segunda-feira, 18 de julho de 2011

Projeto de filme de longa-metragem


Contemplado pelo concurso anual da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte – 2008 - para desenvolvimento de roteiro de longa-metragem.

Criação: Anna Flávia Dias Salles e Tania Anaya

Roteiro: Anna Flávia Dias Salles

Direção: Tania Anaya

Conceito visual e desenhos: Tania Anaya

Consultoria historiográfica: Ronaldo Vainfas e Alberto da Costa e Silva
Realização: Tria e Anaya Produções

Contato: + 55 (31) 8865-1901; (31) 9196-8816
Fase atual:
Roteiro de filme (110 minutos) e trechos de story board.
Público: jovem e adulto

Sinopse
Palmeiras do Alto é um filme de animação que conta a história de dois jovens, um africano e um judeu, que se encontram casualmente no Novo Mundo passando a partilhar seus universos e compreender-se em sua humanidade.
Chegamos a Pernambuco em 1640, tempo em que os holandeses governavam o nordeste açucareiro e ficamos até 1692, quando o Quilombo dos Palmares, refúgio dos negros escravizados, está para ser destruído pela famigerada expedição do bandeirante Domingos Jorge Velho a mando do governo português.
Nosso jovem africano é Kofi, um guerreiro do grupo axante. Vai trabalhar como escravo num engenho de cana, fugir para Palmares e se tornar um militar de elite defendendo o Quilombo até sua morte, aos 68 anos.
Nosso jovem judeu é David, aprendiz de pintura que vai servir como assistente ao pintor Frans Post, membro da comitiva de artistas do Conde Maurício de Nassau - então governador da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil -, ser preso pelos palmarinos, viver e lutar entre eles até ser mandado a ferros para Portugal aos 67 anos onde será julgado e condenado pela inquisição.
Neste trágico périplo, vamos mergulhar nas mazelas e no cotidiano da corte nassoviana, da comunidade judaica pernambucana, de um engenho tipicamente patriarcal, da aldeia dos Tapuia e, finalmente, do Quilombo dos Palmares em diversos momentos de sua notável trajetória quase centenária.
O filme irá condensar, em sua trama, a diversidade de visões de mundo e etnias que aqui se articularam em combinações variadas: cristãos, judeus, calvinistas, indígenas de vários troncos, africanos e europeus de diversas origens.



Desdobramentos
Palmeiras do Alto, presta-se a desdobrar-se tanto em plataformas de cunho comercial e de entretenimento, como de cunho didático, atrativas para o público jovem e adulto.

História em quadrinhos
Pretendemos contar a história de David e Kofi, os protagonistas da série, em cinco episódios. As histórias conterão temáticas tratadas com complexidade dramática e estilo cinematográfico na articulação entre quadrinhos e enquadramentos.
Volume 1: A travessia do Atlântico
Kofi no navio negreiro, David na Urca da Companhia das Índias Ocidentais. Intempéries, cotidiano e relações humanas nas duas embarcações.
Volume 2: Brasil Holandês
Kofi é vendido no mercado de escravos. David integra a comitiva de artistas e cientistas de Maurício de Nassau. Kofi e as relações entre negros, brancos e indígenas no engenho. David e Kofi se conhecem no engenho. 
Volume 3: Palmarinos e Tapuias
Kofi foge do engenho e vai para Palmares onde se torna militar de elite. A vida no quilombo. David segue em expedição científica para a aldeia dos Tapuia. A vida entre os índios, a beberagem misteriosa que lhes causa alucinações.
Volume 4: Fim do período holandês
Maurício de Nassau deixa o Brasil e leva sua comitiva. David resolve ficar e acompanha expedição de guerra a Palmares. David é preso por Kofi e passa a viver no quilombo. O cotidiano de festas e guerras em Palmares.
Volume 5:
Palmares sofre o ataque de expedição ultra armada, a de Domingos Jorge Velho. O quilombo fica enfraquecido. David é preso e levado a ferros para Lisboa onde será julgado e condenado pela inquisição. Kofi morre ouvindo os palmarinos festejarem o recuo da primeira expedição de Jorge Velho. Por meio de letreiros contaremos que o Quilombo dos Palmares será destruído na segunda investida do terrível bandeirante.

