta caseira é confundí-los com os humanos. Os animais possuem características de metabolismo muito diferentes das nossas, e a maior parte dos erros estão exatamente na falta de conhecimento dessas particularidades. O alimento caseiro, quando é oferecido respeitando limites, ítens e quantidades adequadas pode ser muito benéficos a saúde do animal, favorecendo a absorção de nutrientes e melhorando a saúde intestinal entre outras vantagens. É então muito importante para quem deseja adotar essa pratica consultar um zootecnista, que tem a formação de nutricionista especializado para animais, para conhecer esses limites que possam favorecer, e não prejudicar a saúde dos Pets. Como a alimentação humana é muito rica em carbohidratos pouco complexos, os açucares, entre os erros mais comuns podemos encontrar o ganho de peso excessivo, diarréias e problemas de dentes.


 - Quais alimentos caseiros os bichos podem comer? A Sra poderia, inclusive, me fornecer uma lista de pelo menos 10 alimentos prejudiciais aos cães e explicar a causa? É que li um artigo que fala que abacate, uva e uva passa, espinafre, broto de batata, alimentos preparados com cebola ou alho, pimentas e chocolate são altamente danosos aos cães. Gostaria de saber se isso realmente é verdade.

Bom, existem muitas lendas sobre a alimentação de animais, muitas espalhadas pela internet e muitas que são trazidas de informações do tempo da nossa vó. Hoje em dia já sabemos que alguns alimemtos tido como vilões já não são tão medonhos assim. Lembrando sempre que tudo tem o seu limite adequado e ultrapassar esses limites levam a aumento do risco, exatamente como fazemos para nós humanos. É importante ressaltar que quando o animal só se alimenta de ração e nunca recebe complementos fora de sua dieta, a inclusão de alimentos naturais bruscamente aumenta o risco de diarréia, por falta de adaptação da flora intestinal aos alimentos novos. Então, todas a modificaçãoes nas dietas devem começar com pequenas quantidades.

- frutas - Dificilmente encontra-se justificativa plausível para contra-indicação de frutas para cães. As frutas são fontes de antioxidantes naturais e vitaminas muito benéficos para a saúde, além de conter água e sais minerais. Um diferencial de maior benefício ainda, com relação as frutas está nas suas proporções entre a relação de fibras não-fermentáveis e fermentáveis pelo intestino grosso, que melhora a absorção de nutrientes e previne contra contaminação de bactérias patogênicas causadoras de diarréias e enterites (inflamações na mucosa intestinal) e mantém o fluxo intestinal normal. O tipo de açúcar contido nas frutas é ainda considerado de boa qualidade para o metabolismo, visto que não é formado por moléculas de glicose unicamente, mas sim em conjunto com a frutose, que reduz a exigência na liberação de insulina pelo pâncreas, reduzindo os riscos de diabetes.

Contudo, o segredo é a moderação, excessos de algumas frutas podem causar imbalanços desagradáveis, porém nada sério, exemplos:

1. abacate é muito rico em moléculas ácidos graxos (gorduras) e açúcares e pode causar diarréia além de aumentar o risco de sobre peso;

2. bananas possuem muito carbohidrato e seu excesso também aumenta o risco de sobre-peso e, ao contrário do abacate, pode causar retenção das fezes;

3. uvas, frescas ou na forma de passas, podem causar gases e, com isso, as cólicas pois, possuem alto teor de fibras fermentáveis. Ainda existe o risco de danos aos rins pelo conteúdo de suas sementes;

4. mangas, apesar de muito saborosas, o excesso, pelo seu teor de fibras não-fermentáveis, pode causar amolecimento das fezes e redução a digestibilidade dos nutrientes da ração;

- verduras e legumes - Novamente eu insisto, que problemas com alimentos deste tipo cozidos só são demonstrados quando não existe um limite de inclusão na alimentação. legumes e verduras de forma geral são benéficos por serem naturalmente fontes de vitaminas e minerais, com bons índices de digestibilidade, contudo devemos tomar cuidadocom alimentos que são pobres em nutrientes e ricos em apenas energia, esses podem ocasionar sobre-peso e deficiências de nutrientes.

5. arroz branco e a batata inglesa, são fonte de energia de alta digestibilidade, aumentam a concentraçao de glicose no sangue e estimulam a liberação de insulina, mas são pobres em outros nutrientes, não devem ser administrados como única fonte de alimento;

6. arroz integral tem o mesmo problema do arroz branco, agravado pelo teor de fibras insolúveis e silica, aumentando a velocidade do bolo alimentar no intestino, reduz a digestibilidades dos outros nutrientes da dieta e aumenta o risco de diarréia;

legumes e verduras variadas, como batata barôa, couve-flor, brócolis, vagens, nhame, cenoura e beterraba entre outros, cozidos e oferecidos misturados, geralmente não trazem nenhum tipo de problema.

7. tomates devem ser oferecidos sem sementes, pois é onde se encontra a maior concentração de oxalatos, citados como potencialmente lesivos aos rins. Esse é o mesmo problema que poderiam citar como sendo do espinafre e de alguns tipos de brotos, mas as quantidade oferecidas na alimentação dificilmente alcançaria níveis tóxicos em apenas uma refeição e em pequenas quantidades, seus beneficios superam seus malefícios.

