quarta-feira, 25 de maio de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Trabalho De Inglês

 
Componentes: iza viviane e ludmila frança
Serie :9° ano ´A`
Assunto:1°- copa 2014
             2°- o uso da tecnologia na aprendizagem de lìnguas
             3°- campanha da fraternidade
             4°- o crescimento econômico no Brasil 



                                               A Copa Do Brasil 2014

      
A Fifa já não esconde mais sua preocupação com a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Pela segunda vez em apenas um mês, o presidente da federação, Joseph Blatter, disse publicamente que está apreensivo com a possibilidade de o Brasil não estar pronto para realizar o Mundial dentro de três anos. Em uma entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, em Genebra, o cartola não deixou dúvidas em sua avaliação: para ele, o país está atrasado nos preparativos para o torneio.

O Brasil foi confirmado como sede do Mundial de 2014 em outubro de 2007, pouco menos de sete anos antes da data prevista para o começo do evento. Nunca nenhum país tinha sido escolhido com tanta antecedência para receber uma Copa. Ainda assim, a possibilidade de atraso nas obras para a festa sempre foi uma preocupação dos brasileiros - temor que sempre era desmentido pela CBF e pela Fifa. No ano passado, por exemplo, Blatter disse várias vezes que estava tranquilo.

Neste início de ano, o discurso mudou. No começo deste mês, o presidente da Fifa já tinha afirmado que a demora nas obras - principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo - era motivo de alarme. Na entrevista desta segunda, Blatter voltou a falar sobre as duas cidades. Na primeira, o Maracanã já está em obras, mas o ritmo é lento - e falta avançar nos trabalhos de infraestrutura. Na segunda, a construção do futuro estádio do Corinthians em Itaquera ainda está longe de começar.

"Se continuarem trabalhando nesse ritmo, não teremos partidas no Rio e em São Paulo quando acontecer a Copa das Confederações, um ano antes do Mundial", avisou Blatter. O torneio é considerado um grande ensaio geral para a Copa, e a Fifa costuma usar o evento para avaliar o grau de preparação do país-sede a um ano da maior festa esportiva do planeta. Na África do Sul, a Copa das Confederações transcorreu sem problemas em 2009 - e, em 2010, a Copa foi bem sucedida.

Blatter citou o exemplo dos próprios sul-africanos para criticar os brasileiros nesta segunda. "Se fizermos uma comparação entre a África do Sul e o Brasil três anos antes do Mundial, o Brasil está atrás, sem dúvidas. Eu não deveria dizer isso, mas é um fato", avisou. Por fim, o presidente da Fifa deu um recado inequívoco ao Brasil e à CBF: "A partir de agora, esperamos um pouco mais de rapidez do Brasil, porque, por enquanto, o país não está avançando na velocidade que deveria."






o uso da tecnologia na aprendizagem de linguas


A PESQUISA SOBRE INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS MEDIADAS PELO COMPUTADOR




Este texto traz reflexões sobre a pesquisa no campo da interação e da aprendizagem de línguas mediadas pelo computador e apresenta um levantamento de investigações, no Brasil e no exterior, com foco nos métodos de pesquisa. Através desse mapeamento, são identificados os instrumentos que têm sido mais utilizados para se estudarem os temas recorrentes, tais como o impacto das novas tecnologias na aprendizagem de línguas no ambiente virtual; a interação on-line; a elaboração e a avaliação de materiais didáticos. É feita ainda uma reflexão sobre a adaptação dos métodos de pesquisa tradicionais para o contexto digital e sobre a ausência de uma base teórica específica para as pesquisas da área.
Palavras-chave: pesquisa; interação on-line; aprendizagem de línguas em ambiente digital


This paper presents a discussion on computer assisted language learning and online interaction in an attempt to identify the research methods which have been used for investigations carried out in Brazil and abroad. This research mapping reveals the main research tools which have been used in the study of recurrent themes, such as the impact of technology in language learning in the virtual environment; on-line interaction; material development and material evaluation. The adaptation of traditional research methods for the digital context and the absence of specific theoretical support for that area are also discussed.
Key words: research; online interaction; computer assited language learning


