Revista ABCZ

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ABCZ - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU

EDIÇÃO

78 • janeiro - fevereiro | 2014

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foto: Rúbio Marra

pecuária no brasil

Luiz Claudio Paranhos| presidente da ABCZ

Departamento técnico da ABCZ

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ABCZ possui três funções institucionais básicas: Registro Genealógico, Promoção e Melhoramento Genético das raças zebuínas. Naturalmente, ao longo destes 80 anos (que será nosso assunto na próxima revista) a entidade assumiu também outras responsabilidades importantes, principalmente na defesa dos interesses dos seus associados e na representação política institucional da classe. Mas é numa destas atribuições, o melhoramento genético, que vamos focar nossa conversa desta vez. Ferramenta fundamental no processo de ganho de produtividade, o melhoramento genético sempre foi o norte a ser seguido por aqueles que criam zebu desde sempre. Alguns foram à Índia em busca de melhores animais. Naquela época as ferramentas disponíveis para avaliar, comparar e selecionar eram bastante subjetivas, quase que restritas ao “feeling” do criador. E mesmo assim se fez melhoramento. Evoluímos bastante nesses 80 anos, graças à capacidade de selecionar “no olho” de grandes figuras da pecuária nacional. Hoje temos outras importantes ferramentas de seleção. Os programas de melhoramento genético prestam um grande serviço à pecuária brasileira. Aqui na ABCZ temos o PMGZ, Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos, que tem prioridade absoluta na nossa gestão. Estamos apoiando integralmente todas as ações de fortalecimento do nosso Departamento Técnico/Científico. Comandado pelo zootecnista Luiz Antonio Josahkian, esse departamento tem inúmeras atribuições e, dentre elas, a de conduzir estudos e trabalhos visando avanços na área de melhoramento genético. Desde a contratação de profissionais qualificados e consultorias especializadas, buscando acesso às mais modernas tecnologias disponíveis, até grandes investimentos em má04

quinas especiais, softwares, licenças de uso, enfim, tudo o que precisa ser feito em busca da excelência no processo estamos fazendo. E o trabalho desta turma tem sido bastante eficaz. Apresentaremos neste ano, provavelmente durante a ExpoGenética 2014, em agosto, o primeiro produto fruto desta ação, o sumário de touros PMGZ ABCZ. Este processo (“rodar” as avaliações genéticas dentro de casa, com o domínio total dos dados e das decisões) vem nos mostrando uma série de oportunidades de evolução do sistema. Oportunidades que darão aos nossos técnicos de campo, aqueles homens e mulheres que na prática são os verdadeiros “melhoristas” do nosso rebanho, ferramentas mais ágeis e eficientes no trabalho do dia a dia. PNAT cada vez mais forte e valorizado também faz parte deste pacote de prioridades da área técnica. Nesta próxima edição do PNAT acreditamos poder mostrar vários filhos de touros selecionados por este sistema. Trabalhando pela seleção genética, criando ferramentas que possam identificar animais de alto potencial produtivo, disseminando conhecimento e capacitando profissionais acreditamos estar contribuindo para o aumento da produtividade da pecuária nacional. Faz parte da nossa missão.



editorial

Órgão oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Conselho Editorial

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tecnologia está sendo uma aliada importante na hora de ensinar a criançada como funciona a pecuária zebuína e porque o leite e a carne são essenciais para a saúde humana. Depois de lançar três jogos interativos para a internet, a ABCZ lançou a “Turma do Zebuzim”, que conta também com versão para smartphone. Os jogos já atingiram 5 milhões de acessos, indicando que esse é um caminho certeiro para levar mais conhecimento às nossas crianças. Infelizmente, conhecimento sobre a pecuária zebuína e o agronegócio em geral tem sido algo escasso até mesmo para os adultos. A maior parte da sociedade brasileira desconhece a realidade do produtor rural, mas tem opinião formada sobre várias polêmicas que envolvem o setor e nem sempre favorável, como no caso dos conflitos indígenas e do código florestal. Lembra do apresentador Chacrinha ? “Quem não se comunica, se estrumbica”. E olha que ele alardeava a comunicação como ferramenta importante do negócio na década de 80. Educar essa geração que futuramente terá a oportunidade de trabalhar para fazer do Brasil um país melhor é fundamental. Claro que as ações não podem ficar restritas as jogos interativos. A ABCZ tem promovido essa inserção da pecuária zebuína em outros segmentos da sociedade por meio do projeto Zebu de Ponta a Ponta. Na ExpoZebu, milhares de estudantes receberão cartilhas educativas sobre as raças zebuínas e sobre a relevância da pecuária para a economia nacional. Este trabalho de transmitir conhecimento precisa transpor fronteiras e depende da atuação de todos os produtores rurais para ter êxito. Se não, o setor corre o risco de ver a velha frase do Chacrinha se tornar cada vez mais atual. Olha aí o link para os jogos www.abcz.org.br/jogos

Larissa Vieira | editora

Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira, Gabriel Prata Rezende, Mário de Almeida Franco Júnior, Silvio de Castro Cunha Júnior, Frederico Cunha Mendes, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, Rivaldo Machado Borges Júnior, Luiz Antonio Josahkian, Agrimedes Albino Onório, Juan Lebron e Jovelino Carvalho Mineiro Editor e Jornalista responsável: Larissa Vieira Repórteres: Laura Pimenta e Márcia Benevenuto Redação: (34) 3319 3826 • larissarvieira@netsite.com.br Revisão: Sandra Regina Rosa dos Santos Departamento Comercial: (34) 3336-8888 Miriam Borges (34) 9972-0808 - miriamabcz@mundorural.org Jasminor Neto (34) 9108-1217 - revista.abcz@mundorural.org Walkíria Souza (35) 9133-0808- walkiriaas@mundorural.org Assinaturas: (34) 3319-3984 • assinatura@abcz.org.br Projeto gráfico: Dgraus Design • contato@dgraus.com.br Diagramação: Cassiano Tosta, Gil Mendes, Issao Ogassawara Jr. e Camila Mariusso Produção gráfica: Rodrigo Koury Impressão - CTP: Gráfica Bandeirantes Tiragem: 9.000 exemplares Capa: Nativa Propaganda

Diretoria da ABCZ (2013-2016) Presidente: Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira 1º Vice-pres.: Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges 2º Vice-pres.: Gabriel Prata Rezende 3º Vice-pres.: Jovelino Carvalho Mineiro Filho Diretores

Adáldio José de Castilho Filho, Antônio José Prata Carvalho, Antônio Pitangui de Salvo, Celso de Barros Correia Filho, Frederico Cunha Mendes, José de Castro Rodrigues Netto, Leda Garcia de Souza, Mário de Almeida Franco Júnior, Rivaldo Machado Borges Júnior, Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha, Ronan Eustaquio da Silva, Silvio de Castro Cunha Júnior e Vilemondes Garcia Andrade Filho

Assessorias Jurídica: Gilberto Martins Vasconcelos Relações Públicas: Keite Adriana da Silva Conselheiros Consultivos: Acre: Francisco Salles Ribeiro Valle Filho, José Tavares do Couto Neto e Rafael Cunha Mendes; Alagoas: Álvaro Jose do Monte Vasconcelos, Celso Pontes de Miranda Filho e Marcos Ramos Costa; Bahia: Manoel Messias de Sousa Oliveira, Maurício Bahia Odebrecht e Miguel Pinto de Santana Filho; Ceará: Fábio Pinheiro Cardoso, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima e Valêncio Pereira de Carvalho; Distrito Federal: Gil Pereira , José Mário Miranda Abdo e Sílvio Queiroz Pinheiro; Espírito Santo: Marcos Corteletti, Nabih Amin El Aouar e Victor Paulo Silva Miranda; Goiás: Clenon de Barros Loyola Filho, Leo Machado Ferreira e Leonardo Martins Normanha; Maranhão: Nelson José Nagem Frota, Ruy Dias de Souza e Antônio José Dourado de Oliveira; Mato Grosso: Carlos Alberto de Oliveira Guimarães, Francisco Olavo Pugliesi de Castro e Luiz Antônio Felippe; Mato Grosso Do Sul: Angelo Mário de Souza Prata Tibery, Arthemio Olegário de Souza e York da Silva Correa; Minas Gerais: Fabiano França Mendonça Silva, José Murilo Procópio de Carvalho e Ricardo Antônio Vicintin; Pará: Carlos Lerner Gonçalves e Luiz Guilherme Soares Rodrigues; Paraíba: José Gomes de Moura, Paulo Roberto de Miranda Leite e Pompeu Gouveia Borba; Paraná: Célio Arantes Heim, Gustavo Garcia Cid e Sérgio Ricardo Pulzatto; Pernambuco: Carlos Fernando Falcão Pontual, Manassés de Melo Rodrigues e Marcelo Alvarez de Lucas Simon; Piauí: Ibaneis Rocha Barros Júnior, José de Ribamar Monteiro Silva e Lourival Sales Parente; Rio De Janeiro: Aprígio Lopes Xavier, Jorge Sayed Picciani e Rodrigo Martins Bragança; Rio Grande Do Norte: Camillo Collier Neto, Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo Filho e Orlando Cláudio Gadelha Simas Procópio; Rio Grande Do Sul: Inácio Simão Paz Martins, José Adalmir Ribeiro do Amaral e Pedro Monteiro Lopes; Rondônia: Alaor José de Carvalho, Luiz Jorge Campos Reuter e Marco Túlio Costa Teodoro; São Paulo: Adir do Carmo Leonel, José Luiz Niemeyer dos Santos e Pedro Augusto Ribeiro Novis; Sergipe: Djenal Tavares Queiroz Neto, Paulo Pereira Carrera Escariz, Sérgio Santana de Menezes; Tocantins: Aloísio Borges Júnior, Eduardo Gomes e Epaminondas de Andrade.

Conselheiros Fiscais: Efetivos: José Fernando Borges Bento, Delcides Barbosa Borges, Jesus Avelino Da Silva, Luiz Henrique Borges Fernandes e Rogério Dos Santos Silva. Suplentes: Aluísio Garcia Borges, Antônio Augusto Musa de Barros, Fábio Melo Borges, Frederico Martins Moreno e Torres Lincoln Prata Cunha Filho.

Superintendências Geral: Agrimedes Albino Onório. Adm-financeira: José Valtoírio Mio. Marketing: Juan Lebron. Técnica: Luiz Antonio Josahkian. Informática: Eduardo Luiz Milani. Téc­ni­ca-adjunta de Melho­ra­men­to Genético: Carlos Hen­rique Cavallari Machado. Técnica-adjunta de Genea­lo­gia: Gleida Marques. Coordenador do Departamento de Jurados das Raças Zebuínas: Mário Márcio de Souza da Costa Moura. Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ

Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 • Bloco 1 • Cx. Postal 6001 • CEP.: 38022-330 Uberaba (MG) • Tel.: (34) 3319 3900 • Fax: (34) 3319 3838

www.abcz.org.br

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índice a

10 - Entrevista Eduardo Riedel

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Matéria de capa

Antiparasitas naturais

Pecuária no Brasil Editorial Zebu Além da Fronteira Vitrine do Zebu CAR e as cotas de Reserva Legal

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22 - Sanidade

ExpoZebu: um só agradecimento ABCZ planeja edição histórica de 80 anos da ExpoZebu

49 - Exposições Nelore retoma disputas nas pistas

26 Produção de carne e leite em pastagem irrigada 50 Novidades na pista 54 Grandes Campeões 68 Tempo Técnico


Biotecnologia do tempo

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98 - Minha Receita

92 - Gestão Planejar produz sucesso empresarial

Novos tempos Novidades do Pró-Genética para 2014 Chancela de qualidade Comunicado aos usuários do PROCAN Tabela PMGZ MAPA divulga resultado de paternidade de Emergido de Naviraí

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Espetinho de alcatra de zebu

88 ABCZ amplia ações para fortalecimento da pecuária comercial 91 Agenda 94 Você na revista ABCZ 95 ABCZ Serviços 96 Saúde 97 Edital de convocação

Especial Raças Zebuínas - Sindi No gancho o sindi surpreende Imbatível no campo O gado vermelho em números Pista e pasto em equilíbrio ABCSINDI prepara nova importação da Índia

especial raças

64 - Genética

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entrevista

O presidente da Famasul e vice da CNA sai a campo nas situações de conflito e não economiza críticas aos processos de “demarcações fraudulentas”. Em meio à violência no campo Eduardo Riedel se mostra solidário com os produtores e também com as comunidades indígenas, que considera vítimas do sistema Márcia Benevenuto | Fotos: divulgação 10


Demarcações de terras

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duardo Corrêa Riedel é homem do agronegócio no Mato Grosso do Sul e preside um grupo que se destaca no setor pela gestão de pessoas e eficiência na produção pecuária. A atuação constante junto a entidades representativas da classe alçaram-no à vice-presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), onde é defensor dos direitos do produtor nas questões de demarcações de terras e da necessidade de mudar a competência da FUNAI.

ABCZ: Qual é o cenário de demarcações de terras indígenas hoje no Brasil? Eduardo Riedel: O processo como um todo é complexo e o grande questionamento que o setor faz é sobre o trâmite da identificação e da demarcação de uma área tradicionalmente ocupada, possivelmente dita indígena, feito pela FUNAI. A constituição, lá em 1988, determinou prazo de 5 anos para regularizar todas as reservas dessas comunidades indígenas, mas isso não foi feito à época. Agora, de 5 anos para cá, a FUNAI deslanchou um processo maciço de demarcação de áreas que na verdade eram terras da União. O processo é uma ação unilateral baseada apenas em estudos antropológicos. O produtor, seja quem for, tenha ele recebido a terra em programas do Governo ou comprado de boa fé e esteja ele trabalhando aquele solo há décadas, acaba expropriado e lesado em seus direitos. Pela lei, o produtor é expulso da área e talvez receba indenização só pela benfeitoria, mas nunca pela propriedade, pela terra nua. Foi o que aconteceu na grande maioria dessas áreas que a FUNAI tem demarcado, não só aqui no MS, mas no PR, no RS e na BA. ABCZ: Qual é a explicação para um processo tão equivocado e que gera mais problemas sociais do que soluciona?

ER: É porque as demarcações são verdadeiras fábricas de produção de terras tradicionalmente ocupadas. A discussão foi para o Supremo Tribunal Federal, desde o caso Raposa Serra do Sol. A FUNAI demarca o que bem entende do ponto de vista de ocupação tradicional, depois vai para homologação pela Presidência da República e desapropriação. Áreas indígenas são aquelas que as comunidades ocupavam no momento em que foi feita a Constituição e não as que ocuparam no passado, desde o descobrimento do Brasil. É um absurdo, uma excrescência, não da legislação, mas da interpretação, no nosso ponto de vista, muito maldosa da FUNAI e ainda respaldada por Ministério da Justiça e por Governo Federal, que promoveu esse caos, esse conflito todo que o país está vivendo.

MATÉRIA DE CAPA

Processo equivocado cria mais problemas sociais do que resolve

ABCZ: Como a CNA está agindo para reestabelecer o direito dos produtores? ER: A CNA, juntamente com as federações nos Estados onde há problema, tem feito uma verdadeira empreitada, seja na justiça, seja na política, seja no âmbito social, mobilização para poder mudar toda essa sistemática. O Congresso Nacional comprou a discusão ao instalar a PEC 215, que no nosso ponto de vista é extremamente importante, porque gera a capacidade de rediscutir todo esse procedimento e as ações na justiça que estão chegando ao Supremo Tribunal Federal, que se manifestou, no caso Raposa Serra do Sol, colocando 19 condicionantes para essa questão de demarcação e uso dessas áreas, o que muda completamente a realidade com a qual a FUNAI vinha trabalhando. É o que nós esperamos para não ter mais esse tipo de absurdo, que é ficar tendo que enfrentar conflito o tempo todo entre produtores e comunidades, que são, na maioria das vezes, manipuladas pela FUNAI, pelo SIMI e por outras ONGs de interesse muito mais no conflito do que na solução. 11 janeiro - fevereiro | 2014


entrevista

ABCZ: Tirar a terra de um produtor e só passar para uma comunidade indígena soluciona o problema deles? ER: É importante lembrar que se tem uma política indigenista no Brasil fora da realidade, que trata esses povos como eles foram estabelecidos no imaginário da sociedade brasileira, como a figura do bom selvagem, do índio da floresta amazônica, isolado, vivendo de caça e pesca, e não é nada disso. Nós temos comunidades indígenas aqui no Mato Grosso do Sul que são os bairros da cidade e isso é um problema social, não um problema fundiário. Para elas faltam todo e qualquer apoio na área de educação e da saúde. Há altos índices de criminalidade entre essas comunidades que estão na periferia de uma cidade grande, inclusive dominadas pelo tráfico. ABCZ: É isso que vocês chamam de demarcação fraudulenta? ER: Quando o país tem instalado um processo para resolver uma situação social que extermina o direito de propriedade e determina que a propriedade não é mais do produtor ou do proprietário, em muitos casos com título de 100 anos, ratificado mais de uma vez, você simplesmente põe em cheque um dos princípios básicos da democracia. Você muda o problema social de lugar e cria outros. O erro maior é deixar essas comunidades chegarem ao ponto de degradação social que chegaram e tentar corrigir isso com demarcação absolutamente sem sentido do ponto de vista de tamanho, dimensão e área. Aí o discurso é todo montado em cima de conceitos de antropologia, citando a relação do índio com a terra, com a caça, mas isso quase não existe mais, os tempos mudaram. ABCZ: A CNA solicita mudanças na competência da FUNAI, em que pé está essa reivindicação? ER: Em processo, o Ministério da Justiça apresentou uma minuta que reformula o procedimento pelo qual a FUNAI exerce a conduta da demarcação. Essa minu12

ta não foi publicada ainda, mas existe um rascunho que nos foi apresentado e estamos discutindo com o Ministério. No nosso entendimento a minuta apresentada não consegue resolver os principais problemas do processo de demarcação. O próprio Ministério da Justiça está buscando uma nova alternativa. Outra questão é a definição do Supremo quanto à publicação do acordo que determina todo esse procedimento e da portaria 303 da Advocacia Geral da União, da AGU, que reafirma 19 pontos importantes. A partir do momento que for publicada, no nosso entendimento, imediatamente ela passa a vigorar. E, vigorando essa portaria da AGU, é clara toda essa situação que nós comentamos, de não permitir expansão de áreas indígenas, de respeitar esse direito de propriedade, enfim, mudando completamente esse cenário. Então tem uma portaria do Ministério da Justiça que regulamenta o processo de demarcação, tem uma portaria da AGU que está suspensa enquanto o acordo não é publicado e a própria decisão do Supremo que irá publicar esse acordo. ABCZ: E a CNA tem pressionado para acelerar o trâmite? ER: A CNA tem trabalhado muito no âmbito político e jurídico. Ao longo de todo esse processo, mantivemos um diálogo estreito com o STF, com a AGU, com o Congresso. Esse é um trabalho político e jurídico e a senadora Kátia Abreu está pessoalmente envolvida na questão. Ela se preocupa exatamente com a agressão à democracia. No Congresso Nacional toda essa discussão da PEC 215 é reflexo de um trabalho muito forte da CNA. ABCZ: Há equipes de observadores da CNA em áreas de conflito. Qual a importância da presença no local?


ABCZ: Quais são as orientações aos produtores que tiveram terras demarcadas e estão em regiões onde há conflitos? ER: Cada produtor tem o direito de defender a sua propriedade e ele define a respeito desse direito que lhe compete no momento em que é ameaçado, em que é invadido. A gente sempre atua também pedindo celeridade/serenidade à justiça e às intituições que detém o poder de polícia em situações de reintegração de posse ou quando é preciso interferir em áreas que estejam em conflito. Enfim, em todas essas ações as instituições e produtores devem estar juntos no sentido de buscar a melhor solução e pacífica.

ER: Quem perde é a sociedade brasileira, pois todas as regras e os conceitos vinculados à uma democracia forte que são colocados em xeque. Um país que não respeita um título cartorial e um direito de propriedade é colocado em xeque. Um país que permite que comunidades indígenas fiquem degradadas do jeito que estão é colocado em xeque. Então quem perde é o país não é só o produtor rural, não é só a comunidade indígena, é o desenvolvimento do país. ABCZ: Ouvimos e vimos muitas injustiças nesses processos. O senhor também é produtor. Algum caso deixou o senhor mais sensibilizado? ER: Nós andamos nos conflitos e vemos tanto absurdo. Um exemplo que me marcou muito foi de uma senhora de um assentamento de Douradina, aqui no Mato Grosso do Sul. Ela está na propriedade desde 1954, quando Getúlio Vargas fundou o assentamento rural. Ali tem 9 mil hectares, 300 produtores de 30 hectares. A FUNAI demarcou todo esse assentamento. E eu fui lá, entrei na casa dessa senhora de 80 e poucos anos, que foi uma colonizadora da região a pedido do governo. Os filhos da mulher, com 50, 60 anos também são agricultores, trabalham no sítio até hoje e estavam lá. Ela me olhava com um papelzinho nas mãos e falava assim: “Moço, quer dizer então que não valeu nada?” O que eu poderia falar para essa senhora nesse momento? Ela foi chamada para colonizar uma gleba que Getúlio Vargas instituiu pelo Governo Federal, ela tem o título da propriedade dela e hoje ela está sendo expulsa da área dela sem indenização. Você quase desacredita do país numa hora dessas, mas respira e busca forças para poder trabalhar em cima de corrigir essas situações.

MATÉRIA DE CAPA

ER: A primeira coisa importante é essa, a CNA não se acomoda dentro dos gabinetes, ela está no campo, ela tem uma estrutura de capilaridade enorme com as federações, com os sindicatos, com os nossos técnicos e as próprias lideranças. Frequentemente estamos andando nessas áreas de conflito, participando das discussões e isso é fundamental para entender cada um desses problemas que são distintos. Você tem problema da região norte do Mato Grosso até o Rio Grande do Sul. É importante que entendamos, a fundo, cada uma dessas situações para poder compilar. Ir à campo é fundamental para que tenhamos, com fidelidade, a visão das situações que estão ocorrendo em determinadas localidades, para ter argumentos adequados nas discussões.

ABCZ: A imagem do bom selvagem, bem como a do caipira da roça, não é real e nem atual, mas a imagem da violência no campo parece mais nociva. Quem perde com tudo isso? 13 janeiro - fevereiro | 2014


Zebu além da fronteira

Faça parte do Brazilian Cattle

Se você é empresário do setor pecuário ou criador de raças zebuínas e deseja expandir sua atuação internacional, vale a pena se associar ao Brazilian Cattle e participar de todas essas ações. Para mais informações, você pode entrar em contato diretamente com a equipe do Projeto, através do e-mail comunicacao@braziliancattle.com.br, ou do telefone (34) 3319- 3963.

Ações em 2014

foto: divulgação

Para este ano, o Departamento de Relações Internacionais da ABCZ planeja muitas ações inovadoras para promover a expansão do zebu brasileiro pelo mundo. Na edição especial dos 80 anos da ExpoZebu, uma série de novidades será incorporada ao já conhecido atendimento aos compradores internacionais em visita à feira. O Salão Internacional estará aberto para este público e para os criadores associados à ABCZ durante todo o período do evento, oferecendo uma grande gama de serviços que buscam facilitar o fechamento de negócios e promover o conforto de nossos visitantes estrangeiros.

Zebu na África

Carnaval e Copa do Mundo

Ainda em 2014, o Brazilian Cattle deve atuar em outras feiras no Brasil e no mundo. Para o segundo semestre, por exemplo, participará de uma feira em Moçambique, e possivelmente visitará também outros países em território africano.

O Projeto Brazilian Cattle, desenvolvido em parceria entre o Departamento de Relações Internacionais da ABCZ e a Apex-Brasil, aproveitará os grandes eventos de 2014 para promover o nosso zebu. Já estão sendo planejadas grandes ações para o Carnaval e para a Copa do Mundo. Nas duas oportunidades, o Projeto deve aproveitar a visibilidade atingida pelo Brasil para atrair importantes compradores e influentes profissionais de diversos países do mundo. Uma vez no Brasil, esses grupos são levados a visitar empresas do setor pecuário brasileiro, além de importantes criatórios de raças zebuínas, todos associados ao Projeto Brazilian Cattle. É uma maneira muito eficaz de promover a aproximação entre o comprador internacional e as empresas brasileiras, que assim concretizam seus negócios com mais facilidade. Uma vez de volta a seus países de origem, os visitantes passam a atuar como referência, promovendo lá os produtos brasileiros.

Protocolos sanitários para a exportação de sêmen e embriões bovinos do Brasil para a Costa Rica foram assinados pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, no dia 4 de dezembro de 2013, durante a 3ª Conferência Global sobre Educação Veterinária, em Foz do Iguaçu (PR).