- alimentos indústrializados -

8. massas, pães, macarrão, bolos e biscoitos, principalmente se forem doces devem ser evitados, pois além de serem considerados calorias vazias, ou seja, são energéticos com conteúdo nutricional pobre, os animais são menos eficientes que os humanos para digeri-los e podem causar, se forem oferecidos frequentemente o sobre-peso, a diabetes e outras complicações como aumento de risco cardíaco e variação de pressão. Os menos prejudiciais são os integrais, mas mesmo assim devem ser evitados.

9. chocolate - possui substâncias que podem ser tóxicos e excitantes para sistema nervoso e cardiovascular dos animais, como a theobromina e a cafeína, chegando-se a atingir níveis tóxicos quando são oferecidos quantidades acima de 5g /kg de peso vivo. Chocolates também são ricos em açúcar e gorduras, que desequilibram o balanço energético e podem engordar.

- tempêros -

10. cebolas e alho são comumente citados como tóxicos, mas como seu sabor é muito forte, dificilmente numa refeição se atinge os niveis de toxicidade destes tempêros, ma verdade, em pequenas quantidades são excelentes palatabilizantes (doadores de sabor) naturais com boa aceitação entre os animais. A cebola em excesso pode antes de atingir níveis tóxicos aumentar a formação de gases. E, o óleo do alho tem sido muito estudado como estimulante do sistema imune e suas fibras são ricas em inulina, um elemento prebiótico de alta qualidade que favorece a flora intestinal e inibe o desenvolvimento de bactérias patogênicas nos intestinos.

11. pimentas devem ser evitadas por causar uma certa irritação das mucosas aumentar o risco de gastrite e outros distúrbios do aparelho digestivo.


Dra. Aline Almeida

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dicas sobre a água

A Importância da água



Nunca se esqueça de verificar se o seu bichinho possui água disponível em quantidade suficiente e fresca! A maioria dos animais preferem ingerir água com temperatura ABAIXO  da temperatura ambiente.
A água é essencial para manutenção do equilíbrio químico do organismo, da distribuição de sais e nutrientes por todos os tecidos e, consequentemente da sua saúde.
Voce pode observar sempre que puder a cor da urina do seu bichinho. O ideal é amarelo claro e translúcida, quanto mais escura pior!

A proporção de água mínima a ser ingerida por dia é de 2,5x a quantidade de alimento seco. Ou seja: a cada 100g de alimento seco deve-se ingerir 250 ml de água!

Negligenciar a água é o mesmo que negligenciar a saúde do seu Pet!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Benefícios das dietas caseiras para animais

Existe uma quantidade inacreditável de mitos criados em torno da alimentação de animais de estimação com comida que normalmente, nós humanos consumimos, pois animais podem vir a ter problemas com essas comidas, no entanto, a fonte do problema na verdade está no desequilíbrio!

Uma dieta desbalanceada é um problema para o organismo de qualquer ser vivo. Um dos grandes causadores de erros por imbalanço na dieta de animais é o homem confundir os animais com o próprio homem.

As dietas caseiras podem ter efeitos excelentes no fortalecimento do organismo animal possibilitando-o de usufruir de todas as das vantagens que os alimentos que ingerimos podem nos trazer, principalmente durante os tratamentos de saúde. E, Complementos naturais podem melhorar a saúde das mucosas intestinais, melhorando até o aproveitamento de nutrientes das rações comerciais.

A dieta caseira é facilmente passível de erro se não for bem orientada, pois as diferenças de metabolismo em comparação com humanos são tão marcantes a ponto de gerarem problemas metabólicos graves se as proporções de nutrientes oferecidas não estiverem de acordo com as necessidades adequadas para cada espécie animal.

Para animais que já apresentem qualquer sintoma clínico a dieta caseira se apresenta como a melhor alternativa, absolutamente, durante qualquer que seja o tratamento. Desde que a densidade de nutrientes seja corretamente manipulada pode-se garantir a maior saúde intestinal, melhora a capacidade de digestão e de absorção de nutrientes bem como sua metabolização.

A dieta caseira abre a possibilidade de diversos estímulos de paladar e olfato, variação de fontes e inclusão de nutrientes de acordo com diversas particularidades, que podem ser ocasionada por uma gama igualmente diversa de situações as quais os animais podem estar dispostos, como doenças, cargas de trabalho, reprodução, fragilidades digestivas e intoxicações, dentre outras situações. Essa forma de alimentação também pode favorecer a saúde com a inclusão de alimentos com características nutracêuticas, que alem de nutrir gera benefícios extras ao organismo, como o fortalecimento do sistema imune. A nutrição é uma importante ferramenta na prevenção de doenças, favorecendo as defesas naturais do animal.

Seguindo as indicações corretamente a dieta caseira gera resultados muito especiais, além de nutrição adequada e saúde, como bem estar e "Felicidade"!

