segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

HORA DO BALANÇO DAS PROMESSAS DE ANO NOVO


Para ela, o fato de não ter cumprido uma determinda promessa pode ser um incentivador desde que a sua importância seja questionada. “Reavaliar o que passou e por que não aconteceu é importante para montar a lista do ano seguinte mais consciente das limitações”, disse.

Ainda segundo a psicóloga, algumas promessas não são possíveis de serem cumpridas no prazo de um ano, ou até mesmo, não há disposição suficiente para torná-las reais . “Nesses casos, não adianta transferir a promessa para o futuro se não houver uma real avaliação dos motivos que a impediram de ser concretizada.”

Para o coach de vida e negócios Elson Davanzo, organização é a palavra de ordem para atingir os objetivos pessoais e profissionais traçados nas promessas de ano novo. “Se há organização, é possível planejar e priorizar o que é mais importante para cada pessoa. Não é possível concretizar uma promessa de ano novo, se não houver um foco para determinar quando ela será concretizada.”

Para o especialista é imprescindível que o desejo de realizar uma meta traçada seja reafirmado todos os dias. “É preciso ser persistente com a promessa. Se for preciso, faça uma lista e coloque tudo no papel, em seguida faça acontecer.”

Para a psicóloga, antes de traçar uma meta para o próximo ano, é preciso analisar se o empenho na execução desse desejo será estritamente pessoal ou se dependerá de outras pessoas. “Há pessoas que se comprometem com suas promessas e conseguem efetivá-las sozinhas, mas é preciso pensar que algumas promessas só podem ser cumpridas coletivamente, e isso, muitas vezes não é pensado”, explica Gisele.

Ainda de acordo com a psicóloga, ao prometer algo para o novo ano, é preciso refletir sobre o que realmente é importante e o que de fato estará ao alcance. “Falta de auto conhecimento é um dos principais motivos pelos quais as pessoas prometem coisas e não conseguem cumprir e consequentemente frustram-se devido a isso”, explica.

A funcionária pública Amanda Fernandes, 24 anos, pretende adotar uma nova medida para realizar as promessas no novo ano, já que grande parte delas não foram cumpridas neste ano. “Não costumava fazer lista de promessas, mas conversando com uma amiga, que faz lista pra tudo, eu descobri que toda meta que a gente coloca no papel tem pelo menos 90% de chance de acontecer. Vou testar essa prática em 2013 para ver se dá certo”, disse Amanda.

Para aqueles que não conseguiram concluir as promessas neste ano, a psicóloga tranquiliza. “Todas as promessas podem ser revistas a qualquer tempo. É preciso ser coerente ao fazer a lista, e mesmo que se tenha planejado muito, é importante dar-se o direito de alterar os planos, renegociar e reavaliar a necessidade de cumprir uma promessa de ano novo.”
Prometi que controlaria meus gastos
“Mas não anotei nenhuma das minhas contas, principalmente as do cartão de crédito. A simples preguiça de não anotar o quanto eu gastei, me fez continuar cheio de contas”
Não vou ficar de cabeça fria, enquanto não conseguir colocar tudo no papel. Afinal, a questão é dinheiro e ele está nos planos de controle para 2013
Eduardo Rodrigues Sant’Ana, 
Técnico moveleiro
Prometi que estudaria diariamente.
“Mas por causa de um dia sem estudar, perdi toda a sequência dos estudos. A linearidade racional acabou virando um caos e já não dava mais para voltar”
A promessa para 2013 é tentar manter os estudos em dia, para não ficar desesperada nas vésperas das provas
Joyce Fernanda Lara 
Universitária
Prometi que ia tirar carteira de habilitação e emagrecer 20 quilos
“Nenhuma das duas acabou sendo cumprida. A primeira, porque tenho muito medo do volante, e até agora não consegui enfrentar. A segunda foi por preguiça mesmo”
Eu estou me esforçando para resolver as duas promessas no ano que vem. Mesmo que eu precise da ajuda de um psicólogo para curar meu medo transito, mas eu vou conseguir. Já a balança, vou continuar com a luta sempre!
Amanda M. Fernandes 
Funcionária Pública
Prometi outra promessa
“Iria para Aparecida do Norte, pagar uma promessa, mas os problemas familiares não ajudaram, e acabei ficando por aqui, com mais uma “dívida a ser cumprida””
Já é uma ordem para 2013, não só está nos planos, como também na agenda
Júlio César Patrão 
Administrador de empresa
Prometi que ia arrumar um namorado
“Mas eu quase não saio de casa, fica difícil assim. Já faz três anos que estou solteira e não foi em 2012 que mudei essa situação”
Ano que vem eu vou reforçar a busca pelo amor. Não quero pessoas que machuquem, mas que topem ser felizes e aproveitar cada momento da vida