            É crescente o interesse dos pesquisadores pela interação e a aprendizagem de línguas mediadas pelo computador. Esse interesse se revela na crescente produção de dissertações e teses nos programas de pós-graduação, tanto em estudos lingüísticos quanto em lingüística aplicada. No Programa de Pós-graduação em Estudos Lingüísticos da UFMG, para nos limitarmos a um exemplo apenas, já foram conduzidas as seguintes pesquisas: A colaboração on-line como subsídio para o desenvolvimento profissional de professores de línguas; A Internet como ferramenta auxiliar em sala de aula de língua inglesa: percepções de duas professoras; O “chat” em língua inglesa: interações nas fronteiras da oralidade e da escrita; Concepções sobre leitura e suas implicações práticas encontradas na elaboração de um curso on-line; Leitura em ambiente multimídia e a produção de inferência; Mecanismos de edição e de auto-edição interacional: mal entendido e reparo na interação via e-mail em contexto educacional; Aprendizagem de línguas em Tandem: estudo da telecolaboração através da comunicação mediada pelo computador; Leitura em ambiente multimídia: a produção de inferências por parte do leitor a partir da compreensão de hipertextos; Internet: novas perspectivas noensino/aprendizagem de francês língua estrangeira; Percepção de aprendizes da primeira série do ensino médio sobre a integração da internet à sala de aula de inglês: um estudo de caso; Aprendizagem de Línguas em Regime de Tandem via E-mail: colaboração, autonomia e estratégias sociais e de compensação; Aprendizagem de Língua inglesa via Internet: estratégias de aprendizagem e manifestações da autonomia do aprendiz; A construção do CiberProfessor para o Ensino de Língua Estrangeira: qual a distância entre a teoria e a prática?; Do quadro de giz para a tela do computador.
A Internet é um excelente instrumento para coleta de dados e, como lembram os sociólogos Mann e Stewart (2002, p. 5), citando Walther (1999, p.1), “a pesquisa na Internet não se restringe ao estudo do comportamento on-line (o que as pessoas fazem em ambientes virtuais e mediados), mas inclui também ferramentas próprias e seus usuários para se estudar o comportamento humano em geral.”
Para exemplificar este último caso, os autores citam pesquisas, cujos dados foram coletados através da comunicação mediada pelo computador (CMC), minimizando restrições de tempo, espaço e dinheiro.  Esses estudos foram feitos com participantes em diferentes continentes, possibilitando aos pesquisadores ouvir as vozes de pessoas portadoras de necessidades especiais e grupos marginalizados, como pais homossexuais, por exemplo, que tiveram suas identidades preservadas em função do tipo de tecnologia utilizada.
Mann e Stewart se qualificam como pesquisadores qualitativos ativos e têm conduzido, com sucesso, projetos de pesquisa em longa escala, utilizando CMC para a coleta de dados. Mann foi responsável por uma investigação, na Universidade de Cambridge, sobre experiências sociais e acadêmicas de duzentos graduandos. Em vez de encontrá-los face a face, optou por entrevistas semi-estruturadas on-line e diários on-line. Os autores relatam também que Stewart, em parceria com Eckerman, conduziu um estudo sobre percepções sobre riscos de vida utilizando grupos focais on-line e teve como participantes jovens nas Ilhas Fiji, China, Austrália e Malásia. Tal abrangência só foi possível graças à interação via Internet.
            A CMC possibilita coleta de dados de forma rápida e econômica, pois podemos reunir, em pouco tempo, uma grande quantidade de informações, englobando muitos informantes ou participantes. No entanto, se, por um lado, vencemos barreiras de tempo e espaço, nem sempre temos o retorno esperado. É comum que muitas pessoas contatadas não respondam, especialmente, quando o pedido é feito em listas de discussão com grande número de pessoas desconhecidas e, por isso mesmo, sem compromisso de colaborar com o outro e sem risco de receber cobrança pessoal. Isso não quer dizer, entretanto, que a coleta de dados na forma tradicional seja sempre uma tarefa bem sucedida e sem problemas. Não há como negar, no entanto, que o universo pesquisado fica muito mais restrito quando a coleta é face a face.
            O anonimato possibilitado pela Internet é outro aspecto que apresenta dois lados da mesma moeda. Por um lado, faz com que as pessoas contribuam de forma mais espontânea, principalmente quando confrontadas com perguntas embaraçosas e que seriam constrangedoras em interações face a face. Por outro lado, em alguns contextos, não temos certeza, sequer, sobre o gênero da pessoa com a qual estamos interagindo em salas de chat ou ambientes de web board ou fórum, por exemplo. Assim, esse “eu virtual” pode ser uma dificuldade para a confiabilidade dos dados, pois identidades são escamoteadas ou projetadas quando interagimos com o outro, com maior ênfase quando estamos mediados pelo computador.
            Mann e Stweart (2000, p. 22) acreditam que a coleta de dados com ferramentas da Internet elimina a possibilidade de transcrições tendenciosas, pois substitui a paráfrase ou sumários das falas dos participantes pelo pesquisador. Além disso, os autores lembram que é caro pagar pelas transcrições (quando esta é a opção), pois demandam muito tempo para serem realizadas. Acrescentam ainda que as entrevistas digitais são verbatim e nada é deixado de fora.
            Outras vantagens dos dados coletados digitalmente são: a possibilidade de transformação de dados digitais textuais em arquivos de som ou vice-versa e em texto impresso; a facilidade na manipulação de muitos dados através de palavras-chave, contagens de palavras, classificações, inserção de comentários, etc; e a facilidade de armazenamento e de transferência de dados.
Mann & Stewart (2002, p.189) indagam se CMC é um modo eficaz de pesquisa e eles mesmos respondem, dizendo que a CMC tem a vantagem de congregar traços da linguagem oral e da linguagem escrita, possibilitando o acesso aos significados no nível do envolvimento interpessoal (associado à interação oral) e a expansão do pensamento (associado à modalidade escrita).
No entanto, Paccagnella (1997:10) adverte que “não é seguro considerar esses dados como um tipo de realidade objetiva congelada pelo computador. As mensagens arquivadas e os registros são representações do fenômeno on-line na percepção dos participantes”. Ele lembra, ainda, que “esses registros ignoram as experiências reais dos participantes em seus próprios teclados, em suas casas, em várias partes do mundo”.
O meu interesse, neste trabalho, é ver como estão sendo conduzidas as pesquisas que investigam os comportamentos on-line em contextos de interação ou de aprendizagem mediadas pelo computador. Pretendo verificar se novos conceitos e categorias de análise surgiram ou se os pesquisadores continuam recorrendo aos construtos dos ambientes presenciais.
Os pesquisadores na área de línguas têm utilizado em suas investigações, tanto em trabalhos sobre interação quanto sobre aprendizagem, teorias geradas por dados empíricos de contextos face a face, tais como a análise conversacional, a lingüística textual, e vertentes diversas da análise do discurso. Até o momento, não foi feita nenhuma avaliação da pertinência desses suportes teóricos.
Levy (2000, p.184) levanta uma questão relevante em relação às pesquisas descritivas que têm como ponto de partida os arcabouços da pesquisa de fenômenos face a face. Segundo o autor, até podemos recorrer aos instrumentos da pesquisa sobre interação face a face, mas nos aconselha a ter cautela com os mesmos, pois eles podem ser inadequados devido ao surgimento de novos fenômenos. Para exemplificar, ele traz o exemplo do chat:
Considere as qualidades específicas do chat na Internet comparada com a conversa face a face. Na sala de chat, são necessárias as habilidades de digitação e a conversacional simultaneamente, mas a interação é escrita. Como a habilidade de digitação varia muito, há uma tendência de alta tolerância aos erros no chat. Os usuários devem ter também habilidades conversacionais. Os turnos são estritamente seqüenciais – não há sobreposições – e as respostas podem aparecer separadas das perguntas com as quais se relacionam. A compreensão da leitura é o ponto crítico e não as habilidades de compreensão oral. A ‘conversa’ que resulta desse ambiente tem seu próprio ritmo e sua própria dinâmica, que são muito diferentes da conversa face a face. Há muitas variáveis em jogo e a pesquisa atual apenas arranha a superfície.