Atuação da ABCZ

A liberação é fruto de muitos anos de esforço conjunto por parte de diversos interessados, como criadores costa-riquenhos e a ABCZ, através de seu Departamento de Relações 14

foto: Antônio Araújo

Exportações para Costa Rica

Internacionais. A medida significa a abertura de um mercado com grande potencial para a genética zebuína brasileira. A Costa Rica tem clima favorável para a criação de animais ze-

buínos e sua a pecuária bovina está em expansão. Os criadores costa-riquenhos buscam especialmente animais da raça gir leiteiro para incrementar sua produção de leite.



vitrine do zebu

Carne sustentável

foto: divulgação

foto: divulgação

O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que reúne diferentes segmentos da cadeia produtiva bovina, incluindo a ABCZ, anunciou o investimento de R$ 12 milhões para apoiar projetos de incentivo à adoção de boas práticas agropecuárias em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Bahia. Entre as sete iniciativas contempladas na primeira fase do Programa Pecuária Sustentável na Prática, está o projeto Carne Sustentável, implementado pela The Nature Conservancy (TNC) em São Félix do Xingu, no Pará. O projeto é o primeiro a integrar produtores rurais do município, o Marfrig e o Walmart.

De Heus

Toledo do Brasil A empresa Toledo do Brasil lança neste ano a versão Júnior de um sucesso do ano passado, a MGR-4000, uma balança com utilização intuitiva e funcionalidades que facilitam o dia a dia no manejo do gado. Nesta versão é possível obter, após a pesagem, relatórios com detalhamento de lote, total e média de peso de um lote ou de todos eles, além dos relatórios por apartação. A MGR-4000 Júnior tem indicador leve e robusto, cabos reforçados com sistema antitração e barras em aço inox que podem ser adaptadas em troncos e gaiolas.

O zootecnista Ademir Maciel Pereira é o novo gerente técnico comercial para bovinos da empresa de nutrição animal De Heus. Mestre em nutrição de ruminantes, com tese em gado leiteiro, Pereira atua no mercado há 17 anos e apresentará ao setor a proposta da multinacional holandesa que tem foco nos pilares do desempenho, qualidade, melhora contínua, empreendedorismo e envolvimento. A De Heus disponibiliza uma linha completa de premixes, núcleos, suplementos minerais, suplementos minerais proteicos e proteico-energéticos para bovinos.

CRV Lagoa A CRV Lagoa anuncia mudanças em sua estrutura comercial. A empresa conta com novo gerente de Área nas regiões Nordeste e Norte (exceto Rondônia e Acre): trata-se do médico veterinário Carlos Zaratin. Com a nova estrutura, o gerente de Área William Xavier continua atuando em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além de Rondônia e Acre. Já o gerente de Área Welington Shiroma focará seus trabalhos na gerência do SAC (Setor de Atendimento ao Cliente), na sede da Central, além de gerenciar as vendas no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro. Além deles, Alexandre Weber continua como gerente de Área da Região Sul, enquanto Alexandre Lara é o responsável por Minas Gerais (exceto Triângulo Mineiro), Espírito Santo e Rio de Janeiro. 16



foto: divulgação

leGislaÇÃo

Mário Márcio Souza da Costa Moura Filho | advogado

car e as cotas de reserva legal Uma abordagem sob a perspectiva do novo Código Florestal - Lei 12.651/2012

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uitos proprietários rurais se indagam acerca da necessidade de resguardarem a área de Reserva Legal, uma vez que, quando adquiriram a propriedade, a mesma já havia sido devastada. De acordo com a legislação ambiental, é obrigação do proprietário, ainda que tenha adquirido o imóvel já com a área destinada à Reserva Legal suprimida, garantir a restruturação da vegetação nativa na área de Reserva, sendo possível, inclusive, o manejo florestal no local, desde que também sejam respeitadas determinadas regras. Nosso sistema prevê, ainda, desde 1965, a possibilidade de os proprietários que não possuam a Reserva, cuja extensão varia de acordo com a macrorregião em que se localiza o imóvel, constituírem, em local diverso, a área de Reserva Legal, compensando-se sua ausência e atendendo à legislação e aos princípios ambientais, com a aprovação do órgão ambiental competente. O Novo Código Florestal define Reserva Legal como sendo a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. A definição de imóvel rural encontra previsão no Estatuto da Terra, sendo o prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada. Ou seja, a manutenção da Reserva Legal é obrigatória

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apenas nos imóveis rurais. Ao contrário do que possa parecer, e pela definição trazida pelo próprio Estatuto da Terra, imóvel rural não é simplesmente aquele que se localiza em área rural, mas que tenha como destinação a “exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial”. Por isso, um imóvel que, ainda que se localize em área rural, não tenha a destinação retro citada, não pode ser entendido como imóvel rural, sendo desnecessária, portanto, a delimitação da Reserva Legal. Da mesma forma, um imóvel localizado no perímetro urbano, que tenha como finalidade a exploração agrícola, pode ser considerado imóvel rural, devendo resguardar a área de Reserva. Isso não significa que será admitida a supressão indiscriminada da vegetação em imóveis não rurais que tenham salvaguardadas espécies nativas. O Novo Código Florestal criou o Sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais. Desde que o proprietário se cadastre no CAR, estará desobrigado a proceder à averbação na matrícula do imóvel. Para a futura inscrição no CAR, deverá o interessado apresentar planta do imóvel e memorial descritivo, com medição fei-


Criou-se um Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, podendo os estados a ele aderirem ou, caso queiram, criar o próprio sistema, que deverá ser coordenado pelo órgão ambiental estadual competente

ta por georreferenciamento, em razão da precisão das medidas e confrontações. Os proprietários que já tenham realizado a averbação da Reserva apenas precisarão levar cópia da matrícula do imóvel para o cadastro, não sendo necessária nova medição das dimensões do imóvel. O Novo Código Florestal determinou prazo de um ano para instituição do CAR pelos estados, prazo este prorrogável por mais um ano, desde que aprovado pelo Presidente da República. Ou seja, o primeiro prazo venceu no dia 25 de maio de 2013, pois passou a fluir a partir da publicação da Lei 12.651/12 (Novo Código). Criou-se um Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, podendo os estados a ele aderirem ou, caso queiram, criar o próprio sistema, que deverá ser coordenado pelo órgão ambiental estadual competente. A ampla maioria dos estados já aderiu ao programa, restando apenas o estado do Mato Grosso. Alguns optaram pela elaboração de um sistema estadual, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, enquanto outros aderirão

ao SISCAR (criado pelo Governo Federal). Após a explanação feita, destaca-se que podem os proprietários que possuam área de Reserva excedente àquela legalmente prevista instituir, mediante servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental (CRA), que é um título nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação, para fins de comercialização. Para tanto, são necessários alguns requisitos. O primeiro deles é a inscrição no CAR. A CRA deverá ser averbada à margem da matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que cada CRA deverá corresponder a 1 hectare. Não poderá o órgão ambiental competente emitir CRA se a regeneração da vegetação nativa da área destinada à Reserva excedente for improvável ou impossível. Ainda, a CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de imóvel rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está vinculado, podendo, inclusive, ser objeto de venda e compra, doação e até mesmo de arrendamento, segundo as diretrizes previstas no Estatuto da Terra. Portanto, deve o produtor rural ficar atento aos prazos para inscrição no CAR, para que possa, caso tenha interesse, regularizar e emitir Cotas de Reserva Ambiental, perfeitamente comercializáveis, o que pode vir a ser um bom negócio, em razão do caráter financeiro da atividade e pelo fato da regularidade da situação ambiental de seu imóvel.

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sanidade

Antiparasitas naturais

Fitoterapia, homeopatia e controle biológico são algumas apostas dos pesquisadores para eliminar dos pastos brasileiros um vilão que causa prejuízos bilionários ao setor pecuário Larissa Vieira | Fotos: divulgação 22

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ucalipto, alecrim, menta, hortelã podem ser o “caminho natural” para combater parasitas em bovinos. Com uma vasta diversidade vegetal, o Brasil tem na fitoterapia uma alternativa para estancar o prejuízo anual de US$ 2 bilhões causados por carrapatos. Nos laboratórios da Embrapa Pecuária Sudeste, várias espécies vegetais estão sendo estudadas para detectar se são realmente eficazes como antiparasitas. Na fase laboratorial, substâncias isoladas dessas plantas mostraram alto grau de eficácia. Os pesquisadores querem comprovar se esse desempenho se mantém no campo. “Na maioria das vezes, os resultados de elevada eficácia verificados em estudos em laboratório não se repetem na avaliação da mesma planta a campo. A variabilidade dos princípios ativos presentes no extrato de cada espécie é um dos maiores problemas nessa linha de pesquisa. As condições climáticas, tipo de solo, fase de desenvolvimento da planta, ataque de predadores e outros estresses, são os principais fatores que influenciam na quantidade de princípios ativos. Na administração direta de plantas, via oral por exemplo, pode ocorrer destruição das substâncias ativas pela

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flora ruminal e pH ruminal”, explica a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, Ana Carolina Chagas. Nesses casos, uma alternativa seria a identificação das substâncias ativas e seu isolamento ou síntese para uso futuro em formulações mais adequadas à fisiologia dos animais. Como nem todas as plantas possuem sua eficácia comprovada pelas pesquisas, utilizar receitas caseiras ou produtos sem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é perigoso, pois pode causar sérios danos aos animais, além de não acabar com o problema. Importada da Índia, a planta Nim está entre as apontadas como antiparasitário natural, mas nos estudos feitos pela unidade da Embrapa não houve o resultado esperado. O experimento foi realizado com 40 animais da raça nelore, para avaliar a torta de Nim a 2% no sal mineral no controle da mosca-dos-chifres. Os pesquisadores também verificaram uma redução de 22% no consumo de sal mineral, sem que houvesse queda nas infestações por mosca. Os resultados indicam que a mesma ineficácia deve ocorrer no combate ao carrapato. Um dos possíveis princípios ativos do Nim (azadiractina) está presente em maior quantidade no óleo da semente. “Estudos realizados na Embrapa Pecuária Sudeste, em laboratório, demonstraram que o controle do carrapato só ocorre quando esta substância está presente em uma quantidade muito grande, o que normalmente não ocorre nos produtos comerciais atualmente disponíveis no mercado. Muitos deles não têm autorização do MAPA para serem comercializados”, alerta Ana Carolina. Existem muitas outras substâncias atualmente em estudo com efeito bem maior do que a azadiractina e novas formulações estão sendo elabo-

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radas para serem testadas contra carrapato a campo, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste.

foto: Jadir Bison / Rúbio Marra

A solução pode estar nas bactérias

Como evitar resíduos de medicamentos nos produtos de origem animal Enquanto as pesquisas buscam aperfeiçoar produtos fitoterápicos para disponibilização comercial aos produtores, precauções importantes podem ser tomadas na administração dos antiparasitários tradicionais, ressalta Ana Carolina. Para controlar a qualidade do leite e da carne produzidos em uma propriedade, pode-se implantar um sistema de registro do uso desses medicamentos, conforme recomendação de alguns programas de extensão. Este sistema funciona como uma ferramenta de monitoramento e prevenção de resíduos, já que qualquer falha pode provocar a contaminação do conteúdo de todo o tanque de leite se o período de carência não for respeitado, mesmo que em um único animal. Algumas sugestões do sistema de registro são: • Marcar todos os animais tratados com um sinal visível dos dois lados do corpo, durante todo o período de carência do produto. • Registrar em uma planilha o nome comercial da droga e do princípio ativo, data de aplicação, dose, período de carência para o leite e para a carne segundo a bula, nome ou número do animal tratado, região corporal onde o animal recebeu o tratamento e a via de administração. • Utilizar somente medicamentos aprovados para animais em lactação. • Organizar esse sistema de forma que qualquer pessoa que trabalhe com os animais tenha acesso à planilha com os registros e possa entender as informações e o processo de prevenção. • Ficar atento a outros pontos da propriedade que podem ser fonte de contaminação por resíduos de drogas: instalações dos animais (cama ou palha, madeiras tratadas), equipamentos, água e alimento (origem e local de armazenamento de ambos). • Respeitar a dose recomendada segundo o peso do animal, aferir/verificar pistolas dosificadoras periodicamente e não enviar animais para o abate antes do término do período de carência. Fonte: Embrapa Pecuária Sudeste

Outra linha de pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste relacionada ao combate a parasitas está desvendando a relação entre a bactéria do gênero Wolbachia e a mosca-dos-chifres (que é hospedeira desse tipo de microrganismo). Especialista em microbiologia molecular, a pesquisadora Lea Chapaval passou três meses no Laboratório de Parasitologia Molecular do New York Blood Center, nos Estados Unidos, analisando como a Wolbachia atua em diferentes hospedeiros. Ao retornar ao Brasil, em junho de 2013, deu sequência à pesquisa, focando apenas a relação da bactéria com a mosca-dos-chifres e utilizando como base material genético da Embrapa Pecuária Sudeste e da Embrapa Rondônia. “A Wolbachia infecta outros parasitas que atacam os animais ruminantes, como a mosca-das-bicheiras e os carrapatos de bovinos. A mosca-dos-chifres será a primeira a ser estudada. Com essa caracterização inicial será possível, no futuro, trabalhar na manipulação de Wolbachia para o controle de parasitas na pecuária e definir novas estratégias de controle integrado que minimizem a utilização de pesticidas na pecuária”, diz Lea Chapaval, que tentará descobrir enzimas e proteínas para o controle da bactéria por meio de vacinas. Como a Ciência segue um ritmo de desenvolvimento próprio, ditado pelos inúmeros testes necessários para eliminar os riscos à saúde humana e animal e ao meio ambiente, não há previsão de quando a pesquisa será concluída. A certeza é de que os vários estudos em andamento no Brasil colocam o país no caminho da pecuária sustentável e garantirão futuramente a produção de alimentos mais seguros e com menos resíduos.

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foto: Rúbio Marra

CaMPO aBeRTO

Adilson de Paula Almeida Aguiar | consultor da CONSUPEC e professor da FAZU

Produção de carne e leite

em pastagem irrigada

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a edição de número 4, quando se iniciou uma sequência de três artigos sobre a intensificação da produção animal em pasto através de correção e adubação do solo da pastagem, apontei os fatores que levarão cada vez mais os produtores à necessária intensificação da produção animal em pasto pela adoção de tecnologias de alto insumo, tais como: a correção e adubação e posteriormente a irrigação do solo da pastagem. Quando o produtor pergunta ao técnico se a irrigação de pastagem é economicamente viável, este deve estar preparado para ajudar na resposta às seguintes questões: o preço da terra já é suficientemente alto que não viabilize a compra da terra do vizinho, com a possibilidade de obter ganho futuro com a valorização patrimonial? O tamanho da propriedade exige a intensificação da produção? Existem alternativas de uso da terra competindo com a pecuária, a ponto de exigir a intensificação da produção? Uma vez sendo necessária a intensificação da produção, é preciso saber se o produtor já intensificou a pastagem em níveis tecnológicos mais baixos que o nível de pastagem irrigada, como por exemplo, pastagem adubada sem irrigação (leia a sequência de artigos publicada nas edições de números 74, 75 e 76 sobre o tema correção e adubação). É importante saber se o único fator que está limitando o crescimento da pastagem é a água e se: a vazão dos cursos de água da propriedade permite a irrigação da pastagem e em qual área; é possível obter outorga para o uso da fonte de água presente na propriedade e se a água tem propriedades para a irrigação? Respondidas as perguntas anteriores, é preciso realizar

parte I

um diagnóstico do potencial das condições ambientais para a resposta da pastagem à irrigação. Alguns parâmetros como altitude (quanto menor, maior é o potencial de resposta) e latitude da propriedade (quanto menor, ou seja, quanto mais próxima da linha do Equador, maior é o potencial de resposta), as temperaturas média, máxima e mínima; a temperatura média do ano e a média do mês mais frio (quanto maiores as faixas de temperatura, maior é o potencial de resposta), o balanço hídrico (balanço entre a precipitação e a evaporação. Quanto maior o déficit hídrico, maior é o potencial de resposta), as características dos solos (relevo, profundidade, drenagem e fertilidade) e a escolha da espécie forrageira (dependendo das características climáticas a espécie forrageira escolhida poderá ser de clima tropical, ou de subtropical ou forrageira de inverno) são determinantes para a tomada de decisão entre irrigar ou não irrigar uma pastagem em uma dada região. Uma vez atendidos os requisitos acima, não deve haver dúvida em relação a viabilidade técnica da produção animal em pastagens irrigadas. Na TAB. 1, encontra-se uma comparação entre diferentes níveis tecnológicos

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de exploração da pastagem para a atividade de recria/engorda e seus impactos sobre as variáveis, taxa de lotação, ganho por animal por ano, e produtividade por hectare em peso vivo e em equivalente carcaça. Na TAB. 2 encontra-se uma comparação entre diferentes níveis tecnológicos de exploração da pastagem para a atividade de produção leiteira e seus impactos sobre as variáveis, taxa de lotação, produtividade por vaca, e produtividade por hectare. Observa-se nas TAB. 1 e 2 que a adoção da tecnologia da irrigação da pastagem é a que permite as maiores produtividades da terra. Estes níveis tecnológicos de exploração vêm sendo validados nos últimos 17 anos em campo, tanto em fazendas de pesquisas, como em fazendas comerciais. É prudente deixar claro que a adoção de qualquer um destes níveis tecnológicos depende de uma análise criteriosa de fatores, tais como condições climáticas e de solos, tamanho da propriedade, valor da terra, custos de produção e preços regionais, competição com alternativas de uso da terra, como também a atividade desenvolvida (pecuária de corte ou leite; cria, recria ou engorda). E que ainda é possível adotar um ou mais dos níveis tecnológicos apresentados em uma mesma propriedade. Tem sido discutido, em eventos e artigos, que é mais viável colher a forragem produzida em áreas irrigadas e fornecê-la no cocho para os animais. O argumento é que em sistema de pastejo o aproveitamento fica em torno de 50% da forragem disponível, enquanto que a colhida mecanicamente é quase 100%. É certo que da forragem disponível o animal só colhe 40 a 60%, mas quando se considera a forragem acumulada, parâmetro mais consistente porque reflete o crescimento da pastagem, a eficiência de colheita fica entre 70 e 80%, mas tem produtor alcançando mais de 90% em pastagens irrigadas. A contradição se deve apenas ao erro de interpretação dos dados, o qual causa o erro no cálculo da eficiência de pastejo. Neste caso, a produção de carne e de leite em pastagem irrigada seria mais compe27 janeiro - fevereiro | 2014

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TABELA 01 Taxa de lotação, produtividade por animal e produtividade da terra em diferentes níveis da exploração da pastagem em sistemas de produção de carne bovina. Nível de exploração TL (UA/ha) GMD (kg/dia) Produtividade (kg/ha/ano) PC EqC Degradada 0,50 0,32 86 43 Melhorada1 1,00 0,45 257 133 0,70 0,39 144 72 Média2 Adubação3 1,50 0,50 386 200 Consórcio4 1,50 0,50 386 200 ILP5 2,00 0,55 572 297 Adubação6 4,50 0,60 1.422 738 Irrigação7 8,47 0,67 2.700 1.404 Fonte: AGUIAR, 2013.

Legenda

TL: taxa de lotação / UA/ha (animal por hectare) GMD: ganho médio diário PC: peso corporal EqC: equivalente carcaça (rendimento de carcaça de 52%) Melhorada1: pastagem melhorada com base na adoção de tecnologias de processos e baixo insumo Média2: indicadores médios de pastagens em propriedades de pecuária de corte Adubação3: adubação de manutenção um vez por ano Consórcio4: consórcio gramínea (leguminosa) ILP5: integração lavoura (2/3 da área útil da propriedade):pecuária (1/3 da área útil) com ciclo de seis anos, sendo três lavoura, três pecuária Adubação6: adubação após cada pastejo durante o período chuvoso Irrigação7: adubação após cada pastejo durante o ano.

TABELA 02 Taxa de lotação, produtividade por animal e produtividade da terra em diferentes níveis da exploração da pastagem em sistemas de produção de leite bovino. Sistema UA/ha (Lts/vaca/dia) (Lts/ha/ano) 8,10 1.180 MG (2005)1 1,3 1,34 (0,81 a 1,9) 8,17 (5,66 a 14,97) 2.103 (1.485,66 a 4.259) GO (2009)2 1,81 (1,23 a 2,39) 10,75 (6,8 a 14,7) 4.493 (2.665 a 6.321) 6 F (2008)3 4,15 (4 a 4,3) 15 (12,0 a 18) 10.500 (8.000 a 13.000) Sequeiro4 12,75 (12 a 13,5) 14,5 (12 a 17) 38.500 (30.000 a 47.000) Irrigado4 15,0 20,0 > 60.000 Potencial5 1 Diagnóstico SEBRAE. 2 Diagnóstico GETEC/FAEG, GOMES. 3 Diagnóstico realizado em seis propriedades fornecedoras de leite para uma industria de laticínios, nos Estados do RS, SP, MG, GO e BA. 4 Propriedades comerciais acompanhadas desde 1993 nos Estados de MG, GO, BA, MS. Sequeiro significa pastagem não irrigada. 5 Potencial a ser alcançado com a adoção de todo conhecimento cientifico disponível na atualidade.

titiva que em confinamento, devido ao menor custo de produção, condição essencial em tempos de preços baixos e desvalorizados em relação aos preços dos insumos. Basta agora fazer a avaliação da viabilidade econômica da adoção desta tecnologia. Para realizar uma análise da viabilidade econômica da irrigação de pastagem deve-se levar em consideração os investimentos, tais como capital imobilizado em terras, em animais, no sistema de irrigação, nas pastagens e sua infraestrutura (cercas, corredores, bebedouros, cochos), nos currais, na sala de ordenha, nas casas, nos galpões e no sistema de abastecimento de água. Para o cálculo dos custos de produção consideram-se os

custos fixos (depreciação dos bens mais remuneração do capital); os custos variáveis (manutenções, tarifas de consumo de energia elétrica, custo de água para irrigar, adubação, preço de compra dos animais, mão de obra temporária, suplementos, medicamentos, vacinas, vermífugos); as despesas administrativas e os custos de oportunidade do capital. Nas próximas edições o principal tema será a viabilidade econômica da irrigação da pastagem para a produção de carne e leite.

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Especial Raças Zebuínas

foto: JM Matos

Sindi

Genética

Carne Taxa de marmoreio surpreende pesquisador

Cruzamentos

ESPECIAL RAÇAS

ABCSindi prepara novas importações da Índia

Resultados animam criadores de outras raças

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ESPECIAL RAÇAS - sindi

No gancho

o SINDI surpreende ESPECIAL RAÇAS

Márcia Benevenuto | Fotos: divulgação

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sindi que deixa o criador satisfeito na fazenda também se destaca na indústria. Uma série de abates técnicos que utilizaram lotes de animais puros e cruzados vem sendo realizados desde 2006 em diferentes frigoríficos do país. Os estudos já forneceram dados que comprovam a vocação da raça como produtora de carne e mostram animais de porte mediano atingindo conformação frigorífica superior. Na avaliação de carcaças de um lote de 30 machos não castrados abatidos com média de 526 quilos, executada em fevereiro de 2013 na unidade do Grupo Marfrig da cidade de Promissão em São Paulo, o Veterinário Sérgio Pflanzer relata resultados bastante satisfatórios. “...ótima musculosidade e boa relação carne/osso, o rendimento médio de carne aproveitável total foi de 75%. No quesito acabamento, que é uma das principais características que agrega valor às carcaças, 92% apresentaram cobertura de gordura desejável, sendo 56% mediana (4 a 6 milímetros de cobertura de gordura) e 36% uniforme (7 a 10 milímetros) bem distribuídas pelos cortes nobres das carcaças”.

No mesmo estudo foi observado um rendimento médio de carcaça de 59%. A ossatura menor e fina, comparada com a de outras raças, traz muitos benefícios. “Os animais de menor porte atingem a idade de abate mais cedo e com o acabamento ideal. E isso representa lucro para o pecuarista. Outra questão que eu destaco como selecionador e produtor comercial é a eficiência do gado no pasto. Para o sindi não tem terra fraca e nem pasto ruim porque ele ganha peso e reproduz comendo qualquer coisa. O gado rumina folha, casca de árvore e mato seco igual cabrito e ele transfere essa habilidade. Para a pecuária comercial, cruzar sindi com nelore é melhor que cruzar com europeu”, defende o criador Adir do Carmo Leonel, que seleciona nelore, gir, sindi e faz pecuária comercial no estado de São Paulo e Goiás.

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A descoberta do marmoreio do sindi Um fato constatado no teste de performance do CP CRV Lagoa em 2013 agitou o mercado de genética da raça. O pesquisador Roberto Carvalheiro da Unesp de Jaboticabal, identificou através de ultrassonografia de carcaça, o marmoreio da raça sindi. Na participação inédita foram enviados para o Confinamento Nossa Senhora Aparecida, em Sertãozinho, SP, 46 garrotes pelos criadores Adaldio José de Castilho Filho, Felipe Miguel Roncaratti Curi, Marcos Rodrigues da Cunha e Ronaldo Bichuetti. A prova transcorreu entre os dias 21 de junho e do total de animais participantes, 43 apresentaram índice elevado de gordura entremeada à musculatura localizada na área de olho de lombo. A taxa de marmoreio ficou na média de 3,14%, condição muito parecida com a de raças taurinas largamente usadas na cadeia da carne. “Me chamou a atenção por se tratar

de animais muito jovens, com idades entre 12 e 14 meses e de uma raça zebuína com marmoreio semelhante ao do angus. Essa situação nos desperta para a necessidade de se estudar e entender melhor a raça pura, para multiplicar a base genética dela e também desenvolver ferramentas de seleção que possam privilegiar as linhagens que carregam o potencial de transmitir essa característica do marmoreio”, diz Carvalheiro. O gerente de corte zebu da CRV Lagoa, Ricardo Abreu fala das vantagens econômicas do sindi e da evolução da raça no mercado de sêmen. “O interesse nos acasalamentos é por ter a raça, adaptabilidade, precocidade de acabamento de carcaça, velocidade de ganho de peso e marmoreio. Na produção de carne pode ser uma das grandes opções no cruzamento com fêmeas F1, meio-sangue britânicas/continentais. O mercado busca maior produtividade em menos tempo, e a raça sindi com a presença de animais de perfil mais precoce oferece essas características pertinentes a esta realidade. Precisamos continuar medindo os animais, tanto machos quanto fêmeas em características econômicas para identificarmos os indivíduos que atendam a esta necessidade. O CP 2013 identificou 15 reprodutores Top até 30% de índice. O campeão da prova foi o touro jovem Diamante JNB que será doador de sêmen convencional e sexado para democratizarmos esta genética”, diz Abreu.

