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A aprendizagem diária era um prazer, mas … é tempo de despedida
Jardins de infância precocemente escolarizam a infância, instituindo rotinas, nas quais todas as crianças devem começar a dormir ao mesmo tempo, ainda que não tenham sono (e, frequentemente, “embaladas por crews, sertanejos e bandas sonoras de novelas…).
À revelia das descobertas da cronobiologia, as escolas mantêm rituais de horário fixo, como a hora de entrar e de sair, ou os cinquenta minutos de uma aula, que quase ninguém sabe explicar por que são cinquenta… E, entre dois toques de sirene, se anuncia que todos poderão ir ao recreio, ao mesmo tempo. Venho suspeitando de que existe alguma analogia entre o banho de sol dos presidiários e o recreio dos alunos… Ao mesmo tempo, todos deverão estar olhando a nuca do colega da frente. Ao mesmo tempo, todos devem merendar, todos devem fazer xixi no mesmo período de tempo.
Já alguém se perguntou se terá sido sempre assim? Desde o século XVIII, não existe sequer uma teoria que sustente o modelo de escola, que, no nosso tempo, ainda é hegemónico.
In “A mosca de Aristóteles”, José Pacheco
Cuidado com primeiras trapaças e o contágio social. Mesmo pequenas desonestidades podem levar ao efeito “que se dane” em alguém ou gerar uma onda de desonestidade, e portanto devem ser coibidas e trabalhadas para que não aconteçam novamente.
De acordo com o livro, a desonestidade não é algo exclusivo dos criminosos e amorais. Todos nós, em muitos momentos cometemos deslizes, e somados causam grandes impactos na sociedade como um todo. Ainda assim, não nos vemos como desonestos ou pessoas ruins, e somos capazes de atos extremamente nobres.
A vida não pode ser medida por batidas e coração ou ondas elétricas. Como um instrumento musical, a vida só vale a pena ser vivida enquanto o corpo for capaz de produzir música, ainda que seja a de um simples sorriso. Admitamos, para efeito de argumentação, que a vida é dada por Deus e que somente Deus tem o direito de tirá-la. Qualquer intervenção mecânica ou química que tenha por objetivo fazer com que a vida dê o seu acorde final seria pecado, assassinato.
Vamos levar o argumento à suas últimas consequências: se Deus é o senhor da vida e também o senhor da morte, qualquer coisa que se faça para impedir a morte, que aconteceria inevitavelmente, se o corpo fosse entregue à vontade de Deus, sem os artifícios humanos para prolongá-la, seriam também uma transgressão da vontade divina. Tirar a vida artificialmente seria tão pecaminoso quanto impedir a morte artificialmente, porque se trata de intromissões dos homens na ordem natural das coisas determinada por Deus.
A vida, esgotada a alegria, deseja morrer.
In “Eutanásia”, Rubem Alves
In “The 21 Irrefutable Laws of Leadership”, John Maxwell
Os professores da escola mais sólida fizeram do material didático a sua identidade, potência. Os professores da nova escola mais líquida devem fazer da recriação do material didático, da facilitação, da promoção da conversa a sua nova identidade e potência.
A escola mais líquida tem como principal missão o resgate do diálogo para recriação da realidade, produzindo constantemente um material didático também líquido e colaborativo.
A nova escola mais líquida deve, assim, ajudar a formar alunos mais preparados do que os atuais a recriar a realidade mais mutante. Alunos que possam adquirir mais capacidade para se comunicar, de aprender com seus pares, recriando a realidade, em grupo, em rede, seja presencial ou a distância.
A melhor forma de fazer essa migração é através da criação de ilhas (zonas franca) de inovação, nas quais a nova cultura do diálogo deve ser criada sem a intoxicação da escola tradicional.
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