Levy tem razão ao suspeitar que as categorias já estabelecidas para a análise das interações face a face não sejam totalmente adequadas. A interação no ambiente digital, mesmo guardando semelhanças com a conversa face a face, apresenta muitas diferenças. Ele afirma, por exemplo, que não ocorrem sobreposições nas interações virtuais. No entanto, mesmo sentindo falta de uma terminologia melhor, considero que, no ambiente digital, temos fenômenos semelhantes. Cito como exemplo, o fato de pessoas digitarem seus ‘enunciados’ ao mesmo tempo, ou, ainda, atrasos na publicação desses enunciados, devido a características da própria máquina que interfere na organização textual. Esses textos, quando aparecem na tela, nem sempre guardam relação icônica com os tempos de produção dos enunciados. Enfim, é necessário, observar esse e outros fenômenos mais de perto e entender o que está acontecendo a partir deles mesmos e não através de categorias já postas, mesmo sendo elas bons pontos de partida. É necessário investigar se o que acontece na CMC é semelhante à interação face a face ou se existem outros tipos de fenômenos que não podem ser compreendidos pelas categorias pré-existentes.

A pesquisa etnográfica virtual ou a etnotecnologia

Se queremos investigar as várias situações de CMC, uma pergunta relevante seria “o que está acontecendo aqui?”, pergunta típica das pesquisas de orientação etnográfica.
Na pesquisa etnografia clássica, o pesquisador se integra à comunidade pesquisada durante um bom período, Ele observa o que está acontecendo, faz perguntas e coleta todos os tipos de dados possíveis. Seria esse tipo de investigação apropriada ao ambiente virtual? Hine (1998) assegura que sim ao ver a Internet como um contexto social e ao mesmo tempo como um artefato cultural. Ela propõe investigar não somente “como as pessoas usam a Internet, mas também as práticas que tornam aqueles usos da Internet significativos em contextos locais”. Hine afirma que a Internet proporciona conexões complexas e permite ao etnógrafo transitar por vários contextos culturais. Segundo ela, “a idéia de uma etnografia em sites múltiplos é, certamente, provocativa para um estudo de uma tecnologia ubíqua como a Internet” (p. 5). Ao denominar esse tipo de pesquisa de “etnografia virtual”, Hine atribui ao termo virtual vários significados: incerteza em relação a tempo, espaço e presença e um certo sentido de incompletude, ou seja, do “quase” em oposição ao estritamente “real”.
Guribe e Wasson (2002) também discutem a etnografia em contextos híbridos para investigar as práticas do uso das tecnologias em organizações e como as características do sistema ajudam ou atrapalham o que as pessoas fazem. Os autores chamam a atenção para dois aspectos importantes a serem considerados nas pesquisas etnográficas em ambientes virtuais de aprendizagem: o contexto como sendo composto do que ocorre on-line e off-line e a tecnologia em ação, ou seja, o conjunto de ferramentas, configurações, e limitações do sistema.