Pode parecer engraçado fazer essa afirmação: "Dieta caseira aumenta a felicidade de animais!" mas é notável a alegria do animal ao sentir um sabor TÃO bom, mas TÃO bom durante sua refeição que, para eles, é quase impossível largar o prato sem um 'sorriso' no focinho, um brilho nos olhos e um rabinho incontrolavelmente abanando em uma gratidão ENORME além de satisfação garantida! E também, os animais se sentem mais integrados à família, pois para os animais que vivem em grupo, compartilhar uma refeição é um importante ato de respeito, compartilhamento e integração com seu grupo.



Consulte um Nutricionista para seu bichinho, pois ele pode ser saudável, bem nutrido e mais feliz do que nunca!!!

Dra. Aline Almeida
Zootecnista Msc., Dsc.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Prebióticos e Probióticos, você sabe a diferença?



O feto humano ou animal não contém germes. Mas logo após o nascimento as superfícies e mucosas são rapidamente colonizadas por microrganismos, segundo uma seqüência determinada para cada espécie. A duração desse processo também varia de espécie para espécie. No ser humano, por exemplo, são necessários de seis a 12 meses para que uma microbiota (microflora) semelhante à de um adulto se instale. Um ser humano adulto possui cerca de 100 trilhões de microrganismos de 300 a 400 espécies diferentes. No total, essa microbiota pesa cerca de 1,2 kg e tem uma atividade metabólica global semelhante à de um fígado. A microbiota normal pode, portanto, ser considerada como um órgão responsável pelo desempenho de funções benéficas aos animais e ao homem.


PROBIÓTICOS 


            São suplementos microbianos vivos que, ingeridos, melhoram o balanço microbiano do intestino do hospedeiro. Embora hoje os probióticos já tenham também aplicações nos ecossistemas respiratórios e urogenital, nos restringiremos a discutir sua ação no trato digestivo. Entre os probióticos mais estudados, tanto experimental quanto clinicamente, estão as bactérias e as leveduras. Alguns já são comercializados, sendo vendidos sob a forma de preparações, com um ou vários microrganismos vivos.

             Dos gêneros de bactérias mais investigados estão os Lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus, Enterococcus e Escherichia, os dois primeiros são os que apresentam dados mais consistentes. Os Lactobacilli foram os primeiros microrganismos a serem administrados em sua forma viva, por via oral, visando produzir efeitos benéficos à microbiota digestiva. No início deste século, o microbiólogo russo Elie Metchnikoff (1845-1916) sugeriu o consumo de leite fermentado para modular essa microbiota. Na mesma época, o microbiólogo Francis Tissier observou que a microbiota fecal de recém-nascidos amamentados no seio apresentava mais Bifidobacterium do que a microbiota fecal de crianças que haviam recebido formulações e reconheceu o papel benéfico dessa bactéria. De fato, o gênero Bifidobacterium é típico da microbiota que predomina no trato digestivo humano, apresentando alta estabilidade populacional. Já os Lactobacilli são subdominantes, com populações bastante flutuantes. Desses gêneros de bactérias lácticas, as espécies mais usadas hoje como probióticos são: Lactobacillus acidophilus, L. casei, L. fermentum, L. plantarum, L. reuteri, Bifidobacterium bifidum e B. longum. Com menor freqüência, outros gêneros bacterianos já foram usados como probióticos em ensaios laboratoriais e clínicos, como as cepas de Escherichia coli EMO e Nisle e de Enterococcus faecium SF68. Esses microrganismos fazem parte da microbiota subdominante humana e são os primeiros a colonizar o trato digestivo do recém-nascido.

              Entre as leveduras, Saccharomyces boulardii é a única que foi amplamente testada em ensaios laboratoriais e clínicos. Esse microrganismo foi inicialmente isolado na lechia, planta da família das sapindáceas que ocorre nas regiões quentes da Ásia. Seus frutos contaminados pela levedura eram usados na medicina popular local para tratar a diarréia. O produto foi utilizado com a mesma finalidade a partir de 1960 e hoje é amplamente comercializado na Europa, África e América do Sul (Nicoli & Vieira, 2000).

             Os probióticos atuam inibindo a proliferação de bactérias patógenas pela produção de ácidos orgânicos e substâncias antibióticas ou pela redução de pH. As bactérias benéficas atuam produzindo enzimas digestivas e metabólitos capazes de neutralizar as toxinas bacterianas; ainda aumentam a imunidade da mucosa intestinal proliferando no trato digestivo e competindo com as bactérias patogênicas (Ferket, 1990 citado por SILVA et al, 2000). Ewing & Cole em 1994 (citados por SILVA, et al, 2000) descreveram também que os lactobacilos são capazes de influenciar a atividade das enzimas dos microvilos, as quais estão envolvidas no processo de absorção dos nutrientes e, dessa forma, beneficiam o hospedeiro.

          Entre as indicações dos efeitos benéficos dos probióticos, tem sido apontada para prevenção e tratamento coadjuvante de diarréias, assim como de doenças inflamatórias intestinais. Existem também indícios de que possam ser benéficos na prevenção primária de doenças alérgicas. As principais propriedades são: melhoria da atividade intestinal; facilita a digestão; inibe bactérias intestinais nocivas; previne infecção; adsorve substâncias carcinógenas; promove sabor aos alimentos; melhora o sistema imunológico e, estudos demonstram que, seu uso tópico auxilia doenças de pele. Hoje, pode-se afirmar que os probióticos são preparações seguras e já utilizadas em vários países (CARRANO, 2002).