Jogo digital
O jogo será criado a partir do modelo RPG em que é possível proceder-se à manipulação de conceitos mais complexos e lidar com a criatividade e autonomia de escolha dos usuários. O jogador poderá optar entre vários personagens quilombolas e vivê-los em primeira pessoa. Para a superação das fases do jogo, o jogador deverá desenvolver determinados conhecimentos: aprender palavras chaves de idiomas africanos e indígenas, estratégias de defesa e ataque naquelas condições históricas e culturais, atributos de força, criatividade para escapar ou criar armadilhas e, ainda, para sobreviver em meio às montanhas da Serra da Barriga e à floresta, de onde deverão extrair alimentos, medicamentos e outros recursos ambientais. O objetivo será sobreviver e manter territórios conquistados à maneira dos palmarinos: combatendo inimigos, construindo mocambos provisórios, destruindo roças quando for necessário fugir, plantando novas em terrenos mais inatingíveis, e outras estratégias.

DVD's com extras pedagógicos
Edição especial para uso pedagógico apresentará conteúdos extras como entrevistas com os historiadores consultores do projeto e outros estudiosos reconhecidos. Opiniões divergentes sobre aspectos históricos do filme serão cotejados.
O período histórico de que falamos representou uma experiência particular nos primórdios da formação da nação brasileira em que sociedades distintas criaram mecanismos de convivência, mesmo sob a égide da dominação do colonizador europeu. Indígenas, africanos e europeus de origens diversas defendiam seus territórios culturais com as condições e possibilidades de resistência e luta do período, em meio a idiomas, religiões, enfim, visões de mundo muito distintas.
Estas características permitem-nos trabalhar à luz da historiografia contemporânea mas, considerando o homem do Brasil – ou o homem que se forjava no Brasil – do século 17.
Temas como “liberdade”, “resistência”, “perspectiva histórica”, “diferenças étnicas”, “tolerância e intolerância religiosa” serão trabalhados inclusive trazendo à tona discussões contemporâneas como aquelas associadas à problemática das organizações ligadas à negritude, aos indígenas, às comunidades judaicas no Brasil.


domingo, 17 de julho de 2011

Comentário de Raul


Este espécime raro do reino Animalia, da família dos Psittacidae é da espécie Amazona aestiva, ou Papagaio-verdadeiro. Como ele é quase um quinhentão – contra todas as previsões e predições da veterinária especializada – costuma dizer que é da espécie Amazona maybe aestiva, ou Papagaio-talvez-verdadeiro. E sua história atesta que toda verdade muda com o ponto de vista: pertenceu sucessivamente a um bandeirante paulista, a um jesuíta e depois a um pajé tapuia que o presenteou ao Conde Maurício de Nassau. Adotou, uma a uma, as alcunhas que recebeu de cada um de seus donos e por isso enverga nome fidalgo: Rudolf Atepiê Ursulo Laurindo, ou, simplesmente, Raul, como ele prefere.
Mas, deixemos para ele a prerrogativa de sua auto-apresentação:

Eu nasci há 480 anos atrás. 

E não tem nada neste Novo Mundo 
que eu não saiba demais:

Eu vi Nassau fazer até um boi voar,

Vi quando abocanhou inteiro um ananás,

Vi o pepino que era a governar com a Wic*

só querendo seu din-din

Eu vi

Eu vi tapuia falando em holandês

Congos e angolas se entendendo com sererês

Vi calvinista e cristão sob a cruz 

de um Cristo de Alfinim**

Eu vi

Eu vi a índia se casar com português

Nossa senhora dar passagem pro pajé

Eu vi judeu oferecer sangue de Cristo
pro profeta Maomé

Eu vi

Eu vi palmeiras lá na Serra da Barriga

Vi quando nego resolveu morder a bota

Vi que é possível resistir de outro jeito

E que a história não se esgota.