ESPECIAL RAÇAS

O proprietário dos animais do abate descrito é o diretor da ABCZ Adaldio Castilho, também vice-presidente da ABCSindi. Ele preparou uma segunda “fornada” para o mês de agosto do mesmo ano. Para este evento, que foi o 7º abate técnico da Reunidas Castilho, foram enviados 20 animais da mesma cruza. O lote de machos com idades entre 30 e 36 meses ficou 92 dias em confinamento. O gado que entrou com 15,3@ e apresentou peso final de 24,6@ alcançou média de ganho de peso de 3@ por mês ou 1.524Kg/dia. O rendimento da carcaça chegou a 59,62%. O abate realizado no frigorifico Minerva, que fica em Barretos, no estado de São Paulo, foi acompanhado pelo superintendente Técnico da ABCZ Luiz Josahkian, o consultor Fernando Nemi Costa e o proprietário. “Não temos conhecimento de outros abates que confirmem um ganho superior a este. Isso mostra e comprova o potencial da heterose da raça sindi, no cruzamento entre zebuínos.”

Marmoreio sindi

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ESPECIAL RAÇAS - sindi

Imbatível no campo Sindi, do deserto ao semi-árido com destino ao Brasil Márcia Benevenuto | Fotos: divulgação

ESPECIAL RAÇAS

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o Brasil, o gado de dupla aptidão conquista selecionadores tradicionais de outras raças e ganha espaço na base comercial, principalmente entre os pecuaristas que fazem cruzamento. A alta capacidade de transmitir suas qualidades aos descendentes é um grande argumento para o aumento na demanda por sêmen e reprodutores a campo. O relatório da ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artifical) de 2012 aponta uma evolução de 265% na comercialização de doses do produto sindi em um período de três anos. O selecionador Marcos Rodrigues da Cunha trabalha com sindi desde 2006 e mantém um rebanho de 1.200 animais no estado de Goiás. Ele faz avaliações dos animais pelo PMGZ e inscreve exemplares em provas zootécnicas. O criador destaca principalmente a funcionalidade e a versatilidade da raça para diferentes projetos de pecuária comercial e de produção. “A raça tem a ossatura mais fina porém muito forte. Esse gado foi submetido por milênios à tração nos desertos e por isso houve um equilíbrio dos minerais. Os ossos apresentam microporos que conferem maior resistência e isso reflete no rendimento. Um boi sindi precisa atingir 528 kg para produzir 21 arrobas de carne. A demanda por alimento e minerais para o desenvolvimento, para a mantença, para a reprodução, para chegar a idade de abate mais cedo e terminar a carcaça também mais

cedo, é muito menor e essas condições são grandes vantagens para o pecuarista e para o confinador”, explica Marcos. As qualidades do sindi vêm despertando atenção do mercado e cada vez mais o gado vermelho surge nas invernadas de projetos comerciais, através da utilização de sêmen ou de touros registrados e melhoradores. “Até hoje não encontrei um único criador de nelore, ou anelorado, ou agirado, ou guzeratado, que tenha reclamado do resultado do sindi em suas vacas e nem criadores de raças europeias. Por todos os lados, o sindi só desperta sorrisos. Isso é lucro, é rendimento para a pecuária. Antigamente olhava-se o tamanho, media-se o animal com uma corda. Hoje mede-se pelo rendimento, com balança e espectrômetros. O uso de sêmen de gado europeu garante 30 a 40% de eficiência no campo; já o sindi garante 90%. Isso é rendimento. Além disso, a cria que cresce velozmente nasce pequena sem causar estresse na vaca, que logo estará pronta para nova estação de monta. Os animais são de uma mansidão inata. As fêmeas têm alta

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habilidade materna, peso adequado e leite suficiente sem maiores exigências alimentares, e essa é também uma razão para muita gente estar fazendo receptoras com sindi”, finaliza o criador. Nos estados do Nordeste são realizados tradicionalmente, durante o ano, 8 leilões com participação da raça sindi. Na lista estão os remates paraibanos da EMEPA, em Alagoinha, UFPB (Universidade Federal da Paraíba), em Patos, e Fazenda Carnaúba, em Taperoá. Em Pernambuco, as ofertas são da Caroatá, em Gravatá, e do Zebu Milenar, em Recife. O Sindi Estrelas e EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte) acontecem em Parnamirim, estado do Rio Grande do Norte, e o ExpoCrato no Crato cearense fecha, o ciclo. Em 2013 foram comercializados machos pela média de R$ 4 mil e fêmeas R$ 10 mil.

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O consultor pecuário Arthur Targino, de Natal, Rio Grande do Norte, mantém um rebanho de 70 matrizes em parceria com o pai, Osnildo Targino, no município de Pilões, na Paraíba. A criação começou em 2002 e, desde a fase de formação, o plantel esteve representado nas principais exposições e leilões nordestinos. “A raça sindi contempla um dos projetos mais importantes e gratificantes da minha vida. Dedico tempo e recursos sempre com expectativas otimistas. Eu busco animais produtivos e rústicos, embora em zootecnia essas características sejam de certa forma antagônicas. Gosto de destacar o trabalho minucioso de pesquisa em cima de publicações científicas de instituições nacionais, paquistanesas, bem como nas anotações de rebanhos comerciais do país as quais tenho acesso, para embasar uma linha de seleção consistente, fundamentada em resultados, procurando um animal precoce, lucrativo, eficiente, equilibrado e fiel às suas virtudes raciais milenares. Essa raça está pronta para qualquer desafio na escala comercial, seja para o corte ou para o leite. Quem comprar um touro ou sêmen da raça sindi com certeza vai ficar satisfeito e pedir mais”, diz Arthur.

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ESPECIAL RAÇAS - sindi

O gado vermelho em números ESPECIAL RAÇAS

Márcia Benevenuto | Fotos: divulgação

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m 2013 foram realizadas cinco provas de ganho em peso (PGP) com animais da raça sindi. No total participaram 59 animais. Um destes eventos foi promovido na Fazenda Barra da Vereda, que fica no município mineiro de São João da Ponte, região de Montes Claros. O criador Paulo Salgado que conduz o plantel de 120 matrizes em idade de reprodução e 50 novilhas em recria diz que o rebanho cresce ano a ano, inclusive com a utilização de FIV. Sobre a seleção avaliada e mensurada que possibilita a prova de touros ele diz ser uma ferramenta para melhorar ainda mais a funcionalidade de todo o rebanho e mesmo da raça. “A PGP é uma prova zootécnica que objetiva identificar animais jovens com potencial melhorador. Os melhores animais são acasalados para posterior comprovação da capacidade de transmissão de suas qualidades. Na 1º PGP da Fazenda Barra da Vereda, os tourinhos foram pesados sistematicamente, pontuados através do EPMURAS pelo técnico da ABCZ e também tiveram suas carcaças avaliadas por

empresa certificada. Isso gerou uma série de dados que foram ponderados criando um ranking, de animal elite, superior, regular e inferior. O tourinho ganhador está hoje com 30 meses e já tem filhos em avaliação. A raça sindi vem surpreendendo a todos pois tem mostrado desempenho excepcional nas PGP, além de apresentar diferenças nas carcaças, o que indica grande possibilidade de melhoramento e evolução genética. Também chama atenção a precocidade sexual dos tourinhos apontada pela média de CE”, explica Salgado.

Sindi no PMGZ A raça sindi já tem 28 rebanhos inscritos no PMGZ e quase 5 mil animais avaliados. No CDP foram inseridos 5.023 exem-

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A raça sindi vem surpreendendo a todos, pois tem mostrado desempenho excepcional nas PGP, além de apresentar diferenças nas carcaças, o que indica grande possibilidade de melhoramento e evolução genética plares e executadas 18.355 pesagens. O superintendente adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ Carlos Henrique Cavallari Machado é um dos técnicos da entidade que conhece profundamente a raça nas diversas regiões do Brasil e na Índia. Cavallari diz que a tendência é ampliar o trabalho de avaliação genética para características voltadas ao corte e concentrar atenção no controle leiteiro. “O sindi vem se provando a cada dia,

tanto como uma grande opção para produção de carne quanto como para a produção de leite, e com a vantagem da alta rusticidade. Esta evolução na qualidade genética da raça é oriunda da crescente participação nas provas zootécnicas, que permite identificar os melhores animais e assim multiplicá-los seja na forma de FIV ou pelo uso do sêmen. O mercado já reconhece e está valorizando essas características da raça sindi. Os resultados de abate técnicos, assistidos por técnicos da ABCZ, demostram o excelente desempenho dos animais puros e dos cruzados”, informa o superintendente.

A criadora paulista, de Ribeirão Preto, Beatriz Biaggi Becker, pertence a uma tradicional família do campo e construiu uma trajetória significativa no setor do agronegócio, principalmente na seleção de animais. Bia, que é reconhecida pelo trabalho desenvolvido com as raças nelore, mangalarga e santa inês, também foi conquistada pelo sindi há cerca de cinco anos. “Minha primeira vaca foi a Primavera da Estiva que recebeu título de campeã novilha menor na ExpoZebu do ano passado, no mesmo período também comprei embriões. Por causa da minha proximidade com criação de cabras e ovelhas, eu passei a admirar e gostar de animais de dupla aptidão que sejam rústicos, produtivos e adaptados. Não tem zebuíno mais adaptado que o sindi. Nós temos que mostrar o valor desses animais incríveis. Eu ainda quero ver a raça crescer e ter uma presença forte na pecuária nacional”, conta Bia. O tradicional nelorista da Fazenda Camparino, José Humberto Villela Martins, é um dos criadores que foram encantados pela raça. Ano passado ele conseguiu comprar e levar para Cáceres, no Mato Grosso, 100 fêmeas puras. Mandou fazer FIV e inseminar todas com material sexado e agora aguarda o nascimento de mais 250 bezerrinhas. Ele explica o motivo da velocidade com o rebanho. “O sindi é minha última paixão. O gado tem saúde, não dá carrapato, não atrai mosca e não exige muito pasto. A raça tem tudo que hoje está faltando nas outras e não tem que arrumar nada, só multiplicar.”, relata entusiasmado.

ESPECIAL RAÇAS

O feitiço do sindi

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EspECiAL RAçAs - siNDi

Pista e pasto em equilíbrio

ESPECIAL RAÇAS

Larissa Vieira | Foto: Maurício Farias

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raça sindi tem frequentado as pistas de julgamento em várias regiões do Brasil com o desafio de não destoar do pasto. “Os dois tipos de seleção caminham lado a lado na raça. Já tive a oportunidade de julgar animais e depois de algum tempo encontra-los em suas fazendas de origem soltos a pasto e com o mesmo escore corporal que apresentavam na pista de julgamento”, atesta o jurado da ABCZ Márcio Diniz. Nas exposições, o modelo de animal predominante tem sido aqueles de porte mediano, porém grossos e bem providos de musculatura. Diniz acredita que a frequência maior da raça nas pistas de julgamento nos últimos anos é reflexo dos resultados alcançados no pasto. “As exposições vão ganhando maior participação da raça à medida que os pecuaristas vão descobrindo a alta capacidade de adaptação da raça, sua boa conversão alimentar, mesmo com pouca oportunidade de alimentos, e o mais importante, a heterose no cruzamento com outras raças que permite um resultado final no gancho extremamente expressivo”, explica o jurado da ABCZ. Como a raça mantém esse padrão único, na hora de selecionar os animais para as exposições os critérios enfocam, assim como no campo, comprimento e convexida-

de de musculatura das passagens do animal, convexidade em nível de posterior (que é onde estão concentradas as carnes nobres), beleza plástica (que engloba o conjunto do animal como formato de cabeça, encaixe de pescoço, formato de garupa), além de ponderal de ganho em peso. Em 2013, mais de 300 exemplares sindi foram julgados nas seis exposições da raça oficializadas pela ABCZ.

torneio leiteiro Se nas pistas a raça sindi está mais presente, nos torneios leiteiros não tem sido diferente. De acordo com a gerente do PMGZ Leite Mariana Alencar, essa mudança é resultado do empenho dos criadores em divulgar e promover o melhoramento genético da raça. O número de animais em Controle Leiteiro Oficial também é maior. “A participação de novos rebanhos no Controle Leiteiro é impor-

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Participação da raça sindi em torneios leiteiros vem aumentando nos últimos anos

Megaleite 2013 Categoria Fêmeas Jovem Cristal AJCF Expositora: Gabriela Delsin de Castilho média de 19,22 kg/leite.

Categoria Vaca Adulta Querência da AJCF Expositor: Antônio Abílio Marques Cordeiro média de 31,94 kg/leite.

51ª Festa do Boi Categoria Fêmeas Jovem Donabela Expositor: Alexandre Maciel Oberlaender média de 23, kg/leite.

ESPECIAL RAÇAS

tante porque somente com um volume maior de informações sobre a produção leiteira das fêmeas é que teremos condições de gerar avaliações genéticas mais consistentes futuramente”, explica a gerente do PMGZ Leite. Em alguns rebanhos, a seleção de linhagens leiteiras foi iniciada a partir da análise dos dados de peso a desmama. As fêmeas que desmamavam bezerros mais pesados passaram a ser direcionadas para produção leiteira e para os concursos. Outros plantéis já começaram focados apenas no sindi leiteiro, como é o caso da Sociedade Educacional Uberabense (Uniube). Quando iniciou o projeto de seleção da raça, há seis anos, a instituição adquiriu no Nordeste animais com produção leiteira já aferida. Hoje, o rebanho da Fazenda Escola da Uniube conta com 250 cabeças e a meta é multiplicar a genética para atender a grande demanda por machos e fêmeas. “Realizamos um leilão com várias raças leiteiras e nos surpreendemos positivamente com a procura por tourinhos sindi. As vendas de animais na porteira também são boas. Como a procura é maior que a oferta, em 2014 vamos aumentar o número de aspirações com o intuito de realizar em 2015 um leilão só com fêmeas sindi”, explica Marcelo Lack, gerente de pecuária da Uniube. Segundo ele, a maior parte dos compradores é de pequenos produtores rurais da região Sudeste. Por ser menos exigente, do ponto de vista nutricional, e ter uma boa produção leiteira, a raça é uma opção interessante para as propriedades menores. Assim como muitos criadores de sindi, a Uniube decidiu participar de concursos leiteiros para divulgar esse potencial da raça. O resultado da maior participação dos rebanhos neste tipo de competição levou a raça a registrar uma série de recordes de produção em 2013. Confira alguns recordes quebrados:

Categoria Vaca Jovem Fada WM Expositor: Woden Coutinho Madruga média de 21,22 kg/leite.

Interláctea 2013 Categoria Vaca Adulta Paz FIV da Estiva Expositora: Altair Maria Pedrosa Castilho média de 32,62 kg/leite.

Categoria Vaca Jovem Ursulina da Estiva Expositor: Adaldio Castilho média de 23,43 kg/leite. 37 janeiro - fevereiro | 2014

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ESPECIAL RAÇAS - sindi

ABCSindi

prepara nova importação da Índia

ESPECIAL RAÇAS

Larissa Vieira | Foto: Miguel Furtado

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014 promete ser um ano de avanços na área de melhoramento genético da raça sindi. Uma das ações planejadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Sindi é a importação de embriões da Índia. Um grupo de selecionadores da raça seguirá para aquele país no segundo semestre para identificar rebanhos puros de sindi que possam promover o refrescamento de sangue do plantel brasileiro. O presidente da entidade Mário Antonio Pereira Borba fará parte da comitiva e acredita que o restabelecimento das importações é importante para o crescimento da raça no Brasil. A última importação ocorreu na década de 50. O Teste de Progênie é outro projeto que a entidade pretende colocar em prática este ano. Os touros inscritos na prova já passaram pela coleta de sêmen. A próxima etapa será o cadastramento dos rebanhos colaboradores para recebimento do material genético. Os associados interessados em participar do Teste de Progênie devem procurar a ABCSindi. A prova permitirá a introdução de reprodutores provados para leite no mercado, que tem mostrado grande interesse pela dupla aptidão da raça. “Há demanda grande pela genética sindi, tanto pela pecuária de corte quanto pela leiteira. No mercado exter-

no, também há interesse pela importação do sindi brasileiro, principalmente da China e dos países africanos e latino-americanos”, explica Borba. Com rendimento de carcaça em torno de 60% e resultados positivos em abates técnicos e ultrassonografia de carcaça, a raça precisa avançar na divulgação desses desempenhos. Segundo o presidente da ABCSindi, o marketing da raça será intensificado em 2014 com a realização de eventos e materiais promocionais. Outro projeto que será concluído em 2014 será a nova sede da entidade em Uberaba. Em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil, a ABCSindi vai inaugurar um estande fixo no Parque Fernando Costa. A solenidade ocorrerá em maio, durante a ExpoZebu 80 anos, em data ainda não definida. A sede nacional da associação fica em João Pessoa (PB). Borba, que é criador de sindi na Paraíba, fica no cargo até dezembro de 2014.

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MATÉRiA DE CApA

ExpoZebu: MATÉRIA DE CAPA

um só agradecimento

ABCZ planeja edição histórica de 80 anos da ExpoZebu, com uma grande homenagem a todos aqueles que ajudaram a fazer da exposição e, consequentemente, da pecuária zebuína brasileira, referência mundial em produção de carne e leite Laura Pimenta | Foto: Rubio Marra

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ual a melhor maneira para celebrar 80 anos de muito sucesso e vitalidade? Nada mais legítimo do que uma grande festa onde o anfitrião possa agradecer a todos aqueles que deram sua contribuição na construção de sua belíssima trajetória. E é assim, com o sentimento de gratidão e agradecimento, que a ABCZ, organizadora da ExpoZebu, pretende deixar registrada a comemoração de oito décadas de realização ininterrupta da exposição, realizada anualmente no início do mês de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Para construir a identidade da ExpoZebu 80 anos, a ABCZ contou novamente com o talento da equipe da Nativa Propaganda. A ideia principal foi a criação de um símbolo que registrasse a conquista da sociedade brasileira, que transcende a pecuária.

As cores azul, verde e amarela foram utilizadas na construção do símbolo para homenagear cada brasileiro e cada segmento importante nestes 80 anos de história da ABCZ e do zebu brasileiro. O azul representa a tecnologia, os cientistas, pesquisadores, inovadores e a todos os criadores, pois também é a cor institucional da ABCZ. O amarelo representa os valores do zebu que, após 80 anos de melhoramento genético, produz mais e melhor carne, leite e seus inúmeros derivados, enquanto o verde representa o cuidado e respeito pelo meio ambiente, visando produzir mais e melhor preservando os recursos naturais.

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As inscrições de animais para participação na ExpoZebu 80 anos tiveram início no dia 22 de janeiro, e são feitas exclusivamente pela internet, na área de Comunicações Eletrônicas do site da ABCZ (www.abcz.org.br). O encerramento das inscrições se dará no dia 11 de abril, ou antes, caso as vagas se esgotem. A data base para cálculo de idade dos animais participantes é 02 de maio de 2014. Já no dia 05 de março terá início o período de inscrição para as matrizes participantes do Concurso Leiteiro. As inscrições serão limitadas a três animais por expositor, por raça. Caso todas as vagas não sejam preenchidas, a Superintendência de Melhoramento Genético terá até o dia 24 de março para disponibilizar as vagas para os expositores já inscritos. De acordo com o regulamento da ExpoZebu, os criadores com animais inscritos terão até o dia 18 de abril para, eventualmente, proceder a substituição. A entrada de animais procedentes de mais de 700 km terá início no dia 21 de abril e a recepção, identificação e mensuração dos animais será iniciada no dia 28 de abril. O julgamento das raças terá início no dia 03 de maio, com a pré-classificação da raça nelore. O regulamento da ExpoZebu 80 anos já está disponível para consulta no site da ABCZ. Em pista de julgamento, a principal mudança será para as raças gir e gir mocha com aptidão leiteira. Para as fêmeas, a lactação (própria ou da mãe) deverá ser de no mínimo 3.600 kg, ajustada a idade adulta, em até 305 dias. Já para os machos, a lactação da mãe deve ser de no mínimo 3.600 kg, SEM ajuste a idade adulta, em até 305 dias. As raças gir e gir mocha com aptidão leiteira ficam ainda dispensadas de apresentarem a cria ao pé, utilizando como comprovação de parto a Eficiência Reprodutiva do SRGRZ, o RGN da cria ou o RIL (Relatório Individual de Lactação).

MATÉRIA DE CAPA

Inscrições

Julgamentos terão início no dia 3 de maio

Concurso Leiteiro Assim como nos anos anteriores, o Concurso Leiteiro da ExpoZebu será realizado entre os dias 03 e 06 de maio. Neste ano, a produção média diária mínima para que a matriz possa receber a premiação no Concurso Leiteiro passa de 8 para 10 kg para fêmeas jovens e de 12 para 15 kg para matrizes vaca adulta. Outra mudança importante é que não haverá distinção de categorias de registro na premiação do Concurso Leiteiro, ou seja, animais das categorias PO e LA serão classificados juntos, havendo somente a separação por raça e idade. A ABCZ fornecerá a ocitocina de uma única procedência, a ser utilizada nos animais, porém ficará por conta do criador o material para sua aplicação. Será permitida a permanência de até dois funcionários no momento das ordenhas. Para as premiações de qualidade do leite, os valores da gordura e proteína serão calculados e ajustados de forma proporcional ao volume de leite produzido.

ExpoZebu Dinâmica A ExpoZebu Dinâmica, que será realizada pela ABCZ na Estância Orestes Prata Tibery Júnior, em Uberaba, entre os dias 07 e 09 de maio, promete ser um dos grandes atrativos da programação da ExpoZebu 80 anos. No local haverá demonstração de diversas tecnologias voltadas para o setor pecuário. Serão realizadas ainda demonstrações das mais modernas máquinas e implementos agrícolas disponíveis no mercado para facilitar o trabalho do produtor rural (ensiladeiras, tratores, vagão forrageiro etc.). A ABCZ está reservando uma área de 6 hectares para montagem de estandes de empresas e uma área superior a 50 hectares para demonstração em tempo real 47 janeiro - fevereiro | 2014

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MATÉRIA DE CAPA

do funcionamento de máquinas e equipamentos. Até o início deste ano, aproximadamente 65% do espaço reservado para exposição de máquinas e equipamentos já havia sido comercializado pela ABCZ para grandes empresas do segmento, como: Nogueira, Ipacol, LS Tractor, Jumil, Dow AgroScienses; Menta; JF; Coopercitrus; Coimma; Vale; Wolf Seeds; Coopercitrus; Uberaba Rações; Stara, New Holland; Valmont e Casale. A ExpoZebu Dinâmica contará com a participação de importantes órgãos de pesquisa e extensão rural, como a Embrapa. Durante o mês de janeiro, o secretário de Agricultura de Minas Gerais, José Silva, confirmou a participação da EMATER na mobilização de produtores rurais de várias cidades para a participação no evento.

Museu a Céu Aberto

Patrocinadores A ExpoZebu 80 anos será patrocinada por grandes empresas do mercado brasileiro. A Tortuga, o Marfrig e o Banco do Brasil continuam apostando no sucesso da feira em 2014. Outra que renovou a parceria com a ABCZ por mais três anos e será novamente uma das patrocinadoras da exposição é a Coca-Cola. Como novidade, a ExpoZebu contará com o patrocínio da Dow AgroSciences, empresa que também está apoiando a entidade em outros projetos de relevância para os criadores de zebu, em especial no que diz respeito a recuperação de pastagens. A ExpoZebu contará com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Apex Brasil; Governo de Minas; CEMIG; SENAR; FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba); Polo de Excelência em Genética Bovina e Vale.

fotos: Rubio Marra

Uma das novidades da ExpoZebu deste ano será a realização do Projeto Museu a Céu Aberto, uma iniciativa da ABCZ e do Museu do Zebu. Trata-se de Pesquisa Histórica onde tudo que há no Parque Fernando Costa será identificado e o histórico apresentado ao público por intermédio de um mapa de identificação. O Projeto está sendo executado pela arquiteta Daniela Veludo e pelo Historiador da ABCZ/Museu

do Zebu, Thiago Riccioppo. Durante a exposição também haverá o lançamento da Cartilha “A Turma do Zebuzim” – material didático produzido para o projeto “Zebu na Escola”, que apresentará as raças zebuínas de maneira lúdica e divertida. O projeto Zebu na Escola será complementado com uma gincana socioambiental.