Tenho que concordar que o ambiente virtual, entendido como conjunto de ferramentas e normas de uso (ex. bloqueio de alguns sites e ferramentas), pode ser impactante na interação assim como em outras situações que acontecem off-line e que fogem à observação do pesquisador.
            Nas disciplinas que ministro a distância, por exemplo, é comum os alunos reclamarem de problemas com conexão em alguns horários específicos; da dificuldade de acessar alguns sites por limitações do equipamento; da falta de determinados softwares, de browsers desatualizados; ou de envios mal sucedidos de seus e-mails devido a bloqueios de provedoras. Esse último problema, geralmente, ocorre em função de uma política de proteção contra spams (mensagens indesejáveis) que acaba barrando qualquer mensagem originária de provedoras de onde teriam originado os supostos spams. Outros alunos mudam o endereço eletrônico e se esquecem de avisar a secretaria do curso que, por sua vez, repassa ao professor um endereço desatualizado. Além disso, o professor ou pesquisador não tem acesso às trocas interacionais fora dos grupos por ele criados ou dos eventuais encontros presenciais entre alguns participantes, o que pode significar uma perda de dados significativa. Acostumados à pesquisa em contextos tradicionais, os pesquisadores, geralmente, se lembram de detalhar uma série de fatores, tais como sexo, idade, escolaridade, etc, mas se esquecem de descrever o contexto tecnológico em que o participante da pesquisa está inserido. Uma pergunta surge no caso da etnografia virtual. Como saber o que o aprendiz está fazendo fora dos ambientes virtuais institucionalizados? Como traçar o seu percurso no ciberespaço? Alguns ambientes virtuais oferecem meios para o registro da hora, tempo de conexão, relatórios dos hiperlinks ou páginas do curso percorridas, mas não podem registrar o que os alunos fazem quando salvam as páginas e estudam off-line. Essas e outras questões precisam ser problematizadas quando se pensa em pesquisa etnográfica em ambiente virtual.
Como vimos, têm sido utilizados para esse tipo de pesquisa não apenas arcabouços teóricos da interação e da aprendizagem face a face, mas também instrumentos de coleta típicos daquele contexto. A pesquisa com corpora, talvez seja a única que tem características próprias do meio eletrônico, as demais são semelhantes ou são adaptações de pesquisas em contextos tradicionais, sejam eles educacionais ou não.
Talamo & Ligorio (2002, p.3) aconselham pesquisar o impacto da tecnologia nos pequenos grupos sociais e sobre suas potencialidade e limites que denominam de etnotecnologia. Segundo elas, o termo foi proposto por Gaudin (1978, 1988)que identificou um descompasso entre o uso das tecnologias e as funções desenvolvidas por seus criadores. Etnotecnologia é definida como “o estudo do uso concreto das soluções tecnológicas” (Tálamo e Ligorio, 2002, p. 6) e, citando (Orlikowski and Yates, 1994), as autoras acrescentam que “ do ponto de vista cultural, toda forma de comunicação envolve todos os participantes em um processo situado, interpretativo e coletivo de significados compartilhados”.
Pode-se concluir, pois, que a etnotecnologia pode nos revelar, entre outras coisas, como as tecnologias são exploradas, que potencialidades são ignoradas, e ainda que adaptações são feitas pelos usuários. Talamo e Ligório (2002: p. 7) afirmam que:

campanha da fraternidade 20011

Campanha da Fraternidade 2011


Este é um texto que fala um pouco mais sobre o tema da Campanha da Fraternidade,e sobre a questão do aquecimento global e suas consequências que hoje em dia nos preocupa tanto.
A Campanha da Fraternidade de 2011aborda o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas. A considerar as intempéries climáticas que estão sistematicamente assolando as populações,de forma cada vez mais intensa e em quantidade sempre crescente, a temática é plenamente justificável.
No entanto,é necessário dizer que a questão é envolta de polêmicas.A causa desse desequilíbrio climático é discutida pelos pesquisadores e basicamente existem dois grupos.Há os que entendem que o aquecimento global é oriundo de processos da própria natureza e os que afirmam que o planeta está apresentando aquecimento devido ás grandes quantidades de emissões de gases de efeito estufa, que se intensificarem a partir do momento da industrialização de muitos países, ou como alguns preferem, é resultante de causas antrópicas.
A resolução deste impasse nos meios especializados não parece ser fácil, e nem pretendemos resolvê – lo.Mas uma coisa é indubitável,nossa experiência constata que mudanças climáticas estão em curso e que já alteramos substancialmente o planeta.E, considerando que o clima da Terra é resultante, em parte, da interação dos seres que o habitam, torna – se difícil negar que alterações, como as derrubadas de florestas, modificações nas águas marinhas e na atmosfera, que recebeu uma carga imensa de gases de efeitos estufa, não contribuam para mudanças climáticas que verificamos.
E a considerar a gravidade da situação e de suas consequências, basta citar que os orgãos da ONU já falam na existência de 50 milhões de “migrantes do clima”, não podemos deixar de agir em prol de melhores condições para o nosso planeta.Sobretudo, porque, o aquecimento global e as mudanças climáticas exigirão mais sacrifícios dos mais pobres e menos protegidos.Cruzar os braços diante de tal desafio significa irresponsabilidade tamanha para com as gerações futuras, pois ainda podemos fazer algo em prol da vida do planeta.
Neste sentido, a identificação das ações que mais emitem gases de efeito estufa é um passo importante para buscarmos alternativas que resultem em menores índices de emissões de gases efeito estufa, como pretendemos com o texto.
E que a palavra de Deus e a caminhada quaresmal rumo a Páscoa do Senhor Jesus Cristo possam nos despertar para o exercício do cuidado para com a vida do planeta que pede socorro.

