quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

ANS lança movimento em favor do parto normal

Em breve, as mulheres que têm plano de saúde receberão em suas casas uma carta enviada pelas operadoras aos titulares de planos médico-hospitalares com cobertura obstétrica. O objetivo da ANS é informar as mulheres sobre os benefícios do parto normal e os riscos das cesarianas desnecessárias. As mulheres de 15 a 49 anos beneficiárias de planos como cobertura obstétrica são o público-alvo dessa campanha.A ANS enviou às operadoras o modelo da carta que deverá ser enviada às beneficiárias. O objetivo é estabelecer um movimento em favor do parto natural e da redução das cesarianas desnecessárias nos planos de saúde.O setor de planos de saúde do Brasil é considerado o campeão mundial de cesarianas. A proporção de partos cesáreos na saúde suplementar brasileira chega a 80,72%, percentual totalmente discrepante em relação aos 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nenhum outro país tem índices tão elevados quanto os planos de saúde brasileiros. A Holanda apresenta 14%, os EUA, 26%, e na América Latina, México e Chile têm, respectivamente, 34% e 40%.As beneficiárias que tiverem dúvidas, sugestões e comentários ou quiserem mais informações podem ligar para o Disque ANS (0800 701 9656) ou fazer contato através do endereço eletrônico ggtap.dipro@ans.gov.br

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Guerra de liminares na saúde

JORNAL NACIONAL - 26/10

Guerra de liminares na saúde

Decisões judiciais obrigam o governo a fornecer medicamentos que não estão incluídos na lista dos excepcionais, aqueles mais caros, distribuídos de graça para tratamento de doenças graves. O Ministério da Saúde está em guerra contra liminares que obrigam o governo a fornecer medicamentos que não estão incluídos na lista dos excepcionais, aqueles mais caros, distribuídos de graça para tratamento de doenças graves. Mas os pacientes alegam que entrar na Justiça é a única forma de ter acesso a drogas mais modernas receitadas pelos médicos. Veja na reportagem de Graziela Azevedo. Há quase dez anos, Dona Antonieta Cotta luta contra o câncer que hora dá descanso, hora reaparece. “Quero ver minhas duas filhas casando e meus netos”. A luta para continuar viva foi parar na Justiça. Só com a sentença na mão ela conseguiu o remédio receitado pelo médico para evitar que o tumor no pulmão aumente. O tratamento, com droga moderna e aprovada pela Anvisa, custa R$ 18 mil por mês, dinheiro que a dona de casa não tem. “É uma batalha muito desgastante, é o físico, o emocional”. O desafio é diário nos hospitais que tratam doenças graves, principalmente o câncer. As drogas estão se tornando mais eficientes e também mais caras. Mas a tabela com os valores que o SUS repassa para os hospitais para tratamento do câncer foi elaborada há nove anos e não acompanha os avanços da ciência. “De lá pra cá, muitos medicamentos novos surgiram. É incompatível o que a gente recebe do SUS em relação ao preço desses remédios”, afirma Marcelo Ferretti Fanelli, diretor do Hospital A.C. Camargo (SP). De um lado, pacientes em busca da cura ou de mais tempo e qualidade de vida. De outro, o orçamento público que é limitado e atender também a outros gastos com a saúde dos brasileiros. A dificuldade em equilibrar essa conta está se tornando cada vez mais dramática. Só em São Paulo, nos últimos quatro anos, os pacientes cadastrados para receber os chamados medicamentos excepcionais passaram de 100 mil para 350 mil. É uma outra lista, remédios caros para doenças graves como Aids e hepatite C. A despesa fica ainda maior com as drogas fora das listas oficiais, que precisam ser fornecidas quando a Justiça manda. Há excessos como o de uma liminar que obriga o fornecimento de remédio contra impotência. A Secretaria Estadual da Saúde mostra outros pedidos que considera absurdos. Junto com remédios, há solicitações de xampu e alimentos, como requeijão cremoso. Mas a secretaria informa que a grande maioria das liminares e para drogas contra o câncer, que os planos de saúde se recusam a fornecer. “Hoje, estamos gastando perto de R$ 1 bilhão com remédios, sendo que R$ 300, R$ 350 milhões são com liminares. É muito dinheiro”, afirma Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Saúde de São Paulo. Especializado no assunto, o promotor de Justiça Vidal Serrano lembra que a pressão dos pacientes foi fundamental para a redução do preço do coquetel da Aids. Ele diz que parte da conta precisa ser cobrada dos planos de saúde e que os governos devem estar ao lado dos pacientes na luta por remédios mais baratos. “Tudo isso faz parte de uma obrigatória intervenção do Estado na área econômica. Quando o Estado não se comporta dessa maneira, evidentemente que ele enfrenta do outro lado da linha a pressão da sociedade pra obtenção do que é essencial pra preservação da vida das pessoas”. O Ministério da Saúde já gastou este ano mais de R$ 27 milhões com drogas exigidas por ações judiciais. Por isso, quer limitar o fornecimento aos remédios que estão na lista do SUS. “Dessa lista que, hoje em dia, tem mais de 200 apresentações, é uma lista que tem que ser respeitada. Não há possibilidade de o SUS arcar com as despesas de uma indústria que cada vez mais lança produtos, cada vez mais caros. Então, tem que ter uma regulação nisso”, declarou Reinaldo Guimarães, secretário do Ministério da Saúde. Hoje, 66 novas drogas estão sendo analisadas por uma comissão técnica para que o ministério decida se elas devem ou não entrar na lista do SUS. Para o Marcelo Ferretti Fanelli, diretor de um dos maiores centros de tratamento do câncer do país, é importante atualizar com mais freqüência as listas de medicamentos e procedimentos, porque remédio comprado em quantidade pelo poder público sai mais barato. Até lá, os médicos vivem um dilema: receitar o tratamento mais moderno ou o mais antigo e mais barato. “É muito difícil pros médicos ou pra qualquer pessoa agir como juiz nessa situação, saber se ele merece viver um mês a mais ou não. O direito à saúde, no final, pertence a todo mundo”.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Instituto no Rio tem '''cemitério''' de próteses de baixa qualidade