Milhares de pessoas devem passar pelo Parque Fernando Costa durante as comemorações dos 80 anos da ExpoZebu

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Exposições

Nelore

retoma disputas

Márcia Benevenuto | Foto: Márcia Benevenuto

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Expoinel Minas abriu o calendário 2014 do circuito de exposições da raça nelore. Com 878 animais inscritos, a feira ocorreu de 2 a 9 de fevereiro no Parque Fernando costa, em Uberaba (MG). No primeiro dia de julgamento os times entraram forte na pista para os concursos de progênie da raça nelore. Os criadores acompanham de perto o trabalho da comissão tríplice de jurados, formada por Murilo Miranda de Melo, Fabio Eduardo Ferreira e Eduarda Gabriele Gouveia de Azevedo Souza. Os plantéis que participam da mostra, organizada e promovida pela Associação Mineira dos Criadores de Nelore, representam 100 criatórios de 10 estados brasileiros. Nos últimos anos a Expoinel Minas se posicionou entre as maiores mostras da raça no país, pois é de participação obrigatória para criadores e expositores que

878 animais inscritos 100 criatórios de 10 estados brasileiros disputam o Ranking Regional Mineiro. A batida do martelo também foi mais forte em 2014, com cinco leilões na programação, um a mais que no ano passado. Para o presidente da Nelore Minas Renato Barcellos, a feira vem se superando a cada ano, com um volume cada vez maior de animais inscritos e de alta qualidade genética. “Sempre há uma expectativa maior em relação a Expoinel Minas por ser a primeira feira do ano. Um bom resultado da exposição ajuda balizar o mercado de leilões”, acredita Barcellos. Até o fechamento desta edição, os pregões ainda não haviam finalizado. O volume dos negócios da Expoinel Minas estará disponível no site da ABCZ (www.abcz.org.br). 49 janeiro - fevereiro | 2014

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exposições

Novidades na pista

Atuação das comissões de raças trouxe amplitude de conceitos para o julgamento de zebuínos Márcia Benevenuto | Foto: Rúbio Marra

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esde que foi instalada a primeira comissão com objetivo de deliberar sobre assuntos inerentes ao processo de julgamento de animais zebuínos, o trabalho não parou de evoluir. Esta é a opinião da maioria dos integrantes da Comissão da Raça Guzerá, da Comissão da Raça Gir Leiteiro e da Comissão da Raça Nelore, que se reuniram pela última vez em 2013 para tratar de assuntos específicos de cada grupo e fazer um balanço das atividades desenvolvidas no período. As reuniões das comissões do guzerá e do gir leiteiro aconteceram na sede da ABCZ na primeira quinzena de novembro. O grupo que se dedica ao gir leiteiro tem como mem-

bros o diretor da ABCZ José de Castro Rodrigues Netto, o coordenador do Colégio de Jurados da ABCZ Mário Marcio Souza da Costa Moura, o técnico da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) Fausto Cerqueira Gomes, o coordenador do PNMGL (Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro) André Rabelo Fernandes, além do zootecnista Otávio Batista O. Vilas Boas, como representante dos jurados. Neste encontro foi aprovada a mudança imediata de categoria dos jurados que com-

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pletarem o número mínimo determinado de animais julgados. A medida tem como objetivo aumentar, em um menor tempo possível, a lista de opções de nomes disponíveis para escalação em futuros eventos da raça. A comissão se comprometeu a analisar a possibilidade de flexibilização do número de jurados indicados aos organizadores das mostras ranqueadas pela ABCGIL, considerando as peculiaridades de cada uma. Hoje, a associação promocional tem 45 exposições homologadas nas quais são indicados sempre cinco nomes do quadro de jurados. A mudança pode aumentar ou reduzir o rol de indicações, promovendo um revezamento maior entre os jurados. Essa dinâmica de trabalho proporcionará o intercâmbio de conhecimentos e a inclusão de novos

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talentos no sistema de julgamento. A próxima reunião da Comissão da Raça Gir Leiteiro está agendada para março de 2014. Na pauta estão escalados os temas referentes a composição da lista de nomes para formar a equipe julgadora da ExpoZebu. Na reunião da Comissão da Raça Guzerá estiveram presentes o diretor da ABCZ e presidente da ACGB (Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil), Antônio Pitangui de Salvo, o coordenador do Colégio de Jurados da ABCZ, Mário Marcio Souza da Costa Moura, o diretor da ACGB, Marcelo Garcia Lack, e o atual representante da Comissão de Jurados, Luiz Renato Tiveron. Os debates foram norteados pelo balanço dos eventos julgados pelos profissionais indicados pela comissão, pela análise da receptividade por parte de criadores, além dos reflexos dos resultados das pistas no mercado do segmento seletivo. Foram avaliados e classificados como satisfatórios o nível qualitativo do trabalho demonstrado em exposições de referência e os conceitos individuais aplicados nos julgamen-

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co Henriques Silva, José Luiz Niemeyer dos Santos e o presidente Pedro Gustavo Novis. Por parte da ABCZ, estiveram na sede da Nelore na capital paulista, junto com o coordenador do Colégio de Jurados Mário Márcio Moura, o diretor Técnico Celso de Barros Correa Filho, o superintendente Técnico Luiz Antonio Josahkian e o presidente Luiz Claudio Paranhos. “Foi um ano desafiador mas que também serviu para fortalecer o conceito de trabalho das comissões. O balanço de resultados após a conclusão de cada evento nos deu respaldo para avançar nessa linha de atuação que considero muito mais democrática. Debater as diferenças com o objetivo de atingir o consenso em nome de um bem comum é uma tarefa que nos fortalece. Tenho certeza que a junção de opiniões e esse intercâmbio que reúne os talentos individuais de jurados experientes e jurados novos só agrega vantagens para a seleção dessas três raças. Vamos dar continuidade ao trabalho das comissões em 2014 e sempre quando for preciso calibrar os rumos da pecuária seletiva feita na pista”, disse Mário Márcio.

foto: Miguel Furtado

tos da ExpoZebu, da Expo Curvelo e da Exposição Nacional do Guzerá. “Eu considero a criação das comissões um êxito da ABCZ e, primeiramente, da Nelore, que depois foi seguida pela Gir Leiteiro e pela Guzerá. O sistema de indicação está se mostrando o mais imparcial e correto para a escolha dos jurados. A soma de conhecimento e a avaliação contínua dos resultados está resgatando o dinamismo e a valorização da pista que, desta forma, tende a atender as necessidades do campo e as expectativas do pecuarista, que é o consumidor da genética seletiva e está inserido no segmento comercial. Eu acredito que a criação das comissões representa um avanço na seleção de animais funcionais que verdadeiramente terão relevância econômica para a pecuária que é feita lá na invernada”, explica o presidente da ACGB. A comissão ABCZ/ACGB será mantida em 2014 e volta a se reunir no mês de março para proceder novamente a indicação dos jurados para os eventos citados, além de outras 2 mostras que serão elencadas para o calendário. Os integrantes da Comissão da Raça Guzerá abordaram a necessidade de buscar informações, refletir e trazer ideias sobre o julgamento específico das linhagens selecionadas com mais ênfase para produção de genética de corte e de leite. O objetivo é preservar ao máximo os conceitos de melhoramento das características para dupla aptidão dos animais guzerá, pois existe o entendimento e o consenso sobre a relevância desta genética versátil na manutenção e evolução da produção pecuária com sustentabilidade ambiental e econômica. “O grupo formado por representantes de todas as pontas envolvidas no julgamento é interessante, pois coloca na mesma mesa conhecimentos que apesar de diferentes podem ser complementares. Um exemplo foi a avaliação do julgamento separado dos animais de aptidão leiteira. Depois do debate no âmbito das ideias, fica claro que devemos buscar o equilíbrio e nos afastar dos extremos. Não queremos ter vacas pesando uma tonelada e nem com lactações próximas as registradas por raças especializadas. Vamos preservar o guzerá adaptado aos trópicos e potencializar a vocação reprodutiva e produtiva da raça em manejo de pasto”, disse o diretor Técnico da ACGB, Geraldo Melo Filho, que também é integrante da comissão da raça. A última atividade das comissões de raças no ano de 2013 foi o encontro dos membros do grupo ABCZ/ACNB, ocorrido em São Paulo, no dia 12 de dezembro. Na pauta da reunião foram incluídos temas sobre a escolha de jurados da raça nelore para a Expoinel Mineira/2014, a possibilidade de alteração das regras de indicação das comissões e assuntos diversos. Participaram da reunião o gerente executivo da ACNB, André Locateli, os diretores da entidade Frederi-

Indicações deixam processo isento e democrático, diz de Salvo

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Exposições

Grandes Campeões

Exposição Cidade (UF) Período Raça Grande Campeão R 47ª Fapi Ourinhos Expaja - 2013 Expaja - 2013 40ª Ficcap 25ª Exposição Agropec. de São Miguel do Araguaia 36ª Expo Agrop e Ind de Três Lagoas 36ª Expo Agrop e Ind de Três Lagoas 51ª Expopar 39ª Expomontes 34ª Expo Agrop de Mineiros 10ª Mega Leite 10ª Mega Leite 49ª Expoagro Cuiabá 49ª Expoagro Cuiabá 49ª Expoagro Cuiabá 44ª Exposição Agropec. de Governador Valadares 44ª Exposição Agropec. de Governador Valadares 44ª Exposição Agropec. de Governador Valadares 12ª Expo Agrop de Caiapônia 45ª Expo Agrop de Imperatriz 45ª Expo Agrop de Imperatriz Xxvii Expoama Xiii Exponp

Ourinhos - SP Jataí - GO Jataí - GO Santa Fé do Sul - SP São Miguel do Araguaia - GO Três Lagoas - MS Três Lagoas - MS Paranaíba - MS Montes Claros - MG Mineiros - GO Uberaba - MG Uberaba - MG Cuiabá - MT Cuiabá - MT Cuiabá - MT Governador Valadares - MG Governador Valadares - MG Governador Valadares - MG Caiapônia - GO Imperatriz - MA Imperatriz - MA Marabá - PA Novo Progresso - PA 23ª Expo Agrop e Festa Nacional do Carneiro no Buraco Campo Mourão - PR Dracena - SP 45ª Fapidra Quissamã - RJ Xxii Expo Agrop Ind Com e Turis de Quissamã Quissamã - RJ Xxii Expo Agrop Ind Com e Turis de Quissamã Bela Vista - MS 42º Expobel Rio Verde - GO 55ª Expo Rio Verde Colíder - MT 25ª Expolider Crato - CE Expocrato - 2013 Crato - CE Expocrato - 2013 Crato - CE Expocrato - 2013 Cordeiro - RJ Expo Cordeiro - 2013 Cordeiro - RJ Expo Cordeiro - 2013 Liberia - Guanacaste - Costa Rica/EX Esposición Nacional de Ganado Cebu - 2013 Liberia - Guanacaste - Costa Rica/EX Esposición Nacional de Ganado Cebu - 2013 Pompéu - MG Superleite Pompéu 2013 Catalão - GO Xxxv Expo Agrop Ind Com de Catalão Rio Branco - AC Expoacre - 2013 Rondon do Pará - PA 32ª Expo Agrop de Rondon do Pará Rondon do Pará - PA 32ª Expo Agrop de Rondon do Pará

06/06/13 16/06/13 22/06/13 29/06/13 22/06/13 29/06/13 22/06/13 30/06/13 22/06/13 29/06/13 22/06/13 30/06/13 22/06/13 30/06/13 26/06/13 07/07/13 28/06/13 07/07/13 29/06/13 07/07/13 30/06/13 07/07/13 30/06/13 07/07/13 04/07/13 14/07/13 04/07/13 14/07/13 04/07/13 14/07/13 04/07/13 14/07/13 04/07/13 14/07/13 04/07/13 14/07/13 06/07/13 14/07/13 06/07/13 14/07/13 06/07/13 14/07/13 06/07/13 14/07/13 07/07/13 14/07/13 09/07/13 14/07/13 09/07/13 15/07/13 10/07/13 14/07/13 10/07/13 14/07/13 12/07/13 21/07/13 12/07/13 21/07/13 13/07/13 21/07/13 14/07/13 21/07/13 14/07/13 21/07/13 14/07/13 21/07/13 17/07/13 21/07/13 17/07/13 21/07/13 18/07/13 28/07/13 18/07/13 28/07/13 18/07/13 21/07/13 19/07/13 28/07/13 21/07/13 04/08/13 21/07/13 28/07/13 21/07/13 28/07/13

SINDI GIL NEL NEL NEL GUZ NEL NEL NEL NEL GUL GIL GIL NEL GIL GIL GUL GUZ NEL TAB NEL NEL NEL NEL NEL NEL TAB NEL NEL NEL SINDI GUZ NEL NEL GIL NEL GIL GIL NEL NEL NEL GUZ

Belo Ajcf Budha FIV Transol Jurupi Idm Donoto 115 FIV do Kalunga Fricasse Machadinho Gesso FIV Tir Dimple FIV Edto Lyon FIV Sbx Dexter FIV Ouro Bahia Dimple FIV Edto Cairo Koro FIV Vila Rica Akiles FIV Gv5 Aliko FIV da FC Landrasto Ariel FIV Uriel Ibituruna Uranio FIV da Barra Solaris TE da HP King RF 4 Irmas Valame FIV da Igap Quental FIV RVM Bhadrak FIV JP da FT Attoll FIV Bacaray Prismo do Jal Shavante FIV da Edwiges Cipoal CCC Impacto FIV Raça Pura Rima FIV Ermitão 2 Chaplin RRVV da Esp Discarado Cariri Ceara da Bomar Equador TE Gspa Shavante FIV da Edwiges Deputado do Marcão HS Sr Heliaco 489/0 Sh Chaparon 045/12 TE Ohio 2B Brenno FIV Quality Brasão Jedhara FIV da PNG Soberano FIV do Guama

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Conheça os animais das raças zebuínas que conquistaram o título de grandes campeões das exposições homologadas pela ABCZ

RG (campeão) AJCF 129 TSOL 76 IDM1558 KLGA1600 DIM 3566 TIR883 EDTO914 SBX A9039 OURB468 EDTO914 UNIU 236 GIVR 188 CEAP 64 GCFC A9784 APRV 168 ASAG 2 JFPA 222 DTO 6195 HSGP3589 RNF 2220 IGAP1277 RVM9897 FATJ2452 MRC5127 JAX 2672 FSE3526 CCTA 1041 VIA535 RIMA 5312 RRVV153 SOSL 69 GNEL 37 GSPA44 FSE3526 MTAC 54 04-09142 05-06323 ZAB 468 NMD169 NEJ33 PNG2630 JFNB382

Grande Campeã RG (campeã) Jurados Atenas FIV Ajcf Estancia TE Silvânia Imprensa Idm Isma TE Port Sonata e o Amor Mega FIV da Dhmf Manitoba FIV do Mura Isma TE Port Rima FIV Francesca3 Kayla TE Mafra Haical FIV Fecula TE F. Mutum Brilhantina FIV Falg Elegance FIV Guara Cadência Karisma TE S. Edwiges Hum Sonho Caat 1824 F 10 do Mineirão Ariadne FIV Imp do LG Mentecapto FIV V. Mutum Guiza FIV Liliani Jedhara FIV da PNG Fiara da Piracana Harpa TE do Apipucos Mayana da Mundial Egipcia 3 FIV Monte Verde Nena Gaibu Laguna FIV da Rec. Rima FIV Gloria Concordia RRVV da Esp Capitu do Igapoó Madame FIV da Carrapicho Niklaura da EGR Egipcia 3 FIV Monte Verde Bondade FIV Lera Dr Marinho 369/1 FIV La Chacara 10/09 Omiska da Palma Ariadne FIV Imp do LG Bonita Komahal FIV da PNG Salinas do Guama

AJCF 20 EFC 734 IDM830 DABP3971 ZCF 1000 DHFP1794 MURA6971 DABP 3971 RIMA6731 CAMT3059 LKW 276 MUT 753 FALG 43 GUAR963 RMVA 28 RIG 260 HUM 58 WSPV 1824 LGJI2364 VMUT 1155 LILY504 PNG2630 JAZ4918 ALPO377 MUN 943 ISPU4000 SRJE 1079 ECI2279 RIMA 7240 RRVV200 SLBS 46 MMR 68 EPD1218 ISPU4000 LERA 8 04-09395 05-06323 JDRB 1172 LGJI2364 NEJ21 PNG2719 JFNB344

Marcio Diniz Junior José Jacinto Júnior Celio Arantes Heim Rafael Mazao Ghizzoni Gilmar Siqueira de Miranda Marcelo Mauro Souza da Costa Moura Fabiano R. da Cunha Araújo, Thiago José T. Novaes, Mario Eduardo Araium Binote Walter Domingues da Silva Junior Gilmar Siqueira de Miranda Arnaldo Manuel S. Machado Borges Lilian Mara Borges Jacinto Fábio Miziara, José Otávio Lemos, Márcio Diniz Lucyana Malossi Queiroz João Marcos Cruvinel Machado Borges, Daniel Botelho Ulhoa, Gabriel Angelo Poliana de Castro Melo Alan Marcolini Campidelli Alan Marcolini Campidelli Marcio Diniz Junior Rodrigo Ruschel Lopes Cançado Fabiano Rodrigues da Cunha Araújo Fabiano Rodrigues da Cunha Araújo Marcelo Ricardo de Toledo Feliciano Benedetti de Freitas Celio Arantes Heim Carlos Aparecido Fernandes Pavan Carlos Alberto de Souza Celestino, Carlos Alberto M. Filho, Marcelo Costa Leite Guilherme Queiroz Fabri William Koury Filho Gilmar S. de Miranda, Haroldo H. M. Di Vellasco, Bruno José de Moraes Mazzaro Fabio Eduardo Ferreira José Eduardo Almeida Brito dos Anjos José Eduardo Almeida Brito dos Anjos Fabio Miziara Paulo Cesar Guedes Miranda Andre Rabelo Fernandes José Otávio Lemos José Otávio Lemos Tatiane Almeida Drummond Tetzner Izarico Camilo Neto Celio Arantes Heim Gilberto Elias Democh Junior Gilberto Elias Democh Junior 55 janeiro - fevereiro | 2014

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Exposição Cidade (UF) Período Raça Grande Campeão R 48ª Expo Agrop de Dores do Indaiá Xxxviii Expo Macaé Xxxviii Expo Macaé Xxxviii Expo Macaé 44ª Exposição Regional de Almenara 44ª Exposição Regional de Almenara 63ª Expoagro de Formosa 26ª Expo Agrop de Palmeiras de Goiás 29ª Expo Agrop do Vale do Acará 29ª Expo Agrop do Vale do Acará 43ª Expo Cassilândia 43ª Expo Cassilândia 22ª Expoagro de Sanclerlândia Expo de Vila Velha - 2013 17ª Expoprima 27ª Expo Paracatu 27ª Expo Paracatu 20ª Expoju Vi Expo Brahman 31ª Exposição Agropecuária de Itabira 31ª Exposição Agropecuária de Itabira 37ª Exposição Estadual Agropecuaria 40ª Grand Expo Bauru 40ª Grand Expo Bauru Expo Nelore Bh - 2013 46ª Expo Agrop e Ind de Aquidauana 30ª Expoinhumas 21ª Expo Agrop de Juara 41ª Exposul Exporural - 2013 Exporural - 2013 47ª Expo Agrop de Paragominas 47ª Expo Agrop de Paragominas 47ª Expo Sete 42ª Exponorte 44ª Exapit 44ª Exapit 28ª Expo de Animais de Surubim 37ª Feira Agropec e Ind de Presidente Venceslau Zagaia Nelo Cup - 2013 36ª Expointer Expo Agrop da Alta Mogiana - Ituverava - 2013 Expo Agrop da Alta Mogiana - Ituverava - 2013 22ª Expoagro de Mara Rosa 50ª Exposição Agropecuária de Uberlândia 50ª Exposição Agropecuária de Uberlândia 50ª Exposição Agropecuária de Uberlândia

Dores do Indaiá - MG Macaé - RJ Macaé - RJ Macaé - RJ Almenara - MG Almenara - MG Formosa - GO Palmeiras de Goiás - GO Tomé-Açu - PA Tomé-Açu - PA Cassilândia - MS Cassilândia - MS Sanclerlândia - GO Vila Velha - ES Primavera do Leste - MT Paracatu - MG Paracatu - MG Juína - MT São Carlos - SP Itabira - MG Itabira - MG Vitória - ES Bauru - SP Bauru - SP Belo Horizonte - MG Aquidauana - MS Inhumas - GO Juara - MT Rondonópolis - MT Salvador - BA Salvador - BA Paragominas - PA Paragominas - PA Sete Lagoas-MG Porangatu - GO Tupã - SP Tupã - SP Surubim - PE Presidente Venceslau - SP Bonito - MS Esteio - RS Ituverava - SP Ituverava - SP Mara Rosa- GO Uberlândia - MG Uberlândia - MG Uberlândia - MG

24/07/13 28/07/13 24/07/13 29/07/13 24/07/13 29/07/13 24/07/13 29/07/13 25/07/13 28/07/13 25/07/13 28/07/13 26/07/13 03/08/13 27/07/13 04/08/13 28/07/13 04/08/13 28/07/13 04/08/13 29/07/13 04/08/13 29/07/13 04/08/13 29/07/13 04/08/13 29/07/13 03/08/13 31/07/13 04/08/13 02/08/13 11/08/13 02/08/13 11/08/13 03/08/13 11/08/13 06/08/13 11/08/13 07/08/13 11/08/13 07/08/13 11/08/13 07/08/13 11/08/13 08/08/13 18/08/13 08/08/13 18/08/13 08/08/13 15/08/13 09/08/13 15/08/13 09/08/13 18/08/13 10/08/13 18/08/13 10/08/13 18/08/13 10/08/13 14/08/13 10/08/13 14/08/13 11/08/13 18/08/13 11/08/13 18/08/13 14/08/13 18/08/13 17/08/13 25/08/13 17/08/13 25/08/13 17/08/13 25/08/13 21/08/13 25/08/13 24/08/13 01/09/13 25/08/13 01/09/13 25/08/13 01/09/13 26/08/13 01/09/13 26/08/13 01/09/13 28/08/13 02/09/13 30/08/13 08/09/13 30/08/13 08/09/13 30/08/13 08/09/13

NEL NEL GIL TAB GIL NEL NEM NEL NEL GUZ NEL GUZ TAB NEL NEL GIL GUZ NEL BRA GIL NEL GIL NEL GUZ NEL NEL NEL NEL NEL GIL NEL GUZ NEL GIL NEL NEL GIL NEL NEL NEL GIL GIL NEL NEL GIL GUZ NEL

Marduk Poty VR Shavante FIV da Edwiges Deputado do Marcão Cipoal CCC Não Houve 6249 da Derribadinha Natalino da Car Hariom da Pau D Arco Jogador Ii FIV da PNG Soberano FIV do Guama Jakho 3 TE Port Nagori da Suacui Grego FIV Zein Shavante FIV da Edwiges Voleybol FIV da FC Budha FIV Transol Guru Peac Apolo FIV de Gloria Ganeshi da Canaã Naidu FIV Sadonana Luando Col Deputado do Marcão Gardel FIV da Sabiá Ciumento FIV da EL Giza Arial FIV Araras Imigrante da Onix Itau Idm Melquias da Cosmo Indio FIV Raça Pura Destaque FIV da JGVA Seattle TE Bar Soberano FIV do Guama Qhumbo RVM Figo Bahadur Phaltan FIV da Sapezal Laredo-3073 da Sl Enfeitado 2 FIV F Jao Equador TE Gspa Laredo-3073 da Sl Indio FIV Raça Pura Apolo Nogueira Figo Bahadur Kongo TE Mafra Phaltan FIV da Sapezal Galio TE F. Mutum Ator FIV de Amar Difusor A Maua

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RG (campeão) VRPY585 FSE 3526 MTAC 54 GREG 1041 não houve UNIC 6249 SJD 827 NON2242 PNG2624 JFNB 382 DABP4726 FMN1646 ZEIN 401 FSE3526 GCFCA9962 TSOL 76 PEAC 1599 MMYG62 BCAN1954 SDNA 81 COL 21409 MTAC 54 SABB4955 DREL 97 ARA1888 ONIX3344 IDM1298 ANB1789 VIA499 JGVA 48 LILL1348 JFNB382 RVM10482 HCFG 204 HIP4346 VYG 3073 FJAG 92 GSPA44 VYG3073 VIA499 JZN 6 HCFG 204 CAMT2866 HIP 4346 MUT 922 LUNI 64 AUAM 258

Grande Campeã RG (campeã) Jurados Bromelia TE Bar Egipcia 3 FIV M.verde Bondade FIV Lera Nena Gaibu Afra FIV Favorita da MIG Polonia FIV ER da Fsn Sagha FIV Carnel Jedhara FIV da PNG Salinas do Guama Isma TE Port E. Guaraná do RG Oiana FIV de Tabapuã Egipcia 3 FIV Monte Verde Elegance FIV Guara Hegira FIV F. Mutum Baiana da Capital Ibinaya FIV da Dica Miss Iamb 68 Delicada FIV do Egb Xira de Belmont Noruega FIV do Leal Bravesh FIV Agro Jb Helena Levina da Cristal Griselda FIV da 3R Imprensa Idm Musa 7 FIV da FC Elegance FIV Guara Faisca FIV JGVA Mogiana I FIV Salinas do Guama Jedhara FIV da PNG Branca Belvedere Halali da Pau D Arco Mayana da Mundial Solidária Niklaura da EGR Grand Miss FIV da 3R Marina TE do Mura Fabel Sansão Eca FIV Elena FIV Tol Brenda FIV Vanguard Qualidade da Sapezal Branca Belvedere Mega FIV da Dhmf Estrela Jww