O crecimento econômico no brasil



Crescimento Econômico 1997 a 2010

Nossos estudos anteriores mostravam as limitações para o crescimento Brasileiro. Reformulamos o modelo para apontar os caminhos para crescer. A tendência pós Real agravou as dificuldades de crescimento. Só é possível crescer incrementando a poupança interna e melhorando a produtividade do capital.
As projeções aqui apresentadas foram extrapoladas até o ano 2020. Consideramos o modelo mais adequado para projeções de médio prazo que se limitariam ao ano 2010.
O Crescimento Possível
Em 1995 quando foi redigido o livro Brasil: O Crescimento Possível (Editora Bertrand do Brasil – 1996) havíamos previsto um crescimento econômico para os próximos anos limitados a 4% ao ano, a menos de substanciais correções na trajetória econômica.
Sem essas correções um crescimento razoável só seria possível mediante transferência do exterior significativas que, no modelo baseado nas contas nacionais, significaria aceitar um déficit na balança de mercadorias e serviços. Projetamos limites superiores e inferiores do crescimento em função dessa transferência do ou para o exterior.
Para a transferência para o exterior de cerca de –2% (aporte externo líquido de bens e serviços correspondentes a 2% do PIB), como verificada nos três últimos anos, projetávamos um crescimento entre 2,5% e 4,3% o que foi considerado, na ocasião, como extremamente pessimista já que acreditava-se que o Brasil estava entrando em um novo ciclo de crescimento sustentado. Chamamos a atenção que o ingresso de recursos que permitiram este crescimento não seria sustentável no médio prazo.
O crescimento médio nos três últimos anos foi de 3,3% e deveremos fechar o quadriênio com um crescimento de cerca 3% ao ano.
A principal limitação apontada no livro era a escassez de investimentos e uma produtividade de capital em queda. Divergíamos substancialmente das avaliações em voga sobre a taxa de investimentos necessária para crescer. Acreditávamos, entretanto, na continuidade do crescimento da poupança territorial – com a correspondente redução da taxa de consumo - que favoreceria o crescimento futuro. Esta tendência se reverteu nos últimos anos o que dificulta ainda mais o crescimento.
As projeções de e&e para os próximos anos
A partir dos dados de 1947 a 1996 e utilizamos os disponíveis para 1997 avaliamos as perspectivas de crescimento econômico do Brasil nos próximos 10 anos. Em função das hipóteses de entrada pode-se chegar a diferentes taxas de crescimento para a economia.
Isto faz parte do esforço da equipe e&e no sentido de tornar disponível aos nossos leitores e parceiros os instrumentos para projeções econômicas e energéticas que é nossa área principal de atuação.
Diferentemente do esforço anterior (do livro) em que consideramos um cenário inercial e outro com alguma otimização, mas seguindo as mesmas tendências, trataremos aqui de um cenário que inclui uma política explícita de incremento na produtividade do capital. Este cenário será contraposto ao inercial.
Esta abordagem foi encorajada pela, em nossa avaliação, deterioração do modelo atual que não deixa antever o crescimento econômico que a sociedade brasileira necessita.
O crescimento dentro da tendência atual (inercial) e no cenário modificado
O modelo de projeção adotado – descrito no livro – condiciona o crescimento a três fatores principais. A poupança territorial P (parte do PIB não consumida), a produtividade do capital c (relação produto/capital) e as transferências ao exterior T.
As duas primeiras grandezas (P e c) são extrapoladas a partir do comportamento histórico. Na presente abordagem introduzimos a hipótese de uma mudança nas tendências históricas através de suposições dos valores limites. Nesta adaptação contamos com a colaboração de nosso colega Eduardo Marques que vem trabalhando com o modelo em outros cenários e em uma versão que permite a construção em microcomputador e através de um processo visual iterativo de diferentes cenários.
A transferência T é introduzida exogenamente e monitorada através de outros parâmetros econômicos notadamente o passivo externo líquido acumulado. Este passivo pode ser avaliado para diferentes valores da taxa de remuneração do capital.
O investimento  I  é, em cada ano resultado da poupança territorial menos os recursos transferidos para o exterior, ou seja:
          I = P - T
algebricamente, quando as transferências líquidas são negativas, o investimento resulta da poupança territorial mais as transferências do exterior. Projetando-se P e T projeta-se também I.
A partir de hipóteses sobre o estoque de bens de capital inicial quando foi iniciada a apuração das contas nacionais (1947), dos dados históricos de formação bruta de capital fixo do IBGE e de hipóteses de depreciação ou sucatamento desses bens obtém-se, para cada ano o estoque de capital K histórico e projetado.
A produtividade de capital é levantada para o passado a partir dos valores conhecidos do Produto Interno Bruto ( Y ) e do estoque de bens de capital. Projetando-se a produtividade tem-se o valor esperado do produto. Leva-se ainda em conta o efeito multiplicador do ingresso líquido de bens e serviços sobre o PIB (proporcional a -T).
Partimos do princípio que a limitação fundamental para o crescimento no médio prazo esta relacionada a capacidade de produzir expressa pelo capital bruto acumulado. A conjuntura econômica e financeira faz variar a produção em torno de um uso médio da capacidade instalada. As projeções baseiam-se nessa média (não são projeções de máximo).
A Poupança Territorial
A fração não consumida do PIB, poupança territorial, é uma grandeza importante para a projeção da economia do País porque indica a disposição da população a renunciar ao consumo. Fundamentalmente esta poupança destina-se ao investimento ou remessa ao exterior (na forma de saldo em bens e serviços).
A tendência ao crescimento sistemática deste parâmetro vinha sendo um fator positivo nas expectativas de crescimento. Os valores extremos, relativos a 1988 e 1989, são devidos a distorções nos preços relativos como mostram os valores a preços constantes (de 1980).
Nossas projeções anteriores apostavam na manutenção desta tendência de crescimento da poupança territorial..
A partir do início da década de noventa, e particularmente após o plano Real, houve queda deste indicador da propensão a poupar. Embora não se disponha dos valores a preços de 1980, os dados do IBGE com referência aos preços vigentes no ano anterior mostram que a queda observada é real.
A queda neste indicador compromete as perspectivas de crescimento já que resulta em um investimento apenas suficiente para um crescimento mínimo do PIB per capta.
Na figura vemos a projeção deste parâmetro para dois cenários. No cenário "inercial" seria mantida a tendência dos últimos anos. Mesmo neste cenário consideramos uma reposição da taxa de poupança nos próximos anos até sua estabilização em torno de 20% do PIB ao ano.
No cenário "modificado", a poupança territorial retomaria a tendência "pré Real". Adota-se o melhor ajuste para os dados até 1994 prevendo-se alcançar – no longo prazo – uma taxa de poupança territorial de 28% do PIB. Considerou-se que o retorno à tendência anterior dar-se-á no horizonte dos próximos quatro anos.
Esta mudança, mesmo significando uma retomada da tendência anterior, implica um ajuste a partir de 1999 onde deverá haver alguma restrição ao consumo e estímulo ao investimento.
É sempre bom lembrar que no conceito das Contas Nacionais, adotado no modelo, investimento é associada a formação bruta de capital fixo, ou seja, ao aumento ou renovação do estoque de máquinas, equipamentos, bens de construção civil e outros. O chamado investimento financeiro ou especulativo, sobretudo em uma economia como a brasileira onde sua principal função é financiar a dívida pública, pouco tem a ver com o investimento que estamos nos referindo.
O Estoque de Capital
O estoque de capital surge dos dados da acumulação dos investimentos, expressos pela formação bruta de capital fixo das contas nacionais, acumulados ao longo do tempo. Este capital é depreciado seguindo uma curva de sucatamento diferente para bens de construção civil e máquinas e equipamentos (e outros).