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* WIC – abreviação de Companhia das Índias Ocidentais.

** Alfinim – Massa de açúcar modelável para fazer doces, muito comum no cotidiano do engenho.

sábado, 16 de julho de 2011

David de Oliveira




David na casa de tio Elias, em Recife

Filho de cristãos novos nascido na cidade do Porto, Portugal, em 1623, David foi batizado como João Maria de Oliveira na Igreja de São Nicolau aos seis meses de idade, às vésperas de ser levado à Amsterdã, Países Baixos, onde sua família iria se estabelecer, fugindo das perseguições da inquisição portuguesa.
O batismo católico em Portugal e a adoção de um nome típico dos cristãos do reino foi uma maneira de evitar suspeitas sobre a família. Porém, uma vez na Holanda, país onde havia tolerância religiosa, pai e filho passaram pelos rituais de circuncisão e batismo, recebendo, respectivamente, os nomes Samuel e David e podendo, a partir de então, professar o judaísmo livremente, estudando língua e cultura hebraicas, guardando os ensinamentos do Tora, a bíblica judaica.
Aos 14 anos de idade David é atraído pela pintura, arte muito em voga na Holanda no período, tornando-se aprendiz no ateliê de Frans Hals retratista célebre cuja técnica admirava. A oportunidade de fazer parte da comitiva do Conde Maurício de Nassau na qualidade de assistente de um dos pintores lhe pareceu muito excitante. Preferia servir Albert Eckhout, pois nutria o desejo de se dedicar ao portrait, e a fama do pintor já era reconhecida nesta época. Mas a vaga que havia era a de assistente de Frans Post, o pintor paisagista.
Samuel, seu pai, tinha negócios com a Companhia das Índias Ocidentais, uma empresa criada pelo estado e pelos comerciantes holandeses para explorar o comércio ocidental, sobretudo o açúcar e tabaco do Brasil. Mas Samuel diversificava cada vez mais os produtos e reconhecia o Novo Mundo como um local de prosperidade. Para permitir a partida do filho exigiu que este constituísse um contato permanente de vendas junto a Tio Elias, primo de Samuel que já estava em Recife.
David parte de Holanda em 1640, com a missão de representar os negócios do pai junto à comunidade judaica estabelecida em Pernambuco, além de prestart assistência ao pintor Frans Post.
David é um rapaz de baixa estatura, nem gordo nem magro, cabelos castanhos que emolduram todo o rosto e vez ou outra lhe incomodam os olhos negros. Sua estrutura física menor lhe confere uma certa agilidade e um quê de meninice acentuado por sua intensa curiosidade por tudo e por todos. Adorava passear no cais de Amsterdã onde sempre conhecia pessoas novas, gostava de se abandonar ouvindo a diversidade de idiomas incompreensíveis para ele. Cultiva, portanto, um espírito cosmopolita e a pintura parece ser seu salvo conduto para se atirar no mundo.
É com esse desejo, o de pintar o mundo, que David se move no Brasil, que suporta o gênio explosivo de Post, que busca estudar, nas horas vagas, o estilo de Eckhout, que se entrega a uma história de amor e amizade com Cabelo de Fogo, uma prostituta holandesa que visita em um cabaré próximo ao cais de Recife. Este espírito faz com que David se decida a não voltar para a Holanda quando Nassau parte de volta acompanhado de sua comitiva.
David fica no Brasil e resolve se oferecer para integrar uma expedição de Guerra enviada pelo novo governo holandês ao Quilombo dos Palmares. David convence o capitão de como seria glorioso para ele ter sua vitória retratada.
Este espírito curioso e cosmopolita se mantém em David quando, preso em Palmares, passa a retratar o cotidiano e os membros do Quilombo, suas lutas.
David se amanceba com uma índia. Tem filhos. Se engaja na luta dos palmarinos ampliando a rede deles para a compra de armas e outros produtos. Quando os holandeses são expulsos do Brasil, a inquisição acirra sua atuação.
Numa das últimas expedições – agora do governo português – contra Palmares, David é preso. Levado a ferros a Portugal acusado de ser judeu e de ter colaborado com inimigos do Reino, os palmarinos, David é condenado à morte no Palácio dos Estaus, sede da inquisição, em Lisboa.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Kofi Manu