              Abaixo são apresentados alguns dos efeitos fisiológicos dos probióticos.




1 - Inibição de bactérias intestinais indesejáveis - isto pode ocorrer por produção de substâncias bactericidas:


• Os lactobacilos podem produzir peróxido de hidrogênio, substância inibidora da Escherichia coli, salmonela, etc.


• Adesão à mucosa e multiplicação - este termo se refere à capacidade dos probióticos de aderirem nas vilosidades intestinais competindo e inibindo a fixação de patogênicos, como por exemplo, escherichia coli. A adesão não ocorre com todos os probióticos, segundo Bengmark, parece ser verdadeiro somente para o Lactobacilos Plantarum 299.


• Presença sem adesão à mucosa - para que isto ocorra é necessário que a ingestão do probiótico seja contínua pois sua suspensão não garante permanência no colon por período prolongado.


2 - Ativação da imunidade humoral e celular - Os Lactobacilos acidófilo, bulgárico e casei parecem aumentar a atividade fagocitária, a síntese de imunoglobulinas (IgA) e a ativação dos linfócitos T e B.


3 - Aumento da digestibilidade da lactose - os Lactobacilos produzem a enzima beta galactosidade que facilita a digestão da lactose






             
              PREBIÓTICOS




             São componentes da dieta, fermentados especificamente, cujo alvo são populações de bactérias intestinais consideradas benéficas para a saúde. Isto é, são ingredientes não digeríveis pelas enzimas digestivas, que afetam o hospedeiro modificando o crescimento e/ou a atividade de uma ou um número de bactérias benéficas no cólon tendo assim, o potencial de melhorar a saúde do hospedeiro. Compreendem a inulina e os frutooligossacarídeos (FOS). Quanto à recomendação do uso diário, os estudos variam de 8 a 10 gramas/dia para seres humanos.

Embora os aspectos clínicos da prebiose e seus aspectos relativos à promoção da saúde ainda não tenham sido definidos, é razoável supor que esta tecnologia pode ser útil para o futuro desenvolvimento dos alimentos que influenciam a bacteriologia do intestino grosso e finalmente o curso de certas doenças intestinais, pois estimulam o crescimento de bifidobactérias e suprimem o crescimento de bactérias putrefativas (CARRANO, 2002).

            
 
             A IMPORTÂNCIA DA MICROFLORA INTESTINAL
 

              Coloca-se então a questão:
- a microflora intestinal e assim tão importante?
- De fato, a microflora é essencial para a decomposição das substâncias alimentares que não foram digeridas, integridade das paredes intestinais, produção de vitaminas, particularmente do grupo B e ácidos gordos, estímulo à resposta imunitária, redução do nível do colesterol no sangue das aves e proteção contra microrganismos patogênicos.

             O intestino é parte importante do sistema imunitário, existem inúmeras doenças que são causadas pelo seu mau funcionamento e pela debilidade imunitária a que dá origem. Assim, o saneamento do intestino faz-se não só através do combate aos microrganismos indesejáveis (com antibióticos, sulfonamidas e antiparasitários), mas também por meio da reposição da flora bacteriana natural - microflora - com Probióticos. Também colaboram para manter um intestino em forma, os alimentos ricos em fibras, pão integral, germe de trigo, linhaça (cuidado com as sementes rançosas), legumes e fruta (mas cuidado com os pesticidas e fermentações), tudo isto claro, numa combinação equilibrada com os outros alimentos. De uma forma simplista, pode-se dizer que, enquanto existir uma microflora sadia nos intestinos, não haverá espaço para a entrada de bactérias patogênicas, como Salmonelas, Colibacilose, Cândidas, etc. Daí, sempre que existam indicações de debilidade, haverá em primeiro lugar que repor então toda a microflora, que na grande maioria dos casos será suficiente a utilização de Probióticos, sem necessidade de recorrer a outros produtos farmacêuticos como os antibióticos, antiparasitários, etc (PIRES, 1998).

 
 
Probióticos para diferentes espécies de animais

             Existem uma infinidade de preparados comerciais para uso na alimentação animal de várias espécies de monogástricos, porém pouco se tem de informações cientificas que comprovem resultados que possam se refletir em produção ou produtividade. Contudo, o efeito de bem estar animal e manutenção da integridade metabólica do aparelho digestivo, além de seus efeitos coadjuvantes nos tratamentos de patologias que acometem o aparelho digestivo, é inquestionável.




Dra. Aline Almeida
Zootecnista, DSc., MSc.







Bibliografia citada:

CARRANO, C. H.. Probióticos e prebióticos. Disponível em: http://www.enteral.com.br/dicas8.htm





BUTOLO, J. E. Tendências de uso de alimentos funcionais para animais de estimação. Gui xclusive Pet & Horse, Disponível em: http://www.xclusive.com.br/guia/pet/artNutricaoCbna.pdf



PIRES, L. Os Probióticos: em benefício da vida das aves. Boletim Informativo do
Clube Ornitológico Português. 1998. Disponível em: http://www.terravista.pt/Nazare/2222/probio.htm


Para os gatos

Seu gatinho está ficando velhinho? Saiba como melhorar sua saúde.