Isabella de Assis Freire 
Telefonista
Prometi que ia emagrecer e ficar com o abdômen sarado
“Comecei a emagrecer, e depois acabei relaxando. Resultado, não cheguei aonde queria, por puro comodismo”
Já estou prestes a começar uma nova dieta, preciso perder alguns quilos e não há dúvida de que farei muito esforço para conseguir isso.
Naégili de Oliveira Zignani  
Instrutora de escalada
Prometi que voltaria para academia
“Mas a vida anda corrida, e por falta de tempo acabei deixando de lado. Sempre pensando que o ano está acabando, acabou que não fui mais atrás”
Certamente vou organizar melhor meus horários em 2013 e de preferência, já em janeiro colocarei na prática, e vai durar o ano todo.
Diego Perpétuo Pecoraro  
Bancário
prometi que faria uma pós-graduação
“Mas não consegui chegar a decisão sobre qual curso deveria escolher e preferi não arriscar”
Tudo já está caminhado para 2013, encontrei alguns caminhos com que me familiarizei e certamente a meta será cumprida no próximo ano.
Bruno Ferreira  
Professor
Prometi que faria exercícios, mas a academia ficou para trás
“Comecei, mas não consegui finalizar a promessa. Sou tímido e preguiçoso, além disso, fazer exercícios não me agrada, ainda mais ter que fazê-los em espaços onde há várias pessoas”
O propósito para 2013 está mantido, já tenho um professor para voltar a treinar e até o meio do próximo ano, estar, senão onde desejo, bem próximo de lá.
Breno Soler  
Professor
Prometi que iria ler mais
“E de novo, não consegui. Comecei a ler um livro no final da minha gravidez em 2011 e até agora não consegui terminar. Com o nascimento da Angelina, ficou ainda mais difícil.
para 2013 minha promessa é bem relacionada a tempo outra vez. Além de ler, quero ter tempo com a minha família e com a mais nova integrante.
Karina Ferreira Castilho 
Funcionária pública
Prometi que abriria meu próprio negócio
“Muitas coisas foram acontecendo no decorrer do ano, faltou planejamento e foi mais um sonho que não consegui realizar ainda”
É um investimento alto, custa caro, mas ele está na lista das prioridades de 2013. E mesmo que eu não consiga realizá-lo mais uma vez, já estou com um plano B.
Juliana Bortoluzo 
Apresentadora de TV
prometi que emagreceria e casaria
“Faltou força de vontade para encarar um regime e verba para poder subir ao altar, muitas coisas foram acontecendo e principalmente o casamento foi adiado”
A minha rotina vai mudar em 2013, é uma questão de saúde. O casamento ainda vai ser planejado, talvez seja mais uma promessa adiada. Mas que eu vou entrar em forma ano que vem, eu vou!
Gilcília da Costa de Oliveira 
Maquiadora

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

BULLYNG: MAIS QUE UMA BRINCADEIRA






Documentário realizado por alunos de jornalismo da UNIRP como parte do trabalho de conclusão de curso do qual eu tive muito orgulho em participar! Parabéns a vocês pelo trabalho!