LILL1549 ISPU 4000 LERA 8 SRJE 1079 ASAG 12 YFP 331 ELF 2557 CNEL91 PNG2630 JFNB 344 DABP3971 EFT261 GTRT 2989 ISPU4000 GUAR963 MUT 1037 CPTL 638 DICO2046 IAMB68 EGB 91 BLBA 1274 MPL 39 MFC2400 CLFG 852 PVB3630 RUCA2171 IDM830 GCFCB246 GUAR963 JGVA 110 JFLP22 JFNB344 PNG2630 APGB 43 NON2236 MUN 943 WJA 125 EPD1218 RUCA2147 MURA6358 FAB 390 TOLA 145 VANG93 HIP 4470 APGB 43 DHFP 1794 UNIT 1657

João Eudes Lafeta Queiroz Rafael Mazão Ghizzoni Marcio Diniz Junior Rubenildo C. B. Rodrigues Lauro Fraga Almeida Lauro Fraga Almeida Gilberto Elias Democh Junior Ricardo Gomes de Lima Gilmar Siqueira de Miranda Gilmar Siqueira de Miranda Russel Rocha Paiva Russel Rocha Paiva Izarico Camilo Neto Paulo Cesar Guedes Miranda Antonio Carlos de Souza Jesus Lopes Júnior Daniel Botelho Ulhoa Jandovi Prandi Junior Gilmar Siqueira de Miranda André Rabelo Fernandes André Rabelo Fernandes Marcelo Miranda Almeida Ferreira Lourenco de Almeida Botelho, Lucyana M. Queiroz, Antonio Louza do Nascimento Gustavo Pádua Queiroz Miziara Rodrigo R. L. Cançado, Fabio Eduardo Ferreira, Fernando Augusto Meirelles Filho Daniel Botelho Ulhoa Rodrigo Ruschel Lopes Cançado Bruno José de Moraes Mazzaro Valdecir Marin Junior, Conrado Silveira Giraldi, Jandovi Prandi Junior José Otávio Lemos Carlos Alberto de Souza Celestino, Luis Renato Tiveron, Jordan Meneses Alves Rubenildo Claudio B. Rodrigues Fabio Miziara José Jacinto Junior Fabio Eduardo Ferreira Ricardo Wirth Quartim Barbosa Glayk Humberto Vilela Barbosa Murilo Miranda de Melo Ricardo Wirth Quartim Barbosa Luis Renato Tiveron José Jacinto Júnior André Rabelo Fernandes Rafael Mazao Ghizzoni Marcelo Ricardo de Toledo Lucyana Malossi Queiroz Lilian Mara Borges Jacinto Carlos Eduardo Nassif 57 janeiro - fevereiro | 2014

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Exposição Cidade (UF) Período Raça Grande Campeão R 53ª Expoagro Unaí 53ª Expoagro Unaí 53ª Expoagro Unaí Expoema - 2013 16ª Expo Agrop e Ind de Cornelio Procopio Expofeira - 2013 22ª Expoper Expossol - 2013 Exposidrolândia - 2013 25ª Expobai Vii Exposição Agropecuária de Macuco Expoprudente - 2013 45ª Expo Agrop de Castanhal 45ª Expo Agrop de Castanhal 32º Exposição Agropecuária de Cambuci 47ª Expopará 47ª Expopará Expocruz 2013 Expocruz 2013 Expocruz 2013 39ª Expovales 39ª Expovales 39ª Expovales 42ª Expoinel 42ª Expoinel 24ª Expo Agropecuaria de Crixas Ix Expobrahman Expo Araruama - 2013 Lviii Exposição Agroindustrial do Ceará Lviii Exposição Agroindustrial do Ceará Lviii Exposição Agroindustrial do Ceará Lviii Exposição Agroindustrial do Ceará Expo BM 2013 - Exposição Agropec. de Barra Mansa Xvi Expo Alagoinhas Expocaceres - 2013 52ª Expo Rio Preto 52ª Expo Rio Preto 52ª Expo Rio Preto 52ª Expo Rio Preto 52ª Expo Rio Preto 52ª Expo Rio Preto 24ª Expo Agroind de Itaituba Expo Taguaí - 2013 Expo Toledo - 2013 51ª Festa do Boi 51ª Festa do Boi 51ª Festa do Boi

Unaí - MG Unaí - MG Unaí - MG São Luís - MA Cornélio Procópio - PR Feira de Santana - BA Perdizes - MG Mirassol D’Oeste - MT Sidrolândia - MS Amambai - MS Macuco - RJ Presidente Prudente - SP Castanhal - PA Castanhal - PA Cambuci - RJ Belém - PA Belém - PA Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX Teófilo Otoni - MG Teófilo Otoni - MG Teófilo Otoni - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Crixas - GO Uberaba - MG Araruama - RJ Fortaleza - CE Fortaleza - CE Fortaleza - CE Fortaleza - CE Barra Mansa - RJ Alagoinhas - BA Cáceres - MT São José do Rio Preto - SP São José do Rio Preto - SP São José do Rio Preto - SP São José do Rio Preto - SP São José do Rio Preto - SP São José do Rio Preto - SP Itaituba - PA Taguaí - SP Toledo - PR Parnamirim - RN Parnamirim - RN Parnamirim - RN

30/08/13 08/09/13 30/08/13 08/09/13 30/08/13 08/09/13 31/08/13 08/09/13 01/09/13 08/09/13 01/09/13 08/09/13 01/09/13 08/09/13 02/09/13 08/09/13 03/09/13 08/09/13 04/09/13 08/09/13 05/09/13 08/09/13 05/09/13 15/09/13 07/09/13 15/09/13 07/09/13 15/09/13 05/09/13 09/09/13 15/09/13 22/09/13 15/09/13 22/09/13 16/09/13 29/09/13 16/09/13 29/09/13 16/09/13 29/09/13 16/09/13 22/09/13 16/09/13 22/09/13 16/09/13 22/09/13 19/09/13 29/09/13 19/09/13 29/09/13 22/09/13 29/09/13 23/09/13 29/09/13 25/09/13 29/09/13 29/09/13 06/10/13 29/09/13 06/10/13 29/09/13 06/10/13 29/09/13 06/10/13 01/10/13 06/10/13 02/10/13 06/10/13 02/10/13 06/10/13 02/10/13 13/10/13 02/10/13 13/10/13 02/10/13 13/10/13 02/10/13 13/10/13 02/10/13 13/10/13 02/10/13 13/10/13 05/10/13 13/10/13 09/10/13 13/10/13 09/10/13 13/10/13 12/10/13 19/10/13 12/10/13 19/10/13 12/10/13 19/10/13

GIL GUZ NEL NEL NEL NEL GIL NEL NEL NEL GIL NEL GUZ NEL TAB GUZ NEL NEL NEM GIL GUL GUZ GIL NEL NEM NEL BRA TAB NEL GIM GUZ GIR GIL GIL NEL NEL GUZ GIL BRA NEM TAB NEL NEL NEL GIR NEL GUZ

Maroto TE Kalu Guru Peac Cianeto FIV Map Valame FIV da Igap Donoto135 FIV do Kalunga Seattle TE Bar Desenho Caranda FIV Giber Premiun FIV GC da Sl Indio FIV Raça Pura Deputado do Marcão Indio FIV Raça Pura Soberano FIV do Guama Quental FIV RVM Cipoal CCC Soberano FIV do Guama Qhumo RVM Indu FIV Sausalito Benjamin Capigura Euro FIV de Curichi Grande Caim JF Galan Ariel FIV Kongo TE Mafra Onix da Car Kelsen Candeias Mister 107 Repol Joaquim do Gregg Apolo da Boisa FF Haiti da Arizona Pacote da Teot Aliado FF Deputado do Marcão Destaque FIV da JGVA Mexicano FIV do IF Gardel FIV da Sabiá Degelo FIV da EL Giza Enfeitado 2 FIV Fjao Ganesh da Canaã Onix da Car Fusion FIV Zein Lux Sertão FIV Malbec Espinhaço Malbec London FIV de OG Garboso da Varzea Giba

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RG (campeão) KALG 291 PEAC 1599 OMAP 161 IGAP1277 KLGA1803 LILL1348 AFON 100 GIBE78 GSC2429 VIA499 MTAC 54 VIA499 JFNB382 RVM9897 CCTA-1041 JFNB382 RVM 10482 SAUS 9625 CAP 1712 GRAY-1655 JFT 3157 LEPR 8 ASAG 2 CAMT2866 SJD 908 CLPJ 1336 REPL-107 GREG-1014 FFAB3 JPJ54 TAL7163 FFAL7 MTAC 54 JGVA 48 IFC11547 SABB4955 DREL 117 FJAG 92 BCAN-1954 SJD908 ZEIN-327 LUX4601 GRR1202 AMH275 OGM 254 CCAB234 DEP 185

Grande Campeã RG (campeã) Jurados Fada FIV Kalu Governanta Ja Siria FIV Campininha Fada FIV Liliani Explicação 8 DC TE Zacha I FIV da Serra Verde Borborema FIV Cariri Fada da FC Griselda FIV da 3R Chiara FIV HVP Bondade FIV Lera Espn Javanesa Greta FIV Jedhara FIV da PNG Baroneza Lunando Greta FIV Jasmin FIV Maringa Granada TE Sausalito Gediva Sausalito Bambina de Curichi Grande Babi Jf Galense Villefort Gavina FIV Mackllani Castina FIV HVP Framasa Ii do Pingado Kigalli Candeias Miss Carol Repol Opala Gaibu Itauba TE Port Heraldica da Arizona Quaresma TE da Teot Eugenia FIV da Boisa Bondade FIV Lera Florenca FIV JGVA Fada da FC Castina FIV HVP E. Guaraná do RG Ebina 2 FIV da Fjao Miss Bromelia FIV Brconquista

Framasa Ii do Pingado Fhada FIV Zein Amitha FIV JP da FT Prada DC TE Bascui I FIV da Jspo Magia FIV Dp Hathena FIV da Varzea Camilla de Reilloc

KALG 253 JAR 6522 CAMI 1553 LILY402 GCID850 AFBN1 SOSA 24 GCFCA9993 RUCA2171 HVP242 LERA 8 ESPN2777 DEP157 PNG2630 LUNT-19 DEP157 NMAR 371 SAUS 8109 SAUS 8762 GRAY-991 JFT 2891 IVAG 3118 MELM 266 HVP228 PINN 332 CLPJ 1337 REPL-93 SRJE-1190 DABP 4144 JPJ60 TAL7220 FFAL76 LERA 8 JGVA 142 GCFCA9993 HVP228 EFT 261 FJAG 44 BRFR-269 PINN332 ZEIN-326 FATJ2443 GCID884 JSPO1538 DPJ 646 CCAB290 CCF 717

Marcelo Ricardo de Toledo Cristiano Cardoso Hueb Cristiano Cardoso Hueb Murilo Miranda de Melo Antonio Carlos de Souza Daniel Botelho Ulhoa José Jacinto Junior Horacio Alves Ferreira Neto Bruno José de Moraes Mazzaro Carlos Alberto Marino Filho Alan Marcolini Campidelli Gilmar Siqueira de Miranda Ricardo Gomes de Lima Marcelo Ricardo de Toledo Celio Arantes Heim Murilo Miranda de Melo Marcelo Ricardo de Toledo Carlos Alberto de S. Celestino, Gilmar S. de Miranda, Rodrigo R. L. Cançado Carlos Alberto de S. Celestino, Gilmar S. de Miranda, Rodrigo R. L. Cançado Tatiane Almeida Drummond Tetzner Roberto Winkler José Jacinto Junior José Jacinto Junior Célio Arantes Heim, Horácio Alves Ferreira Neto, Carlos Alberto Marinho Filho Guilherme Queiroz Fabri Odilmar da Silva Vargas Carlos Eduardo Nassif Murilo Miranda de Melo Rodrigo Coutinho Madruga Rodrigo Coutinho Madruga Rodrigo Coutinho Madruga Rodrigo Coutinho Madruga Rubenildo Claudio B. Rodrigues Euclides Prata Santos Netto Fabio Miziara Rafael Mazao Ghizzoni, Jandovi Prandi Junior, Ricardo Gomes de Lima Alisson Andrade de Oliveira Manuela Pires Monteiro da Gama Celio Arantes Hein Rafael Resende de Oliveira Lucyana Malossi Queiroz Marcelo Ricardo de Toledo Antonio Carlos de Souza Carlos Aparecido Fernandes Pavan Fábio Miziara Carlos Alberto de Souza Celestino Carlos Alberto de Souza Celestino 59 janeiro - fevereiro | 2014

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Exposição Cidade (UF) Período Raça Grande Campeão R 35ª Exposição Agropecuaria de Itabuna 50ª Exposição de Goiânia 50ª Exposição de Goiânia 50ª Exposição de Goiânia 32ª Exponan 63ª Expo Agro Alagoas 63ª Expo Agro Alagoas Xix Feria Agroindustrial Y Ganadera de La Dorada Xix Feria Agroindustrial Y Ganadera de La Dorada Xxix Ficai Expoinel MS - 2013 34ª Expovel Vi Exposição Internacional do Gir Leiteiro - Interlactea Fapig 2013 72ª Exposição Nordestina de Animais 72ª Exposição Nordestina de Animais Expo Agrop de Barretos 2013 Fenagro - 2013 Fenagro - 2013 63ª Expoapi

Itabuna - BA Goiânia - GO Goiânia - GO Goiânia - GO Nova Andradina - MS Maceió - AL Maceió - AL La Dorada - Caldas - Colombia - EX La Dorada - Caldas - Colombia - EX Ibaiti - PR Campo Grande - MS Cascavel - PR Avaré - SP Guararapes - SP Recife - PE Recife - PE Barretos - SP Salvador - BA Salvador - BA Teresina - PI

14/10/13 18/10/13 17/10/13 27/10/13 17/10/13 27/10/13 17/10/13 27/10/13 22/10/13 27/10/13 25/10/13 03/11/13 25/10/13 03/11/13 28/10/13 04/11/13 28/10/13 04/11/13 06/11/13 10/11/13 07/11/13 17/11/13 09/11/13 17/11/13 11/11/13 16/11/13 12/11/13 16/11/13 17/11/13 24/11/13 17/11/13 24/11/13 25/11/13 30/11/13 30/11/13 08/12/13 30/11/13 08/12/13 08/12/13 15/12/13

GIL NEL TAB GIL NEL GUZ NEL GIL GUZ NEL NEL TAB GIL NEL GUZ NEL NEL NEL GIL NEL

Olodum do Yoyo Gajado FIV St.cruz Grego FIV Zein Erotico FIV Dsil Boston FIV HVP Namoro TE Fp Equador TE Gspa EL Empedrado Fausto Zorrillos Jacinto Rajasthan DC TE Gardel FIV da Sabiá Ouro FIV de Tabapuã Hermrs FIV Corrego Branco Impacto FIV Raça Pura Collier FIV de Reilloc Ocullum FIV da EGR Dimple FIV Edto Gold do Lap Jadru TE M. Verde Zambi FIV da Igap

obs: a comunicação dos resultados das exposições se dá exclusivamente pela entrega dos relatórios dos jurados efetivos.

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mpeão RG (campeão)

Grande Campeã RG (campeã) Jurados

oyo .cruz ein sil VP Fp spa Fausto nto C TE Sabiá bapuã o Branco a Pura eilloc a EGR dto p erde Igap

Tormenta FIV da Palma Jeitosa TE da Mafra Palas FIV de Tabapuã Mandala Vila Rica Evani FIV Joia Rara Greta FIV Mitologia TE Imbiribeira J.d.j. Ramona TE Zorrillos Floricienta Prada DC TE Castina FIV HVP Palas FIV de Tabapuã Elegância FIV da Genipapo Nailah FIV Ipê Ouro Salinas do Guama Oduka da EGR Jeitosa TE da Mafra Vala Xxi FIV Agroz Heroina FIV de Bras. Fada FIV Liliani

YOYG 111 GPO 4376 ZEIN 401 DSIL 139 HVP152 FPCA1329 GSPA44 943/0 935/0 GCID1222 SAB B4955 GTRT2857 PRMP 343 VIA 535 CCF 729 EPD 1341 EDTO 914 LAP 996 ISPG 162 IGAP1384

JDRB 2242 CAMT 2754 GTRT 3183 GIVR 272 JDIB229 DEP157 LJFI344 144/7 643/6 GCID884 HVP 228 GTRT3183 PRAC 303 IPE 3980 JFNB 344 EPD 1325 CAMT 2754 AGRZ 950 RRP 6260 LILY402

Gustavo Ayres Pereira de Almeida Otavio Batista O. Vilas Boas, Daniel Botelho Ulhoa, Thiago José Trevisi Novaes Rodrigo Ruschel Lopes Cançado Alan Marcolini Campidelli Bruno José de Moraes Mazzaro Célio Arantes Heim Luis Renato Tiveron Tatiane Almeida Drummond Tetzner Tatiane Almeida Drummond Tetzner Carlos Aparecido Fernandes Pavan José Augusto da Silva Barros, Antonio L. do Nascimento, Luciane K. A. Carvalho Carlos Alberto Marino Filho Roberto Vilhena Vieira Ademir Jovanini Augusto Filho João Marcos Cruvinel Machado Borges João Marcos Cruvinel Machado Borges Arnaldo M. S. Machado Borges, Eduarda G. G. de A. Souza, Rafael R. de Oliveira José Ferreira Pankowski, Marcelo M. Alemida Ferreira, Thiago M.Veloso Rabelo Jesus Lopes Junior Otavio Batista O. Vilas Boas

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genética

“Tempo é dinheiro.” “Faça bem feito para fazer uma vez só.” Frederico Mendes | Foto: divulgação

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Biotecnologia do tempo

d

mésticas e em leilões. O mercado se mostra atento às novidades em DEPs, índices e até em genômica para a escolha de seus reprodutores e matrizes. Os programas apresentam novidades e facilidades para melhorar sua aplicabilidade e eficiência. E a ABCZ, nesse quesito, se apresenta pronta para modernizar seu programa, o PMGZ, tornando-o melhor e o mais completo existente no mercado, já que é o maior em número de dados e análises. E orientar, através dele, de maneira direta e efetiva a escolha dos reprodutores, matrizes e seus acasalamentos. Na área da biotecnologia animal o Brasil se encontra em um alto patama,r sendo um player atuante e eficiente, de vanguarda. A inseminação artificial (IA), técnica mais importante na disseminação da genética masculina, foi praticamente reinventada com o advento da inseminação artificial em tempo fixo (IATF), tecnologia nacional disseminada para o mundo inteiro. Conseguiu elevar o uso da IA para níveis inacreditáveis quando anteriormente não alcançava taxas de 10% das fêmeas disponíveis e aptas para essa tecnologia. Democratizou definitivamente uma tecnologia disponível há muito tempo que não conseguia atingir áreas e propriedades que não possuíam mão de obra qualificada ou estrutura para sua efetivação. A transferência de embriões (TE) vive momentos díspares no Brasil e no mundo. Mundialmente, essa tecnologia segue em alta atingindo níveis superiores a 700.000 embriões produzidos no ano de 2011 (Gráfico 1). Já no Brasil essa técnica gera hoje menos de 15.000 embriões produzidos,

Gráfico 1 Produção de embriões por TE no Brasil e no mundo TE BR TE MUN

Produção de embriões

itados antigos, passados de geração a geração, são verdades incontestes também nos dias de hoje. O tempo talvez seja a moeda mais valiosa na atualidade, para uma sociedade que requer que a informação chegue cada vez mais rápido e decisões têm de ser tomadas em questão de segundos. São necessárias ferramentas cada vez mais precisas e eficientes para poder executar tarefas com perfeição e agilidade. E isso significa fazer bem feito em um tempo menor e não fazer uma vez só, e sim várias vezes para repetir os melhores resultados e ter volume de produção. Dito isso vamos pensar em pecuária. Uma atividade cada vez mais empresarial, em que se deve contemplar eficiência, precisão, economia de escala sem perda de tempo. A pecuária é hoje, sem sombra de dúvida, uma atividade minuciosa e organizada, com coragem de enfrentar adversidades climáticas, políticas e mercadológicas. Duas ferramentas se fazem essenciais para desempenharmos uma pecuária de alta produtividade e acurácia: o melhoramento genético, para ter a certeza de dispor da melhor genética disponível e caminhar para o desenvolvimento contínuo dessa, e as biotecnologias de multiplicação genética, para multiplicar os excelentes resultados e gerar escala com economia de tempo e dinheiro. O melhoramento genético animal vive um momento ímpar para os selecionadores de zebuínos. Ninguém contesta mais a necessidade de seguir um bom programa de melhoramento, torná-lo como base para a tomada de decisões e usá-lo como instrumento de marketing nas vendas do-

ANO

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Produção de embriões

Gráfico 2 Produção de embriões por TE e FIV no Brasil

Gráfico 5 Produção de embriões no Brasil por aptidão

FIV TE Total

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com viés de baixa, contrastando com a tendência mundial. Isso acontece nesse país porque há uma prevalência muito grande da Fecundação in vitro (FIV) que vem substituindo gradativamente a TE nas fazendas e centrais de reprodução brasileiras. A TE já estava muito consagrada no final da década de 80 quando começou a ser utilizada no Brasil, e teve que passar por várias adaptações para atingir o seu sucesso na década de 90. A partir do ano 2000 a TE passou a ser preterida em função do desenvolvimento da nova técnica de FIV (Gráfico 2). Como dito, a FIV começou o seu desenvolvimento comercial no Brasil nos anos de 2000 e vem atingindo níveis históricos de produção, ano após ano, com níveis acima de 300.000 embriões no ano de 2011 (Gráfico 3). E essa explosão no Brasil não foi acompanhada pelo resto do mundo por várias razões, sendo a disponibilidade de matrizes receptoras e características fisiológicas dos animais zebuínos as mais relevantes. Os animais das raças zebuínas têm algumas particularidades em seu metabolismo e estado fisiológico que os diferem e os projetam como os melhores

Produção de embriões

Gráfico 3 Produção de embriões de FIV no Brasil e no mundo

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FIV BR FIV MUN

doadores de óocitos (óvulos imaturos) do planeta, principalmente pela quantidade e qualidade dessas estruturas nos seus ovários, material base para a técnica de FIV. Daí a razão de tamanha concentração da produção mundial de embriões de FIV estarem no Brasil, que hoje exporta essa tecnologia para o mundo inteiro. O Brasil é, portanto, o protagonista nessa tecnologia, e agora começa a adaptar essa técnica para gerar melhores resultados nas raças taurinas. A prevalência nas raças de corte e zebuínas é massiva, mas começa a demonstrar os primeiros reversos (Gráficos 5 e 6). A soberania do nelore (Gráfico 7) nesses procedimentos começa a assistir um crescimento muito forte das raças voltadas para a produção leiteira, como o gir e o sindi, talvez explicado pela política favorável de preço do leite e desenvolvimento genético dessas raças em particular (Tabela 1). Fato é que, apesar da produção brasileira de embriões de FIV estar em franco desenvolvimento, a produção desses embriões nas raças zebuínas tem diminuído nos últimos três anos (Gráfico 8), também assistem a um crescimento de produção de algumas raças taurinas continentais, tais como o Aberdeen, o Senepol, o Holandês e o sintético Girolando (Tabela 2). Temos aí um alerta importante. Cientes de que a técnica de FIV é uma importante ferramenta de multiplicação de genética

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Gráfico 6 Produção de embriões no Brasil por gênero

Tabela 1 Evolução da produção de embriões nas raças zebuínas ZEBU Gir Guzerá Indubrasil Nelore Sindi Tapabuã Cangaian Brahman Sub Total

superior e agente de democratização dessa genética, não podemos permitir que seus níveis de produção esmoreçam nas raças zebuínas e nem que essa inegável contribuição para o melhoramento e crescimento populacional dessas raças se perca. Não acreditamos em maturidade populacional, em função do grande número de procedimentos realizados nessas raças, já que sabemos que ainda e sempre precisamos evoluir nossos rebanhos de maneira efetiva e contínua. Necessitamos de políticas de incentivo e de informação para chegarmos com essa técnica em outras áreas e levar a genética superior das raças zebuínas a todos os rebanhos no certame nacional. Comercial ou de elite, todos os pecuaristas devem ter o direito de usufruir desse potencial genético zebuíno, que colonizou esse país e que contribui todos os anos para a sustentabilidade da balança comercial brasileira. Identificar os melhores animais, multiplicar sua genética, disponibilizá-la para a qualificação do rebanho comercial são necessidades prementes e têm caráter de segurança nacional para o desenvolvimento e sustentabilidade desse país. Portanto, viabilizar e incrementar biotecnologias de multiplicação genética são objetivos essenciais de instituições e órgãos competentes para garantir um considerável ganho de capital. O capital do tempo.