Kofi em Juabem, na África


Kofi é filho de um chefe guerreiro Acã, do grupo axante, que vive no interior da África, na altura da região da Costa do Ouro. É muito jovem. Os guerreiros axantes se preparam para as guerras usando braceletes e anéis de ouro, além de vários amuletos. Preso junto a um grupo de axantes contra os denquiras numa guerra de razia em 1640, Kofi é vendido como escravo para os holandeses no forte de São Jorge da Mina, litoral africano.
Kofi estranha o navio negreiro da Companhia das Índias Ocidentais, não
conhecia navios daquele tamanho. Tem certeza de que irá morrer e invoca o
deus supremo dos axantes, Oniame. Não para pedir perdão, pois a misericórdia não é característica no deus axante, mas, para tentar descobrir com que deveres para com ele havia faltado.
Kofi desenvolve no tenebroso navio uma outra forma de relação com a morte
e fuga da dor. Se deixa mergulhar constantemente em lembranças de sua vida.
Assim conheceremos sua história em flash backs de fatos ou apenas lembranças idílicas. Kofi vem de Juabem, cidade-estado fundada na mineração aurífera. Neste reino havia uma grande floresta onde exploravam ouro em galerias subterrâneas. Seu povo comprava escravos de mercadores portugueses e africanos para trabalharem na mineração. Tinha veneração pelo Ashantehene, o rei dos axantes, que sempre desfilava em épocas de colheita.
Kofi tinha especial admiração pelo velho Amk, um akomfo (médium) que invocava atanos (divindades ligadas especificamente aos rios) e abosons (ligadas a vários aspectos da natureza como pedra, árvore, montanha). Gostava quando Amk incorporava um atano que lhe contava histórias dos rios. Kofi repetia as palavras dele quando mergulhava prazerosamente no rio Gunge à cata de conchas, caramujos, pedras. Quando Amk morreu, este atano deixou de aparecer, só se manifestava no velho.
Kofi cresceu ouvindo o som do pilão na sorga ou no inhame. Vivia no pátio
em meio às mulheres que, como sua mãe, cuidavam de tudo. Quando fez 10
anos de idade, foi morar com o tio, o irmão de sua mãe, seguindo a tradição
matrilinear dos axantes. Lá, junto com outros meninos, aprendeu a fazer e usar armas como lanças e até a forjar facas e machadinhas.
Quando foi preso, Kofi já tinha duas mulheres, Ama e Abena.
Quando chega ao Brasil e avista a costa, Kofi percebe que sobreviverá. Vendido como escravo, sua motivação é, primeiramente, negociar sua liberdade e voltar para seu reino. Outros africanos, axantes ou não, reconhecem sua origem nobre, reverenciam-no mesmo no trabalho do eito, no engenho. Aos poucos entende que jamais voltará para Juabem. No trabalho violento do engenho, ouve notícias de Palmares. Decide-se intimamente, a fugir para lá.
Uma vez em Palmares, Kofi oferece seus conhecimentos de guerra. Contribui com novas formas de armas, armadilhas, estratégias. Torna-se um militar de elite, homem de confiança de Ganga Zumba. As mulheres eram raras em Palmares e ele precisou sequestrar uma para si no engenho onde fora escravo. Ganga Zumba lhe presenteou com outra, uma índia. Kofi passa quase 50 anos em Palmares. Presencia seus momentos de glória, a negociação de Ganga Zumba com o governo português em 1678, a dissidência de Zumbi. Kofi morre aos 70 anos de idade vítima da expedição de Domingos Jorge Velho que derrota o Quilombo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cenários