"O bullying existe, e deve ser tema de pautas jornalísticas, grupos de conversa, salas de estudos para que todos saibam sobre sua existência, causas, consequências e soluções. Só assim conseguiremos acabar com paradigmas de que esse tema "é coisa de criança e passa" para mostrar que esse problema é cada vez mais comum, não só no país, como na região, mas principalmente na comunidade da qual fazemos parte. Para contribuir nessa conscientização midiática produzimos um documentário com a intenção de reforçar a discussão do assunto na região de São José do Rio Preto."

Esse documentário faz parte do TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO dos alunos de Jornalismo do Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP: Cíntia Souza, Mariane Biagioli e Marlon Ferri.


DA AVERSÃO À COMPULSÃO POR COMIDA

São José do Rio Preto, 11 de novembro de 2012      DIÁRIO DA REGIÃO



Baixa autoestima e distorção da
autoimagem estão entre os fatores ligados
à anorexia e bulimia, os dois mais
graves transtornos alimentares. Saiba
como reencontrar-se com seu eu
verdadeiro diante do espelho







Gisele Bortoleto
Gisele.bortoleto@diarioweb.com.br


A preocupação exagerada com o peso corporal, causada muitas vezes pela recomendação médica de que não há vantagens em acumular gordura, pelo contrário, de que devemos ser magros, e a pressão social do padrão de beleza em modelos bonitos e magros têm causado problemas para muita gente. A quantidade de pessoas que lutam para perder peso, fazer dietas e tomar remédios não para de crescer. Essa preocupação exagerada pode provocar distúrbios psiquiátricos graves, cada vez mais frequentes, ligados à distorção da autoimagem.
A pessoa se olha no espelho e vê uma figura obesa que não corresponde à realidade. Não nota a perda de gordura, nem os ossos proeminentes. Iludida por essa falsa imagem, imaginase com excesso de peso e diminui obsessivamente a comida, até que, num dado momento, não consegue mais comer. Como consequência, pode desenvolver problemas graves de saúde que chegam, às vezes, a ser fatais.
Anorexia e bulimia nervosa são os mais comuns dos transtornos alimentares resultantes dessa preocupação exagerada com o peso corporal. São transtornos que se manifestam principalmente em mulheres jovens, embora sua incidência esteja aumentando também entre homens. Não é tão raro os pacientes anoréxicos chegarem a um grau extremo de desnutrição e o índice de mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. Ambos são transtornos que necessitam de tratamento médico e psicológico.
As causas que geram a anorexia, como também a bulimia, são múltiplas, como por exemplo componente sociais, devido à pressão social que tem a magreza como ideal de beleza, fatores genéticos e fatores psicológicos, como baixa autoestima, autovalor equivocado e autoimagem distorcida.
Tanto uma quanto a outra podem acometer pessoas extremamente perfeccionistas e autoexigentes. “A anorexia e a bulimia não são transtornos recentes, no entanto, a cultura da busca por um corpo ideal, que aconteceu a partir do século 20, fez com que aumentasse muito a recorrência das mesmas”, diz a psicóloga Gisele Lelis Vilela.
Na bulimia, o paciente muitas vezes está no peso ou um pouco acima, mas apresentam também uma distorção da imagem corporal. Apresenta episódios de compulsão perió-dica de comida, ou seja, de ingestão descontrolada de comida em um curto espaço de tempo, sem necessariamente sentir forme. Isso é seguido de um sentimento de culpa e medo de engordar, e posterior tentativa de eliminação do excesso que foi ingerido, através de vômito autoinduzido. 
Nos dois transtornos alimentares, há também o fato de usar laxantes ou diuréticos, além de moderadores de
apetite. “A bulimia nervosa e a anorexia nervosa são os mais conhecidos dos transtornos alimentares, existindo ainda o transtorno do comer compulsivo. A alimentação, nesses casos, torna-se uma válvula de escape para as mais variadas dificuldades emocionais”, explica a psicóloga especialista clínica Sirley Santos Bittu, psicodramatista didata e supervisora pela Federação Brasileira de Psicodrama. O ato de comer, diz ela, está relacionado a uma necessidade física e a uma necessidade emocional. Quando nos alimentamos,
somamos o prazer oral da alimentação à necessidade do organismo de sais minerais, proteínas,  carboidratos, enfim, a toda fonte de energia que precisamos para pensar, agir e amar. Trata-se também de uma necessidade emocional, porque implica em oferecer atenção, cuidado e amor a quem estamos alimentando.
Assistimos a todo o tempo indivíduos utilizando-se da alimentação para preencher espaços vazios em sua vida. Quem não tem uma amiga, um amigo que já não se empanturrou de chocolate ou de qualquer outra guloseima por estar chateado, triste, principalmente após uma briga de amor? Agora imaginemos essa situação ampliada. Encontramos alguém que não consegue elaborar e expressar suas emoções, trocando essa atitude por comer compulsivamente, por exemplo.
Desde o nascimento até a vida adulta, em quase todas as sociedades humanas o aprendizado alimentar é organizado segundo complexas normas que definem o que pode e o que não pode ser comido. Estas práticas estão diretamente relacionadas aos mitos e crenças religiosas, influenciando o comportamento do
indivíduo e sua aceitação social. Desta forma, a comida relaciona-se à questão do poder e do controle sobre si e muitas vezes sobre os outros.
                                         