TOTAL 33.799 13.097 69 194.697 944 3.065 0 16.432 262.103

% Evolução 08-12 (%) 12,9 26,6 5,0 -8,7 0,0 94,2 74,3 -3,3 0,4 44,3 1,2 11,4 0,0 0,0 6,3 -50,8 100 -2,3

Tabela 2 Evolução da produção de embriões nas raças não zebuínas TAURUS TOTAL Girolando 81.166 Marchigiana 156 Pardo-Suíço 165 Holandês 33.496 19.088 Aberdeen Blonde 18 Charolês 165 Devon 97 Flamenga 0 Hereford 1.354 Normando 18 6 Shorthorn Senepol 11.986 Simental 2.262 Sub- Total 149.977

% Evolução 08-12 (%) 54,1 89,9 0,1 -288,5 0,1 -263,0 22,3 91,3 12,7 71,8 0,0 -677,8 0,1 -18,2 0,1 59,8 0 0,0 0,9 95,7 0,0 100,0 0,0 100,0 8,0 Nd 1,5 - 8,4 100 86,3

Gráfico 8 Evolução da produção de embriões de FIV nos últimos anos

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Tempo técnico

foto: divulgação

Luiz Antonio Josahkian | Superintendente Técnico da ABCZ e Professor da FAZU

Porque touro TOP 0,1 nem sempre é o melhor?

N

os últimos 10 ou 15 anos a seleção das raças zebuínas passou por mudanças paradigmáticas. Entre elas, está o quase total abandono da percepção empírica humana para inaugurar a era do computador. Esse foi nosso primeiro erro por razões que vamos abordar neste pequeno texto. Computadores sozinhos não resolvem nossos problemas. Eles ajudam, é claro, e muito (na verdade, a vida seria muito difícil sem eles hoje). O que computadores podem fazer é sistematizar variáveis e nos apresentar possíveis soluções. Entretanto, ainda é um ser humano que toma a decisão de escolher entre as várias alternativas que são apresentadas. Além disso, computadores não saem por aí perscrutando e interpretando o mundo à sua volta. Eles precisam ser programados e alimentados com dados e quem faz isso são - de novo – as pessoas. E pessoas erram, são limitadas e podem não ser capazes de traduzir tudo que é de interesse na seleção em números – a única forma que a inteligência do computador pode nos ajudar no processo (pelo menos por enquanto). Perdoem minha digressão a seguir, mas ela é necessária para responder à pergunta que dá título a este artigo. Logo voltaremos a ela. Se fizermos uma contraposição entre como deve ser um esquema de seleção e, sem generalizar, como em geral o fazemos, vamos encontrar muitos pontos discordantes. Resumidamente, um programa de melhoramento genético para uma fazenda deveria seguir os passos: 1. Conhecer profundamente o sistema de produção (a fazenda em si) até conseguir enxergar com clareza qual tipo de animal se adaptaria àquelas condições sem exigir mudanças extremas de ambiente que, em geral, são antieconômicas. Lembre-se que o processo seletivo, por si mesmo, levará a produção de animais mais especializados e,

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portanto, naturalmente mais exigentes. Isso exigirá melhorias de manejo. Já de início extrapolar limites razoáveis implicaria, mais tarde, em demandas de mudanças ambientais nem sempre viáveis. 2. Analisar o mercado para saber se o produto que é viável na propriedade tem demanda. O mercado é sempre soberano. Esses dois pontos indicam o que podemos e o que devemos produzir. O que é viável na propriedade nem sempre está em concordância com o que queremos, mas é preciso interiorizar o velho adágio de que precisamos aprender a gostar do tipo de animal que produz bem em nossa fazenda e não querer que o tipo de animal que a gente gosta responda bem no nosso sistema. 3. Uma vez definido onde e o que produzir, estamos habilitados a definir os critérios de seleção porque já temos um objetivo definido e sustentável. Se for gado de corte, podemos definir como critérios o peso, o ganho em peso, precocidade de acabamento, dentre outros. Se for gado de leite, a produção absoluta de leite, a persistência de lactação e a qualidade do leite, dentre outros. As características ligadas à reprodução são inegociáveis e precedem quaisquer outras, independente do estágio seletivo. Não se seleciona o que não existe. 4. Agora sim, que já sabemos onde produzir, o que produzir e como chegar ao objetivo, podemos determinar o que medir, como medir e em quem medir. Seleção para peso pode ser feita a várias ida-


des. Precocidade pode ser medida de várias formas e o leite pode ser analisado por diferentes técnicas, e assim por diante. O quanto medir está diretamente relacionado a duas condições: facilidade e o custo da mensuração. É preciso analisar e saber atribuir às diferentes características o seu devido peso econômico, que é o seu valor percebido pelo mercado e o seu valor biológico, em geral determinado pela herdabilidade da característica. Dessa forma, uma regra geral seria adotar as características que reúnam simultaneamente boa resposta à seleção (de média a alta herdabilidade), de fácil mensuração, com maior exatidão, baixo custo para sua obtenção e reconhecidas pelo mercado. Claro que existem características que, embora não atendam a todos estes requisitos, precisam ser adotadas, como por exemplo, uma necessidade pontual de uma raça ou uma valorização súbita pelo mercado de determinada característica. Sempre é bom lembrar que, embora requeiramos dos animais mais que somente ganhar peso ou produzir muito leite, o progresso genético da população é inversamente proporcional ao número de características selecionadas: muitas características podem comprometer o avanço relativo de cada uma delas; e poucas características podem não atender aos objetivos. A questão é analisar dentro do contexto. Bom, mas até agora discorremos sobre como deve ser feito. Mas será que fazemos assim? O mais provável é que (e sem generalizar, novamente) é que negligenciamos a 1; subestimamos a 2; e seguimos a procissão na 3 e 4. E isso nos traz novamente a nossa pergunta: porque TOP 0,1 nem sempre é o melhor? Primeiro, é preciso entender como se obtém essa classificação TOP. Bem,

ela é baseada em um índice de seleção, é expressa em percentual e representa a posição de um determinado indivíduo em uma população (na qual ele foi avaliado). Mas isso ainda diz pouco. Avançando um pouco mais, o que se faz é obter o índice de cada animal, dentro daquela população e depois classificá-lo, com base neste índice, em uma segmentação que vai de 0,1 (os melhores) a 100 % (os piores). Isso é só matemática, mas biologicamente sobre o que estamos falando? Neste ponto é preciso entender o que são índices de seleção. Seleção pode se feita para uma característica única (chamada seleção em tandem) que quase nunca é recomendada ou para várias características simultaneamente (que é o mais usual). Quando se trabalha com várias características ao mesmo tempo é preciso adotar um método técnico. Temos duas formas para isso: os chamados níveis independentes de descarte (NID) e os índices de seleção (IS). NID é muito próxima de nossa experiência diária. Todos nós quando vamos selecionar alguns indivíduos em um lote adotamos determinados critérios, como por exemplo, escolher os animais mais racialmente definidos, mais pesados, de melhor acabamento e melhor perímetro escrotal. Tentamos encontrar os animais mais equilibrados, em outras palavras. Julgamentos em pista se configuram como o exercício pleno deste método. IS são mais complexos do que o NID. Neste método nós atribuímos diferentes ponderações para cada característica, sempre tentando atender aos princípios técnicos de dar maior peso às características biologicamente mais efetivas (de maior herdabilidade) e de maior valor de mercado, mesmo que o tenhamos


Computadores sozinhos não resolvem nossos problemas alguma característica que foi compensada por outra. Por fim, e voltando ao ponto inicial desse artigo, é preciso admitir que não temos avaliação numérica para todas as características, e por isso, uma vez feitas as análises dos dados objetivos, volte a olhar para os animais e avalie as características que não foram contempladas com números (e nem por isso menos importantes), tais como a funcionalidade, os aprumos, a pelagem, o valor adaptativo (“fitness”), a harmonia. A competência para essas avaliações foi acumulada em pelo menos 80 anos de experiências de milhares de pessoas, sob a égide da ABCZ, que construíram toda a base populacional que tem nos permitido dar os passos seguintes no melhoramento das raças. Top 0,1 é um bom começo, mas não é um fim em si mesmo. Então, da próxima vez que se deparar com um Top 0,1, se pergunte: “certo, e o que mais temos aqui?”

ilustração: Jamilton

construídos empiricamente. Como atribuímos diferentes ponderações para as características, é possível que um animal seja negativo em uma característica com valor relativo menor dentro do índice e seja muito bom em outra, com peso maior dentro do índice. Neste caso, ele pode chegar a ser um TOP 0,1 porque houve uma compensação. E finalmente chegamos à resposta da nossa pergunta: nem todo TOP 0,1 é bom em tudo. Isso não faz do conceito TOP o vilão da história. Como qualquer informação, ela precisa ser bem utilizada. Índices são necessários para lidar com muitas características e, mais ainda, quando estamos falando de universos de milhares de animais. O que precisa ser mudado é a interpretação do TOP. Sempre que se deparar com essa informação lembre-se que ela apenas está indicando a posição do animal em uma população com base em um critério. O conceito TOP é muito eficiente para uma primeira e grande apartação, mas depois disso você precisa analisar todos os valores genéticos dos indivíduos que te interessaram. Perceba que, ao fazer isso, dois benefícios imediatos serão conseguidos: 1) conhecer quais características foram analisadas e analisar se elas interessam à sua seleção (lembre-se que elas são o “meio de transporte” para você chegar ao seu objetivo); e, 2) saberá se o animal é negativo para

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ABCZ

Novos U tempos

Com suporte de equipe especializada, avaliações genéticas passam a ser produzidas internamente na ABCZ, gerando uma série de benefícios aos associados e participantes do PMGZ Laura Pimenta | Foto: Miguel Furtado

ma grande novidade marcará o ano de 2014 para o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), trazendo uma série de benefícios para os criadores participantes do programa. A partir de agora, as avaliações genéticas das raças zebuínas, inicialmente as de aptidão de corte, passarão a ser produzidas internamente na sede da ABCZ. Na primeira parte do projeto, que se encontra ainda em fase experimental, a equipe da ABCZ, liderada pelo superintendente Técnico da entidade, Luiz Antonio Josahkian, e o gerente do PMGZ/Corte, Henrique Torres Ventura, cuja formação acadêmica inclui doutorado em melhoramento genético animal, tem trabalhado na análise crítica das informações contidas na base de dados, com o apoio de destacados pesquisadores da área de melhoramento genético, como o Dr. Fernando Flores Cardoso (Embrapa Pecuária Sul), o Dr. Fabyano Fonseca e Silva (UFV) e o professor Dr. José Aurélio Garcia Bergmann (UFMG), além de outras colaborações espontâneas. Todos eles referências internacionais no melhoramento genético de bovinos.

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Fases do projeto (Experimentação feita com a raça nelore):

1 2 3 4 5 6

Agosto a outubro/13

Análise do banco de dados bruto: Animais com pesagens validadas a partir de 1991 e genealogia de três gerações ascendentes.

Outubro/13

Análise crítica dos dados: Análise de consistência da genealogia, de pesagem, de Perímetro Escrotal, de partos e EPM (características de avaliação por nota).

Janeiro/14

Validação/consolidação do banco de dados.

Janeiro/14

Predição dos valores genéticos com a utilização da metodologia de modelos mistos sob modelo animal.

Janeiro/14

Validação/comparação dos resultados da empresa terceirizada.

Fevereiro/14

Refinamento do processo, com a estimação dos parâmetros genéticos e, posteriormente, obtenção das DEPs e tendências genéticas para todas as raças com aptidão de corte.

Histórico Durante quase 30 anos, as avaliações genéticas da ABCZ foram produzidas de forma terceirizada: inicialmente pela Embrapa Gado de Corte, durante quase 25 anos e, mais recentemente, pela empresa CTAG (Centro Técnico de Avaliação Genética). “Temos que agradecer e enaltecer o trabalho realizado pela Embrapa e pela ANCP/CTAG, que contribuíram para o amadurecimento das atividades do próprio departamento Técnico da ABCZ ao longo destes anos. A parceria com as duas entidades será mantida, inclusive neste período de transição, mas a mudança faz parte do compromisso da entidade de melhorar continuamente os serviços prestados pelo PMGZ, retornando com mais agilidade e frequência informações para o criador, justificando seu investimento da melhor maneira possível. Além disso, mudanças na estratégia administrativa do programa estão sendo implementadas, com as ações de fomento e acompanhamento da aplicação do PMGZ, que conta com sob a liderança do Superintendente Adjunto de Melhoramento Genético, Carlos Henrique Cavallari Machado; e o monitoramento e aperfeiçoamento da coleta de dados – espinha dorsal do pro-

grama – a cargo da Superintendente Adjunta de Genealogia, Gleida Marques.”, explica o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian. Ao dar início a este trabalho interno, a ABCZ pretende: garantir maior agilidade no processo de produção e consolidação das avaliações genéticas; menor custo para produção das avaliações; possibilidade de incluir novas características; maior controle da informação; monitoramento contínuo do processo feito pela própria equipe da ABCZ; possibilidade de testar e implementar novas metodologias e maior autonomia. “O conhecimento de todo o processo é fundamental para darmos um retorno melhor aos criadores. Dessa forma, temos mais informações sobre o que estamos fazendo, sem falar que a consulta ao banco de dados é muito mais rápida. Nos últimos meses, trabalhamos a base de dados em paralelo à empresa terceirizada e foi possível verificar que os resultados têm altos índices de concordância”, analisa Henrique Torres Ventura. A partir do mês de fevereiro o processo será refinado, com a estimação dos parâmetros genéticos e, posteriormente, a obtenção das DEPs e tendências genéticas para todas as raças com aptidão de corte. O primeiro resultado deste trabalho interno da ABCZ deverá ser conhecido na ExpoGenética 2014, em agosto, com a publicação do Sumário de Touros. “A ABCZ tem interesse também em dar início a um núcleo próprio de pesquisa na área de melhoramento genético de zebuínos, em parceria com pesquisadores de universidades e centros de pesquisa, com o objetivo de fomentar a pesquisa dirigida neste segmento, de forma a gerar mais informações e aprimorar todos os processos”, afirma Henrique Ventura. 73 janeiro - fevereiro | 2014


ABCZ

Novidades do Pró-Genética para 2014 Márcia Benevenuto | Foto: Maurício Farias O grupo vai avaliar o calendário de eventos do Pró-Genética, adequar o planejamento de trabalho e criar uma nova abordagem estratégica para alcançar o maior número de produtores que necessitam de ferramentas tecnológicas e genéticas para melhorar a renda e garantir a sustentabilidade da atividade pecuária de corte ou leite em pequenas propriedades rurais. “Para aumentar esse volu-

8 Dias de Campo

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2.770

pessoas

O

Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino) entra em seu sétimo ano de atuação com algumas novidades. Entre as ações definidas pelo Comitê Gestor do programa está a realização de um circuito de premiações para as feiras de touros que obtiverem os melhores resultados. Também será desenvolvida uma cartilha de trabalho para orientar os realizadores das feiras do programa. As mudanças serão adotadas neste primeiro momento para as feiras ocorridas em Minas Gerais. “Nós estamos promovendo várias reuniões do Comitê do Pró-Genética e isso vai ser constante. Entre as grandes novidades que também temos para divulgar relaciono a expansão dos Dias de Campo para os produtores rurais com conteúdo sistemático e a participação de especialistas sobre os temas mais importantes da pecuária que são manejo de pastagens, melhoramento genético, qualidade da carne e do leite, mercado, gestão e crédito rural graças a novas parcerias com o setor privado, que incluem Dow Agrocienses e Marfrig Group”, explicou o diretor da ABCZ e coordenador do Comitê Rivaldo Machado Borges Júnior.

Seminários

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ageNda de Feiras 14/03

Perdizes/MG Informações: (34) 3319-3886

23/03

Santo Antonio do Jacinto/MG Informações: (31) 3332-6990

25 a 28/03

Uberlândia/MG (FEMEc) Informações: (34) 3319-3886

03/04

Linhares/ES Informações: (27) 3328-9772

12/04

Araçuaí/MG Informações: (31) 3332-6990

26/04

Patrocínio/MG Informações: (34) 3319-3886

me de eventos vamos ter que aumentar também o efetivo de pessoal dedicado ao Programa e talvez essa seja a maior novidade neste momento. O Comitê terá mobilizadores regionais. Esses profissionais que serão contratados vão ter várias missões. Eles serão responsáveis pelo apoio ao trabalho de identificação da demanda por touros nas respectivas localidades onde serão realizadas as feiras, pelo envolvimento dos agentes municipais e regionais vinculados ao setor produtivo, pela divulgação maciça das oportunidades de evolução de conhecimento e de bons negócios que o Programa sustenta, além da conferência logística dos mesmos”, concluiu Rivaldo. Também são membros do comitê os superintendes da ABCZ Luiz Antonio Josahkian e Juan Lebron, o conselheiro Fabiano Mendonça, o gerente regional da EMATER/MG, Gustavo Laterza, o gerente

535% crescimento

2013

2007 de Fomento da ABCZ Lauro Fraga Almeida, o técnico Carlos Matheus e a analista de provas zootécnicas Flaviana Amaral. “Eu estou muito entusiasmado por essa nova missão delegada pelo presidente Cau e tenho certeza que vamos melhorar a eficácia do Pró-Genética ao atender não só necessidade do comprador , mas também do associado da ABCZ que quer comercializar seus produtos. Depois de 12 anos como presidente de entidade ruralista sindical esse desafio não me assusta pois conheço a realidade do produtor rural”, disse o coordenador do Comitê, Rivaldo Machado Borges Júnior.

balanço positivo Em 2013, foram realizados 40 feiras e 31 leilões chancelados em municípios de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Tocantins e São Paulo. Oito Dias de Campo do Pró-Genética que levam informações sobre melhoramento genético, gestão, manejo de pastagens somados a 38 seminários que envolvem os mesmos temas tiveram a participação de 2.770 pessoas. As feiras de touros ofertaram animais de qualidade inspecionados pelos técnicos da ABCZ. Ao todo foram comercializados 1.730 reprodutores registrados, jovens e com exames andrológicos positivos e a média alcançada chegou a R$ 5.517,00. O crescimento do resultado do Programa desde 2007, quando foram vendidos 255 tourinhos, é de mais de 500%. Por causa dessa evolução e da constatação de um aumento significativo na demanda por touros registrados das raças zebuínas, a ABCZ tem um projeto para inovar a organização dos eventos e ampliar a eficácia do Pró-Genética.

1.730 touros R$ 5.517,00 (média)

leilões

Foto: Rubio Marra

feiras

40 31 Diretor da ABCZ Rivaldo Machado Borges Júnior

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ABCZ

Chancela

de qualidade Leilões homologados pelo PMGZ levam cada vez mais informações e genética melhoradora às principais praças de pecuária do país Laura Pimenta | Foto: divulgação

U

ma nova forma de disseminar informações sobre a importância do melhoramento genético, bem como o valor dos animais que passam pelo crivo de um programa de melhoramento, como o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). É assim que a ABCZ observa o crescimento do serviço de homologação de leilões pelo programa. Desde 2009, a ABCZ oferece aos criadores participantes do PMGZ a possibilidade de homologação de leilões e shoppings pelo programa. Através dele, o criador conta com o suporte na comercialização dos animais e, com a presença de um técnico de campo da entidade para fazer comentários durante o leilão. Através dos comentários, os técnicos da ABCZ destacam as diferenças esperadas na progênie (DEPs) e/ou as classificações dos animais nas provas zootécnicas oferecidas pelo PMGZ, além da genealogia e outras características de importância econômica.

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Nestes cinco anos, já foram realizados mais de 60 remates com a chancela do PMGZ nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pará, Tocantins e Mato Grosso, sendo 15 deles apenas em 2013. E este crescimento tem explicação. “A homologação de leilões através do PMGZ é extremamente positiva, pois além de garantir maior credibilidade ao evento, o técnico da ABCZ tem a oportunidade de fazer comentários importantes sobre os animais, que ajudam no processo de decisão do comprador. Como o leilão é um evento bastante ágil, os comentários sobre os animais geralmente destacam aquelas características para as quais os animais são positivos. A valorização dos


André Luís Lourenço Borges

lotes tende a ser maior quando o comprador tem a possibilidade de ouvir comentários sobre os animais ofertados”, explica André L. Borges, responsável técnico pelo ETR da ABCZ em Cuiabá/MT. Itens importantes no processo produtivo, como habilidade materna, fertilidade e ganho em peso são características que compõem o índice ABCZ. E esse tripé de apoio, quando apresentado na forma de números no leilão, é garantia certa de bons negócios. “Uma grande vantagem do leilão homologado pelo PMGZ é a divulgação feita nos canais de comunicação da ABCZ, como o site e redes sociais, em especial, o Facebook. Outro importante ponto é que, quando o criador homologa o leilão através do programa, ele tem a chancela do PMGZ/ABCZ, o que dá tranquilidade ao comprador. A cada leilão que participo, percebo uma linha ascendente na relação entre avaliação e preço. Touros melhores avaliados são os mais bem vendidos”, afirma o técnico de campo da ABCZ, João Eudes Lafetá Queiroz.


Como homologar? Para homologar um leilão pelo PMGZ, o criador deve seguir alguns critérios determinados pela ABCZ. Confira quais são e homologue seu leilão em 2014! • Todos os animais a serem comercializados, no dia do evento devem estar registrados na ABCZ (RGN ou RGD a partir de 18 meses). Para as raças com aptidão para corte:

Para as raças com aptidão leiteira:

Machos Todos os animais acima de 24 meses de idade devem apresentar exame andrológico positivo; Devem se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo: • Elite e/ou superior de acordo com o IPC-GC na idade-padrão do CDP; • Elite ou superior em qualquer uma das modalidades da PGP; • Ter iABCZ no máximo TOP 50 na população (% TOP); • Ter recebido CEP.

Machos Todos os animais acima de 24 meses de idade devem apresentar exame andrológico positivo; Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo, em ordem de importância e prevalência: • Ter avaliação genética para produção de leite própria positiva; • Ter a média das avaliações genéticas dos pais positiva; • Ter mãe com produção leiteira no PMGZ superior a 3.000 kg aos 305 dias de lactação, com ou sem ajuste à idade adulta.

Fêmeas Animais acima de 30 meses devem estar prenhes e aquelas acima de 40 meses deverão apresentar atestado de parto anterior; Devem também ter IEP – intervalo entre partos de no máximo 16 meses ou comprovarem estar ou terem estado em coleta de embrião nos últimos 120 dias; Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo: • Elite e/ou superior de acordo com o IPC-GC na idade-padrão do CDP; • Ter iABCZ no máximo TOP 50 na população (% TOP); • Ter IPT no mínimo de 100,0 • Ter recebido CEP.

Fêmeas Animais acima de 36 meses devem estar prenhes e aquelas acima de 46 meses deverão apresentar atestado de parto anterior; Devem também apresentar IEP – intervalo entre partos de no máximo 16 meses ou comprovar estar ou ter estado em coleta de embrião nos últimos 120 dias; Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo, em ordem de importância e prevalência: • Ter avaliação genética para produção de leite própria positiva; • Ter a média das avaliações genéticas dos pais positiva; • Ter mãe com produção leiteira no PMGZ superior a 2.500/ kg aos 305 dias de lactação, com ou sem ajuste à idade adulta.

“Esse é mais um serviço oferecido ao criador participante do PMGZ. Através da homologação de leilões, procuramos democratizar o acesso à genética superior no máximo de eventos possíveis”, explica Carlos Henrique Cavallari Machado, superintendente Técnico Adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ. Quer ter seu leilão homologado pelo PMGZ? Procure o Escritório Técnico Regional mais próximo e saiba como proceder. Para mais informações, acesse www.pmgz.org.br. 78


Foto: divulgação

Tecnologia da Informação

Comunicado aos usuários do PROCAN

A

evolução da informática e das plataformas de desenvolvimentos caminha a passos rápidos. Visando acompanhar estas novas tecnologias, a ABCZ desenvolveu o sistema PRODUZ, uma evolução do sistema PROCAN. O PRODUZ foi criado nos padrões WEB. Além do envio de comunicações e da busca de resultados estão disponíveis várias pesquisas online no banco de dados da ABCZ. Para acompanhar a mobilidade, os usuários que adquirem o PRODUZ recebem gratuitamente o PRODUZ FÁCIL, sistema para consultas em dispositivos móveis (tablets com sistema Android ou IOS-Apple).

Para os usuários do sistema PROCAN, a ABCZ está concedendo 40% de desconto sobre o valor de mercado do sistema PRODUZ. Visando facilitar a transição dos sistemas, a ABCZ está oferecendo gratuitamente cursos em todo o Brasil. No ano de 2013 foram realizados 32 cursos com 499 participantes.Para o ano de 2014 iremos realizar cursos em vários estados. Para verificar a agenda de cursos acesse o site www.abcz.org.br/produz.

