domingo, 11 de agosto de 2013

Poema para meu pai ( in memoriam)

Este poema, que esta em meu livro inédito Casa de Espelhos, é uma celebração à memória de meu pai, Adevaldo Ribeiro Filho:

Gênese
 
                                      A meu pai
 
eu não conheci meu pai
mas é como se o soubesse.
 
a semente dentro da casca
dentro do fruto dentro de si
sabe da árvore que tomba
e na morte diz à terra
que já voltou
 
eu não conheci meu pai
mas é como se o sentisse.
 
a gota d’água que voa
forma nuvens e volta a terra
e forma de novo o rio
de onde um dia saiu
e que secou
 
eu não conheci meu pai
mas é como se o dissesse.
 
centelha soprada ao vento
ateia flamas labaredas
em folhas secas e bebe
o ar e cospe o fogo
que se apagou
 
eu não conheci meu pai
mas é como se ele fosse.
 
gole de vento tufão
brisa sopro ventania
me conta da calmaria
nas veias de onde eu venho
diz o que tenho
diz onde eu voo

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Memórias Póstumas de Brás Cubas


Memórias póstumas de Brás Cubas from guiadeliteratura

Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado pela crítica a mais importante obra da literatura brasileira, seja pelo seu caráter revolucionário no que diz respeito à narrativa tradicional, seja pela intensidade da crítica feita pelo grande mestre de nossa Literatura.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Capitães da Areia


Capitães da Areia from guiadeliteratura


Capitães da Areia é uma das obras primas do escritor baiano Jorge Amado. Escrito em 1937, compões o romance regionalista de 30, e compõe o projeto político-literário de transformação social. Cecília Amado, neta de Jorge resolveu filmar a obra do avô, preservando o lado humano dos capitães da areia, meninos abandonados, que vivem em um trapiche abandonado e usam a criminalidade para garantir a sobrevivência e um lugar na sociedade. O que ela não reproduz é a atmosfera de denúncia política e de perfil socialista sustentada no romance e personificada por Pedro Bala, seguindo os passos de líder do povo de seu pai.

Morangos Mofados


Morangos mofados from guiadeliteratura

Morangos Mofados, obra prima de Caio Fernando Abreu, é um retrato, ácido e contundente, do que se tornou a geração que viveu a contracultura. Os sonhos, propósitos e ideais (morangos) dessa geração estão mofados, podres, decompostos.