Destes dados resulta o estoque de capital expresso em termos relativos ao PIB de 1980. Também indicamos os valores em dólares de 1997 embora consideremos – como a maioria dos analistas – ser este um valor artificial do câmbio.
Produtividade de Capital
A produtividade do capital resulta da divisão dos valores do PIB pelo valor do estoque de capital representado acima. A figura seguinte representa a produtividade de capital assim obtida. Pelos dados foi ajustada uma logística que pode ser utilizada nas projeções.
 
Em artigo anterior mostramos que a queda na produtividade de capital não é um fenômeno isolado da economia brasileira (e&e No 1). Ela foi marcante em países como a Coréia do Sul e Japão. A Coréia que, nos meados da década de sessenta, investia cerca de 18% do PIB para crescer 10% ao ano estava investindo, na década de oitenta, 30% do PIB para crescer os mesmos 10%. No início da década de 90 mesmo investindo 35% do PIB não alcançava este crescimento. O Japão que manteve durante mais de 3 décadas um investimento da ordem de 30% do PIB conseguia crescer 10% na década de sessenta e menos de 5% na década de oitenta.
Na década de sessenta o Brasil investia cerca de 16% do PIB para crescer 6% ao ano. Na década de oitenta o Brasil investia cerca de 22% do PIB e só crescia 2%.
Consideramos como inercial a alguma perda de produtividade de capital evoluindo para um valor de 0,35 (melhor ajuste para dados passados) e, no cenário modificado, atingiria um valor de 0,40 (razão capital/produto 2,5). Esta diferença de 12,5% entre uma hipótese e outra modifica fundamentalmente as projeções de crescimento da economia. Este ganho de produtividade - cujo valor não chega a impressionar - significa, no entanto, mudanças significativas na política econômica e no sistema produtivo. Provavelmente será mais fácil alcançar progressos na produtividade de máquinas e equipamentos que a de bens de construção civil que constituem a parte mais significativa do estoque de capital (76% em 1997).
Incrementar a poupança territorial e a produtividade de capital são os pilares fundamentais de uma política de crescimento econômico para os próximos anos.
Transferências para o Exterior
É fácil entender que a entrada de capitais cria possibilidades de investimentos. Inversamente a saída de capitais limita este investimentos. Como o Brasil não produz divisas, no médio prazo, a entrada de capitais corresponde a um déficit na balança de bens e serviços e a saída de capitais a um superávit.
As transferências para o exterior influem diretamente no crescimento econômico. Essas transferências não são fruto, porém, de vontade política. Em países, como o Brasil, com um mercado interno com vasto potencial de aumento de demanda, os excedentes são, em grande parte, produto de restrições ao consumo tanto de bens produzidos no país como o de importados. A política econômica interna tem que se ajustar para produzir os saldos na balança de bens e serviços.
Os dois cenários não diferem muito em relação a estas transferências. Chega-se, em ambos os cenários, a 2010 com um saldo na balança comercial de 2% do PIB que é mantido nos anos seguintes. Isto significa uma transferência para o exterior de cerca de 1,1% do PIB.
A entrada contínua de capital externo em valores líquidos só ocorre como cenário provável em mentes irresponsáveis. Os investimentos diretos pressupõem envio de dividendos assim como os financeiros de juros. Não se deve esperar em países devedores ou com parte significativa de seu capital em mãos de aplicadores externos senão um fluxo negativo de capital no médio prazo.