Confira alguns depoimentos dos participantes do curso que estão utilizando o sistema PRODUZ:

“O sistema está completo e redondo. Fácil e prático de mexer.” Francisco Lopes Filho - Fazenda D. Cândida “Um sistema com uma tecnologia bem mais avançada que o sistema PROCAN. Mais fácil pela praticidade de interpretação e de trabalhar no dia a dia.” Gabriel Oliveira Santos – criatório Antônio Barbosa de Souza “O sistema é bem mais fácil de trabalhar. Utilizo todas as ferramentas que auxiliam no melhoramento genético, proporcionando melhores acasalamentos de acordo com o desempenho dos animais.” Larissa Beatriz Silva Mendes - Agroz Adm. De Bens Zurita Ltda. “O curso foi de muito proveito, para esclarecimento de dúvidas e orientações sobre pequenos problemas do dia a dia, quanto ao uso do sistema. É uma ferramenta indispensável para o produtor. O sistema traz inovações sempre. Está dentro do que o mercado consumidor top de linha procura.” Cássio Jabur Maluf - criatório Marcos Antônio Assi Tozzatti “O curso foi muito bom porque esclareceu duvidas que estávamos tendo dentro da propriedade. O sistema ajuda muito no dia a dia, para emitir relatórios e nas comunicações de nascimento, coberturas, etc.” Wanderlei Aparecido Pereira - Agropecuária e Comercial Conquista Para mais informações sobre os softwares da ABCZ, estamos à disposição através do nosso suporte. Telefone: (34) 3319-3904 E-mail: produz@abcz.org.br

79 janeiro - fevereiro | 2014


informe técnico

Novos integrantes

do PMGZ Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ

CRIADOR

FAZENDA

MUNICÍPIO - UF

RAÇA

PROVA ZOOTÉTCNICA

Antonio Claudino da Silva Carlos Gabriel Figueiredo/Ou.Cond. Enzo Camargo Pugliesi de Castro Geraldo Bonnemasou Guilherme Afonso Frizzo José Eloy de Barros Netto Luciano Ribeiro da Fonseca Luiz Carlos Miglioranza Orlando Trevisan Oswaldo Ribeiro Junqueira Neto Regis Abreu Cruvinel Roberto Nunes Pinheiro Sandro Fontana Sergio Luis Armelin Ramos Silas Vicente Barbosa Junior Alexandre Vinicius Costa Soares Antonio A.V. Bossi e Irma - Cond Antônio Carlos Bertachini Danielle Melo Murta Dijacir Moreira Pinto Guilherme Marquez de Rezende Joel Magno dos Santos Jonas Barcellos Correa Filho Paulo Celso R. Garcia Bernardes Pedro Lourenço de Oliveira

Água Viva São Bento Pauliceia Cintra São José Nova Delhi Agropec. Nossa Senhora Aparecida Marcia Guapore Lagoa do Buriti Sara Sitio Sto Antonio do Indaia N. S. Aparecida Santa Fé Cartucheira Bonsucesso Flor de Minas Laranjeiras Limoeiro Gererau Palo Alto da Santa Gertrudes Camarão Mata Velha Castelo Ponte Alta

Monte Alegre - RN Nova Monte Verde - MT Rondonópolis - MT Carlos Chagas - MG Tupaciguara - MG Rondon do Para - PA Rochedo - MS Chupinguaia - RO São Carlos - SP Uberaba - MG Aparecida do Rio Doce Paraíba do Sul - RJ Parecis - RO Guia Lopes da Laguna - MS N. Sra do Livramento - MT Martinho Campos - MG Malacacheta - MG Ouro Preto - MG Itaobim - MG Maranguape - CE Uberaba - MG Florestal - MG Uberaba - MG Caceres - MT Martinho Campos - MG

Nelore Nelore Nelore Guzera/Nelore Nelore Guzera Nelore Brahman Brahman Nelore Nelore Tabapuã Nelore Nelore Nelore Gir Gir Gir Gir Gim Gir Gir/Sind Gir Gir Gir

CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro Cl - Controle Leiteiro

80

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CEP – CERTIFICADO ESPECIAL DE PRODUÇÃO É um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, este certificado alia a superioridade genética do animal ao seu biotipo. O Certificado Especial de Produção é baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ. A cada safra são verificados nos arquivos gerais da ABCZ os zebuínos (machos e fêmeas) que apresentam os melhores iABCZ (Índice de Qualificação Genética). Além de apresentar uma superioridade genética, eles devem apresentar um tipo adequado à produção já que o intuito do CEP é identificar e disponibilizar reprodutores com DEP´s elevadas. Para o CEP categoria nacional há 4 selos: • CEP PLATINA: animais que estão entre os 1% melhores iABCZ • CEP OURO: animais estão entre os 1% a 2% melhores iABCZ • CEP PRATA: animais que estão entre os 2% a 5% melhores iABCZ • CEP BRONZE: animais que estão entre os 5% a 8% melhores iABCZ

NELORE

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Acácio Figueiredo Botelho BHZ Bom Jesus Agropec. Fogliatelli S/A. CGB Porto do Campo Araguarina Agropast LTDA PMW Pé do Morro CGB Porto do Campo Argeu Fogliatto Carlos Chrysantho Soares Junior VIX Rancho Cricare Catarina Noemi Kliemann PMW Santo Angelo Celso Crespim Bevilaqua CGB Bevilaqua Claudio Eduardo Pupim SEDE Lago Azul Dalila Cleopath C. B. M. Toledo SEDE São José da Car Eloi Jose Wagner CGB Dona Adelina Fabiano França Mendonça Silva SEDE Alodia Francisco de Paula Assis Ribeiro CGB São Judas Tadeu JK Pneus Ltda CGB JK ll João Carlos Di Genio SEDE Aimore Joaquim Vilaronga de Pinho BHZ Jacobina Job Leonardo Junior JPR Santa Veronica José Antonio Cremasco SEDE Santa Izabel José Cantidio Junqueira Almeida SEDE Santa Lidia José Ricardo Benato SEDE Pé da Serra Luis Manoel de Souza ACZP Quinta do Olimpo Luiz Adilson Bom RIO Ventania Luiz Carlos de Oliveira JPR Nossa Senhora Aparecida Marcos Antonio Astolphi Gracia GYN Impertinente Marcos Borges de Araújo RDC Morada do Sol JPR São José Paulo Curi Neto Paulo N. Lindenberg Von Schilgen VIX Santa Laura Pedro Augusto Ribeiro Novis SEDE Guadalupe Promedh Produtos Med. Hosp. Ltda ACZP São José Vale do Caripe Agro Ind. S/A GYN Caripe

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

– – 1 – 1 Luis Fernando F. Cintra – 2 1 – 3 Fabio Eduardo Ferreira – – 1 – 1 José Ribeiro Martins Neto 1 1 – 4 6 Fabio Eduardo Ferreira – – – 1 1 Roberto Winkler – – 2 – 2 José Ribeiro Martins Neto 1 2 2 4 9 Luis Gustavo Kraemer Wenzel – – – 1 1 Carlos Eduardo Nassif – 1 2 – 3 Cristiano Perroni Ribeiro – – – 1 1 Leonardo R. de Queiroz – – 1 1 2 Marcos Cunha Resende – – – 1 1 Cristovam B. de Oliveira – – 1 – 1 Leonardo R. de Queiroz 1 – – 1 2 Marcio Assis Cruz – – 1 3 4 Luis Fernando F. Cintra Junior – – – 1 1 Guilherme Henrique Pereira – – – 1 1 Cristiano Perroni Ribeiro 1 – – 1 2 Claudionor Aguiar Teixeira – – – 1 1 Cristiano Perroni Ribeiro – – – 1 1 Daniel Botelho Ulhoa – – – 1 1 Marcelo Costa Leite 1 – 1 – 2 Candido G. Barros França – – – 2 2 Russel Rocha Paiva – 1 2 1 4 Aurélio Carlos Vilela Soares – – 1 1 2 Leonardo Cruvinel Borges – – – 1 1 Roberto Winkler – – 1 1 2 Claudionor Aguiar Teixeira – 1 – – 1 Daniel Botelho Ulhoa – – 2 1 3 Antonio Louza do Nascimento

nelore mocha

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda José Roberto Giosa SEDE Galileia

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

1

1

2

Waldofredo B. de Oliveira 81 janeiro - fevereiro | 2014

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brahman

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Aldo Silva Valente Junior SEDE São Lourenço Hamilton P. Paraíso Junior/Ou. Com RIO Brahman Mucugy Wilson Lemos de Moraes Junior SEDE Nova Pousada

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

– – 1

– – 2

1 1 4

– 1 6

1 2 13

GIR

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda João Delorenzo Neto CGR Santa Barbara

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

1

1

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

1

1

1

3

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

– – 1 – – Haroldo H. M. Di Vellasco – – 3 3 6 Roberto Winkler

tabapuã

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Edgard Ramos Silva Rego Junior RIO Santa Fé José Coelho Vitor RDC Santa Lucia Fernando de Oliveira Santos RIO Lunando Paulo Alexandre C. Oliveira Brom RDC Liberdade

Luciano T. Trindade Bezerra

guzerá

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Roberto Neszlinger GYN Da Barra Manoel Paixão Muniz Barreto VIX Caty

Adriano Garcia

SINDI

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Pompeu Gouveia Borba CPV Riacho do Navio

Lauro Fraga Almeida Renato C. T. Chalub Filho Leonardo Machado Borges

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

– 1 – –

– – – –

1 2 – 1

– – 1 –

1 3 1 1

Marcelo Costa Leite Aurelio Carlos Vilela Soares Renato C. T. Chalub Filho Russel Rocha Paiva

Prova de ganho em peso Por sua fácil execução e eficiência técnica, seja ela realizada a pasto ou confinada, a PGP - Prova de Ganho em Peso, é uma das provas zootécnicas que mais cresce dentro do PMGZ. Conheça as PGP’s que encerraram e as que iniciaram em 2013 - 2014:

provas iniciadas

PGP

1221 1º Santarem

PASTO Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL Três Rios - RJ

1

21

NEL - PO 17/12/13

07/10/14

82

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provas em andamento 1112 1114 1115 1116 1117 1118 1119 1120 1121 1122 1123 1124 1125 1126 1127 1128 1129 1130 1131 1132 1133 1134 1135 1136 1137 1140 1143 1144 1145 1146 1147 1148 1149 1150 1151 1151A 1153 1154 1155 1156 1157 1158 1159 1160 1161 1162 1163 1164

PGP 14º Natal 22º Angico 5º Di Gênio 1º Pioneira 24º Raama - Serv. Assessoria 25º Raama - Serv. Assessoria 13º Boticão 13º Api 14º Api 16º Embrapa/AGCZ 32º N. Senhora das Graças 29º Tabapuã da Sorte 30º Tabapuã da Sorte 9º Asa Agropecuária 10º Asa Agropecuária 63º Cabo Verde - Santa Lúcia 64º Cabo Verde - Santa Lúcia 65º Cabo Verde - Santa Lúcia 66º Cabo Verde - Santa Lúcia 2º Brahman MPX 8º Chapadão 83º Mundo Novo 84º Mundo Novo 85º Mundo Novo 86º Mundo Novo 1º Nelore Rossi e Convidados 23º Angico 24º Angico 13º Boa Vista 3º Arrojo 13º Da Hora 1º Al Safira 13º Agropastoril do Araguaia 14º Agropastoril do Araguaia 37º Roncador 15º Natal 17º NSG do Xingu 24º Querença 22º Santa Lídia 2º Virginia 68º Kangayan 7º Carolina 1º Nelore Lemgruber 26º Raama - Serv. Assessoria 27º Raama - Serv. Assessoria 15º Kaylua 20º Primavera 5º Japaranduba

PASTO Local Caiuá - SP Campina Verde - MG Pereira Barreto - SP Barrolândia - TO Caseara - TO Caseara - TO Barretos - SP Catu - BA Catu - BA Goiânia - GO Linhares - ES Mozarlândia - GO Mozarlândia - GO Marabá - PA Marabá - PA Curionópolis - PA Curionópolis - PA Curionópolis - PA Curionópolis - PA Loanda - PR Guarda Mor - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Padre Bernardo - GO Campina Verde - MG Campina Verde - MG Anhembi - SP Esmeraldas - MG Nova Fátima - PR São José da Safira - MG Santana do Araguaia - PA Santana do Araguaia - PA Barra do Garças - MT Caiuá - SP São Félix do Xingu - PA Inhauma - MG Sto Antonio do Araguaia - SP Uberaba - MG Cuiabá - MT Cariri - TO Mucuri - BA Caseara - TO Caseara - TO Lajedão - BA Caarapó - MS Muquem São Francisco - BA

nº de criadores nº de animais 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1

41 29 79 35 72 69 25 50 49 97 40 21 21 106 29 82 92 95 21 27 43 30 33 33 32 35 28 23 50 20 109 24 91 71 89 60 61 25 41 27 39 72 27 49 48 58 81 112

raça

entrada

finaL

NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEM - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO TAB - PO TAB - PO NEL - PO NEL - LA TAB - PO TAB - PO TAB - PO NEL - PO BRA - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEM - PO NEL - PO BRA - PO NEL - PO NEL - PO NEL - LA NEL - PO NEM - PO NEL - PO NEL - PO BRA - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO

14/05/13 30/04/13 31/05/13 08/06/13 11/06/13 11/06/13 13/06/13 12/06/13 12/06/13 12/06/13 18/06/13 18/06/13 18/06/13 05/05/13 05/05/13 03/05/13 03/05/13 03/05/13 03/05/13 05/04/13 25/06/13 30/05/13 30/05/13 30/05/13 30/05/13 01/07/13 09/07/13 09/07/13 08/07/13 31/05/13 18/06/13 16/07/13 18/07/13 18/07/13 12/07/13 23/07/13 24/05/13 11/07/13 24/07/13 01/08/13 20/06/13 13/06/13 30/07/13 23/07/13 23/07/13 31/07/13 31/07/13 02/08/13

04/03/14 18/02/14 21/03/14 29/03/14 01/04/14 01/04/14 03/04/14 02/04/14 02/04/14 02/04/14 08/04/14 08/04/14 08/04/14 23/02/14 23/02/14 21/02/14 21/02/14 21/02/14 21/02/14 13/02/14 15/04/14 20/03/14 20/03/14 20/03/14 20/03/14 21/04/14 29/04/14 29/04/14 28/04/14 21/03/14 08/04/14 06/05/14 08/05/14 08/05/14 02/05/14 13/05/14 14/03/14 01/05/14 14/05/14 22/05/14 10/04/14 03/04/14 20/05/14 13/05/14 13/05/14 21/05/14 21/05/14 23/05/14 83

janeiro - fevereiro | 2014


provas em andamento 1166 1167 1168 1170 1171 1172 1173 1174 1175 1176 1177 1178 1179 1183 1184 1185 1186 1187 1188 1189 1190 1191 1192 1193 1194 1195 1196 1197 1198 1199 1200 1201 1202 1203 1204 1205 1206 1207 1208 1209 1211 1212 1213 1214 1215 1216 1217 1218 1219 1220 84

PGP 1º Araras 4º Castanhal 1º Barra II 3º É o amor 69º Kangayan 25º Querença 5º Castanhal 70º Kangayan 2º Gigantes do Vale 26º Querença 27º Querença 18º Porto do Campo 9º Chapadão 26º Copacabana 12º Santa Maria 13º Santa Maria 2º Barra II 33º N. Senhora das Graças 16º Oeste da Bahia 13º Oeste da Bahia 4º Dinorá 14º Boa Vista 87º Mundo Novo 88º Mundo Novo 89º Mundo Novo 90º Mundo Novo 8º Faz. Morro Alto 9º Faz. Morro Alto 2º Pioneira 18º NSG do Xingu 19º NSG do Xingu 20º NSG do Xingu 17º Oeste da Bahia 8º Carolina 2º Al Safira 1º Santa Fé 2º Santa Fé 16º Natal 1º Gairova 2º Gairova 68º Santa Lucia 69º Santa Lucia 70º Santa Lucia 71º Santa Lucia 28º Querença 15º Api 19º Porto do Campo 20º Porto do Campo 25º Angico 14º Fazenda Genipapo

PASTO Local Três Marias - MG Rondolândia - MT São Desidério - BA Araguapaz - GO Cuiabá - MT Inhauma - MG Rondolândia - MT Cuiabá - MT Pontes e Lacerda - MT Inhauma - MG Inhauma - MG Lambari D’ Oeste - MT Guarda Mor - MG Xambre - PR Redenção - PA Redenção - PA São Desidério - BA Linhares - ES Barreiras - BA Barreiras - BA Nova Fátima - PR Anhembi - SP Uberaba - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Uberaba - MG Uberlândia - MG Uberlândia - MG Barrolândia - TO São Félix do Xingu - PA São Félix do Xingu - PA São Félix do Xingu - PA Barreiras - BA Cariri - TO São José da Safira - MG Santana do Araguaia - PA Santana do Araguaia - PA Caiuá - SP Juara - MT Juara - MT Curionópolis - PA Curionópolis - PA Curionópolis - PA Curionópolis - PA Inhauma - MG Catu - BA Lambari D’ Oeste - MT Lambari D’ Oeste - MT Campina Verde - MG Várzea da Palma

nº de criadores nº de animais 1 1 2 1 1 3 1 1 3 7 7 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

45 39 41 42 52 25 107 50 23 24 36 63 46 97 25 24 40 33 125 87 78 40 39 38 35 34 30 25 42 41 61 59 91 73 20 79 63 51 52 28 110 41 26 108 20 35 84 68 40 41

raça

entrada

finaL

NEL - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO BRA - PO NEL - PO TAB - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO BRA - PO BRA - PO NEL - PO NEL - LA NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - LA NEL - PO NEL - PO NEL - LA TAB - PO TAB - PO NEL - PO TAB - PO BRA - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO

02/08/13 25/06/13 16/07/13 12/08/13 05/08/13 01/08/13 25/06/13 09/08/13 08/08/13 01/08/13 01/08/13 09/07/13 03/09/13 16/06/13 02/09/13 02/09/13 16/07/13 27/08/13 27/08/13 28/08/13 27/08/13 16/09/13 15/08/13 15/08/13 15/08/13 15/08/13 19/08/13 19/08/13 07/09/13 31/08/13 31/08/13 31/08/13 28/08/13 12/09/13 24/08/13 26/09/13 26/09/13 01/10/13 01/10/13 01/10/13 03/10/13 03/10/13 03/10/13 03/10/13 17/10/13 15/10/13 27/08/13 27/08/13 14/11/13 10/11/13

23/05/14 15/04/14 06/05/14 02/06/14 26/05/14 22/05/14 15/04/14 19/06/14 29/05/14 22/05/14 22/05/14 29/04/14 24/06/14 06/04/14 23/06/14 23/06/14 06/05/14 17/06/14 17/06/14 18/06/14 17/06/14 07/07/14 05/06/14 05/06/14 05/06/14 05/06/14 09/06/14 09/06/14 28/06/14 21/06/14 21/06/14 21/06/14 18/06/14 03/07/14 15/07/14 17/07/14 17/07/14 22/07/14 22/07/14 22/07/14 24/07/14 24/07/14 24/07/14 24/07/14 07/08/14 05/08/14 17/06/14 17/06/14 04/09/14 31/08/14


provas encerradas

PGP

1106 1108 1109 1110 1141 1142

7º Chapadão 12º Genipapo 12º Api 1º Barra 66º Kangayan 67º Kangayan

PASTO Local

nº de criadores nº de animais

provas ANDAMENTO

PGP

923 924 925 926 929 932 935 936 937 938 939 939A 939B 939C 940 941 942 943

1º Bom Viver 2º Bom Viver 20º Paturi 9º Santa Maria 16º Quilombo 8º Morro Alto 3º Nelore Beka 1º Santa Cecília 49º Arrossensal 50º Arrossenasl 1º Agrobrasília 1º Agrobrasília 1º Agrobrasília 1º Agrobrasília 3º Bom Viver 24º São Luiz 4º Bom Viver 51º Arrossensal

915 916 917 918 919 920 921 922 927 928 930 931 933 934

PGP 64º Córrego da Santa Cecília 65º Córrego da Santa Cecília 66º Córrego da Santa Cecília 19º Paturi 15º Quilombo 58º Água Milagrosa 48º Arrossensal 12º Braunas II 67º Córrego da Santa Cecília 68º Córrego da Santa Cecília 1º Nelore Beka 2º Nelore Beka 22º São Luiz 23º São Luiz

entrada

finaL

TAB - PO NEL - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO

12/02/13 28/08/13 05/04/13 06/03/13 19/02/13 19/02/13

03/12/13 19/12/13 24/01/14 14/01/14 10/12/13 10/12/13

CONFINADAS Local

nº de criadores nº de animais

Nova Andradina - MS Nova Andradina - MS Uchoa - SP Redenção - PA Indaiatuba - SP Uberlândia - MG Santo Antonio da Platina - PR Uchoa - SP Nortelândia - MT Nortelândia - MT Brasília - DF Brasília - DF Brasília - DF Brasília - DF Salto - SP Barra do Garças - MT Salto - SP Nortelândia - MT

24 25 31 10 52 13 20 8 38 46 15 13 40 32 20 26 21 47

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 4 10 7 1 1 1 1

provas ENCERRADAS

39 42 66 26 39 40

1 1 1 1 1 1

Guarda - Mor / MG Várzea da Palma - MG Catu - BA São Desidério - BA Cuiabá - MT Cuiabá - MT

raça

raça

entrada

finaL

NEL - PO NEL - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO BRA - PO NEL - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO SIN - PO BRA - PO NEL - PO GUZ - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO

10/09/13 10/09/13 21/08/13 02/09/13 04/10/13 28/10/13 24/10/13 01/11/13 28/10/13 02/09/13 01/09/13 01/09/13 01/09/13 01/09/13 12/12/13 15/10/13 12/12/13 13/12/13

25/02/14 25/02/14 05/02/14 17/02/14 21/03/14 14/04/14 10/04/14 18/04/14 14/04/14 17/02/14 16/02/14 16/02/14 16/02/14 16/02/14 29/05/14 01/04/14 29/05/14 30/05/14

raça

entrada

finaL

TAB - PO TAB - PO TAB - PO TAB - PO NEL - PO TAB - PO NEL - PO BRA - PO TAB - PO TAB - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO NEL - PO

17/06/13 17/06/13 17/06/13 26/06/13 12/07/13 09/08/13 28/06/13 23/07/13 12/08/13 12/08/13 06/08/13 06/08/13 23/07/13 05/08/13

02/12/13 02/12/13 02/12/13 11/12/13 27/12/13 24/01/14 13/12/13 07/01/14 27/01/14 27/01/14 21/01/14 21/01/14 07/01/14 20/01/14

CONFINADAS Local

nº de criadores nº de animais

Uchoa - SP Uchoa - SP Uchoa - SP Uchoa - SP Indaiatuba - SP Tabapuã - SP Nortelândia - MT Funilândia - MG Uchoa - SP Uchoa - SP Santo Antonio da Platina - PR Santo Antonio da Platina - PR Barra do Garças - MT Barra do Garças - MT

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

33 32 30 38 81 35 60 17 19 20 18 10 29 19

85 janeiro - fevereiro | 2014


COMUNICADO

MAPA divulga resultado de paternidade de Emergido de Naviraí O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou na quarta-feira (22/01) o penúltimo resultado de verificação de parentesco de touros da raça nelore, cujas possíveis não conformidades foram apontadas em 2013 por projeto de pesquisa conduzido pelo programa de melhoramento genético Conexão Delta G, pela Unesp de Araçatuba e pela Unesp de Jaboticabal. O penúltimo resultado refere-se à verificação de parentesco do reprodutor Emergido de Naviraí (CSCN 8633), cujos descendentes diretos ou indiretos deverão ter seus registros recolhidos e retificados. Para este touro, a paternidade oficialmente identificada pelo MAPA foi com Aimarah de Naviraí (CSCC 2163), diferente daquela originalmente comunicada ao Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ), Rambo da MN (I 1111). A ABCZ já começou a comunicar os criadores que possuem animais de criação e/ ou propriedade, descendentes diretos e/ou indiretos do reprodutor em questão, cujos certificados de registro genealógico deverão ser devolvidos à ABCZ, caso já tenham sido emitidos, para serem inutilizados com consequente emissão de novos certificados, devidamente retificados. A ABCZ esclarece que todos esses certificados em circulação estão automaticamente inutilizados e não se prestam a quaisquer operações junto ao SRGRZ. A operação de emissão de novos certificados não terá custos para os criadores. Continua sob estudo do MAPA o caso de paternidade do touro B8369 (MANA 8369), que deverá ser brevemente solucionado. 86



ABCZ

ABCZ amplia ações para

fortalecimento da pecuária comercial

Laura Pimenta | Foto: Jadir Bison

d

elegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para realizar o registro genealógico, o melhoramento genético e a promoção das raças zebuínas em todo o Brasil, a ABCZ encerrou o ano de 2013 com um balanço extremamente positivo, especialmente devido à ampliação de ações voltadas a melhoria da produtividade e competitividade da pecuária comercial brasileira. Em 2013, a ABCZ cumpriu várias metas importantes em áreas estratégicas: o Melhoramento Genético, através da ampliação do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos); a Democratização da Genética Zebuína junto aos pequenos produtores, através da continuidade do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino); a concretização de parcerias importantes em demandas urgentes para o setor, como recuperação de pastagens, crédito rural e acesso a tecnologia de produção, com destaque para o lançamento da ExpoZebu Dinâmica; o Treinamento e Capacitação de milhares de profissionais que atuam diretamente na pecuária, através da realização de vários cursos gratuitos e até mesmo através de um projeto pioneiro de Educação à Distância (o Agrocurso, em parceria com o Canal Rural e a FAZU); e um grande esforço de Comunicação e aproximação com os associados, através de dezenas de reuniões nos

88

estados e participação em eventos, além da organização da edição histórica da ExpoZebu, que completa 80 anos em 2014. A ABCZ também ampliou as ações do Projeto Zebu de Ponta a Ponta, promovendo fóruns de debate sobre o potencial das raças zebuínas, em importantes eventos como a ExpoZebu, Expointer, Feicorte, ExpoGenética e Interconf. Outra novidade deste ano foi o lançamento do livro “O Zebu na Cozinha”.

registro Em 2013, a ABCZ registrou mais de 657 mil animais das raças nelore, nelore mocho, brahman, tabapuã, guzerá, sindi, indubrasil, gir e gir mocho. Observando os últimos 10 anos, é possível notar uma oscilação natural no número de registros realizados pela associação, com destaque para o recorde histórico dos últimos 79 anos, verificado em 2012. A ampliação das atividades em prol da pecuária comercial também fez com que crescesse o interesse dos pecuaristas pela


NÚMERO DE REGISTROS ÚLTIMOS 10 ANOS 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

686.145 717.481 716.443 673.926 654.218 645.725 639.717 648.493 683.841 723.348 657.848

pela ABCZ, fazendo com que a associação registrasse um aumento do número de associados superior a 2012, com 542 novos participantes, superando 20 mil em todo o país.