Com o passar da idade, o corpo passa por diversas mudanças metabólicas e fisiológicas que, em gatos, podem começar a ser observadas a partir de 10 anos. Pode ocorrer diminuição do aproveitamento de nutrientes da dieta, além mudanças nos hábitos de consumo de alimentos e até rejeição da ração.

Pequenas mudanças no manejo alimentar podem melhorar o metabolismo do seu gatinho e prevenir as possíveis complicações que o envelhecimento pode causar.


Dicas úteis:

• Gatos ficam menos dispostos a experimentar novos alimentos, evite mudar repentinamente a dieta.

• Observar e respeitar o gosto do animal por algum alimento, não insistir se o gato o rejeitar.

• Oferecer fontes de proteína mais digestíveis, como carne de rã, peixe, frango bem cozido e carne vermelha também muito bem cozida, ovo e queijo cottage.

• Usar levedura de cerveja (em pó, é facilmente encontrado nas casas de produtos naturais) levemente salpicada sobre o alimento ou uma colher de yogurt natural sem açúcar, podem estimular o paladar e aumentar a saúde do intestino.

• Um fio de azeite ou óleo extraído da semente de linhaça sobre a comida pode aumentar a absorção de vitaminas e fortalece o sistema imune.

• Observar as condições das gengivas e dos dentes periodicamente.

Lembre-se de consultar o veterinário se o animal apresentar falta persistente de apetite, emagrecimento repentino, fraqueza ou prostração.



Lembre-se: A saúde do seu bichinho também entra pela boca!



Até Breve!


Dra. Aline Almeida
Zootecnista DSc., MSc.

Fibras para animais

A fibra tem sido considerada ultimamente como um dos mais importantes alimentos da categoria dos "Nutracêuticos", que são os alimentos que além de seus nutrientes, podem trazer outros benefícios à saúde do organismo de alguma outra forma. As fibras dos diferentes tipos de alimentos podem ter propriedades prebióticas, favorecendo tipos de microorganismos intestinais que protegem a mucosa intestinal, favorecem a produção nutriente destes microorganismos e inibe a proliferação de patógenos. A associação de diferentes tipos de fibras na dieta pode ainda favorecer a absorção de nutrientes provenientes da alimentação, manter o fluxo da digesta intestinal, favorecer a formação do bolo fecal e prevenir distúrbios digestivos e até câncer de cólon.

Estes preceitos são válidos para humanos e animais, desde que sejam respeitados os limites de cada tipo de fibra e de alimento adequado para cada espécie.





A importância da Fibra na Nutrição Animal


1. Introdução


              Incluída no rol dos alimentos funcionais definidos como aqueles que “podem ajudar a melhorar as funções vitais, ajudando, inclusive a prevenir, e/ou tratar moléstias” a fibra dos alimentos ou produtos deles derivados ganham novo “status” entre os nutrientes nesta ultima década do século XX.
              MALAFAIA et al. (2002) citando EHLE et al. (1982), afirmaram que até meados da década de 70, a fibra (constituintes da parede celular vegetal, que são carboidratos estruturais) era descrita como componente inerte na alimentação de carnívoros e onívoros e a partir desta época essa idéia começou a ser repensada.
            Característica exclusiva dos alimentos vegetais, a fibra dietética desempenha na nutrição um papel relevante. Seu estudo tem sido bastante dificultado pela complexidade da composição da chamada “fibra” que engloba integrantes com diversas funções químicas e que variam qualitativamente e quantitativamente à medida da evolução da vida do vegetal considerado. Qualquer parte (raiz, caule, folhas, flores, ou frutos) de qualquer vegetal apresenta estrutura celular, cujas paredes encerram os nutrientes, estes tecidos celulares, que em sua maior parte é constituída polissacarídeos. Com isso, podemos então afirmar que em uma dieta em que os alimentos de origem vegetal são variados, as concentrações de fibra dietética podem variar bastante, com implicações nutricionais. Essa observação demonstra a dificuldade que os nutricionistas encontram para assegurar o consumo de equivalente qualidade e quantidade de fibra dietética.  
             Para a possibilidade de utilização dos nutrientes contidos nas células vegetais, as paredes devem ser rompidas, o que se consegue com a mastigação, com os movimentos do antro estomacal, ou quando o produto sofreu um tratamento prévio, culinário ou tecnológico (como é o caso das farinhas de cereais, de raízes ou de outras porções vegetais), pelos processos utilizados no preparo.
             A fração designada fibra dietética em alimentos corresponde então, à soma de resíduos de paredes celulares e dos tecidos de sustentação dos vegetais, consumidos nas mais variadas dietas, correspondendo a um conjunto de compostos que resistem a hidrólise pelas enzimas endógenas do tubo digestivo.

2. Características da fibra dietética


              A fibra dispõe de numerosas propriedades, podendo-se destacar:



• São substancias de origem vegetal;
• Formam um conjunto heterogêneo de moléculas complexas;
• Não podem ser digeridas pelas enzimas endógenas do trato digestivo dos animais monogástricos;
• Podem ser parcialmente fermentadas por microorganismos do cólon;
• Possuem faculdades osmóticas.