As projeções
As tabelas seguintes resumem o crescimento econômico nos dois cenários. O PIB esperado ainda leva em conta o efeito multiplicador das transferências sobre a atividade econômica global do ano (para evitar iterações usa-se a transferência projetada para o ano anterior). Esta correção, explicada no livro citado, leva em conta, por um lado o efeito multiplicador na economia de um excedente de importações sobre exportações pelo valor agregado localmente aos produtos importados. Analogamente a exportação de um produto (principalmente intermediários) interrompe a cadeia de produtos e serviços associados com sua integração na cadeia produtiva e com os serviços associados ao seu consumo.
Cenário: inercial
Variável
Unidade
1997
1998
1999
2000
2005
2010
2015
2020
Produtividade de Capital
0,38
0,38
0,38
0,37
0,36
0,36
0,36
0,36
Poupança Territorial
Bi US$ 1997
139
144
153
162
180
188
197
205
Balança Comercial
Bi US$ 1997
-8
-4
-2
0
7
19
20
21
Transferências ao Exterior
Bi US$ 1997
-19
-15
-14
-11
-4
10
10
10
Investimentos
Bi US$ 1997
158
159
167
173
184
177
186
195
Variação
% aa
3,1%
0,6%
4,9%
3,7%
0,7%
-1,1%
0,9%
0,9%
PIB
Bi US$ 1997
803
816
830
840
904
941
984
1027
Variação
% aa
3,0%
1,6%
1,7%
1,2%
1,5%
0,5%
0,9%
0,8%
PIB per capita
US$97/hab
5059
5076
5097
5091
5416
5123
5154
5216
Variação PIB percapita
% ano
1,4%
0,0%
-0,6%
-1,2%
0,3%
-0,5%
0,1%
0,2%
Consumo
Bi US$ 1997
664
672
677
678
724
753
788
822
População
Milhões hab
158,7
160,8
162,9
165,0
166,9
183,6
191,0
196,9
Consumo per capita
US$97/hab
4182
4181
4155
4107
4336
4100
4125
4174
Variação Consumo percapita
% ano
1,7%
0,3%
0,4%
-0,1%
0,3%
-0,5%
0,1%
0,2%

Cenário: modificado
Variável
Unidade
1997
1998
1999
2000
2005
2010
2015
2020
Produtividade de Capital
0,38
0,38
0,38
0,39
0,40
0,40
0,40
0,40
Poupança Territorial
Bi US$ 1997
139
153
177
205
290
366
468
601
Balança Comercial
Bi US$ 1997
-8
-4
0
4
11
28
36
45
Transferências ao Exterior
Bi US$ 1997
-19
-16
-11
-7
-1
16
19
23
Investimentos
Bi US$ 1997
158
168
188
212
291
350
449
579
Variação
% aa
3,1%
6,4%
11,4%
13,2%
4,7%
3,6%
5,1%
5,2%
PIB
Bi US$ 1997
803
822
844
879
1136
1410
1777
2256
Variação
% aa
3,0%
2,4%
2,6%
4,1%
4,8%
4,2%
4,8%
5,0%
PIB per capita
US$97/hab
5059
5114
5181
5325
6808
7681
9303
11458
Variação PIB percapita
% ano
1,4%
-0,4%
-1,6%
-0,4%
3,5%
3,1%
3,9%
4,2%
Consumo
Bi US$ 1997
664
669
667
673
847
1044
1309
1655
População
Milhões hab
158,7
160,8
162,9
165,0
166,9
183,6
191,0
196,9
Consumo per capita
US$97/hab
4182
4163
4096
4081
5072
5687
6852
8404
Variação Consumo percapita
% ano
1,7%
1,1%
1,3%
2,8%
3,6%
3,2%
4,0%
4,3%
Os gráficos seguintes resumem a evolução do PIB esperada, do PIB per capita e consumo per capita