Melhoramento Genético Em 2013, o grande destaque da atuação da ABCZ foi a consolidação do PNAT (Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens), como um programa de disseminação da genética zebuína, com a ampliação do número de doses de sêmen distribuídas entre os rebanhos colaboradores (8.760 doses). Foram realizadas ainda pela ABCZ 157 Provas de Ganho em Peso em todo o Brasil, bem como 18 Dias de Campo. O Controle Leiteiro Oficial realizou 59.669 controles, com a participação de 7.382 matrizes. Outro destaque foi a contratação de um núcleo composto de cientistas e técnicos para produzir dentro da própria ABCZ as avaliações genéticas das raças com aptidão de corte do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos).

Representatividade Outro aspecto importante da atuação da ABCZ foi a representatividade dos criadores de zebu. Com o apoio de parlamentares de diversos estados do país, a ABCZ recebeu a indicação para 23 emendas individuais que poderão compor o Orçamento Geral da União em 2014, beneficiando nove projetos nas áreas educacional, promocional, tecnológica e de melhoramento genético, que deverão ser promovidos em todos os estados brasileiros. Entre as principais ações também está a reivindicação para que a Presidenta Dilma Rousseff sancione a minuta que trata da revisão e atualização do Decreto nº 58.984, de 3 de agosto de 1966, que regulamenta a Lei nº 4.716, de 29 de junho de 1965, que trata do Serviço de Registro Genealógico. A nova versão para o Decreto inclui no regulamento do SRG as provas zootécnicas, dispõe sobre a criação de um departamento de auditorias nas entidades delegadas do MAPA e sustenta a exclusividade de utilização dos termos e nomenclaturas que definem as raças puras pela entidade delegada do MAPA. Para facilitar a atuação da entidade em Brasília, a ABCZ instalou uma base de apoio na capital federal, para fazer o acompanhamento permanente dos assuntos e prioridades da pecuária junto ao governo e órgãos federais. Este trabalho está a cargo do associado Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo Filho.

Parcerias No dia 1º de novembro foi concretizada parceria entre a ABCZ e a Dow AgroSciences, empresa líder no segmento de herbicidas. A partir desta parceria, a ABCZ proverá aos seus associados conhecimentos sobre a recuperação e aumento da produtividade das pastagens, fatores que estão diretamente relacionados à nutrição animal e produtividade. A cooperação deverá estimular a criação de cursos técnicos direcionados aos profissionais de campo da Dow AgroSciences e da ABCZ na FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba). As primeiras ações já estão sendo realizadas e terão um volume mais robusto ao longo de 2014, com demonstrações técnicas para soluções na área de pastagens na Estância Orestes Prata Tibery Júnior e a promoção conjunta de pelo menos 30 dias de campo em todo o Brasil. Já no dia 09 de dezembro, a ABCZ e a Caixa assinaram um termo de cooperação para disponibilização de crédito rural aos pecuaristas. O documento foi assinado pelo vice-presidente da Caixa Fábio Lenza e pelo presidente da 89 janeiro - fevereiro | 2014

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ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. As linhas de crédito que serão oferecidas são aquelas destinadas a operações de custeio, comercialização e investimento agropecuário disponíveis nas agências da Caixa.

Gestão da Qualidade Em novembro, a ABCZ foi informada da manutenção das certificações ISO 9001 e 14001. Durante as auditorias

ocorridas nos dias 7 e 8 de novembro, na sede da associação, nenhuma não conformidade foi verificada. Os auditores externos ficaram entusiasmados com o sistema de gestão e as ações de cunho ambiental da entidade, que é a primeira associação de pecuaristas no Brasil a ser certificada nestas normas.

EM NÚMEROS Realização de 18

dias de campo do PMGZ

7.382 matrizes inscritas 59.669 Controles efetuados

no

Controle Leiteiro

e

223.618 animais inscritos no CDP 976.459 pesagens efetuadas 157 Provas de Ganho em Peso encerradas, com 6.364 animais participantes 40 Feiras do Pró-Genética /27 Leilões do Pró-Genética PNAT: 8.760 doses distribuídas / 131 rebanhos colaboradores Realização de 10 Realização de 6

workshops do PMGZ

palestras do Zebu na Universidade

172 exposições homologadas, sendo 10 internacionais Participação em 2

eventos/feiras internacionais (Brazilian Cattle)

Realização de 4

Projetos Compradores (recepção de compradores internacionais com programação especial)

Adesão de 12

novos associados ao projeto internacional Brazilian Cattle

Integração ao banco de dados da ABCZ de 423.000

documentos digitalizados e liberação de consultas

1.512 softwares PRODUZ comercializados Realização de 29

cursos de Escrituração Zootécnica gratuitos, com total de 707 participantes

Realização de 32

cursos gratuitos do PRODUZ, com participação de 499 pessoas

Ampliação das atividades do Zebu de Ponta a Ponta. Entre elas, realização de Leilão de corte (genética zebuína) – aproximadamente R$ 2 milhões de faturamento com a venda de 2.000 animais durante a ExpoGenética 90


Agenda Cursos de Escrituração Zootécnica (GRATUITOS)

13/05

14/03

21/05

11/04

07/03

Almenara/MG (IFNMG) Informações: (34) 3319-3895

21/03

Aracaju/SE (UFS) Informações: (34) 3319-3895

Belo Horizonte/MG Informações: (31) 3332-6066

29/05

25/03

Natal/RN (UFRN) Informações: (34) 3319-3895

06/06

Goiânia/GO Informações: (62) 3203-1140 Uberaba/MG Informações: (34) 3319-3925 Ji-Paraná/RO Informações: (69) 3241-4042

25/04

Belo Horizonte/MG Informações: (31) 3332-6066

09/05

Bauru/SP Informações: (14) 3214-4800

27/06

Uberaba/MG Informações: (34) 3319-3954 Zebu na Universidade

16/03

Seropédica/RJ (UFRRJ) Informações: (34) 3319-3895

17/03

Niterói/RJ (UFF) Informações: (34) 3319-3895

20/03

Londrina/PR (UEL) Informações: (34) 3319-3895

Curso do PRODUZ

19 e 20/02

Campo Grande/MS Informações: (34) 3319-3904

26 e 27/02

Belém/PA Informações: (34) 3319-3904 Palestra sobre as Raças Zebuínas

27/03

Uberlândia/MG (durante a FEMEC) Informações: (34) 3319-3895 Dia de Campo do PMGZ

Amaporã/PR Fazenda Santa Nice Informações: (34) 3319-3895 Reunião com criadores

Campo Grande/MS (UFMS) Informações: (34) 3319-3895

25/04

Viçosa/MG (UFV) Informações: (34) 3319-3895

27/02

Goiânia/GO Informações: (62) 3203-1140

18/07

Cuiabá/MT Informações: (65) 3644-2440

29/08 Londrina/PR Informações: (43) 3328-7008 Workshop do PMGZ

27/02

Bauru/SP Informações: (14) 3214-4800

14/03

Campo Grande/MS Informações: (67) 3383-0775

11/04

Belo Horizonte/MG Informações: (31) 3332-6066

06/06

22/03

27/03

Campo Grande/MS Informações: (67) 3383-0775

Bauru/SP Informações: (14) 3214-4800

Goiânia/GO Informações: (62) 3203-1140

18/07

Cuiabá/MT Informações: (65) 3644-2440

29/08

Londrina/PR Informações: (43) 3328-7008

91 janeiro - fevereiro | 2014


GESTÃO

Planejar o desenvolvimento organizacional produz

sucesso empresarial Sérgio Hillesheim | Foto: banco de imagem

N

o mercado contemporâneo das corporações, cada vez mais as organizações devem atentar-se para as possibilidades interativas na tomada de decisão, em virtude do nível de exigência competitiva nas relações comerciais. O planejamento organizacional, fundamentado por planos administrativos que permitam realinhamentos constantes, é fundamental e define os caminhos que a organização deve seguir, vislumbrando que as decisões tomadas pelos líderes e colaboradores sempre têm impactos amplos para a organização, tanto na esfera afirmativa quanto negativa. O planejamento administrativo deve fazer parte do cotidiano empresarial, independente do porte e da estrutura da organização. Todavia, mais importante que formular

um planejamento é administrar e pensar estrategicamente as ações e atividades propostas para a corporação. Para as organizações empresariais contemporâneas (fazendas, frigoríficos, instituições de pesquisa e produção agrária, associações, indústrias, comércio, setor público) serem eficazes no processo de implantação de um planejamento seguro e rentável devem seguir alguns conceitos básicos, como orientação, eficiência, eficácia, competência, inovação, concentração, cooperação, cultura, conflito, política. Para se alcan-

92

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cada vez mais as organizações devem atentar-se para as possibilidades interativas na tomada de decisão çar a eficiência e eficácia necessita-se de profissionais qualificados na obtenção de informações, utilizando de maneira competente o conhecimento e as habilidades, mantendo atitudes, valores e espiritualidade como mecanismos de projeção na capacidade de execução de tarefas e de planejamentos. Esses fatores auxiliam os líderes, os colaboradores e a própria organização na inovação de produtos e serviços, construindo um mercado constante e competitivo, promovendo a concentração e focalização de esforços para a lucratividade. O sucesso dessa articulação depende logicamente do conjunto certo de pessoas certas para desenvolverem as necessidades da empresa, mantendo a harmonia e cooperação entre os pares, evitando conflitos, inserindo políticas promotoras da consciência coletiva de desenvolvimento e progresso da organização. É preciso, contudo, que as equipes de profissionais das instituições, sejam elas da área agropecuária, industrial, comercial, serviços, ou setor público, mantenham o domínio e controle do planejamento e estratégias definidas pela organização, por meio de avaliações gerais e constantes, contemplando as atividades desempenhadas e os resultados coletados, os quais fornecem informações para o futuro da empresa. O acompanhamento e controle integram o planejamento administrativo e estratégico, bem como a utilização das medições de entradas, saídas e informações contínuas acerca dos ambientes interno e externo da organização, oportunizando a comunicação e o feedback capaz de projetar mudanças necessárias e decisões estratégicas favoráveis à competitividade nos mercados vigentes, atraindo lucros e negócios.

Essas ações devem ser identificadas de modo a permitir que elas sejam executadas de forma adequada, considerando aspectos como qualidade, segurança, custos, prazos, lucratividade, logística, talentos humanos, equipamentos, cultura e clima organizacionais. É importante salientar que, nesse processo de condução, as organizações devem dividir as tarefas e responsabilidades entre seus líderes e pares, focalizados no futuro, para poder preparar as empresas a enfrentarem os novos desafios que surgirem, por meio de novas tecnologias, métodos, técnicas, processos, procedimentos, diretrizes, programas, produtos e serviços, criando inovação nas abordagens assumidas para o desenvolvimento organizacional. Para proporcionar às corporações e seus aliados a excelência na satisfação dos seus clientes, principalmente os líderes devem ter espírito empreendedor, bem como encorajar os seus pares a desenvolvê-lo e aplicá- lo no cotidiano da empresa. Devem, ainda, aceitar desafios; assumir riscos; serem proativos, dinâmicos, inovadores; pensar globalmente e agir localmente; racionalizar o trabalho e recursos; especializar-se e treinar os pares; manter a autoridade, a disciplina, a unidade de direção e comando, a estabilidade do pessoal (motivação e satisfação), a equidade; preocupar-se com o clima e a cultura organizacionais, o espírito de equipe, a eficiência e eficácia, as redes de comunicação; vislumbrando a sustentabilidade, a competitividade, a lucratividade, comprometidos com a realidade presente e futura da instituição. O planejamento traz também como principais enfoques para os líderes a necessidade de dar ênfase nas tarefas, na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia, nos clientes. Para que isso possa acontecer de maneira eficiente e eficaz, as organizações necessitam do auxílio de profissionais especializados, como os secretários executivos, os agrônomos, os zootecnistas, os bacharéis em sistemas de informação, preparados pela FAZU para desempenharem com competência a criação de produtos e serviços de qualidade, mantendo uma forte dose de técnica, tecnologia e ciência, tão essenciais ao sucesso dos empreendimentos contemporâneos. 93 janeiro - fevereiro | 2014

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VOCÊ NA ReVISTA ABCZ Quer ver sua foto na revista aBcZ? envie Para aBcZuBeraBa@GmaiL.com

o o sobrinh Filho com s lo ce n s. o lo sc Álvaro Va Machado Vasconce Olavo

Fazenda Br ahmansul em Porto

Vera Crus (R S)

Os irmãos Bruno e Naomi Mine. Desde pequenos com nelore na cabeça. Vaca gir, de 28 anos, co m 1,5 m ca Fazenda Vis da chifre. ta Azul, em Buriti Alegr criador Fran e (GO), do cisco Antôn io Inácio.

Inácio e o cri seguran ador de tabap uã Fe do o Ameixe bezerro Centa rnando Rebelo iras, em u Morro d ro da Fazenda o Chapé u (PI).

As amigas Patricia, Débora, Stella Góis e Dayanne Ferreira na Expoinel

gir or de criad (MG) é e u ama on, q amilt em Iguat l, lho H a fi it o e lm Artur azenda Pa na F

O pa ragu aio M na fa ario Pere i zend a Bra ra em vis i hma n Ca ta ao Bra naã. sil,

Toda fe liz c Grosso, om rebanho g uz a jovem Karen R erá no Mato ebeca Ja cinto

Médica vete rinária de Be lo Horizonte Natália Cris (MG tina de Oliv eira Ribeiro )

94

a denhando um d Tetzner or on bo m m m lo ru ui D Q a nd Júlia iteiro na Faze matriz Gir Le


ABCZ SERVIçOS setor (contato) e-mail telefone (34) ABCZnet (Leonardo Mio)

abcznet@abcz.org.br

3313 3779

Assessoria Comercial (Cláudia)

abczacm@abcz.org.br

3319 3820

Assessoria de Imprensa (Larissa)

larissarvieira@netsite.com.br

3319 3826

Brazilian Cattle (Icce)

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CDP • Controle Desenv. Ponderal (Ismar)

cdp@abcz.org.br

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Comercial Revista ABCZ (Miriam)

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Controle Leiteiro (Ana Maria/Ana Patrícia/Lohane)

cleite@abcz.org.br

3319 3934

Coordenador do Colégio de Jurados (Mário Márcio)

cjrz@abcz.org.br

3319 3924

COE • Dep. de Coordenação dos Orgãos Executores (Celso)

suportecoe@abcz.org.br

3319 3942

Departamento de Genealogia (Jaqueline)

ddg@abcz.org.br

3319 3948

Diretoria (Cláudia)

diretoria@abcz.org.br

3319 3820

Financeiro Revista ABCZ (Fernando)

abczmkt@abcz.org.br

3319 3827

Museu do Zebu (Aryanna)

aryanna@abcz.org.br

3319 3879

PGP • Prova de Ganho em Peso (Gabriela)

pgp@abcz.org.br

3319 3962

PMGZ Fomento/Corte (Lauro)

lauro@abcz.org.br

3319 3915

PMGZ Leite (Mariana)

pmgzleite@abcz.org.br

3319 3935

Presidência (Sandra Regina)

abczpre@abcz.org.br

3319 3800

Secretaria Geral (Eveline)

abcz@abcz.org.br

3319 3834

Secretária Sup. Técnica (Josina)

josina@abcz.org.br

3319 3920

Sistema Procan­(equipe de atendimento)

procan@abcz.org.br

3319 3904

Superintendente Adm./ Financeira (Mio)

abczsaf@abczservicos.com.br

3319 3850

Superintendente de Genealogia (Gleida)

gleida@abcz.org.br

3319 3940

Superintendência Geral (Agrimedes)

abczsug@abcz.org.br

3319 3818

Superintendente Informática (Eduardo Milani)

abczsdi@abcz.org.br

3319 4794

Superintendente de Marketing (Juan Lebron)

juan@abcz.org.br

3319 3923

Aracaju-SE (Denio Augusto)

etraju@abcz.org.br

(79) 3241 2686

Bauru-SP (Eric Luis)

etrbau@abcz.org.br

(14) 3214 4800

Belém-PA (Nelson dos Prazeres)

etrbel@abcz.org.br

(91) 3231 6917

Belo Horizonte-MG (Francisco Velasco)

etrbhz@abcz.org.br

(31) 3332 6066

Brasília-DF • Ass. Criadores de Zebu do Planalto (Marcelo)

aczp.df@uol.com.br

(61) 3386 0025

Campina Grande-PB (Luciano Bezerra)

etrcpv@abcz.org.br

(83) 3332 0995

Campo Grande-MS (Adriano Garcia)

etrcgr@abcz.org.br

(67) 3383 0775

Cuiabá-MT (André Lourenço)

etrcgb@abcz.org.br

(65) 3644 2440

Fortaleza-CE (Marcela)

etrfor@abcz.org.br

(85) 3287 4416

Goiânia-GO (Vanessa Barbosa)

etrgyn@abcz.org.br

(62) 3203 1140

Ji-Paraná-RO (Guilherme Pereira)

etrjpr@abcz.org.br

(69) 3421 4042

Londrina-PR (Gleida Marques – interina)

etrldb@abcz.org.br

(43) 3328 7008

Maceió-AL (Frederico)

etrmac@abcz.org.br

(82) 3221 6021

Natal-RN (Rodrigo Madruga)

etrnat@abcz.org.br

(84) 3272 6024

Palmas-TO (Luiz Fernando Salim)

etrpmw@abcz.org.br

(63) 3212 1299

Porto Alegre-RS (Edon Rocha)

etrpoa@abcz.org.br

(51) 3473 7133

Recife-PE (Júlio Mario Soares)

etrrec@abcz.org.br

(81) 3228 0861

Redenção-PA (Aurélio Soares)

etrrdc@abcz.org.br

(94) 3424 7991

Rio Branco-AC (Gleida Marques – interina)

etrrbr@abcz.org.br

(68) 3221 7362

Rio de Janeiro-RJ (Marcelo Costa)

etrrio@abcz.org.br

(21) 2544 9125

Salvador-BA (Simeão Machado)

etrssa@abcz.org.br

(71) 3245 3248

São Luís-MA (Rogério Pires)

etrslz@abcz.org.br

(98) 3247 0979

Vitória-ES (Roberto Winkler)

etrvix@abcz.org.br

(27) 3328 9772

Escritórios Técnicos Regionais (ETRs) e Filiadas à ABCZ

95 janeiro - fevereiro | 2014


foto: divulgação

SAÚDE

Wilson Rondó Jr. | cardiologista e autor do livro “Sinal verde para a carne vermelha”

Você comeria

carne de laboratório?

D

epois de 5 anos de tentativas, os cientistas criaram uma carne de laboratório. Recentemente surgiu o primeiro hambúrguer de laboratório, que foi revelado e provado. Criado a partir de células-tronco de gado, ao custo de 330 mil dólares.

Será que essa é a alimentação do futuro? A carne de laboratório está sendo chamada de alimento do futuro, que pode alimentar o mundo sem danos ambientais. Com certeza há alguns benefícios: • Redução de confinamentos e de abates de animais para alimento; • Redução de risco de Salmonela e da doença da vaca louca; • Benefício ao ambiente, pois confinamento gera aumento de emissão de gases na atmosfera, provoca aquecimento global e poluição em rios.

E o paladar? Um dos indivíduos que provaram o hambúrguer de laboratório achou parecido com carne, enquanto que um outro descreveu como um bolo de proteína animal. Nós sabemos que pode levar anos para que isso se torne viável comercialmente, mas será que esse hambúrguer de laboratório é seguro? Apesar de haver uma tendência de se acreditar que alimentos criados pelo homem sejam seguros como os alimentos naturais, na prática isso pode não ser verdade. Veja por exemplo os alimentos transgênicos, que são rotu-

lados como substancialmente equivalentes aos produtos naturais. Está cada vez mais se comprovando de que se trata de algo bem diferente do natural. Outro exemplo: o leite de vaca tratada com hormônio do crescimento sintético, conhecido por rBGH. Ele difere nutricionalmente, farmacologicamente, imunologicamente e hormonalmente do leite natural e está relacionada com câncer em humanos, além de causar problemas de saúde para a vaca. Em uma avaliação feita entre o milho transgênico e o não transgênico, observou- que o grão natural contém 437 vezes mais cálcio, 56 vezes mais magnésio e 7 vezes mais manganês do que o milho transgênico. Na Nova Zelândia foi criada uma vaca clonada, através de engenharia genética, que produz leite sem a proteína BL6, que é causadora de alergia. Esse leite, porém, tem o dobro de concentração de caseína, outras proteínas do leite, que também estão correlacionadas a alergia e doenças autoimunes, como Diabetes tipo 1. Na verdade, quando plantas, animais ou células são expostas a DNA externo ou criado em laboratório usando tecnologias experimentais, literalmente tudo pode

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acontecer. Isso ficou claro quando Daisy, vaca clonada geneticamente, nasceu sem o rabo. O que mais pode ter ocorrido neste caso que ainda está escondido? Portanto, alimentos criados pelo homem têm algumas alterações óbvias e algumas não óbvias, diferente dos alimentos naturais, e nos dão uma ideia do que a carne de laboratório poderá ser quando for comparada futuramente com a de origem natural.

Qual então é a solução real para a fome do mundo? Apesar de haver muitos benefícios tecnológicos, particularmente desacredito que carne criada em laboratório irá fornecer os mesmos benefícios nutricionais que a carne produzida tradicionalmente. Além disso, tenho a preocupação de que ela não será completamente livre de algum tipo de

efeito colateral (apesar da carne de gado confinado não ser uma alternativa muito saudável). Portanto, a nível nutricional e de segurança não há milagres para resolver a fome no planeta. A solução real é o gado criado a pasto, que não compromete as práticas agrícolas sustentáveis e que pode não somente reduzir drasticamente a poluição, mas também produzir uma carne nutricionalmente superior. Ao contrário do que popularmente se acredita, animais confinados não são uma prática barata, de solução eficiente para alimentar o mundo! Alimentar animais confinados em grande quantidade exige um aporte alimentar na forma de grão. Por outro lado, os animais criados a pasto natural, em sistema rotacional, é algo sustentável e muito produtivo, além de mais saudável e nutricionalmente mais rico. Referências bibliográficas: - StarTribune August 5, 2013 - FDA Animal Cloning - New Hope 360 Blog October 3, 2012

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA De acordo com as disposições estatutárias, convoco os senhores associados da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu para reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no dia 31 de março de 2014, às 14:00 horas, na sede da entidade, no Parque Fernando Costa, na Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, Bloco 01, Uberaba/MG, para tratar dos seguintes assuntos: a) Tomar conhecimento do relatório do Presidente; b) Discutir e votar o parecer do Conselho Fiscal sobre o balanço e contas do exercício anterior; c) Apreciar a indicação de Geraldo Alves da Silva e de Maurício Acatauassu Teixeira para comporem o Conselho Consultivo da entidade, representando respectivamente os estados do Rio Grande do Norte e Pará, nos termos do artigo 63, do Estatuto da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu; d) Deliberar sobre a possibilidade de o site www.abcz.org.br e a Revista ABCZ passarem a ser as fontes das publicações oficiais da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu para os diversos fins que se fizerem necessários. Não havendo número legal na primeira convocação, ficam convocados, desde já, para a segunda convocação, às 15:00 horas, no mesmo local e dia aprazados.

Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira Presidente da ABCZ 97 janeiro - fevereiro | 2014


foto: divulgação

MINHA ReCeITA

Chef Allan Vila | autor do livro “O Zebu na Cozinha”

Espetinho de alcatra de zebu

Ingredientes

u cortado 500 g de miolo de alcatra de zeb cm 3 em cubos de Sal 1 colher (café) de páprica picante 1 dente de alho amassado 1 xícara (chá) de vinho branco 1 pimentão verde ou vermelho os de 3 cm (ou metade de cada) em quadrad cm 3 de os drad 1 cebola em qua 2 colheres (sopa) de óleo

Modo de fazer

a páprica, Tempere a carne com sal a gosto, 3 horas. por inar mar ixe o.De o alho e o vinh que colo Aqueça 1 litro de água até ferver, e tire , utos min 5 os cubos de pimentão por

reserve. Faça o mesmo com a cebola. o pimentão Espete a carne, intercalando com e a cebola. em fogo brando. Aqueça o óleo e frite os espetos e crua ta bata a mei em Sirva espetado e verd da sala de o had pan acom

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