“A autoavaliação desses pacientes sempre se dá com referências à forma física e ao peso. Devido à distorção da imagem corporal, torna-se bastante complicado o paciente conseguir admitir que está doente, que apresenta um problema. Até porque, muitas vezes, ele acredita que quanto mais magro melhore que, assim, ele será mais aceito socialmente”, complementa Gisele.
O primeiro passo é buscar ajuda especializada. O tratamento é realizado por uma equipe formada por psicólogo, psiquiatra e nutricionista. Mas não é simples.
“Anorexia é uma disfunção classificada pela Organização Mundial da Saúde como transtorno da conduta alimentar ou como transtorno mental e do comportamento. É uma doença psiquiátrica”, diz a psicóloga Mariah Bressani, psicoterapeuta e master coach. É considerada uma doença porque a pessoa tem um desejo patológico de se manter magra e tem um medo intenso (também patológico) de engordar. A pessoa que tem anorexia tem práticas como alimentarse com o mínimo possível de comida, faz exercícios físicos à exaustão, utilizase de medicamentos inibidores de apetite, laxantes e diuréticos sem orientação médica e, em casos extremos, provoca o próprio vômito.
Normalmente, a doença é desencadeada na adolescência, quando a pessoa a começa se preocupar com seu corpo, se é bonito ou atraente. A bulimia também é uma disfunção classificada pela OMS como transtorno da conduta alimentar ou como transtorno mental e do comportamento. E é também uma doença psiquiátrica.





TRAVESTI É BRUTALMENTE MORTA EM VOTUPORANGA

Fonte: Rede Bom Dia

18/09/2012 06:05

Luciano Moura



A profissional do sexo Vitória (Marcos Gustavo da Silva Costa), de 21 anos, foi morta brutalmente na madrugada de domingo, no Distrito Industrial 1, em Votuporanga. 

O crime chocou a cidade, que tem cerca de 86 mil habitantes, pelos requintes de crueldade e frieza do assassino. A travesti teve o pênis cortado, uma das orelhas arrancada com uma faca e o pescoço degolado. O assassino levou a bolsa e o celular de Vitória, que estava na cidade havia duas semanas, além do pedaço da orelha como “troféu”. 

Em um mês, esta é a terceira morte de travesti na região. No mês passado, duas profissionais do sexo foram mortas e outras duas foram baleadas nas mãos durante uma chacina em Rio Preto. O ex-policial Benedito de Jesus Carvalho, acusado de cometer os crimes, e a suposta mandante – a travesti Taila (Fabrício Silva) estão presos há um mês. O delegado Alceu de Oliveira Júnior pediu nesta segunda-feira (17) a prorrogação do inquérito policial por mais 30 dias (leia mais na página 3). 

Essas três mortes “engrossam” uma estatística que coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, de acordo com o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais de 2011. Segundo o documento, no ano passado, foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país. 