            A adição de fontes vegetais, ricas em polissacarídeos não amiláceos e carboidratos estruturais, na dieta de animais não-ruminantes podem levar a uma redução na digestibilidade de alguns nutrientes de tal dieta, pois as fibras são capazes de formar compostos com água, deixando a digesta mais viscosa e dificultando a ação das enzimas digestivas, segundo VAN SOEST (1994).
             Os diferentes tipos de materiais que compõem a fibra dietética apresentam diferentes graus de solubilidade em água, sendo alguns capazes de formar géis, condições que influenciam suas ações no organismo e também sua degradabilidade pelas bactérias intestinais. A celulose é resistente à degradação e insolúvel em água. Assim, os integrantes da fração fibra classificam-se em solúveis (goma, mucinas e pectina) e insolúveis em água (celulose, hemicelulose e lignina).

3. Digestão e influências da fibra no aparelho digestivo


                Os efeitos no organismo de animais monogástricos provocados pela ingestão de fibra dietética com maior importância são:

      No estômago: A fibra desencadeia um aumento de salivação por causa da necessidade de maior tempo de mastigação e causa, portanto, um atraso no esvaziamento gástrico. A fibra solúvel pode ser utilizada em dietas de emagrecimento porque aumenta o volume do bolo alimentar e leva à sensação saciedade.
      No intestino delgado: O aporte de fibra na alimentação causa a maturação de vilosidades intestinais, aumentando a área absortiva das mesmas. Desta maneira atrasa ou diminua a absorção de matérias orgânicas ou inorgânicas. Esta questão é importante na questão do metabolismo de glicose (fibra solúvel) e do colesterol (fibra insolúvel e lignina).

       No intestino grosso: A fibra acelera o trânsito intestinal porque aumenta a massa fecal e esta por sua vez estimula a propulsão das fezes, aumentando o peristaltismo.

             O conhecimento das propriedades físico-químicas da fibra é importante para explicar os efeitos fisiológicos globais na nutrição dos animais e do homem. A estrutura física, a grande escala de polimerização e a associação macromolecular, são os fatores que mais determinam algumas propriedades das fibras. Estas podem influir no transito intestinal das dietas, alterando o peristaltismo, na absorção de minerais e, com a adsorção de sais biliares, no metabolismo de lipídeos. A capacidade de absorver água, o intercâmbio catiônico e a adsorção de elementos na matriz da digesta, são variáveis de acordo com a composição da parece celular. A quantidade de hemiceluloses e pectinas presentes determina a maior higroscopicidade do bolo alimentar (FERREIRA, 1994).
             A capacidade de troca catiônica da fibra, medida pela capacidade de ligar-se a íons metálicos, conduzindo à alterações na absorção de elementos minerais e também afetar a ligação de microorganismos aos polissacarídeos alterando também a taxa de digestão das subtâncias estruturais da parede celular vegetal. Substâncias que possuem grupamentos ácidos como o urônico (pectinas) e fenólicos (lignina), ou mesmo resíduos sulfatados, podem ligar-se ao magnésio, cálcio, zinco e ferro, juntamente com outras substâncias capazes de quelar cátions bivalentes que podem estar presentes na célula vegetal, como fitatos, silicatos e oxalatos. A lignina em particular tem sido apontada como uma das maiores responsáveis por interferências negativas na absorção de minerais por sua forte capacidade de ligação iônica, além de grande capacidade de reter ácidos biliares, assim como a pectina, com possível repercussão no metabolismo de lipídeos, impedindo a reabsorção e reduzindo o “pool” entero-hepático de colesterol circulante, que passa a ser mobilizado para a produção de novos ácidos biliares, baixando conseqüentemente, a concentração sérica de colesterol. Outro fator a ser considerado é a do ácido propiônico inibir a síntese de colesterol em hepatócitos in vitro (CHEN et al, 1981, citado por FERREIRA, 1994).
              No pH 2,5 do estomago, fortemente ácido, algum cálcio da parede celular pode ser deslocado, o que irá ter influência sobre a solubilidade dos polissacarídeos pécticos, contribuindo para aumentar a taxa dos integrantes solúveis da fibra dietética. E, é na porção solúvel da fibra dietética que vem sendo creditados os maiores benefícios nutricionais.
             De qualquer forma, os efeitos fisiológicos da fibra dietética são devidos à composição e às propriedades físicas dos polissacarídeos presentes. Embora não seja possível predizer com certeza a relação existente entre estrutura, propriedade e efeitos fisiológicos, pode-se com razoável segurança afirmar, por exemplo, que o ritmo de absorção da glicose depende da presença, ou não, de compostos capazes de forma soluções viscosas, como a pectina.
              A presença da fibra dietética nos alimentos consumidos retarda a absorção dos nutrientes auxiliando o aparecimento da sensação de saciedade que favorece o menor consumo de alimentos agindo com um controlador de ingestão. Nos estudos de nutrição humana, à fração insolúvel da fibra é atribuído o aumento do bolo fecal que garante o peristaltismo intestinal e evita a constipação, anulando o risco de aparecimento de hemorróidas e diverticulites (inflamação da parede do intestino, resultado de irritação conseqüente de diverticulose) que provocam enfraquecimento da parede intestinal causada pelo aumento da pressão de fezes duras.
              Os efeitos hipocolesterolêmicos de uso da fibra dietética, bem como a proteção contra o câncer colorretal parece derivar das ações dos componentes da fibra solúvel, embora ainda não sejam perfeitamente conhecidos os mecanismos pelos quais se concretizam. Os efeitos se manifestam sobre o metabolismo dos lipídios e carboidratos bem como sobre a fisiologia do trato gastrintestinal, prevenindo o aparecimento de certas desordens.
               A porção insolúvel da fibra dietética praticamente não tem qualquer efeito no metabolismo lipídico, enquanto a porção solúvel em água tem propriedades hipocolesterolmenizantes. Os mecanismos da ação ainda não são bem conhecidos, embora varias hipóteses tenham sido levantadas e estudadas.
               Também sobre o metabolismo dos carboidratos ou glicídios a fração insolúvel da fibra não apresenta ação significativa, mas a fração solúvel, mais ainda a que forma soluções viscosas, testada em indivíduos sãos ou diabéticos, reduziu a glicose melhorando o perfil da resposta insulínica. E, o pensamento atual é de que uma ingestão de 25g de fibras insolúveis para seres humanos adultos não tem um efeito adverso no metabolismo dos minerais quando níveis adequados de minerais são consumidos.
              MALAFAIA et al. (2002), estudando a influência das fibras na alimentação de cães, provaram que não só a quantidade de fibra influencia na digestibilidade mas também o tipo de fibra, quanto a sua solubilidade, pois a medida em que foram aumentadas as fontes de fibras de baixa fermentabilidade (folhas de alfafa) na dieta, decresciam os coeficientes de digestibilidade aparente das dietas, que eram isoprotéicas, e, que estes coeficientes se equivaliam ou até aumentavam com a inclusão de fibras com maior capacidade de fermentação (polpa de citrus).