O Passivo Externo Líquido
 A dívida externa é um parâmetro importante na projeção do desenvolvimento do país. No longo prazo ela representa uma limitação ao crescimento já que implica na remessa – sem contrapartida – de recursos ao exterior. É bom lembrar que o crédito externo que a alimenta não é, em si, um fator negativo ao desenvolvimento. Ao contrário, o surto de desenvolvimento dos anos setenta foi acelerado com a entrada de capital – e o correspondente bens e serviços - do exterior.
Se o acréscimo em investimentos permitem um excesso de produção cujo resultado líquido permita superar os encargos dos empréstimos o investimento propiciado pelo crédito exterior pode ter uma resultante benéfica para o país.
No livro Brasil: O Crescimento Possível mostramos que em virtude do choque de juros e das perdas nas relações de troca o resultado positivo da década de setenta já havia sido cancelado na década de oitenta e, no início dos anos noventa, o balanço era bastante negativo, resultando em uma perda equivalente a 13% do PIB anual.
O mesmo pode se passar com os atuais investimentos externos no Brasil ou com a aquisição do estoque de bens de capital pelo capital externo. A remessa de dividendos está, para os investimentos diretos, como o pagamento de juros está para os empréstimos. No caso, o fator de mérito seria o acréscimo de produção líquida que estes investimentos acarretariam em relação as perdas de investimento com a remessa de dividendos.
Para se ter uma idéia da importância que já tem a remessa de dividendos podemos lembrar que o Brasil pagou no ano de 1997 juros líquidos de 10,4 US$ bilhões e remeteu dividendos em um valor líquido de 5,6 US$ bilhões. Ou seja, a remessa de dividendos já representa mais de 50% dos juros.
Do ponto de vista de uma empresa um empréstimo é interessante quando o lucro adicional permite pagar os juros e pagar uma parte do empréstimo. Do ponto de vista global do país o mesmo se aplica. O que o Brasil consegue poupar é, como vimos, da ordem de 20% do PIB ou 7% do estoque de capital. Como a depreciação do capital é de cerca de 11% do PIB ou cerca de 4% do capital os juros ou remessas de capital não podem superar 3% ao ano. Este é o limite de juros (ou dividendos) reais que o País pode remeter dentro da tendência atual (cenário inercial) para que os recursos externos não estorvem o crescimento. Evidentemente este não seria um país viável para os especuladores ou investidores de risco.
Mesmo na hipótese da permanência por mais tempo desses capitais no País isto poderia significar que um percentual crescente da economia nacional poderia estar na mão do capital externo. A permanência do capital aqui, com o reinvestimento dos lucros corresponderia ao não pagamento dos juros: No caso dos juros cresce a dívida externa no caso do reinvestimento cresce o capital que – mais cedo ou mais tarde – remeterá dividendos.
Porisso parece interessante avaliar o passivo externo líquido que existiria nos dois cenários. Este passivo corresponde á adição à dívida externa ao estoque de capital acumulado neste caso tanto físico como financeiro.
A evolução deste parâmetro foi comparada nos dois cenários para uma taxa de remuneração do capital de 6,2% ao ano. O limite considerado razoável em termos de país foi de 40% do PIB ou cerca de 15% do estoque de capital. No ano 2010 este passivo estaria atingindo 80% do PIB ou 28% do capital (cerca 40% do capital em 2020). O País estaria prestes a deixar, definitiva e literalmente, de pertencer aos brasileiros.
É interessante notar que para a taxa de remuneração de capital de 6,2% ao ano (real), que foi adotada – modesta nos padrões dos aplicadores que buscam o mercado brasileiro – não existe nenhum cenário de transferência que coloque sobre controle o passivo externo líquido brasileiro. Uma transferência substancial que poderia reduzir o passivo (numerador) reduz também o crescimento do PIB (denominador) da variável representada no gráfico abaixo.
Conclusões Preliminares
Se já estávamos convencidos, nos meados desta década de que só com uma otimização do modelo vigente conseguiríamos crescer a uma taxa razoável hoje estamos absolutamente convictos de que a continuação do modelo vigente nos últimos cinco anos, com importante aumento de consumo (redução da poupança territorial) e produtividade de capital decrescente é inviável: a política econômica precisa ser mudada.
O primeiro efeito das mudanças estruturais que vieram com a abertura à importação, principalmente dirigida a bens de consumo, foi profundamente negativo para o crescimento econômico. A modernização a qualquer custo representa, por outro lado, perdas na produtividade de capital.
Se algum crescimento econômico foi possível nos últimos cinco anos foi graças ao estoque de capital acumulado anteriormente e pelo efeito multiplicador e complementador das importações (ou do consumo interno dos produtos anteriormente exportados). Este recurso se esgotou e, nos anos de ajuste que inevitavelmente virão será revertido.
A receita para crescer não está em desacordo – para surpresa dos pretigitadores econômicos - com o que indica o senso comum: poupar mais e usar melhor a capacidade de produção.
Com ganhos razoáveis de produtividade de capital e recuperação da tendência histórica da poupança é possível crescer, não no ritmo dos sonhos - eleitoreiros ou não - mas, após um ajuste nos próximos dois anos, firme e consistentemente a cerca de 5% ao ano.