Como regular uma guitarra – tensor

Outubro 17, 2009 2 comentários

Regular sua própria guitarra é praticamente uma obrigação para todo guitarrista. A menos que você (se é um guitarrista) carregue um luthier junto consigo.

Há diversas partes da guitarra que necessitam regulagem periódica. Estas partes são afetadas pelo tempo (frio, calor, umidade), pelo uso e outros fatores. Por isso, não basta mandar regular a guitarra “uma vez por ano” ou coisa assim. Você precisa saber conferir as diversas partes a serem reguladas.

O tensor, por exemplo. É muito simples checar a regulagem do tensor:

– Aperte a sexta corda na primeira casa, mantendo-a apertada (você pode colocar um capotraste)

– Aperte a mesma corda na casa onde o braço faz junção com o corpo da guitarra.

– Confira a folga existente entre a corda e o sétimo traste. Deve estar próxima de 0,25 mm

– Se a folga for excessiva, é necessário apertar o tensor. Se a corda ficar muito próxima ou encostar no traste, é necessário afrouxar o tensor.

Não acredite em quem lhe diz que você não deve “mexer” no tensor, que pode quebrá-lo e coisas assim. Basta aprender a fazer e não cometer exagêros. A regulagem, em geral, não necessita mais de um quarto ou meia-volta, o que não quebra tensor nenhum.

Quer saber mais sobre regulagem de guitarra? clique no link abaixo:

www.reguit.begelivrosemusica.com.br

Como compor uma música de sucesso

Outubro 4, 2009 1 comentário

Música comercial. Este tema já deu o que falar. Alguns diziam (e dizem) “as rádios só tocam música comercial”.

Mas o que é “música comercial”? Música comercial é uma música vendável. É uma música que se anuncia e que o povo compra. Uma música que vende, que dá lucro.

E porque vende? E porque outros tipos de música não vendem?

É muito simples. Até mesmo o mais “cabeça” dos compositores pode entender facilmente isto.

Suponhamos que você resolva montar uma empresa, uma loja. Vamos simplificar: uma loja de roupas. Uma das primeiras coisas que você vai ter que decidir é o tipo de roupa que você vai vender.

Por algum motivo, você resolve ser “diferente”. Ao invés de vender aquelas marcas e estilos da moda, lota sua loja com roupas exóticas, super-coloridas, o escambau a quatro. Há clientes para sua loja? Há. Poucos clientes, bem poucos. Porque a maioria das pessoas quer usar aquelas roupas da moda, daquelas marcas consagradas, aquelas roupas que os personagens usam nas novelas, que são anunciadas na televisão! Ou seja: roupas comerciais.

O que aconteceu aí? Você trabalha com um produto que tem um mercado restrito, pequeno. Se quiser vender bastante, precisa trabalhar com as roupas “comerciais”. Pior ainda, após algum tempo funcionando e amargando pouquíssimas vendas, você não pode mais mudar. Aquela loja, naquele lugar, com aquele nome, já ganhou a fama de vender aquelas roupas que quase ninguém quer.

Acendeu aí alguma luz? Algo a ver com música “comercial” e música “não-comercial”? Tudo a ver. A música dita comercial, é a que o povo quer. Não importa o quanto alguns gritem que o povo é sem cultura, ignorante (o que não é verdade), que não entende de música e por aí afora. Muitos precisam entender o seguinte: o povo quer algo que possa compreender, que tenha alguma serventia, que seja simples, objetivo.

Quando você ouve uma música e pergunta: “o que será que ele (ou ela) quis dizer?”, é porque a música não tem pé nem cabeça. Vai do nada a lugar nenhum. A letra não diz nada. É um amontoado de palavras sem nexo. Ou seja, o compositor escreve um aberração deste naipe e chama o público de ignorante. E continua pela vida afora, sem vender seu peixe.

Voltando à analogia com a loja de roupas, será que o dono de uma loja daquelas poderia dizer que o povo é ignorante e não sabe vestir-se?

Tudo bem, alguns diriam: mas arte é arte. Sim, é claro. Se um artista plástico pinta um quadro daqueles que parece que o cara jogou trezentas e cinquenta latas de tinta na tela e depois pisoteou a coisa toda, e termina sem vender o quadro, arte é arte. Um outro pinta uma bela paisagem, ou pessoas, um lugar bonito e vende quadros e mais quadros, arte é arte.

A arte (incluindo a música) “cabeça”, tem o seu lugar. Se o sujeito fez lá uma música que nem marciano compreende, alguém há de gostar, curtir, até mesmo comprar. Mas não a massa, não a maioria do povo. Se o artista quer continuar a fazer sua música daquele jeito, não há problema algum. Mas deve compreender que seu mercado é restrito. Não vai vender milhões. Nem sequer milhares, dependendo do caso.

Por outro lado, é claro que o outro extremo também existe. Fazer uma música simples não é fazer uma música vulgar, banal. É usar palavras, melodias, acordes simples harmoniosamente, e com sentido. Muitas vezes ficamos procurando a beleza em acordes intrincados e letras rebuscadas, terminando por criar algo incompreensível. É muito mais produtivo usar acordes e linguagem simples. É claro que estamos falando de música popular. Comercial, se quiser. Uma música cuja letra não diz nada e que tem meia dúzia de acordes a serem tocados sobre uma simples palavra, não é popular. Nem comercial.

Faça você música popular (para o povo) ou música mais rebuscada, pode e deve utilizar o conceito da simplicidade, da objetividade. Uma música com acordes complicados e melodia intrincada, pode beneficiar-se bastante com um letra simples, compreensível. E também com uma estrutura mais popular, mais objetiva. O que o artista deve compreender também, é que a profusão de acordes dissonantes com sequencias mirabolantes, quase impossíveis de serem reproduzidas por outro músico, não confere qualidade à música. Nem faz vender mais. Pelo contrário. Você já viu uma pessoa simples (a grande maioria de nós) dizer, ao escutar uma música: “olha só esta diminuta!”. Nem viu, nem vai ver.