3.1. A fibra e a microbiota intestinal


              Existem estimativas de que milhares de espécies de microorganismos habitam o trato digestivo de dos animais, incluindo bactérias, protozoários ciliados e flagelados, fungos e bacteriófagos. Apesar dos avanços da microbiologia, são cultiváveis somente 30 a 40 espécies, entre centenas identificadas dificultando os estudos de seletividade de cepas por modificações de substrato (MENTEM, 2002).
              LEEDLE, (2000a), citado por MENTEM (2002) considera a microbiota intestinal como um órgão adaptável e rapidamente renovável. Considera-se que os organismos que compões a microbiota nativa (autóctone) do trato digestivo tenham as seguintes características:


1. Capacidade de crescer anaerobicamente;
2. Presença do organismo em todos os indivíduos normais adultos;

3. Capacidade de colonizar regiões específicas de trato digestivo, após o estabelecimento sucessivo de diferentes grupos de organismos;

4. Manutenção de populações estáveis em comunidades clímax;

5. Associação íntima com o epitélio da mucosa em alguns casos;

6. O hospedeiro adquire tolerância imunológica aos organismos, os quais não são imunogênicos ao hospedeiro natural.


              E, para um microorganismo ser considerado como normal para espécie, deve-se basicamente ao número desse no organismo adulto. Existem organismos patógenos que são de ocorrência natural no aparelho digestivo, como Pseudomonas ssp., Staphylococus ssp., e Clostridium, porém quando a fibra dietética pode favorecer as cepas benéficas que controlarão o desenvolvimento dos patógenos, entre essas estão Lactobacillus, Eubacterium e Bifidobacterium (MENTEM, 2002).
              Em herbívoros não-ruminantes adultos, a população microbiana ceco-cólica predominante é formada por bacterióides, gram-negativos, não esporulados, do gênero Bacillus sp., com concentrações médias diferentes entre as espécies hospedeiras.
             Uma das propriedades da fibra na dieta de não-ruminantes é o favorecimento da flora intestinal, e um importante efeito tampão determinado pelas trocas catiônicas (EASTWOOD (1987), citado por FERREIRA (1994)). A presença desta no intestino grosso dispõe-se como substrato para fermentação bacteriana, causa efeitos relevantes nutricionalmente.
             O substrato que escapou da digestão ácida no estômago e da digestão enzimática no intestino delgado, somada a produtos de secreção endógena, de descamações é o que vai favorecer a manutenção de flora microbiana ceco-cólica. Os componentes da parede celular vegetal têm então, grande influência sobre a massa microbiana que se desenvolverá, e na sua atividade enzimática. É consensual que a massa bacteriana pode aumentar como resultado do aumento da fibra, no entanto os tipos de bactérias não são alterados (FERREIRA, 1994 citando EASTWOOD, 1988). A fermentação dos componentes da fibra, assim como da fração amido-resistente, pode dar lugar à produção de CO2, hidrogênio, metano e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).


Tabela 1. Proporção molar de ácidos graxos voláteis de cadeia curta em diferentes espécies.

               Acético : Propiônico : Butírico
Homem -   60: 20: 15    (Eastwood, 1992)

Suíno -      60 a 77: 17 a 21: 5 a 17   (Low, 1985)

Coelho -   60 a 70: 10 a 15 :15 a 20   (Vernay & Raynaud, 1975)
Fonte: FERREIRA (1994).