O crime/ De acordo com informações da Polícia Militar de Votuporanga, o corpo da travesti foi localizado, por volta de 5h30, por outra profissional do sexo conhecida como Bruna. 

O terreno onde estava o corpo, que fica próximo ao Ecotudo - ponto de descarte de lixo -, é conhecido como local para programas sexuais de travestis e garotos de programa. 

No local, há câmeras de segurança por causa do Ecotudo. Entretanto, não teriam captado nada. Apesar de o crime ter fortes indícios de intolerância sexual, o delegado João Donizete Rossini, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, que é responsável pelo caso, disse que ainda é cedo para determinar a motivação do crime, por isso, não descarta qualquer hipótese. O crime pode ser de vingança, homofobia, acerto de contas e até passional. “Mas ainda não há pistas do assassino e as investigações continuam”, disse ele. 

O BOM DIA apurou ainda que uma testemunha teria afirmado em depoimento à polícia que o assassino estava dirigindo um Del Rey. Mas o delegado não confirmou essa informação à imprensa. 
O corpo de Vitória foi enterrado no cemitério municipal de Tanabi ontem pela manhã.

Psicólogas afirmam que há fortes indícios de crime homófobico

A psicóloga Gisele Lelis Vilela de Oliveira afirma que há fortes indícios de que o crime que tirou a vida da profissional do sexo Vitória (Marcos Gustavo da Silva Costa), 21 anos, em Votuporanga, pode ser classificado como homofóbico pelos requintes de crueldade do assassino. “É possível que se trate de um psicopata, mas seria necessário fazer uma avaliação. Geralmente a psicopatia é caracterizada por insensibilidade, crueldade, impulsividade e emoções superficiais. Além de ausência de sentimento de culpa. Eles são manipuladores e tendem a se envolver com atividades criminosas”, afirma ela. 

A psicóloga Ana Soares Santana também afirma que é um crime motivado por intolerância sexual. “É inegável que neste caso há traços de um crime homofóbico. Tudo leva a crer que o assassino é perverso e cruel. Ele tem ódio com a identidade de gênero”, afirma a psicóloga. 



Segundo ela, só um diagnóstico mais técnico poderá avaliar o que o motivou a matar, degolar, cortar o pênis e arrancar uma das orelhas da vítima. 


Para a travesti Carla Lopes, não há dúvidas sobre a motivação para o crime. “O assassino é louco, cruel e homofóbico. Tem de ser preso”, afirma. Ainda segundo ela, as travestis só fazem programas para conseguir sobreviver. “Não há oportunidades de empregos para nós. A sociedade finge que nos aceita. Se nos considerassem, nos dariam empregos e não teríamos de vender o corpo”, disse.

Delegado da DIG pede prorrogação de inquérito que investiga mortes de duas travestis em Rio Preto

O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Rio Preto Alceu de Oliveira Júnior pediu a prorrogação por mais 30 dias do inquérito policial que investiga a morte de duas travestis, na madrugada do dia 15 do mês passado. Além das mortes das travestis Eduarda (Carlos Eduardo Vasconcelos), de 30 anos, e Izabelly (Abelardo dos Santos Freier), 24, outras duas foram baleadas nas mãos. No dia 17 do mês passado, a polícia prendeu o ex-policial militar Benedito de Jesus Carvalho, de 50 anos, acusado de ter cometido o duplo homicídio por encomenda da travesti Taila (Fabrício Silva), 31. De acordo com a polícia, as duas travestis teriam sido mortas porque não admitiam ser extorquidas por Taila. “Estamos esperando ainda resultados de alguns laudos para concluir o inquérito. 

Mas há fortes indícios da relação entre o autor e a travesti presa. O que pode ter gerado a combinação do ataque”, afirma o delegado Fernando Augusto Nunes Tedde.

País da intolerância



Nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que o Brasil, foram registrados nove assassinatos de travestis em 2011. Enquanto que nos estados brasileiros, foram executados 98. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 800% maior do que nos Estados Unidos, de acordo com o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais de 2011.