Sabe qual é o recado que um artista passa ao interpretar uma música complicadíssima, cheia de salamalaques, acordes mil, letra difícil de cantar, decorar e entender? Ele está dizendo: “vejam, simples mortais! Eu sou bom! Toco pra caramba, canto pra caramba, sou o bicho!”. O que ele não sabe, é que o mundo inteiro está defecando e caminhando para ele! Pode ser difícil de engolir, mas ninguém está interessado em você (a não ser Deus). Cada qual está interessado em seu próprio nariz. Faça música para os outros, não para si mesmo!

Portanto, você deve escolher onde quer estar. Se quer fazer música para músicos ouvirem, vá em frente. Coloque três mil acordes complicadíssimos em cada frase da música. Se quer fazer música para gente “cabeça”, vá em frente. Escreva letras que vão do nada a lugar nenhum. Mas se quer compor música para vender, para atingir o povo (música popular), escreva letras simples e objetivas, estruture a música corretamente e não se perca entre milhares de acordes. Mantenha a beleza com simplicidade.

Para saber mais a respeito de como compor uma música, visite o link:

http://compositor.begelivrosemusica.com.br

Como compor uma música

Outubro 3, 2009 Deixe um comentário

Compor uma música não deveria ser tarefa difícil. Acontece que há uma espécie de “aura” em torno da música, que acaba criando um bloqueio, do tipo “ah, compor é pra quem sabe, quem tem inspiração…”.

Acredito que até os maiores e melhores compositores já fizeram um montão de “músicas” das quais não querem nem lembrar. Ou seja, tiveram que aprender a compor.

Evidentemente, há os mais inspirados, com uma facilidade maior com palavras, melodias, acordes e assim por diante. Mas o fato é que mesmo para estes, a música não “cai do céu”. Nenhum compositor “recebe” através de sua inspiração uma música pronta.

Em primeiro lugar, um compositor tem a mente voltada para a música. Em qualquer lugar, a qualquer hora, surge uma frase, por exemplo, que logo ganha uma melodia, na mente do compositor. A partir deste fragmento de música, o compositor desenvolve então o restante, transformando aquela simples frase numa canção. Creio que muitos, talvez a maioria, utilizem este método.

Evidentemente, a motivação para a criação daquele primeiro “pedaço” de música, pode vir de muitos fatores e circunstâncias diferentes. Algo que você (agora o compositor já é você!) viu, ou aconteceu com você. Algo simplesmente inventado. Você pode “inventar” uma história de amor, de abandono, de alegria, tristeza, qualquer coisa. Ou alguma situação vivida por um amigo, conhecido.

Esta é a inspiração. Está à sua volta o tempo todo. Basta aprender a buscá-la, captá-la. Depois transformá-la em música.

Aprendendo a fazer uma música

Portanto, como você já deve ter deduzido, a inspiração é apenas uma pequena parte da composição musical. Se parar por aí, você não tem uma música. Tem um refrão, uma pequena parte da música. Mesmo que seja a mais importante, como o refrão, por exemplo. Mas um refrão sozinho não faz uma música.

A segunda parte é a mais trabalhosa. Dar vida à música. Construir as diversas partes. Ligar uma parte à outra harmoniosamente. Dar início, meio e fim. Tudo bem, há “canções” pululando por aí, sem nada disso. Começam no nada e vão a lugar nenhum. Mas aí já é outra conversa. Para outra ocasião.

Você não pode “aprender” inspiração, é verdade. Mas pode aprender a buscá-la. Não adianta ficar sentado num canto, com violão e papel esperando que a inspiração venha. Você precisa buscá-la.

A segunda parte do ato de compor uma música, o trabalho duro, a estruturação da música, pode ser aprendida. Pode e deve. Compor não é uma atividade desprovida de regras, como muitos podem pensar. Vez por outra estas regras podem até ser quebradas. Mas você só pode quebrar uma regra após aprendê-la.

Há compositores que desprezam totalmente estas regras? Há. Fazem sucesso? Às vezes sim. Na maioria das vezes não. A esmagadora maioria das músicas que fizeram muito sucesso, obedece pelo menos à maioria das regras.

Uma das regras mais desprezadas por muitos compositores, é a seguinte:

Fazer música para outros, não para si próprio

Tenha em mente isto: ninguém está interessado em você, na sua vida, nas suas alegrias ou tristezas, nos seus problemas, vitórias. É duro, mas é verdade. Cada qual está interessado em sua própria vida. Quando você compõe e canta para si mesmo, está dizendo: “tou defecando e caminhando pra você, escute só que legal esta passagem da minha vida…”. Caboclo ouve menos de um minuto da sua música e até logo, um abraço, te vejo amanhã!

Pense naquela canção que você mais gosta. Ela te diz algo. Muitas vezes parece que o compositor fez aqueles versos pensando em você, é ou não é? Você se identifica com a música, com a história contada. Parece que é a sua história. Acredite, ao compor aquela música, o compositor não estava pensando em si mesmo (pelo menos na maioria dos casos). Estava pensando em milhares (senão milhões) de pessoas que passam por aquela situação. Daí o sucesso. Milhares e milhares de pessoas identificam-se com a história. A música foi feita para aquelas pessoas. Não para o compositor, não para mostrar como o compositor é “cabeça”.

Aí está portanto uma pequena dica de como se deve compor música. Mas sobre o assunto no próximo post.

Para saber mais sobre como compor uma música, visite www.compositor.begelivrosemusica.com.br