              E, segundo vários autores, os ácidos graxos voláteis produzidos pela ação de bactérias intestinais podem cobrir entre 5 e 30% das necessidades energéticas de mantença para suínos e de 38% para coelhos, contudo a energia é mais utilizada para manutenção da mucosa intestinal, sem dar grandes contribuições no que tange ganho produtivo.
             CLEMENS (1996) Investigando a ação da fibra na alimentação de cães mostrou com a absorção colônica in vivo de ácidos graxos de cadeia curta podem ser alterados mediante alteração da fonte de fibra em dietas isoprotéicas.
              A inclusão de frutooligossacarídeos (FOS) previne a proliferação de cepas de Clostridium difficile em hamsters e de Escherichia coli em leitões, concomitante com o aumento da cepa de Bifidobacteria spp. demonstrando que as cepas de bactérias benéficas controlam o crescimento de outras populações de patógenos, além de favorecer a produção de AGCC como fonte de energia disponível para manutenção das mucosas intestinais. Em cães foi demonstrado que o aumento da disponibilidade de AGCC, principalmente de ácido butírico, contribui para prevenção de diarréias, pois este aumento faz com que seja aumentada a reabsorção de sódio do meio intraluminal, prevenindo aumento da pressão osmótica que pode provocar a diarréia (KERLEY & SUNVOLD, 1996).
              O Estímulo do sistema imune, pela microflora sadia no intestino está ligado a principalmente às cepas de Lactobacillus e Bifidobacterium (Tabela 2), indicando efeitos de aumento na produção de anticorpos, ativação de macrófagos, proliferação de células T e produção de interferon (MENTEM, 2002).
               Outros benefícios ligados á presença de uma microflora saudável no intestino é o aumento da função imune e síntese de vitaminas, principalmente as do complexo B. A prevenção do desenvolvimento de cepas de patógenos também previne contra os efeitos deletérios das toxinas produzidas, como substâncias putrefativas e carcinogênicas (SUNVOLD, 1996).
               No processo de digestão microbiana vários nutrientes são formados pela síntese bacteriana, que estão disponíveis para a absorção e que contribuem, em vários graus, para a entrada de nutrientes. Estes incluem vitaminas: K, B12, tiamina e riboflavina . a vitamina K, em particular, contribui significantemente para o suprimento disponível. A flora intestinal ajuda a fermentar carboidratos e fibras, especialmente em ácidos graxos de cadeia curta, e aumenta a absorção de sódio e de água. Contudo o aproveitamento de algumas vitaminas e do nitrogênio fixado por crescimento microbiano é baixo pois no intestino grosso a maior absorção é de água e eletrólitos. Nesse caso, animais herbívoros com ceco-funcional podem lançar mão de duas estratégias (BERNARDI, 1993).
              Adaptação a cecotrofagia, que possibilitaria que o material produto da fermentação microbiana passasse pelo processo de digestão enzimática e pelos sítios absortivos do trato gastrintestinal, a partir da ingestão direto do ânus de um tipo de “fezes moles” produto do ceco e rico em produtos microbianos. Como em coelhos, capivaras e cavalos. Ou, adaptação à ingestão de fezes como estratégia de aproveitamento de produtos da fermentação microbiana, principalmente quanto ao nitrogênio microbiano. Como em emas e avestruzes.



Dra. Aline C. Almeida
Zootecnista, MSc., DSc.
CRMV-RJ 702/Z



Referências bibliográficas:

CLEMENS, E. T. Dietary fiber and colonic morphology. In: IAMS INTERNATIONAL NUTRITION SYMPOSIUM – RECENT ADVANCES IN CANINE AND FELINE NUTRITIONAL RESEARCH. Ohio, 1996. Anais… p: 25-32.
FERREIRA, W. M. Os componentes da parede celular vegetal na nutrição de não-ruminantes. In: Reunião anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 31. Simpósio Internacional de Produção de não-ruminates. Maringá, 1994. Anais... p: 85-113.

KERLEY, M. S. & SUNVOLD, G. D. Physiological response to short chain fatty acids production in the intestine. In: IAMS INTERNATIONAL NUTRITION SYMPOSIUM – RECENT ADVANCES IN CANINE AND FELINE NUTRITIONAL RESEARCH. Ohio, 1996. Anais… p: 33-39.

MALAFAIA, M. I. F. R., et al. Consumo de Nutrientes, Digestibilidade In Vivo e In Vitro de Dietas para Cães Contendo Polpa de Citrus e Folha de Alfafa. Ciência Rural, Vol: 32 (1), 2002. p: 121-126.

MENTEN, J. F. M. Probióticos, prebióticos e aditivos fitogênicos na nutrição de aves. In: SIMPÓSIO SOBRE INGREDIENTES NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL. CBNA – Uberlândia, MG. 2002. Anais... p: 251-276.

SUNVOLD, G. D. Dietary fiber for dogs and cats: An historical perspective. In: IAMS INTERNATIONAL NUTRITION SYMPOSIUM – RECENT ADVANCES IN CANINE AND FELINE NUTRITIONAL RESEARCH. Ohio, 1996. Anais… p: 3-14.

VAN SOEST, P. J. Nutricional Ecology of The Ruminat. Ithaca: Cornell University, 1994. 474p.