Cidade Maurícia, com vista de Recife à direita (referência: Frans Post)


Rua dos Judeus, em Recife (referência: Zacharias Wagner / Thierbuch)



Engenho de Eurico de Melo, em Pernambuco (referência: Frans Post)


Mocambo, em Palmares

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Referências para criação de roteiro e desenhos


“O Quilombo dos Palmares”, Edison Carneiro, Ed Civilização Brasileira
“A Guerra dos Escravos”, Décio Freitas,  Ed Mercado Aberto
“Assombrações do Recife Velho”, Gilberto Freire, Ed Record
“História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil”, Gaspar Barlaeus, Fundação de Cultura Cidade do Recife
“Cultura e opulência do Brasil”, André João Antonil, Ed Itatiaia ltda
“Memorial dos Palmares”, Ivan Alves Filho, Ed Xenon
“O Quilombo dos Palmares”, Benjamin Péret, Ed UFRGS
“Capitão Mouro”, Georges Ltif Bourdoukan, Ed Sol e Chuva
“História da América Portuguesa”,  Rocha Pitta, W. M. Jackson Inc.
“Thierbuch”e a “Autobiografia”, Zacharias Wagener, Editora Index
"Pintura Holandesa, 1600-1800", Seymour Slive, Cosac & Naify Edições
“Frans Post {1612-1680} Catalogue Raisonné, Pedro & Bia Corrêa do Lago, Capivara
“Os Africanos no Brasil”, Nina Rodrigues, Ed Madras
“História da Alimentação no Brasil”, Luís da Câmara Cascudo, Global Editora
“João Fernandes Vieira, Mestre de Campo do Têrço de Infantaria de Pernambuco”, José Antonio Gonsalves de Mello, Ed Universidade do Recife
“Frei Manuel Calado do Salvador”, José Antônio Gonsalves de Mello
“Gente da Nação”, José Antônio Gonsalves de Mello
“Sermões do Padre Vieira”, Seleção, introd e notas de Homero Vizeu Araújo, Ed L&M Pocket
“O Brasil e os Holandeses, 1630-1654”, Organização Paulo Herkenhoff, GMT Editores Ltda/Sextante Artes
“Eckhout Volta ao Brasil, 1644-2002
“Liberdade por um fio”, organização João José Reis e Flávio dos Santos Gomes, Ed Companhia das Letras
“Palmares, ontem e hoje”, Pedro Paulo Funari e Aline Vieira de Carvalho, Jorge ZAHAR Editor
“Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freire, Ed Record
“Traição”, Ronaldo Vainfas, Ed Companhia das Letras
“Nassau”, Evaldo Cabral de Mello, Ed Companhia das Letras
“Olinda Restaurada – Guerra e  Açúcar no Nordeste, 1630-1654”, Evaldo Cabral de Mello, Editora 34
“O Teatro dos Vícios”, Emanuel Araújo, Editora José Olímpio
“A Manilha e o Libambo”, Alberto da Costa e Silva, Editora Nova Fronteira
“Arte da África”, Obras-primas do Museu Etnológico de Berlim, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
"African Ceremonies", Carol Beckwith e Angela Fisher, Herry N. Abrams, Inc., Publishers
" Africa", Leni Riefenstahl, Taschen
“Debret e o Brasil, Obra Completa, Julio Bandeira e Pedro Corrêa do Lago, Capivara
“História Geral da Arte, Pintura II”, Ediciones Del Prado
“Valsa com Bashir”, Graphif Novel: Ari Folman e DavidPolonsky, L&PM
Vários números da “Revista de História da Biblioteca Nacional”
Vários números de histórias em quadrinhos: “Hellboy”, Mythos Editora