Matéria do Jornal Estado de São Paulo, de 09/10/2007

"Em 2005, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio, realizou 71 cirurgias para substituir próteses ortopédicas danificadas. No ano passado, as reintervenções subiram para 93. Em grande parte, os números são um reflexo da falta de qualidade do material ortopédico implantado nos brasileiros. Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal desarticularam uma quadrilha de falsificadores de próteses fabricadas sem higiene e segurança. Batizada de operação Metalose - reação de rejeição do corpo humano ao metal -, a operação resultou na prisão de cinco pessoas, quatro em São Paulo e uma em Pernambuco.

O delegado responsável pelas investigações, José Navas Jr, não descarta a possibilidade de as próteses terem sido feitas com material inadequado, como sucata de ferro. O resultado: infecções e amputação de membros. (leia ao lado)...

Para o diretor do instituto, os ortopedistas devem ficar atentos na hora de fazer o implante e certificar-se da procedência da peça. "É difícil perceber a olho nu a qualidade da prótese", diz. "Muitas vezes, só se percebe depois que o estrago foi feito."Desde 2004, a Anvisa recebeu 34 notificações por problemas decorrentes do uso de próteses, 11 neste ano. ESTRAGO As conseqüências a que Matheus se refere podem ser basicamente três: a metalose, o desgaste precoce e a quebra do implante... Em casos extremos, pode levar a amputação do membro e a morte do paciente..."

Com relação a esse assunto, as operadoras de planos de saúde e seguradoras enfrentam problemas semelhantes ao observado no serviço público. A preocupação constante com a qualidade, os elevados custos, dificuldades nas negociações, pressões de familiares e justiça, resultam em problemas quando da necessidade de utilização de próteses durante o tratamento. A saída envolve vários atores do sistema, mas ainda está longe de ser resolvido devido aos fortes conflitos de interesses relacionados.

Por enquanto, cabe as operadoras realizar avaliação técnica criteriosa (auditoria especializada), consultar sempre os registros na ANVISA (produto e fornecedor) e negociar bem os preços.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Desigualdade na saúde

Matéria do Globo de 01/10/2007, mostra que cerca de 51,9% dos desembolsos (considerando medicamentos, internações, exames, entre outros gastos) são feitos pelas famílias mais abastadas e pelos planos privados de assistência à saúde. Ressalte-se que só um entre cada quatro brasileiros possuem planos de saúde, concentrados especialmente na região sul e sudeste do país. O restante da população depende do SUS. A disparidade também é observada nos gastos feitos diretamente pelas famílias (ver figura), segundo esse relatório da OPAS ("Saúde nas Américas 2007") que será divulgado. Fonte: O Globo, 01/10/2007.

domingo, 30 de setembro de 2007

Adaptações necessárias ao TISS

Muitos planos de saúde vem enfrentando dificuldades na adaptação de seus sistemas informatizados ao padrão de troca eletrônica de informações em saúde suplementar, o TISS. Entretanto, a situação é mais grave por parte dos prestadores de serviços. A maior parte da rede credenciada somente agora está providenciando as alterações necessárias. Os planos ameaçam não receber mais faturas que não pelo padrão obrigatório. Responda nossa enquete sobre o tema.

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