Olá!
Ca estamos nos de volta a "casa". Não sei o que vos diga... Foram 2 anos a morar ai em Portugal e o sacrifício que exigiu de todos foi algum e o trabalho imenso. Na semana anterior a voltar não podia ter estado mais contente! Aliás, estávamos todos. O Kyle não parava de falar em voltar e eu não via a hora de estar em "casa".
Finalmente acabei o 12. Para muitos se calhar não significa nada. Para mim e sinal de que não desisti e que quem dizia que nunca ia acontecer depois de ter tido o Kyle, estava errado.
Agora posso continuar a minha educação, seguir para a uni e tirar o curso que quero.
Foi engraçado. Tive colegas excelentes, tive professores impecáveis, pessoal auxiliar 5 estrelas. Algumas dores de cabeça, lagrimas e risos. No fim, um balanço positivo.
O Kyle teve a oportunidade de viver ai por um tempo e de experimentar certas coisas que aqui não pode, a minha avo pode vê-lo mais vezes do que doutra maneira. Ai tínhamos a nossa rotina, ele tinha os amigos dele...
Quando voltamos foi definitivamente um choque. Eu nunca tinha tido filhos ai. Só aqui. Portanto isto era o melhor que conhecíamos e nunca nos queixamos.
Depois fomos para ai e as coisas mudaram. Agora já notamos a falta de um parque ao pé de casa (o mais perto e a 30 minutos de autocarro) para ir todos os dias como íamos brincar com outras crianças. Durante as ferias aqui não ha nada que se faca. Durante o tempo escolar ha muito, mas agora?
Sentimos falta de ir nos nossos passeios depois de jantar ir dar cenouras aos cavalos, biscoitos e comida aos cães e gatos que precisavam, dar umas festinhas aos animais do canil, ver os barcos no cais... enfim!!!
Aqui mantivemos o habito das caminhadas por uma semana depois de voltarmos. Depois já não éramos capazes de ter vontade de ir... Para que? Ver casas? Sempre pelas mesmas ruas? Ninguém gostava e ninguém se divertia.
Estamos de volta ha 3 semanas. Parecem 3 anos.
Visto que as únicas coisas aqui que gostamos contam-se pelos dedos de uma mão decidimos ir embora. Foi uma decisão difícil mais por causa da casa onde pusemos tanto trabalho (eu gosto muito da minha casinha!) mas nos também já sabíamos que íamos ter de mudar de toda a maneira devido ao aumento súbito e desmesurado da família! Portanto... devemos estar na Holanda na semana a seguir a 28 de Julho para ver as áreas, casas, falar com o banco, com escolas, etc.
Não e que lá fosse a minha primeira opção... mas neste momento e a melhor e a mais realista. Portugal fica no entanto como um plano B em caso de emergência.